Piscina, restaurante, balada e outros projetos para as estações abandonadas de Paris

Uma lista de propostas para transformar estações de metrô abandonadas de Paris em espaços públicos e de lazer foi divulgada este mês, como parte de uma campanha política para a cidade.

Reapropriações que agreguem novos usos aos espaços, como uma balada, um restaurante, uma piscina, um teatro e galeria de arte.

De acordo com o site da campanha, existem onze estações “fantasmas” em Paris, algumas que nunca foram abertas outras que fecharam desde uma renovação em 1940. Hoje, tais espaços dormem embaixo dos moradores da cidade. A proposta quer fazer justamente o oposto: tornar estes locais em públicos e de lazer, como uma balada, um restaurante, uma piscina, um teatro e galeria de arte.

Para o lançamento da proposto, os arquitetos Manal Rachdi e Nicolas Laisné renderizaram o visual esperado seguindo uma linguagem futurista e, ao mesmo tempo, mantendo o aspecto subterrâneo com estruturas arqueadas, espaços abertos e luzes direcionadas.

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Paris já tem um projeto similar que obteve sucesso, no qual uma linha obsoleta de trem foi transformada em um parque em 1993. Porém, as propostas envolvendo o subterrâneo são mais ousadas, trabalhosas e de maior investimento.

Aprovada ou não, a reapropriação dos espaços abandonados em novos ambientes úteis é uma mensagem poderosa, que traz inúmeros benefícios e deve ser exigida pelos cidadãos.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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NY ganha sinais de pedestre interativos e com sentimentos

Estudantes do renomado Programa de Telecomunicações Interativas (IPT) da NYU estavam estudando uma forma de fazer com que os sinais de rua fossem mais “sencientes”, ajudando as pessoas a se sentiram mais conectadas com sua cidade e os outros habitantes.

Para uma experiência divertida e compartilhável, personificar objetos comuns da cidade foi o que deu forma ao projeto Pop Pop, “a living pedestrian signal” que está em ação em Manhattan.

Pop Pop tem seis estados de humor: feliz, atento, relaxado, pra baixo, com sono e distraído.

São duas telas, parecendo com as típicas caixas de sinais de trânsito de Nova York, porém que rodam mensagens personalizadas, baseadas nas condições de interações do momento.

Assim, se o Pop Pop está feliz com as condições da via, ele mostrará mensagens como “Today is a great day – smile!”, “NYC is a lovely city with you in it” e “Have a fun day cause you’re awesome”.

Mas se está se sentindo estressado e pra baixo com tanto caos e trânsito, espere ler coisas como “Come on folks, no jaywalking please!“, “Please be safe NYC” e “Be safe. Look up from your phone”.

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Os sentimentos do Pop Pop possuem diversas fontes. A cada cinco minutos, o sistema usa o site crowdsourcing Mechanical Turk para analisar em live feed o que está se passando nas ruas da cidade, o número de pedestres, o trânsito, etc. Além disso, o sistema também é alimentado com dados do tempo, notícias e estatísticas de crime atualizadas.

Por enquanto, Pop Pop ainda é um experimento. Mas é o sucesso de projetos como esse que levam o design urbano a um novo patamar, onde o foco está tanto no bem estar como em uma infraestrutura funcional.

O resultado, enfim, é uma cidade mais viva e conectada do que nunca.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Aplicativo encontra lugares silenciosos em meio ao caos da cidade

Selvas urbanas podem ser esmagadoras e estimular nossos sentidos além da conta,  contribuindo para o stress do dia a dia. Pense: qual foi a última vez que o som ambiente que ouviu de um espaço na cidade foi o silêncio?

A experiência sonora da cidade pode ser tão desgastante e estressante que fica difícil ter um refúgio além dos nossos espaços privados.

Stereopublic é um aplicativo móvel e plataforma que tem por objetivo fornecer um antídoto para esse fenômeno, ajudando os usuários a encontrar, documentar e compartilhar seus refúgios silenciosos na cidade.

O processo de documentação é facilitado pela geolocalização. Aqui, earwitnesses indica uma exata localização no mapa, tagueada com 30 segundos de imagens e vídeo para que os usuários possam encontrar devidamente o lugar postado. Cada espaço documentado com o aplicativo pode ser tagueado com diferentes cores, indicando o humor do usuáio, e uma música ou composição original, para acompanhar o silêncio ambiente.

