Fotos retratam presos e os conselhos que dariam ao seu “eu” mais jovem

Há um ano, um amigo de infância do fotógrafo Trent Bell foi sentenciado com 36 anos de cadeia. Encarando a realidade de ter alguém próximo na cadeia pelo resto da vida, Bell passou a pesquisar e documentar uma série de eventos e histórias sobre presidiários e o que havia acontecido com eles para estarem ali.

As cartas foram digitalizadas e, como resultado final, aparecem hibridizadas aos retratos tirados, com letras à mão e carregadas de sentimentos.

A obsessão pela vida na cadeia o levou para o projeto “Reflect”.

A princípio criado como uma série de retratos documentais, Bell decidiu que seguir desta forma crua tiraria grande parte da verdadeira emoção que, de fato, importava.

Por fim, o projeto chegou ao formato ideal: uma colaboração entre o fotógrafo e os presidiários.

Assim, junto com o retrato tirado, os presos também escreveram uma carta ao seu “eu” mais jovem, pensando naquilo que falariam, nos conselhos, nas escolhas e talvez em algo que pudessem mudar se voltassem ao passado – como o destino e a fatídica prisão.

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Como mostra o vídeo de making of, as cartas foram digitalizadas e, como resultado final, aparecem hibridizadas aos retratos tirados.

Com letras à mão e palavras carregadas de sentimentos, a série é de uma emoção arrebatadora que consegue transparecer toda uma vida atrás das grades.

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Copos de Stella Artois viram instrumentos musicais

Os cálices de vidro da Stella Artois são preciosos para qualquer amante de cerveja. E, graças ao escultor e pesquisador do MIT Andy Cavatorta, virou matéria-prima de quatro instrumentos musicais de vidro.

“Queríamos destacar os princípios de esforço, determinação e dedicação que a Stella Artois carrega em sua concepção.” – Debora Koyama, VP para PSFK

O projeto, chamado The Chalice Symphony, também envolveu a banda Cold War Kids, que deu vida aos instrumentos ao tocar sua nova faixa “A Million Eyes” e, assim, transformar vidro em música.

Cada instrumento – Hive, Pryophone, Star Harp e Violina – também estão expostos em uma galeria montada pela marca no Lower East Side de Manhattan.

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Para dar um gostinho, além do vídeo e fotos no site do projeto, o próprio escultor Andy Cavatorta registrou todo o processo de criação de cada instrumento em seu blog.

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Crie a pizza perfeita com mesa interativa da Pizza Hut

Em parceria com a Chaotic Moon Studios, a Pizza Hut criou uma mesa conceito que, de forma interativa e com superfície touchscreen, deixa seus consumidores visualizarem e customizarem seus pedidos na mesa do restaurante.

A ação permite que a pizza seja “montada” do início, sendo possível selecionar o tamanho, molhos, queijos e demais ingredientes que resultam em pizzas de diferentes sabores e criadas à gosto.

Junto ao pedido, também podem ser adicionadas porções complementares como asas de frango, tipos de pão e sobremesas. Por último, seleciona-se o modo de pagamento.

Para complementar a experiência, enquanto a pizza não chega, a mesa libera alguns jogos para os consumidores se divertirem durante a espera.

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Para a Pizza Hut, a mesa conceito é algo que será aprofundado em um futuro próximo, pensando em melhorar a experiência do consumidor no restaurante, principalmente aquele momento chato de fazer o pedido e esperar a pizza.

 

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MoMa abre para exposição sua coleção de 40 anos de inovação no design

Uma nova e eclética coleção no Museum of Modern Art, em Nova York, espera representar o que tem de mais inovador no design da última década. A exposição entitulada “A Collection of Ideas” contempla tudo o que você pode imaginar, de Minecraft à drones, passando por ternos punks e simples símbolos que hoje fazem parte do nossos alfabeto visual como o “@“.

A coleção entra com uma tarefa difícil: explicar ao público que design, apesar de quase sempre discutido apenas em publicações de estilo ou especializadas, não é apenas sobre “fazer bonito”. É, na verdade, sobre a vida real, o dia a dia e o ser humano.

