Aplicativo encontra aquela roupa que você viu na rua mas não conseguiu achar online

Quem nunca ficou obcecado por alguma roupa que viu alguém usando na rua ou no Pinterest e, mesmo com inúmeros tentativas no Google, não conseguiu saber de que marca era nem encontrou à venda?

Até o momento, são cerca de 700 mil peças disponíveis para busca a partir de imagem ou diretamente por categorias. 

Para resolver essa frustração, a startup de moda ASAP54 está lançando um aplicativo que linka fotos de roupas, acessórios e produtos com um enorme banco de dados de lojas como Barneys, Neiman Marcus, and Topshop.

Ao tirar uma foto do item ou fazer um upload de sua imagem, o aplicativo faz uma busca pelo seu banco de dados comparando design, estampas e tecidos e, como resultado, apresenta as informações do determinado item – ou itens similares – além de direcionar o usuário para comprá-lo online.

Além do apurado sistema de busca, ASAP54 App também foi construído como uma rede social, sendo possível seguir usuários, encontrar inspirações e copiar seus looks. Tudo devidamente linkado com informações e shopping online.

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A empresa arrecadou mais de 3 milhões em investimentos para o aplicativo que parte de uma ideia bastante simples: tudo o que você vê deve ser possível de ser encontrado.

E assim, se a tecnologia falhar na missão, é possível perguntar sobre seu item para os personal stylists da empresa disponíveis online.

ASAP54 App está disponível de graça para iOS.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Como encontrar o GIF certo para cada momento?

GIFs são uma ótima forma de se expressar em diferentes momentos, mas nem sempre é fácil encontrar o melhor para cada situação.

GIFGIF permite que você faça uma busca pelo GIF perfeito baseado em uma emoção.

É aí que entra o GIFGIF, um banco de dados criado por Travis Rich e Kevin Hu, estudantes do MIT Media Lab, com o objetivo de facilitar a vida de todos.

O site permite que você faça uma busca pelo GIF perfeito baseado em emoções. E, para que cada GIF traduza, de fato, a emoção desejada, o site é sustentado pelos próprios usuários que analisam os GIFs presentes.

Assim, ao entrar no GIFGIF, a primeira coisa a ser feita é responder se os dois GIFs apresentados remetem claramente a uma determinada emoção.

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Com alguns resultados mais voláteis do que outros – “felicidade”, por exemplo, é uma emoção traduzida por GIFs mais claramente do que “vergonha” e “alívio” – a meta não é ser o maior repositório de GIFs da web, mas sim o lugar aonde os usuários vão para encontrar o GIF perfeito para determinada emoção, reação e momento.

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Até o momento são mais de mil GIFs coletados, todos retirados do popular Giphy. Lançado dia 3 de março, o liberar ao público sua API em breve.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Uma experiência interativa para cada página de livro

Para marcar o lançamento do novo livro de Khaled Hosseini, And the Mountains Echoed, a Penguin Books Canada e a agência Dare Toronto se uniram para criar uma experiência interativa que desse vida e interpretasse as páginas impressas da publicação.

Com o nome de The Echo Project, o resultado é um site com jogos, motion graphics, vídeos, ilustrações, áudio, imagens e demais conteúdos multimídias que permitem explorar temas complementares à história do livro, tais como cultura, geografia e fatos históricos dos cenários do livro, que tem como foco principal o Afeganistão.

Em uma passagem sobre a guerra no Kabul, por exemplo, foram encontradas fotos históricas que revelam detalhes das cenas descritas e dão traços reais ao contexto do livro.

Ainda em construção, o site pede que os leitores enviem suas ideias e inspirações que tiverem para o livro. Assim, poderão ajudar a construir uma experiência digital para cada uma das 402 páginas impressas.

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Como mostram as imagens acima, o projeto teve contribuições do autor e também de uma equipe de editores, autores, pintores, diretores e ilustradores.

O livro é uma aventura extraordinária que leva o leitor pelo mundo e através de diversas gerações. Uma experiência emocional e estimulante de leitura, que foi bem capturada pelo universo digital e interativo.

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MoMa abre para exposição sua coleção de 40 anos de inovação no design

Uma nova e eclética coleção no Museum of Modern Art, em Nova York, espera representar o que tem de mais inovador no design da última década. A exposição entitulada “A Collection of Ideas” contempla tudo o que você pode imaginar, de Minecraft à drones, passando por ternos punks e simples símbolos que hoje fazem parte do nossos alfabeto visual como o “@“.

