Piscina, restaurante, balada e outros projetos para as estações abandonadas de Paris

Uma lista de propostas para transformar estações de metrô abandonadas de Paris em espaços públicos e de lazer foi divulgada este mês, como parte de uma campanha política para a cidade.

Reapropriações que agreguem novos usos aos espaços, como uma balada, um restaurante, uma piscina, um teatro e galeria de arte.

De acordo com o site da campanha, existem onze estações “fantasmas” em Paris, algumas que nunca foram abertas outras que fecharam desde uma renovação em 1940. Hoje, tais espaços dormem embaixo dos moradores da cidade. A proposta quer fazer justamente o oposto: tornar estes locais em públicos e de lazer, como uma balada, um restaurante, uma piscina, um teatro e galeria de arte.

Para o lançamento da proposto, os arquitetos Manal Rachdi e Nicolas Laisné renderizaram o visual esperado seguindo uma linguagem futurista e, ao mesmo tempo, mantendo o aspecto subterrâneo com estruturas arqueadas, espaços abertos e luzes direcionadas.

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Paris já tem um projeto similar que obteve sucesso, no qual uma linha obsoleta de trem foi transformada em um parque em 1993. Porém, as propostas envolvendo o subterrâneo são mais ousadas, trabalhosas e de maior investimento.

Aprovada ou não, a reapropriação dos espaços abandonados em novos ambientes úteis é uma mensagem poderosa, que traz inúmeros benefícios e deve ser exigida pelos cidadãos.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Londres ganha praça móvel e portátil

“Cricklewood é uma área bastante ocupada, mas não tem biblioteca, nem praças ou bancos nas ruas.” – Tom James (Spacemakers)

A agência Spacemakers, focada em ambientações e intervenções na cidade, criou uma praça móvel que será transportada de bicicleta por Cricklewood, no noroeste de Londres, durante as próximas semanas. O objetivo é discutir a falta de espaço público nesta área da cidade.

Junto com a estrutura de dez metros quadrados e uma base de cinco rodas – com design do Studio Kieren Jones – uma série de eventos gratuitos como shows, filmes open air e bate-papos sobre arquitetura e urbanismo irão passar pela praça, tudo em prol de uma cidade mais inteligente e aproveitável.

O projeto, financiado por Outer London Fund, é parte da iniciativa de rejuvenecer o centro de Cricklewood. Spacemarkers, que já tinham trabalhado na regeneração do Brixton Village, inicialmente entraram com o trabalho de transformar lojas vazias na área em espaços melhores aproveitados pelos habitantes.

Deixar os moradores decidirem como o espaço deve ser e definirem suas próprias regras é essencial.

Mas a ideia acabou se desenvolvendo em uma praça móvel após estudos sobre o local, quando descobriram a falta de espaços públicos na area. Como os proprietários das áreas não permitiram a transformação deste espaço, a opção foi criar algo portátil e móvel.

A estrutura conta com uma torre do relógio feito à mão, e vai abrigar bancos e assentos feitos por fornecedores locais, utilizando materiais reciclados.

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Uma solução prática e lúdica, que proporciona um cenário vivo e ajuda a enquadrar os espaços.

O projeto quer mostrar o que os espaços públicos podem oferecer à comunidade, e como pequenos pedaços de terra podem ser usados para criar novos sentidos para a região. Mas mais do que isso, pretende-se instigar as pessoas locais a fazerem uma pergunta: “que tipo de espaço queremos, e onde podemos encontrá-lo?”

A praça, mesmo que temporária, espera encorajar mudanças de longo prazo em Cricklewood.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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