As peças mais chamativas podem ser aquelas que ficam mais próximas do que já somos familiarizados. De símbolos ubíquos como o “pin” do Google Maps e o “@“, são em demonstrações como essa que o olhar para, observa e repensa as interações diárias.

Também se encontra disponível uma pequena seção para os clássicos dos games, repleta de jogos do Atari, de Asteroids ao Pong. Todos estes ficam expostos em telas acopladas à parede, sem molduras, como uma pintura clássica em um museu. Além disso, são liberados para jogar!

MoMa tem feito esforços para relacionar os game à arte, colecionando-os há um bom tempo e apontando conceitos inovadores como os gráficos em vetor de Asteroids e a arte generativa de Minecraft, resultando em um mundo gerado por algoritmos que compõe uma experiência única para cada usuário.

Joris Laarman Bone Chair

Joris Laarman Bone Chair

Google Pin

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Atari

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@

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“O tempo muda, mas a humanidade nem tanto assim.” – Antonelli, curadoria sênior, para The Verge 

Grande parte das peças partilham do mesmo objetivo de destacar como a interação e o design evoluíram ao longo do tempo e misturam-se um com o outro. Já alguns trabalhos apontam para como as ferramentas digitais transformaram e adicionaram às formas naturais, como uma cadeira feita de ossos e esculturas de madeiras que recriam a anatomia de um escorpião.

Sem dúvidas, cada objeto tem uma história para contribuir para a evolução do design ao longo de décadas, deixando visíveis ora revoluções ora traços de imutabilidade.

Objetos pragmáticos expostos como arte tradicional.

Com trabalhos que podem parecer desconectados do MoMa e do mundo da arte como um todo de tão comuns e alheios a tal pensamento, os esforços de dar espaço para o visitante observar e refletir são aparentes. Afinal, traduzindo bastante esta era digital e participativa, às vezes é preciso deixar que as pessoas conectem os pontos por elas mesmas. E são com tais objetos pragmáticos que a exposição busca refletir passado, presente e futuro.

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Agora você pode espiar a NSA

A agência belga Happiness Brussels lançou o projeto Spy on the NSA como parte do The Day We Fight Back, protesto em prol da internet aberta com envolvidos de peso, como Mozilla e Reddit.

Fazendo jus ao nome, a ação permite que os usuários espiem a maior agência de vigilância do mundo (e que vigia a todos nós), NSA.

“É apenas uma reação aos acontecimentos atuais relacionados a NSA.” – Michael Middelkoop, um dos criadores, para FastCompany

A ideia veio como uma reação natural aos acontecimentos atuais relacionados a NSA. Usuários de todo o mundo são espiados diariamente, e possuem seus dados pessoais vasculhados, seja lá qual o objetivo. Para responder a pergunta “quem são estes que nos espiam?”, Michael Middelkoop, um dos criadores do projeto, conta que a solução foi simples: apontar a câmera para o lado de lá.

Ao entrar no site, imagens do escritório da NSA em Maryland aparecem na tela através de (aparentemente) câmeras de segurança. Se assistir o bastante, é possível ver o passar do tempo através carros dirigindo, pessoas circulando e pássaros voando.

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“Se olhar com atenção o bastante, terá uma pista de  moo conseguimos isso.” – Michael Middelkoop, um dos criadores, para FastCompany

Um recurso interessante do site é a opção de gravar parte da filmagem que o usuário tem acesso e compartilhá-la nas redes, algo que, ironicamente, pode vir a ser monitorado pela própria NSA. Aqui, apenas os usuários dando o troco.

Os criadores do projeto não revelaram como eles tiveram acesso ao feed de vídeo nem o exato momento em que ele se passa. A ideia do projeto – mais do que hackear, liberar acessos e gerar problemas – é simples: provocar.

 

 

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Desafie Dalí para ver quem pisca primeiro

Os retratos de Salvador Dalí são tão conhecidos e expressivos quanto suas artes. Olhos arregalados acompanhados do pontudo bigode em uma expressão maníaca, quase que hipnótica.