A coleção entra com uma tarefa difícil: explicar ao público que design, apesar de quase sempre discutido apenas em publicações de estilo ou especializadas, não é apenas sobre “fazer bonito”. É, na verdade, sobre a vida real, o dia a dia e o ser humano.

As peças mais chamativas podem ser aquelas que ficam mais próximas do que já somos familiarizados. De símbolos ubíquos como o “pin” do Google Maps e o “@“, são em demonstrações como essa que o olhar para, observa e repensa as interações diárias.

Também se encontra disponível uma pequena seção para os clássicos dos games, repleta de jogos do Atari, de Asteroids ao Pong. Todos estes ficam expostos em telas acopladas à parede, sem molduras, como uma pintura clássica em um museu. Além disso, são liberados para jogar!

MoMa tem feito esforços para relacionar os game à arte, colecionando-os há um bom tempo e apontando conceitos inovadores como os gráficos em vetor de Asteroids e a arte generativa de Minecraft, resultando em um mundo gerado por algoritmos que compõe uma experiência única para cada usuário.

Joris Laarman Bone Chair

Joris Laarman Bone Chair

Google Pin

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Atari

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“O tempo muda, mas a humanidade nem tanto assim.” – Antonelli, curadoria sênior, para The Verge 

Grande parte das peças partilham do mesmo objetivo de destacar como a interação e o design evoluíram ao longo do tempo e misturam-se um com o outro. Já alguns trabalhos apontam para como as ferramentas digitais transformaram e adicionaram às formas naturais, como uma cadeira feita de ossos e esculturas de madeiras que recriam a anatomia de um escorpião.

Sem dúvidas, cada objeto tem uma história para contribuir para a evolução do design ao longo de décadas, deixando visíveis ora revoluções ora traços de imutabilidade.

Objetos pragmáticos expostos como arte tradicional.

Com trabalhos que podem parecer desconectados do MoMa e do mundo da arte como um todo de tão comuns e alheios a tal pensamento, os esforços de dar espaço para o visitante observar e refletir são aparentes. Afinal, traduzindo bastante esta era digital e participativa, às vezes é preciso deixar que as pessoas conectem os pontos por elas mesmas. E são com tais objetos pragmáticos que a exposição busca refletir passado, presente e futuro.

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Agora você pode espiar a NSA

A agência belga Happiness Brussels lançou o projeto Spy on the NSA como parte do The Day We Fight Back, protesto em prol da internet aberta com envolvidos de peso, como Mozilla e Reddit.

Fazendo jus ao nome, a ação permite que os usuários espiem a maior agência de vigilância do mundo (e que vigia a todos nós), NSA.

“É apenas uma reação aos acontecimentos atuais relacionados a NSA.” – Michael Middelkoop, um dos criadores, para FastCompany

A ideia veio como uma reação natural aos acontecimentos atuais relacionados a NSA. Usuários de todo o mundo são espiados diariamente, e possuem seus dados pessoais vasculhados, seja lá qual o objetivo. Para responder a pergunta “quem são estes que nos espiam?”, Michael Middelkoop, um dos criadores do projeto, conta que a solução foi simples: apontar a câmera para o lado de lá.

Ao entrar no site, imagens do escritório da NSA em Maryland aparecem na tela através de (aparentemente) câmeras de segurança. Se assistir o bastante, é possível ver o passar do tempo através carros dirigindo, pessoas circulando e pássaros voando.

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“Se olhar com atenção o bastante, terá uma pista de  moo conseguimos isso.” – Michael Middelkoop, um dos criadores, para FastCompany

Um recurso interessante do site é a opção de gravar parte da filmagem que o usuário tem acesso e compartilhá-la nas redes, algo que, ironicamente, pode vir a ser monitorado pela própria NSA. Aqui, apenas os usuários dando o troco.

Os criadores do projeto não revelaram como eles tiveram acesso ao feed de vídeo nem o exato momento em que ele se passa. A ideia do projeto – mais do que hackear, liberar acessos e gerar problemas – é simples: provocar.

 

 

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Os jogos antigos de console agora disponíveis para jogar no browser

O papel do The Internet Archive era ter certeza de que décadas de tecnologia, videogame e cultura não fossem perdidas com o passar do tempo e a evolução do setor.

