Google DevArt abre inscrições para projetos de arte que usem tecnologia

Google lançou o DevArt, uma iniciativa que busca destacar artistas que usam tecnologia – especialmente códigos e plataformas interativas – em seus trabalhos. O primeiro resultado desse projeto será a execução de quatro instalações no Barbican Performing Arts Center, em Londres.

Três dos trabalhos a serem expostos já foram escolhidos, sobrando ainda um lugar a ser preenchido. Essa vaga está aberta para inscrições pelo site do projeto.

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Neste primeiro momento, a escolha mais restrita dos artistas serve mais como uma inspiração para os futuros projetos a serem financiados e expostos pelo Google. A ideia é receber novas submissões a cada concurso e vagas abertas ao longo do ano.

Os primeiros artistas escolhidosZach Lieberman, a dupla Varvara Guljajeva e Mar Canet, e Karsten Schmidt – tem em comum o uso de tecnologia e interação como essência do trabalho. Enquanto Lieberman mistura música com código, criando um programa que ensina um computador a “apreciar e curar” sons, a dupla transforma desejos dos visitantes em borboletas interativas. Já Schmidt mistura natureza com design generativo criando colaborativamente objetos em 3D.

Zach Lieberman

Zach Lieberman

 

Varvara Guljajeva e Mar Canet

Varvara Guljajeva e Mar Canet

 

Karsten Schmidt

Karsten Schmidt

Google espera criar um acervo gigantesco de inspirações e boas ideias que usem tanto Google APIs como Kinect, Unity, WebGl, Arduino, Processing e demais linguagens e plataformas.

Os trabalhos inscritos podem vir de qualquer lugar do mundo. Esta última vaga fica aberta até dia 28 de Março.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Campus Party espalha graffiti inspirado nos enigmas de Turing pela Inglaterra

Para promover sua edição inglesa, a Campus Party espalhou arte pelas ruas da Inglaterra. Chamadas de Code Graffiti, cada mural pintado foi inspirado nos enigmas de Alan Turing e contém uma mensagem criptografada na forma de código binário.

Quem decifrar a mensagem pode compartilhar a informação neste site e aguardar. Se estiver correto, o usuário ganha ingressos para o festival.

As artes foram criadas por Ollie Ross e Sam Falconer, em parceria com Samuel Morse (do código Morse), Nolan Bushnell (fundador do Atari), Jon ‘Maddog’ Hall (co-fundador do Linux) e Tim Berners-Lee.

Os graffitis podem ser vistos em Londres, Manchester e Birmingham durante o mês de Agosto.

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Para Gary Book, Diretor de Marketing da Telefónica O2, que está por trás do evento, a ideia é trazer a criptografia e a quebra de códigos para as massas, ampliando a base de competências e celebrando o papel essencial da comunicação e da ruptura na tecnologia.

Para quem não lembra, além de criptoanalista, Alan Turing foi uma das grandes influências no desenvolvimento da ciência da computação, consolidando o conceito de algoritmo e desenhando o que temos hoje como o computador, a partir da Máquina de Turing. Sempre importante retomar às origens em momentos de tantos avanços.

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O que a maioria das escolas não ensina, mas ainda assim podemos e devemos aprender (Parte 2)

Se você leu a primeira parte deste texto, já sabe que o mercado mundial de tecnologia da informação padece com o déficit de profissionais especializados e que a situação dá sinais de que irá se agravar bastante nos próximos anos. E se nos últimos tempos você já tentou preencher uma vaga de programador, sabe que a tarefa se assemelha à jornada de Frodo e Sam para destruir o Um Anel.

Até porque não basta saber programar, mas também é preciso ter algumas qualidades que se encaixem com os valores, cultura e posicionamento da empresa.

Ok, mas e daí, o que eu faço se eu quiser aprender a programar e não quiser/puder depender de uma escola?

Bom, daí você vai contar com a ajuda de programadores que pensaram nisso e criaram sites, aplicativos e tutoriais que ensinam a codificar, independentemente da sua idade. No próprio site da CodeOrg é possível começar a aprender alguma coisa graças aos parceiros do Scratch, Codecademy, Khan Academy e CodeHS.

