@InstagramBrasil vai destacar talentos da fotografia mobile no país

Somos um dos cinco maiores públicos do Instagram fora dos Estados Unidos, e temos uma Copa do Mundo batendo à porta e uma Olimpíada por vir. Não são poucos os motivos que fizeram com que o Instagram investisse mais na audiência brasileira, com alguns encontros sendo promovidos pela plataforma aqui no país.

Agora, a marca quer também destacar alguns dos principais talentos entre os nossos fotógrafos ‘do cotidiano’ – acaba de ser lançado o perfil InstagramBrasil, que promete incentivar e nutrir a comunidade de Instagrammers brazucas.

“Queremos oferecer uma oportunidade para o compartilhamento de histórias do Brasil e dos brasileiros, elaboradas em português”, explica Inês Schianazi, gerente de comunidades do Instagram na América Latina, em entrevista exclusiva ao Brainstorm#9.

“Queremos oferecer uma oportunidade para o compartilhamento de histórias do Brasil e dos brasileiros, elaboradas em português”

A curadoria das imagens que aparecerão na conta do Instagram Brasil será feita por meio de análise das fotos brasileiras postadas no serviço. Os fotógrafos selecionados para aparecerem no perfil oficial brasileiro terão suas fotos creditadas, com nome e link para seus perfis do Instagram, o que pode se tornar uma ótima plataforma para divulgação das imagens. Quem quiser poderá fazer indicações de boas fotografias através do email instagrambrasil@instagram.com, que também estará aberto a sugestões e dicas de ações.

A movimentação da comunidade do Instagram Brasil também trará oportunidades aos fotógrafos mobile brasileiros, como é o caso da ação em parceria com a São Paulo Fashion Week. Instagrammers como Danny Zappa, Jayelle Hudson, Flavio Samelo, Alexandre Urch, Juliana Matos e Carolina Sacco serão convidados a comparecer aos desfiles nesta semana e instagramar o evento sob suas próprias estéticas.

“Queremos mostrar ao mundo os bons trabalhos que são realizados aqui”, conclui Inês.

Visitas a sites de notícia via Facebook costumam durar menos que as vindas de buscas

Apesar dos novos leitores que as redes sociais trazem aos sites de notícias, a verdade é que o leitor fiel ainda é o que mais investe tempo na navegação. É o que diz uma pesquisa da Pew Research, que analisou o tráfego para 26 dos mais populares portais de notícias dos EUA.

Em média, os leitores que digitavam a URL do site ou tinham uma determinada publicação favoritada no seu navegador passavam 4 minutos e 36 segundos em sites de notícias. Já quem vinha dos mecanismos de busca costumava investir 1 minuto e 42 segundos, e os que haviam clicado em links compartilhados pelo Facebook gastavam apenas 1 minuto e 41 segundos em suas visitas.

referal-sites-facebook-search-engines-direct

O curioso é que esse tipo de comportamento acontecia também em sites com uma pegada mais social, como o BuzzFeed – as visitas vindas do Facebook continuavam difíceis de serem retidas por mais tempo ou para outros conteúdos do site. Curiosamente, quanto mais tempo as pessoas passavam no BuzzFeed, maior era a tendência de compartilharem o conteúdo, revelou o CEO Jonah Peretti.

jonah-peretti-sharing-buzzfeed

“O Facebook e as buscas são importantíssimas para trazer novos visitantes para histórias específicas, e isso eles fazem bem. Mas esses visitantes sociais vindos do Facebook não criam uma conexão com a publicação”, explica o estudo. A Pew Research destaca ainda que talvez a maior importância do acesso social seja ajudar a desenvolver uma nova base de leitores, que possam pensar naquela publicação quando quiserem buscar conteúdos similares – e aí sim digitarem a URL e investirem mais tempo na leitura. Será?

Um ponto a ser destacado é que a análise da Pew Research, que usou dados da comScore, não incluiu informações de tráfego a partir de dispositivos móveis, considerando apenas acesso via notebooks e desktops por um período de três meses. Quem sabe, com a chegada dos dados de acessos via tablets e smartphones, a situação melhore um pouquinho para as publicações online.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie

[ATUALIZADO] Uma rede social que só pode ser acessada por quem estiver bêbado

[ATUALIZAÇÃO] Conforme informado pelos leitores nos comentários, o aplicativo LIVR é falso. Nota do Gizmodo.