Para isso, em outubro deste ano foi lançada uma coleção com mais de 25 apps e games antigos, o Historical Software Collection, e também o projeto Javascript Mess, um emulador que simula máquinas antigas.

“Uma nova geração de pessoas irá descobrir o quão ruins eram estes jogos.” – brinca Jason Scott, curador do projeto, para The Verge

Esta semana foi divulgado que, agora, os consoles antigos que qualquer fã conhece – Atari 2600, Atari 7800, ColecoVision, Magnavox Odyssey² e Astrocade – estão disponíveis para serem jogados online.

Essa iniciativa faz parte da seção Console Living Room do projeto, uma coleção de games de consoles dos anos 70 e 80. O nome e a época de lançamento fazem referência à manhã de Natal dos sonhos de uma criança, de rasgar o papel da caixa debaixo da árvore e descobrir que o presente era um videogame.

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Console Living Room espera que os usuários apreciem a ideia de ter todos os cartuchos para um novo console ao alcance do clique.

Com uma coleção que irá se expandir nos próximos meses, o projeto torna estes jogos antigos disponíveis para o mundo e instantaneamente permite resgatar memórias e diversões de uma história das quais eles foram personagens principais.

 

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Phoenix pede aos fãs que remixem sua nova música “Trying to be cool”

O remix representa uma sociedade acostumada a compartilhar, transformar e editar criações já conhecidas, independentes de serem protegidas por direitos autorais ou não.

Depois do single “Entertainment” do Phoenix – lançado em seu último álbum Bankrupt! – ser reinterpretado por vários artistas como Dirty ProjectorsGrizzly Bear e Dinosaur Jr, a banda francesa resolveu continuar trilhando pelo caminho iniciado da democratização da música na cultura digital.

No início do mês, eles anunciaram a criação de um canal no Soundcloud, em parceria com o Creators Project, para que os usuários baixassem todas os arranjos, instrumentos e efeitos que compõe a música Trying to be cool, do novo álbum, e criassem um remix.

Com a ação ainda no ar, qualquer usuário pode se logar no Soundcloud, ir até a página da banda e subir seu remix, ficando acessível para todos.

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“A cultura digital cria mundos virtuais que enriquecem e percorrem coletivamente qualquer criação. Assim, o remix se torna um ponto de encontro e um meio de comunicação entre a comunidade.” – Pierre Lévy

Ao mesmo tempo em que o conceito de remix aponta por diminuir ou ausentar o autor original da música pelas modificações, ainda assim o ato de compartilhar, recriar e compartilhar novamente envolve etapas, atores e laços sociais que viralizam ainda mais a música, da fonte ao produto final.

É possível escutar todos os 84 remixes criados até agora aqui, sendo que alguns deles já possuem mais de 10 mil likes. O que mostra ser uma boa estratégia para fazer circular e ser ouvida uma nova faixa, numa era em que se clica mais em next song do que em play.

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Aplicativo transcreve o que você canta ou toca em partitura musical

Um time de músicos pesquisadores desenvolveu um aplicativo que capta a música que você está cantando ou tocando ao microfone do celular e a transcreve em partitura musical.

“Achamos que o processo de uma ideia musical à partitura deve ser o mais curto possível.” – ScoreCleaner Notes, no site

Desenvolvido pelo KTH Royal Institute of Technology, na Suécia, ScoreCleaner Notes “escuta” a melodia e então a escreve em partitura, para que o usuário compartilhe em suas redes sociais ou por email, sem nem precisar saber nada sobre teoria musical.

Tudo o que o usuário precisa fazer é abrir o app, clicar no botão “gravar” e começar a cantar. Logo em seguida, o aplicativo irá traduzir os ritmos e melodias em partitura musical. Outra coisa interessante é que você não precisa somente cantar, pois a mesma função também funciona se você tocar algum instrumento.

A tecnologia do ScoreCleaner Notes é baseada em uma pesquisa realizada no KTH, sobre como as pessoas interpretam música.
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O aplicativo está disponível para iPhone por $0,99.

Como vemos na campanha de divulgação (abaixo) – um usuário que canta no chuveiro no fim é um grande compositor – a ferramenta é coisa séria e pode significar uma revolução, mesmo que lenta e silenciosa, não somente na forma de compor, mas de quem irá compor músicas.

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SoundTracking lança integração com Instagram

Temos visto muitas novidades na indústria da música junto à cultura digital. O lançamento do Twitter #Music, o novo Myspace, as atualizações do Spotify e outros apps e ferramentas tem tornado a atividade de ouvir música muito mais simples e social.