Esse seu visual notável e teatral foi justamente a base para a criação de um aplicativo de suporte ao Dalí Museum e sua nova exposição, com trabalhos de Andy Warhol, “Warhol: Art. Fame. Mortality“.

O aplicativo, The Dalí Museum Staring Contest, é exatamente o que parece ser: uma simples competição de encarar Dalí e ver quem fica mais tempo sem piscar. Para isso, através do app, é preciso olhar fixamente para os olhos do artista, em sua figura que aparece na tela, e tentar não piscar. A pegadinha: Dalí sempre vence!  Outra coisa interessante é que ele continua olhando para o usuário apenas se este manter seu olhar.

Mecânica simples e até mesmo boba, o ar de brincadeira e visual vintage acabam expressando de forma inusitada as personas e obsessões de Dalí e Warhol.

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“A obsessão de Dalí e Warhol com celebridades foi a motivação por trás do Staring App.” – Hank Hine, diretor executivo do museu, no site do projeto

Por trás do app está a obsessão tanto de Dalí quanto de Warhol com o mundo das celebridades. De fato, a interação nos coloca face a face com personalidades e estrelas do mundo da arte, e estas olham diretamente para nós, com ego imenso e olhar fixo sempre vitorioso.

Da mesma forma que não era possível tirar os olhos destas duas maiores figuras artísticas e de ideias disruptivas do século 20, o aplicativo, mesmo que simples, faz um bom trabalho ao gerar conhecimento sobre a exposição atual do museu e também ao levar o tema para o bolso de cada amante da arte: um simples aparelho que conecta olho no olho e prende sua atenção por quanto tempo for possível.

Staring App está disponível para iOS de graça.

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Navegue pelo Bates Motel com a lanterna do iPhone

Para ajudar a promover o retorno da série de TV Bates Motel – que reimagina o protagonista de PsicoseNorman Bates, enquanto jovem – TVGla adicionou elementos interativos e transmídia no website da série.

Usando o web aplicativo de lanterna via iPhone é possível navegar nos cantos escuros do motel, recriado no site. Este mundo virtual, inclusive, foi composto com filmagens do cenário verdadeiro visando passar uma experiência mais real e envolvente.

Para conectar o iPhone com o site, basta começar a navegar pelo motel com o mouse e, quando os quartos e caminhos ficarem escuros, seguir as instruções: entrar em bit.ly/bateslight pelo navegador no celular, inserir o código gerado, testar sua lanterna e começar a circular. O dispositivo passa a ser, então, o controle de navegação no site, apontando a direção e iluminando cada detalhe escondido.

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A reformulação do site foi criada pensando em manter a mesma temática, estética e clima do seriado, sempre com o objetivo de criar um ambiente imersível e pelo qual valesse a pena sacar o celular e ligar a lanterna.

A criação usa linguagem HTML5 para criar um diálogo com o recurso do iPhone e torná-lo um controle da experiência do usuário.

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Crowdpilot, um empurrão para os tímidos

Para muitos, encontrar as palavras certas a se dizer em um primeiro encontro, reunião de negócios ou mesmo num bate-papo simples com alguém importante pode ser desafiador e motivo de muita ansiedade e preocupação.

É para estes momentos de interação social da vida real e da necessidade de respostas imediatas que foi criado o Crowdpilot. Com o aplicativo, é possível receber um feedback ao vivo de amigos ou desconhecidos sobre qualquer situação desconfortável, ou seja, aquele bom empurrãozinho.

Criado por Lauren McCarthy e Perceptor, o app funciona através de um sistema de stream, carregando mensagens ao vivo num contato direto do usuário com seus amigos de Facebook, além de outros usuários desconhecidos que estejam online no mesmo momento e até assistentes pagos para ajudar em situações específicas.

Ao selecionar uma situação – encontro, argumento, reunião de negócios, conversa em família, etc – o usuário descreve brevemente o que se passa e espera pelos conselhos. A partir daí as dicas podem ser classificadas, garantindo feedbacks em tempo real.