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Usando a tecnologia para se desconectar de todo o barulho das informações que recebemos e compartilhamos a todo segundo.

Os mesmos recursos do aplicativo também se encontram na plataforma web, com a diferença de que, com o celular em mãos, o usuário pode descobrir novas camadas de sua cidade enquanto a explora em movimento.

O projeto foi criado pelo músico e artista Jason Sweeney, em conjunto com os especialistas de áudio Emma Quayle e Julian Treasure, além do apoio do governo australiano. Até agora o aplicativo funciona em 18 cidades do mundo – como Londres, Nova York, São Francisco, Singapura, Sydney e etc – com outras 12 a serem lançadas em breve – Barcelona, Cidade do México, Toronto, entre outras. Nada de cidades brasileiras na lista, por enquanto.

Stereopublic está disponível de graça para iPhone e iPod.

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Qual é o seu lugar mais privado na cidade?

Explorando o paradoxo que é a vida na cidade de hoje, onde borram-se as barreiras entre o seu e o do outro, bem como o que é privado e o que é público, o BMW Guggenheim Lab desenvolveu um jogo e infográfico – Public/Private – que apresenta dados através de um belo design e muitas reflexões.

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Logo de início, o site abre um mapa da cidade do usuário via satélite e começa fazendo perguntas para categorizar os espaços que considera mais privados – sua casa, sua mesa de trabalho, prédios religiosos, as ruas, etc.

A visualização final – um gráfico de percentuais feito de palavras – coloca em perspectiva sua mais pessoal visão de público e privado.

O questionário faz perguntas que incitam a instrospecção e a reflexão, fazendo você perceber certos lugares que nem sabia que os considerava privados, como um restaurante ou um café. Enquanto outros que parecem mais privados, como sua mesa de trabalho, nota-se que suas conversas, atividades e atitudes lá não são tão íntimas assim.

Com isso, você pode comparar a média de tais dados da sua cidade com outros lugares ao redor do mundo. Abaixo, confira os resultado de algumas cidades:

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É interessante ver as tendências que as informações percorrem, as diferenças culturais e como estas influenciam nos aspectos mais íntimos de cada um.

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Zurique monta drive-in para bicicletas em cafés da cidade

A câmara municipal de Zurique lançou o projeto Velokafi, um drive-in para bicicletas em uma área externa no popular e disputado café Rathaus Cafe.

Duas estações de madeira, altas, com encaixes na parte inferior para a bicicleta e mesas na parte superior, permitem que o ciclista estacione brevemente para pegar um café, sem precisar descer da bicicleta, apenas encaixando-a na estação, pronto para fazer uma breve pausa para o café.

O projeto é parte do programa Stadtverkehr 2025 da cidade, que visa acomodar melhor a comunidade ciclista em Zurique, transformando a infraestrutura a seu favor e reduzindo o trânsito.

Lançado no início deste mês, Velokafi fica algumas semanas neste café, para depois mudar para outros locais. Uma iniciativa para influenciar novos pensamentos e mudanças nas estruturas de como vivemos e nos conectamos com o espaço.

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Projetos vencedores do Reinvent Payphones Design Challenge levam o futuro para NYC

O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, junto ao seu time de tecnologia e urbanismo, desafiou inovadores a levantarem ideias de como usar os 11 mil telefones públicos espalhados pela cidade.

Apesar do declínio destes telefones por causa dos celulares, ainda há grande uso quando falamos em emergência, como por exemplo durante o Furacão Sandy.

Com foco nos planejadores urbanos, tecnólogos, arquitetos e designers, o Reinvent Payphones Design Challenge tinha como objetivo levantar dados e financiar ideias inspiradas em conceitos de cidade inteligente e design thinking, para modernizar a infraestrutura de Nova York antes dos contratos destes telefones expirarem em 2014.

Divulgados dia 15 de Março, conheça dois dos projetos vencedores: NYFi (voto do público através da Fan Page da Cidade de Nova York) e NYC I/O: The Responsive City (melhor impacto na comunidade). A lista completa de vencedores por categoria pode ser vista aqui.