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A Codecademy, inclusive, tem uma versão mais ou menos em português. O site ensina a programar gratuitamente, de uma maneira interativa e interessante. Quando dá tempo, eu tenho tentado aprender um pouco, não só porque pode ser útil no meu trabalho, mas também porque eu adoro lógica e fiquei curiosa para explorar um pouco mais esse universo.

Também no CodeOrg há alguns links interessantes, com tutoriais online que incluem o Hackety Hack, LearnStreet, Lynda.com e Udemy, cursos universitários da Coursera, Edx, Udacity e TeachingTree.co.

Para aprender a fazer webpages, aplicativos mobile e até criar códigos para robôs, há o Mozilla’s Thimble, Code Avengers, AppInventor, Codea, Arduino e Lego Mindstorms.

Há, também, formas lúdicas e divertidas de se aprender código que são perfeitas para crianças ou para você, que costuma baixar aplicativos de lógica e quebra-cabeças em seu smartphone/tablet, mas gostaria de ter um algo mais em seu passatempo. RoboLogic, LightBot, CargoBot, Move the Turtle, Kodu e KidsRuby estão entre eles.

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Apesar de não estar na lista do CodeOrg, recentemente conheci o Hopscotch, um aplicativo gratuito para iPad que também é bastante interessante para ensinar a garotada a programar. A proposta dos criadores é permitir que a criação de coisas no universo digital sejam tão fáceis para as crianças como é no universo analógico.

Isso significa que aquele jogo que seu filho queria que existisse, mas ainda não foi inventado, pode ser criado por ele mesmo.

É interessante pensarmos que, seguindo essa linha de raciocínio, entramos também na questão do design thinking e do empreendedorismo, com pessoas de todas as áreas e idades desenvolvendo soluções para N problemas que, como mostramos no outro texto, estão interligados de alguma maneira à programação e seus incríveis códigos.

Por enquanto, tudo isso é apenas uma reflexão, uma ideia. É o meu jeito de produzir um código esperando que ele sirva para criar algo, algum dia. Quem sabe.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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O que a maioria das escolas não ensina, mas ainda assim podemos e devemos aprender (Parte 1)

Steve Jobs disse, certa vez:

“Todo mundo neste país deveria aprender como programar um computador… Porque isso ensina como pensar.”

É claro que, quando ele se referiu ao país, ele quis dizer Estados Unidos, mas de qualquer maneira é um raciocínio que poderia facilmente ser aplicado em outras partes do mundo, inclusive Brasil. A frase abre o web documentário What Most Schools Don’t Teach, da CodeOrg, que reúne nomes conhecidos da tecnologia – e também de fora dela – para falar sobre como aprender a programar foi importante para eles.

A ideia do documentário é mostrar que, independentemente da área que muitos deles seguiram, aprender a programar fez a diferença. E que apesar de parecer intimidante no começo, nada mais é do que um exercício de resolução de problemas que permite que a gente crie qualquer coisa do zero. Mais ou menos como tocar um instrumento musical.

Programar é também uma forma de expressar sua criatividade e imaginação.

Segundo o CodeOrg, nos próximos 10 anos o mercado de TI terá 1,4 milhão de vagas, mas apenas 400 mil profissionais capacitados – ou seja, um milhão de vagas sobrando. E isso é apenas nos Estados Unidos.

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O Brasil vai pelo mesmo caminho. Segundo uma pesquisa realizada pela consultoria IDC, atualmente há 39,9 mil vagas sobrando no mercado nacional de tecnologia. Até 2015, a perspectiva é de que esse número triplique em função do déficit de profissionais qualificados.

Daí a gente pergunta: será que não está na hora de começarmos a fazer alguma coisa?

Algumas empresas – pelo menos as grandes como Google, Facebook, Twitter e afins – têm investido forte para atrair os profissionais certos e que já estão disponíveis no mercado, criando escritórios “incríveis”, com direito a alimentação saudável, academia e ambientes pensados para estimular a criatividade.