Dentre as novidades, o aplicativo mobile SoundTracking – para compartilhar a trilha sonora do momento – anunciou recentemente uma integração ao Instagram, com o objetivo de tornar o compartilhamento de música mais visual, compatível às emoções e ao momento íntimo que nos agarramos quando postamos uma música nas redes.

Com esse novo recurso, o usuário do app de música pode compartilhar momentos musicais em seu feed do Instagram como uma ‘foto musical’. O inverso também vale, podendo o usuário compartilhar fotos do Instagram em seu feed do SoundTracking. A única dificuldade é que você não consegue abrir a música diretamente no Instagram.

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Essa integração permite “ver” os momentos musicais além de ouví-los.

A ideia veio a partir do olhar apurado que a equipe do app mantém sobre sua comunidade. Eles recebiam feedbacks constantes de usuários querendo colocar fotos do Instagram em suas músicas do SoundTracking e também dando print screen em seus posts do app e postando no Instagram.

Além desse processo natural, o posicionamento do Instagram não somente como uma ferramenta para compartilhar fotos, mas de uma rede social focada em comunicação visual e não-verbal, foi essencial para a aceitação da comunidade musical do app.

O SoundTracking teve várias atualizações recentemente. Uma delas, o botão “Smart Play“, permite tocar músicas do Youtube, Spotify e Rdio com um toque. Com isso, o app cresceu em mais de 2 milhões de usuários ativos mensalmente, criando mais de 1.75 milhões de atividades sociais diárias em volta do mundo da música (incluindo visualizações, plays, curtir, comentários, seguir, etc).

“Nós queremos pegar todos os momentos emocionais quando compartilhamos uma música e os conectá-los entre nossa rede” – Jang, do SoundTracking, para Fast Company
O app acabou por criar um sistema que beneficia todos a sua volta: os fãs com cada vez mais opções de artistas, músicas e atividades sociais; o próprio app, evoluindo com os insights gerados pela comunidade; e a indústria da música – artistas, gravadoras e marcas – que podem se beneficiar com a tamanha quantidade de dados por trás de cada recurso e informação disponível.

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Curator’s Code: honrando os autores e padronizando a curadoria de conteúdo

Maria Popova, fundadora do Brainpickings.org, criou um código de conduta para curadores de toda a web usarem quando forem citar suas fontes.

Numa era de excesso de dados, a curadoria – um serviço que leva ao público o que é interessante, significativo e que vale o tempo gasto – é uma forma de criação de crescente urgência e importância.

O Curator’s Code pede para que qualquer um que for compartilhar conteúdo online dê créditos para a fonte usando uma das formas padrões, “via” ou “hat tip“. Tais formas de citar fontes existem há um tempo, mas seus significados nunca foram consolidados.

A proposta de Maria Popova é indicar o “via” como uma descoberta direta, usada para quando o conteúdo compartilhado foi pouco ou nada modificado da fonte. Por exemplo, compartilhar uma imagem ou usar citações de outra pessoa sem acrescentar palavras.

Já uma “hat tip” significa um link indireto de descoberta, quando se usa um conteúdo como inspiração para criar um novo. Por exemplo, matérias usadas para construir a sua própria visão do tema, ou um remix e mash-up de trabalhos sob Creative Commons.

Para ambas as situações, o código propõe caracteres especiais, ? e ? respectivamente, de forma a honrar e padronizar as descobertas e usos de fontes pela web. Os caracteres especiais são símbolos que irão gerar curiosidade e que, aos poucos, tendem a passar a mensagem sozinhos.

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Curator’s Code visa criar um código de ética, e não uma lista de regras, com o objetivo de honrar os autores e as descobertas pelos labirintos da web, encorajando o respeito através da atribuição de fontes e a curadoria como criação.

“Ainda não tínhamos um sistema que honrasse esse trabalho de descobertas e suas fontes.” – Maria Popova

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Para quem gostou dos caracteres especiais, Popova também desenvolveu um bookmarklet para navegadores, que permite que o usuário insira os caracteres em um campo de texto direto na hora de postar (tweet ou blog CMS, por exemplo) sem precisar copiar/colar.

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Read Petite, o “Spotify para livros”

Read Petite é um projeto que abraça a cultura digital e a aplica no mercado de livros. Tem como idealizador Tim Waterstone, fundador de uma das maiores livrarias do Reino Unido, Waterstone’s.