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“Fomos longe demais? Nos tornamos robôs, desprovidos da inteligência emocional vindo do contato humano?” – questiona McCarthy, via PSFK

Apesar do estranhamento em uma primeira impressão, o aplicativo é ele mesmo uma crítica ao crescente desapego do contato humano em situações que não sejam online, e as dificuldades cada vez maiores em manter conversas e experiências sem qualquer intervenção.

Por outro lado, não existe novidade em pedir conselhos e opiniões para os amigos online. O que Crowdpilot faz é tentar dar mais humanidade e utilidade a essa gigantesca rede, e quem sabe melhorar a habilidade das pessoas em se relacionar, tudo através da sabedoria das multidões.

Crowdpilot está disponível para iOS de graça.

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Um game de terror que sabe se você está com medo – e então fica ainda mais tenso

Nevermind é um game de terror que usa o nível de medo que o jogador está sentindo para aumentar sua dificuldade – e ficar ainda mais tenso.

“O jogo sabe quando você está com medo. O jogador precisa ficar calmo e se controlar se quer que o jogo fique mais fácil.” – Erin Reynolds, para Wired

O jogo gira em torno de quebra-cabeças e labirintos a serem resolvidos por um investigador que busca entender o subconsciente de vítimas traumatizadas.

Enquanto o jogo avança, o coração do jogador é monitorado. Qualquer mudança nos batimentos que indique stress ou medo faz com que o jogo ajuste seu nível de dificuldade e horror. Ou seja, quanto maior o medo, mais aterrorizante Nevermind fica.

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Uma combinação de neurociência e entretenimento.

Um dos maiores desafios do Nevermind é tornar sua mecânica de biofeedback acessível. Para isso, o game foi  projetado tanto para vir com seu próprio monitor de coração como também com adaptadores para que as pessoas possam usar tecnologias que já possuam em casa.

Além de possuir um nível de interatividade inteligente e diferenciado do mercado, o game tem potencial também para ajudar os jogadores com técnicas de gerenciar o própria stress e ansiedade. Uma combinação de pesquisa em neurociência e entretenimento.

Nevermind está buscando financiamento coletivo via Kickstarter e, se alcançar os $250 mil em algumas semanas, será lançado em junho de 2015.

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Um aplicativo para medir toda a sua vida

Nicholas Felton é designer do Facebook e foi um dos criadores da atual timeline. O motivo de ele ter conseguido esse emprego foi um projeto pessoal que fez bastante sucesso, o Feltron Report, um infográfico anual de toda a sua vida.

Estudando coleta e visualização de dados, Feltron mantinha um controle das informações da sua vida de forma meticulosa. E, para tornar esse processo mais fácil, ele se uniu ao amigo Drew Breuning e juntos criaram um aplicativo chamado Reporter.

Recentemente esse aplicativo saiu da gaveta de projetos pessoais e foi lançado ao público, em parceria com Friends of the Web.

Reporter faz mais do que transformar dados em lindos infográficos. O aplicativo pode criar um verdadeiro, apurado e pessoal retrato do usuário a partir de métricas intangíveis – como humor, amigos e dieta.

Aspectos da vida antes intangíveis agora podem ser destacados e até medidos.

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Melhor classificado como uma ferramenta de pesquisa, Reporter envia diversas vezes ao dia notificações com perguntas a serem respondidas, como “quantos cafés tomou hoje?” ou “com quem você está?”. Assim, não há a necessidade de entrar a todo instante e anotar tudo o que está acontecendo no dia. Além da quantidade, é possível programar também quais perguntas você quer responder, baseando-se nos dados a serem coletados.

“Queremos que você grave as coisas o mais rápido possível, para voltar a fazer o que estiver fazendo, sem perder tempo.” – Feltron, em seu blog

Aos que duvidam da facilidade em responder tantas perguntas em prol de manter um diário apurado, das partes rotineiras aos momentos mais memoráveis, Feltron fez questão de criar um design minimalista e focado na interação do usuário. E, usando os sensores do próprio aparelho, diversos dados são coletados de forma automática, como localização, passos, transporte, velocidade, etc.