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O projeto visa transformar os telefones públicos em um portal interativo para informação e serviços públicos, um hub para wifi gratuito e uma estrutura aberta para aplicações futuras. São duas interfaces e um sensor touch screen de alta sensibilidade que ativa uma zona interativa.

Foram propostos dois modelos: uma estrutura grande para distritos comerciais e uma menor para residenciais e históricos. Quando não está em uso, a tela inicial nas áreas comerciais é de propaganda interativa e, nas áreas residenciais, mostra locais de interesse da região. Sua estrutura não obstrui a calçada e foi construída para melhorar a segurança e visibilidade das ruas.

Além da zona de wifi, suas aplicações são compatíveis para, futuramente, substituírem serviços como máquinas de MetroCard e bilhetes de ônibus, quiosques de assistência e estações de bicicletas compartilháveis. Seus softwares e hardwares foram programados para serem constantemente atualizados, de acordo com as necessidades da cidade.

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NYC I/O: The Responsive City

Realizado em uma parceria entre Control Group e Titan, o projeto visa atualizar os telefones públicos em modernos arranjos de sensores e telas. Na prática, estes formam um sistema de rede aberta e em escala urbana para que o público controle todos dados da cidade.

O telefone público, então, se transforma em um local de acesso às informações em tempo real e em uma plataforma de aplicações que conecta seus dados aos da cidade e de todos os outros habitantes.

Assim, fica possível desde conversar, acessar informações locais, fazer uma busca, pagar bilhetes de transporte público e estacionamentos e até checar as notícias.

Veja na prática como funciona:

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The Guardian leva interatividade à vista panorâmica do topo de Londres

The Guardian lançou um aplicativo online em seu site que permite ao usuário apreciar a vista de Londres de seu mais alto edifício, The Shard, e de forma interativa, a brincar com o que a cidade tem a oferecer.

Fazendo uso de fotografias de 360 graus e super detalhadas do fotógrafo Will Pearson, o aplicativo é lançado com um filme introdutório, que leva o usuário do elevador do The Shard ao topo da cidade.

Ao chegar virtualmente na plataforma panorâmica, é só seguir as intruções na tela, intuitivamente estruturada com controles comuns de zoom, lateral e vertical.

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Além da vista que pode ser vista de dia e de noite, a cidade se abre de forma interativa e imersiva através de links. Os ícones azuis trazem informações sobre pontos-chave de Londres. Já os laranjas contam histórias de populares personalidades britânicas, relacionadas à determinados lugares da cidade.

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Há também o som de Londres, desenvolvido pelo London Sound Survey, dando ao usuário a possibilidade de colocar os fones e, de fato, mergulhar na trilha sonora natural da cidade, dos sinos do Big Ben ao barulho do trem passando pelos trilhos.

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Hello Lamp Post! permite que pessoas interajam com objetos das ruas

Hello Lamp Post!, um projeto de arte que deixará a cidade de Bristol mais interativa, foi o vencedor do Playable City Award deste ano. Criado pelo estúdo de design PAN, de Londres, a ideia é convidar as pessoas a conversarem com os objetivos inanimados da cidade enquanto esbarram por eles.

Cada objeto terá um código único, identificável ao público. Por exemplo: caixas postais em Bristol terão um código de 6 dígitos, bancos de 7 e bueiros de 14.

Com isso, o usuário poderá enviar a mensagem “Hello + nome do objeto + seu código” para um número de telefone especial e o objeto instantaneamente ganhará vida, mandando uma mensagem de texto de volta ao usuário, com perguntas como “Onde estou?”, “Como eu me parece?” e “Qual a coisa mais interessante aqui por perto?”. As respostas serão armazenadas em um banco de dados, que alimentará novas perguntas.

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“Eu amo os sussuros das ruas, humanizando nossa cidade cujos olhos e ouvidos agora tem voz. Uma conversa em evolução, nos conectando. Eles estavam lá o tempo todo!” – Imogen Heap, no site do projeto

O projeto, a ser lançado no meio deste ano, reflete o conceito de internet das coisas de maneira simplificada, transformando a forma como as pessoas interagem com o mundo físico e inanimado, apenas com uma mensagem de texto.

 

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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