Read Petite foi citado como um “Spotify para livros”, pois permite que os leitores acessem online o quanto de material quiseram, apenas pagando uma taxa mensal.

Com um foco específico em contos e romances em séries, o modelo pode vir a ser um caminho para o sucesso do mercado de histórias mais curtas, que geralmente não geram muito lucro.

Uma matéria no The Telegraph notou que o projeto segue a tradição dos escritores do século 19 como Charles Dickens e Anthony Trollope, que publicavam capítulos por capítulos em jornais e revistas da época. No Brasil, isso também ocorria com os folhetins, que tinham autores como Nelson Rodrigues e Machado de Assis, publicados semanalmente nos meios de massa.

Planejando seu lançamento para ainda este ano, a plataforma cobrará entre £5-£12 por mês, com histórias mais curtas e publicadas em séries, o que combina bastante com os leitores que usam seu ereader em curto tempo como filas de espera, transportes públicos, antes de dormir e pequenos momentos de pausa durante o dia.

 

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Artista pinta fotos de perfis do app Grindr em aquarela

Ted Sterchi, webdesigner e artista de Londres, queria começar um projeto pessoal que unisse suas habilidades de desenho e pintura tradicionais às novas fronteiras da tecnologia e da sociedade quebradas pelas redes sociais online.

Inspirando-se no projeto Selfless Portraits – que ilustra fotos de perfis do Facebook e constrói pontes de intimidade entre as pessoas da foto e seus ilustradores – Ted criou o Grindr Illustrated: um Tumblr onde posta pinturas em aquarela baseadas em fotos de perfis dos usuários do Grindr, um aplicativo popular de relacionamento para homens encontrarem homens.

Ele já fez mais de 52 artes, publicadas com as descrições que cada um coloca em seu perfil.

Seu projeto é um comentário divertido e carinhoso do relacionamento na cultura digital, traduzindo com cuidado pixels de fotos tiradas de si mesmo em traços delicados feitos à mão.

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Pressgram: novo app de fotos em que você detém 100% dos direitos de suas imagens

Enquanto há gente saindo do Facebook e do Instagram, tomando partido contra as regras de direitos autorais de conteúdo criado e postado nestas redes – que, na verdade, não pertencem a você – as tentativas de reverter a situação estão sendo vistas em novos empreendimentos nascidos da cultura da liberdade digital.

John Saddington é um destes empreendedores que, atualmente, está lançando o Pressgram. Aberto para financiamento via Kickstarter, o aplicativo (inicialmente pela plataforma iOS) é similar ao Instagram, para tirar fotos e editá-las com filtros bacanas, porém você detém 100% dos direitos de suas imagens.

Além disso, há a possibilidade de acoplar as imagens em uma conta sua no WordPress diretamente, unindo o poder de uma plataforma de publicação aberta à instância da mobilidade e do conteúdo em tempo real.

Abaixo, John explica a motivação que o levou a criar o projeto, com o objetivo de ser um aplicativo totalmente voltado ao usuário e fruto da revolução do conteúdo livre.

Entregando liberdade criativa e de compartilhamento aos usuários, o Pressgram é um retrato do que esperamos ver bastante nesta nova economia, fruto da revolução digital.

O projeto pode ser apoiado via Kickstarter, faltando poucos dias para terminar sua arrecadação.

 

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Tribeca Film Festival lança concurso com Vine

Tribeca Film Festival lançou a competição #6SecFilms, onde para participar o usuário deve enviar filmes de 6 segundos feitos com aplicativo Vine.

Para quem ainda não conhece, o Vine é um aplicativo lançado em janeiro deste ano, que permite criar vídeos em looping de 6 segundos, além de editar e compartilhar nas redes sociais. O Twitter comprou o serviço e, depois de algumas preocupações com conteúdos ofensivos, a ferramenta já tem sido usada por muitos.

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Para o concurso, o usuário pode enviar quantos vines quiser, contanto que sigam os seguintes tópicos: #Genre (um gênero específico do cinema), #Auteur (uma história única que expressa sua voz), #Animate (stop motion) e #Serie (sua história contada em uma trilogia, contemplando 3 vines com começo, meio e fim).