Uma experiência prática, Reporter App foi projetado para  ser uma ferramenta tão simples e automática que você até se esquecerá de que está mantendo um registro sobre tudo. Diferente de muitos apps atuais, não há a necessidade aqui de estar constantemente engajado. E essa pode ser justamente a chave para seu sucesso.

Todos os dados coletados são guardados de forma privada no celular do usuário, transformando perguntas em visualizações em tempo real. São estes gráficos simples, porém funcionais, que podem ajudar o usuário a entender as coisas ao seu redor e as que são, de fato, importantes.

Reporter App está disponível para iOS por $3,99.

 

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A vez delas na indústria dos quadrinhos

She Makes Comics é um novo documentário que quer acabar com o preconceito sofrido pelas mulheres quando o assunto é quadrinhos.

Como lembra a diretora do filme, Marisa Stotter, as mulheres estão presentes neste mundo desde o começo, seja como roteiristas, artistas, editoras, donas de lojas e também como fãs. E a discriminação, com seus altos e baixos, para Stotter sempre esteve lá – seja por ser a única mulher no meio da roda masculina, ou por ser constantemente testada sobre seus conhecimentos, como se nunca fossem suficientes.

Suas vozes darão vida às dificuldades, às revoluções e aos tipos de narrativas e composições que partiram dali e permanecem até os dias de hoje. 

O documentário irá incluir mais de 50 entrevistas com mulheres que trabalham ou já fizeram parte da indústria dos quadrinhos, desde 1930 até os dias de hoje.

Dentre as personalidades estão: Jackie Ormes, cartunista dos anos 40; Joyce Farmer, que revolucionou o movimento de comics underground nos anos 70 com suas narrativas cruas e feministas; Karen Berger, diretora da DC Comics, entre muitas outras.

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She Makes Comics é co-produzido pela Sequart, uma organização de Los Angeles que visa promover as HQs como forma legítima de arte.

Em campanha para financiamento coletivo via Kickstarter, o documentário espera arrecadar $41,500 até março, para poder ser finalizado e distribuído.

 

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Radiohead lança aplicativo Polyfauna

Criado em parceria com o estúdio britânico Universal Everything, o aplicativo Polyfauna não traz músicas novas ou afins, mas foca em uma experiência que transcende som, cores, interação e espaço.

“Uma colaboração experimental que do interesse em experiências com computadores e nas criaturas imaginárias do nosso subconsciente”. – Thom Yorke, em post de lançamento

O conteúdo é uma “viagem” em primeira pessoa, onde mergulha-se em um mundo sombrio que revela uma natureza misteriosa a partir do movimento do celular, e também formas geométricas criadas com o toque dos dedos do usuário.

Além do trajeto subjetivo e sensorial, há alguns elementos de jogo como seguir um ponto vermelho que aparece de tempos em tempos na tela. Também é possível fazer uma captura da imagem que se forma, como uma oportunidade de guardar o momento exato de uma experiência tão abstrata que dificilmente se repetirá novamente. Todas as imagens capturadas vão para uma galeria no site da banda.

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“Your screen is the window into an envolving world.”

As artes são inspiradas em desde paisagens e geometrias pintadas por JW Turner e Peter Doig aos experimentos eletrônicos de Karl Sims.

Um mergulho no universo da banda, a experiência fica completa com passagens da música “Bloom” do disco The King of Limbs como trilha sonora.

Polyfauna está disponível de graça para iOS e Android.

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Google DevArt abre inscrições para projetos de arte que usem tecnologia

Google lançou o DevArt, uma iniciativa que busca destacar artistas que usam tecnologia – especialmente códigos e plataformas interativas – em seus trabalhos. O primeiro resultado desse projeto será a execução de quatro instalações no Barbican Performing Arts Center, em Londres.

Três dos trabalhos a serem expostos já foram escolhidos, sobrando ainda um lugar a ser preenchido. Essa vaga está aberta para inscrições pelo site do projeto.

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Neste primeiro momento, a escolha mais restrita dos artistas serve mais como uma inspiração para os futuros projetos a serem financiados e expostos pelo Google. A ideia é receber novas submissões a cada concurso e vagas abertas ao longo do ano.