Levando-se em conta que computadores estão em todas as áreas possíveis e imagináveis, independentemente do produto final de cada uma delas, e que na era da comunicação estamos interligados por, adivinhe, códigos criados em computadores, realmente vale a pena inserir este tipo de aprendizado em escolas.

O problema é que uma outra pesquisa produzida pelo movimento Todos pela Educação, De Olho nas Metas 2012, indica que somente 10,3% dos jovens brasileiros têm aprendizado de matemática adequado à sua série ao final do ensino médio. E as receitas de Miojo e hinos de times de futebol nas provas de redação do Enem também não ajudam muito na hora de defender a inserção de aulas de código no currículo educacional brasileiro.

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Por outro lado, não faltam provas de que o nosso currículo educacional precisa ser revisto, tanto em sua forma quanto em seu conteúdo. Isso e algo um tanto mais importante – que provavelmente será um desafio ainda maior:

Nós, brasileiros, precisamos nos livrar dessa maldita herança cultural de pensar que estudar é chato.

Estudar não é chato. Chato é você ser obrigado a aprender coisas inúteis, que você sabe que não terá de usar para nada mais em sua vida além de passar de ano. O problema é que também existe uma categoria de coisas que você pode até pensar que são inúteis, mas que estão interligadas a algo maior e mais importante.

No papel de alunos, a gente até pode achar que sabe tudo, mas não sabemos. E ainda por cima é raro encontrarmos um professor que consiga nos inspirar ou pelo menos mostrar, na prática, que aquilo será útil em algum momento. Aos poucos, essa equação vai ficando cada vez mais complicada.

Em resumo, não sabemos diferenciar o útil do inútil, então generalizamos tudo como inútil e ponto final.

Você pode até concordar ou discordar, mas esta é a minha opinião.

Seria ótimo poder contar com o sistema educacional para aprender e ensinar coisas que poderão fazer a diferença não só entre passar ou repetir de ano, mas também na sua formação como ser humano e como futuro profissional, mas enquanto isso acontece de maneira pouco expressiva em apenas algumas escolas, talvez seja o caso de a gente tentar buscar conhecimento em outras fontes. (Continua na parte 2).

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Clássicos do cinema traduzidos para a linguagem de programação

Parece loucura, mas na verdade é uma sacada muito divertida. Ben Howdle, um bem-humorado programador, resolveu criar um Tumblr para “traduzir” clássicos do cinema (ou não) para a linguagem de programação. Movies As Code já conta com alguns colaboradores, mas os leitores também podem enviar sugestões.








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CREEKS S01E10 — Os carecas controlarão seus computadores com a mente

Você vê por aí estes projetos legais onde sites e computadores interagem com o mundo real e vice-versa. Como se faz isso?

Que bom que você perguntou! No CREEKS: creative geeks de hoje Cris Dias, Daniel Bottas, Dado Tronolone, Edson Pavoni e Fábio Palma falam sobre os sensores, pequenos (e muitas vezes baratíssimos) componentes que você vai interligar com seu microprocessador (veja o CREEKS só sobre o tema) e fazer com que seu site, app, programa, etc. controle e seja controlado pelo mundo físico. Daí para a dominação mundial é um pulo.

Também comentamos o Leap, que você já viu aqui no B9 e outras maneiras de controlar o computador como o Kinect e o Emotiv, onde você controla tudo com o poder da mente. (pelo menos se você for careca)

No final ainda aproveitamos o programa para reclamar das aulas de química na escola, mas para você entender o que isso tem a ver precisa assistir este que é o décimo episódio do podcast que fala sobre a junção da tecnologia com a criatividade.

O CREEKS: creative geeks é gravado ao vivo toda quinta, 22h, em creeks.tv e aqui no B9. Você pode assistir a gravação e mandar perguntas e palpites usando os comentários da transmissão ao vivo do YouTube, no link disponível durante a gravação.

Você também pode ouvir o CREEKS em audio, se tiver coragem. Pegue o mp3 ou assine o feed no iTunes ou programa da sua preferência.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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