Valendo até dia 07 de Abril, o competidor precisa postar seus vines no Twitter e seguir o @TribecaFilmFest. Os melhores filmes seão exibidos no Festival, além de prêmios de $600 para o vencedor de cada categoria.

O Vine está apenas começando a ser explorado, ainda em desenvolvimento como plataforma para branded content. Contudo, mais do que um retorno de marketing para o festival, o importante aqui está em incentivar novas formas de criar e colaborar, em especial quando se abrem possibilidades para artistas e criativos.

Para inspirar, o site do Festival até indicou alguns artistas que tem usado o Vine de forma criativa e o tumblr The Joy of Six, com vines bacanas que tem rodada a web. Além disso, já dá pra conferir via hashtag #6SeckFilms os filmes que estão competindo até agora.

O app está disponível para iPhone e iPod de graça aqui.

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Wikimedia Foundation anuncia parceria com a Telefónica

Foi com algum espanto que acabei de ler sobre a parceria entre Wikimedia Foundation (aquela da Wikipedia, entre outros projetos de conhecimento livre) e a Telefónica, já bastante conhecida entre o povo daqui.

Segundo o press release publicado no site da Wikimedia, a parceria foi firmada por um período de três anos, quando ambas as empresas trabalharão junto para disseminar o conteúdo livre produzido pelos diversos projetos da Wikimedia Foundation (e devo sempre lembrar: como, por exemplo, a Wikipedia) em canais desenvolvidos pela Telefonica: aplicativos, mobile web e outros canais de acesso que a empresa atua ou atuará.

Especificamente:

Aplicativos: desenvolvimento de aplicações mobile e para TV utilizando o conhecimento de projetos da Wikimedia.
PC Web: Criação de canais e busca para a Wikipedia, bem como o acesso ao vasto material multimídia acumulado pela enciclopédia.
Mobile web: Distribuição de conteúdo mobile da Wikimedia em portais da Telefónica.

Além disso, a Telefónica poderá explorar comercialmente todo e qualquer material da Wikimedia Foundation, que é considerado livre para todo o tipo de uso. Também dará suporte e patrocínio a iniciativas educacionais da Wikimedia Foundation.

Para bom entendedor, a empresa espanhola de telecomunicações supre um problema crônico da Wikimedia (principalmente por causa da Wikipedia): se bancar. Não é de hoje que suas pesquisas dentro da Wikipedia acompanham um pedido formal por doações, feito pelo Jimmy Wales, para ajudar a Wikipedia a conseguir pagar os seus servidores.

Contas pagas, criam-se alguns problemas:

O primeiro deles tem relação com a isenção que a Wikipedia sustenta: por ser fruto de uma fundação, a Wikipedia seria um terreno livre dos interesses comerciais e poderia tratar de assuntos da maneira mais imparcial possível. Num mundo em que todos têm algum interesse no que diz respeito à informação, a Wikipedia seria aquele canto utópico criado por hippies cibernéticos do bem que possibilitaria a qualquer um ter informação livre de manipulação.

Este discurso é tão forte que os usuários da Wikipedia o defendem a todo custo, muitas vezes passando por censores cruéis, eliminando artigos inteiros que contenham qualquer tipo de rastro de parcialidade comercial. Se a sua empresa de Social Media ainda vende “colocar a ação como verbete da Wikipedia”, tente executar a promessa uma vez apenas e conte quantos segundos e verbete dura por ali.

Como poderia agora a Wikipedia garantir, com 100% de credibilidade, que uma parceria com a Telefónica não irá interferir em alguns tópicos de interesse da empresa?

Um outro problema diz respeito ao uso que a Telefónica poderá fazer do conteúdo da Wikimedia de maneira comercial. Eu até acredito no press release, que garante que todo o “lucro” da Wikimedia é revertido para aumentar a sua capacidade de disseminar o conhecimento livre (pagar as contas). Mas estariam todos os usuários preparados para continuar defendendo com unhas e dentes um conteúdo que poderá ser explorado comercialmente pela Telefónica? O que torna, agora, a Wikipedia tão mais romântica que o Knol, do Google?

Finalmente: e quem garante que os frutos dos projetos da Telefónica envolvendo know-how da Wikimedia Foundation serão para o livre usufruto do homem?

Na verdade, eu não tenho conclusões. Somente dúvidas que tal parceria colocou na minha cabeça. Dúvidas que já haviam sido tratadas anteriormente, mas que finalmente se materializaram. E vocês, o que acham?

Brainstorm #9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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