Os primeiros artistas escolhidosZach Lieberman, a dupla Varvara Guljajeva e Mar Canet, e Karsten Schmidt – tem em comum o uso de tecnologia e interação como essência do trabalho. Enquanto Lieberman mistura música com código, criando um programa que ensina um computador a “apreciar e curar” sons, a dupla transforma desejos dos visitantes em borboletas interativas. Já Schmidt mistura natureza com design generativo criando colaborativamente objetos em 3D.

Zach Lieberman

Zach Lieberman

 

Varvara Guljajeva e Mar Canet

Varvara Guljajeva e Mar Canet

 

Karsten Schmidt

Karsten Schmidt

Google espera criar um acervo gigantesco de inspirações e boas ideias que usem tanto Google APIs como Kinect, Unity, WebGl, Arduino, Processing e demais linguagens e plataformas.

Os trabalhos inscritos podem vir de qualquer lugar do mundo. Esta última vaga fica aberta até dia 28 de Março.

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Piscina, restaurante, balada e outros projetos para as estações abandonadas de Paris

Uma lista de propostas para transformar estações de metrô abandonadas de Paris em espaços públicos e de lazer foi divulgada este mês, como parte de uma campanha política para a cidade.

Reapropriações que agreguem novos usos aos espaços, como uma balada, um restaurante, uma piscina, um teatro e galeria de arte.

De acordo com o site da campanha, existem onze estações “fantasmas” em Paris, algumas que nunca foram abertas outras que fecharam desde uma renovação em 1940. Hoje, tais espaços dormem embaixo dos moradores da cidade. A proposta quer fazer justamente o oposto: tornar estes locais em públicos e de lazer, como uma balada, um restaurante, uma piscina, um teatro e galeria de arte.

Para o lançamento da proposto, os arquitetos Manal Rachdi e Nicolas Laisné renderizaram o visual esperado seguindo uma linguagem futurista e, ao mesmo tempo, mantendo o aspecto subterrâneo com estruturas arqueadas, espaços abertos e luzes direcionadas.

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Paris já tem um projeto similar que obteve sucesso, no qual uma linha obsoleta de trem foi transformada em um parque em 1993. Porém, as propostas envolvendo o subterrâneo são mais ousadas, trabalhosas e de maior investimento.

Aprovada ou não, a reapropriação dos espaços abandonados em novos ambientes úteis é uma mensagem poderosa, que traz inúmeros benefícios e deve ser exigida pelos cidadãos.

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Tóquio noturna feita de pontos de papel

As luzes de grandes cidades durante a noite são tema comum em representações artísticas. Para fugir dos mesmos visuais, Yukino Ohmura criou uma forma inovadora de representar os prédios e ruas de Tóquio e suas luzes neon.

A jovem artista usou centenas de pequenos pontos adesivos – daqueles comprados em papelaria com diversos tamanhos e cores – que, colocados de forma estratégica, formaram um retrato das luzes das cidades.

“Usando materiais comuns, pensei em tornar a arte mais acessível aos japoneses e também adicionar algo novo para um tema tão comum.” – Ohmura, via The Verge

Suas telas ganham fundo preto de tinta acrílica e levam em torno de 3 semanas para ficarem prontas.

Sua técnica deu tão certo que Ohmura criou uma série de paisagens noturnas retratando outras cidades grandes da mesma forma.

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Ao usar materiais como os pontos adesivos, que são bastante comuns no Japão e usados regularmente na escola, Ohmura expressa um contraste entre o conceito de glamour da visão noturna de uma cidade grande e sua forma mais acessível expressa por materiais baratos e do dia a dia.

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Guias de viagem para smartphone, feitos por moradores para viajantes

Está cada vez mais fácil planejar uma viagem sem sair do conforto de casa, pesquisando, reservando e traçando as rotas tudo pela internet. Mas a dúvida de saber se está, de fato, escolhendo os melhores lugares para se visitar e que batam com seu estilo, verba e interesse ainda continua.

Apesar dos diferentes guias disponíveis gratuitamente online, dos blogueiros e dos diversos videologs de mochileiros, as boas dicas ainda são dos moradores das cidades que planeja viajar e, deste seleto grupo, as melhores virão daqueles que possuem interesses em comum com você.

Uma nova startup chamada Inside.co lançou recentemente um guia construído para ser melhor visualizado e navegado em dispositivos móveis. Além disso, todo o seu conteúdo é inteiramente criado por moradoras para viajantes.

Ainda nos primeiros dias de lançamento, Inside.co conta com diferentes guias rápidos de cidades como Nova York, São Francisco, Los Angeles, Buenos Aires, Londres, Paris, Melbourne, Nairobi, Reykjavik, entre outros.

Tais guias são baseados em viagens rápidas, contemplando atividades que podem durar em torno de 3 dias. O objetivo é que cada destino possua diversos guias, que abordem a cidade de forma diferente, seja através da comida, das vistas, das baladas, dos bares, dos cafés, das galerias de arte, dos passeios ao ar livre ou até de viagens com crianças.

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Para quem gostar da ideia e quiser criar um guia da sua cidade, há um processo de seleção de escritores. Veja mais aqui.

Apesar do foco do projeto ser o uso em tablets e smartphones, a má notícia é que é necessário a conexão com internet para conseguir acessar as dicas, fotos, mapas e trajetos. Ou seja, para os viajantes no exterior, é preciso abrir o guia em um café com wifi antes de partir para a jornada descrita.

Inside.co ainda está no começo, com poucos guias e muito trabalho pela frente. Porém seu design simples e bonito, o foco no conteúdo e nas diferentes formas de se visitar uma cidade indicam que os guias terão qualidade e podem valer cada centavo dos $10.

 

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Animação feita com pinturas explora o mistério da morte de Van Gogh

Entre as controvérsias que rondam a morte de Vincent Van Gogh, o pintor que teve um histórico de doença mental morreu devido a uma infecção de um tiro que tomou no peito aos 37 anos.

O mistério está por trás de quem atirou. Apesar de dito que supostamente foi ele mesmo, há uma teoria de grande controvérsia que aponta que a culpa foi de dois adolescentes.

Loving Vincent, novo filme do estúdio Breakthru Films vencedor de um Oscar, explora essa teoria usando como conceito visual o próprio estilo artístico do pintor.

Para isso, cada frame da animação contempla pinturas sutilmente diferentes, que dão a impressão do movimento ao serem colocadas juntas, em sequência.

Baseando-se em cartas escritas pelo artista, o filme conta com mais de 56 mil pinturas a óleo, realizadas por uma dúzia de pintores que estudaram e trabalharam metodicamente em cima do estilo de Van Gogh.

O filme está levantando fundos em campanha no Kickstarter até esta semana, para poder ser finalizado e exibido.

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Peek App, o calendário humanizado

Ex-designers da Ideo resolveram se unir em torno de algo que os incomodava: as limitações e o visual nada prático dos calendários disponíveis para iPhone.

Com o objetivo de repensar o calendário em termos de conceito, interface e interações para o dispositivo móvel, eles criaram o Peek, um aplicativo que foca em uma experiência básica, mínima e totalmente criada pensando nas particularidades e recursos de um smartphone.

“Pessoas não percebem o tempo como tabelas e páginas, mas como uma linha do tempo que foca no futuro próximo.” – Amid Moradganjeh

De primeira, Peek parece ter bastante em comum com Clear, um aplicativo de tarefas que fez bastante barulho por inovar em termos de interações voltadas para o usuário.

Peek carrega cores básicas e tipografia clean. Suas animações derivadas do toque lembram materiais analógicos: ao clicar em um título, o aplicativo “desdobra” a informação como se fosse um papel.

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Tendo em mente usuários que se interessam mais por realizar uma tarefa simples do que possuir infinitas escolhas complexas disponíveis em mãos, Peek parece mais um sistema de Post-it coloridos do que uma planilha repleta de links e fórmulas.

“Muitas pessoas não estão interessas no complicado e nem em apps que pensem por elas. O simples às vezes pode ser mais útil.” – Amid Moradganjeh

Uma das mudanças de concepção do calendário clássico veio através de uma pesquisa de comportamento, onde a equipe notou que as pessoas não percebem o tempo como tabelas, grids e páginas. Mas sim como uma linha do tempo que foca no futuro próximo.

Assim, com um belo design e uma enorme preocupação em tornar as interações mais humanas, Peek App serve bem àqueles que estão em busca da fitinha vermelha amarrada no dedo ou do post-it colado na tela do computador.

Peek Calendar está disponível para iOS por $0.99.

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Agora você pode criar construções de Lego em locais do Google Maps

Google e Lego fecharam parceira para criar o projeto Build With Chrome, uma plataforma digital onde os amantes das pequenas peças de plástico podem testar sua criatividade ao construírem prédios tendo como base localizações do mundo real, através do Google Maps.

Não há limites para as construções, que podem ser grandes, surreias e de diversos designs, dependendo apenas da imaginação do usuário.

Para começar a criar, você definir sua localização e então usar as ferramentas dispostas no canto esquerdo da tela. Ao clicar nas peças, é possível escolher variedades de formatos e cores, além de elementos como portas e janelas. Podem ser usadas, no total, 1000 tijolos virtuais para sua criação.

Em versões para web, mobile e tablets, Build With Chrome foi desenvolvido usando a tecnologia Webgl 3D, que oferece animação e gráficos de alta qualidade.

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Para aqueles que sentem falta de “colocar a mão na massa” ao brincar com Lego, o Google também desenvolveu uma versão touchscreen que aprofunda um pouco mais a sensação de trabalhar com as peças.

Todos os prédios criados ficam no sistema do projeto, que pode ser acessado por um campo de busca que filtra por características da estrutura.

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Como um computador assiste a um filme

Interessado pela visão e pelo poder de “escolha” de uma máquina, o artista Ben Grosser colocou seu computador para assistir à grandes filmes – e com narrativas e visual bastante diferentes entre si – como Matrix, A Origem, 2001: Uma Odisséia no Espaço, Táxi Driver, Beleza Americana e Annie Hall.

Uma máquina sem nosso senso de narrativa, visão e padrões históricos assiste ao mesmo que nós?

Para isso, Grosser escreveu um software com algoritmos de visão computacional que ficassem de olho em áreas como padrões, cores, proeminência e outros aspectos relevantes de cada quadro em um filme, a fim de identificar e rastrear itens interessantes – como rostos, prédios, sinais e elementos de paisagens.

Porém, a diferença deste experimento para qualquer outro programa de reconhecimento de imagem é a seguinte: aqui, o próprio computador (no caso, a inteligência de algoritmos) que “escolhe” no que focar. E é justamente este ato de “procurar por algo” da máquina que representa o estado de “assistir”.

Todo esse sistema pode ser visualizado através de um sketch interativo que é realizado de forma temporal pelo software, e representa o processo pelo qual a máquina passa ao “assistir” a um filme.

A Origem

A Origem

Beleza Americana

Beleza Americana

Matrix

Matrix

Táxi Driver

Táxi Driver

Sem comando algum, o sistema desenha o que “escolhe” ver.

Nas obras resultantes, é possível ouvir o áudio original do filme sobreposto ao canvas branco, que vai sendo desenhado aos poucos até preencher a tela por completo.

Para Grosser, a intenção era analisar o que uma máquina “faria” se não houvesse uma necessidade tão importante e instrumental para o seu usual processo de intensificação e rastreamento, ou seja, sem comando algum do ser humano.

No clipe sobre o filme A Origem, é possível ver uma análise da diferença entre a visão humana e a do computador. Por exemplo, quando a máquina assiste às explosões, ela enxerga uma série de pequenas e rápidas mudanças no campo visual. Assim, sua representação ganha pequenos rabiscos voando pela tela e contemplando seus movimentos. Já nós, humanos, focamos nos atores e em suas reações perante às explosões.

Todas as análises e peças finais podem ser vistas aqui.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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