===================

LIVR é um aplicativo e rede social que gira em torno daquela bebedeira casual, onde os usuários que compartilham deste mesmo momento podem se reunir para continuar – ou apimentar – a festa.

LIVR é uma comunidade de pessoas que querem se divertir e viver a vida honestamente.

Fundado por Kyle Addison e Avery Platz, a diferença de LIVR de outros apps com o mesmo foco é a sua exclusividade: só conseguem acessá-lo aqueles usuários que estiverem bêbedos. O nível de álcool é medido através de um bafômetro que pluga no celular e se conecta com a rede.

Depois de entrar, o usuário tem acesso a uma lista de recursos como: um mapa que indica aonde outros usuários estão bebendo e curtindo, e qual o nível de álcool deles; a brincadeira “Truth or Dare” de forma crowdsourced, onde usuários mandam dicas de perguntas e desafios a serem cumpridos; e a ligação “Drunk Dial”, que conecta o usuário a outro de forma aleatório.

E, para aqueles que foram longe demais e não querem deixar rastros, existe o botão “Blackout”, que apaga tudo o que o usuário fez e utilizou naquela noite. Um recurso que ajuda os usuários a se sentirem mais confiantes e a se divertirem sem preocupações com o dia seguinte.

livrapp-1
livrapp-2

Enquanto outras redes sociais estão repletas de postagens de uma vida perfeita e certinha, LIVR foca em uma comunidade que quer ser honesta sobre suas noites divertidas mas, ao mesmo tempo, não está afim de compartilhar suas histórias de bebedeiras com os pais nem com o chefe.

LIVR está buscando investimento e tem previsão de lançamento nos próximos meses.

 

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie

Crowdpilot, um empurrão para os tímidos

Para muitos, encontrar as palavras certas a se dizer em um primeiro encontro, reunião de negócios ou mesmo num bate-papo simples com alguém importante pode ser desafiador e motivo de muita ansiedade e preocupação.

É para estes momentos de interação social da vida real e da necessidade de respostas imediatas que foi criado o Crowdpilot. Com o aplicativo, é possível receber um feedback ao vivo de amigos ou desconhecidos sobre qualquer situação desconfortável, ou seja, aquele bom empurrãozinho.

Criado por Lauren McCarthy e Perceptor, o app funciona através de um sistema de stream, carregando mensagens ao vivo num contato direto do usuário com seus amigos de Facebook, além de outros usuários desconhecidos que estejam online no mesmo momento e até assistentes pagos para ajudar em situações específicas.

Ao selecionar uma situação – encontro, argumento, reunião de negócios, conversa em família, etc – o usuário descreve brevemente o que se passa e espera pelos conselhos. A partir daí as dicas podem ser classificadas, garantindo feedbacks em tempo real.

crowdpilot-app-1
crowdpilot-app-dstq

“Fomos longe demais? Nos tornamos robôs, desprovidos da inteligência emocional vindo do contato humano?” – questiona McCarthy, via PSFK

Apesar do estranhamento em uma primeira impressão, o aplicativo é ele mesmo uma crítica ao crescente desapego do contato humano em situações que não sejam online, e as dificuldades cada vez maiores em manter conversas e experiências sem qualquer intervenção.

Por outro lado, não existe novidade em pedir conselhos e opiniões para os amigos online. O que Crowdpilot faz é tentar dar mais humanidade e utilidade a essa gigantesca rede, e quem sabe melhorar a habilidade das pessoas em se relacionar, tudo através da sabedoria das multidões.

Crowdpilot está disponível para iOS de graça.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie

Aplicativo promete bloquear trolls das redes sociais

Se você acompanhou o noticiário este ano, percebeu que ganhou um certo destaque na mídia casos de adolescentes sofrendo bullying nas redes sociais. Em um território livre como a internet, e sem o devido filtro por parte de seus usuários, qualquer um pode ser vítima de trollagens, de pessoas à marcas. Com o objetivo de bloquear – ou pelo menos diminuir o estrago causado pelos trolls, a SMCapture criou uma plataforma chamada SMC4.

Disponível somente para Android, pelo menos até segunda ordem, o aplicativo deve ser conectado às redes sociais para funcionar como uma espécie de filtro, que busca palavras que demonstrem abuso, racismo, sexismo, palavrões ou até mesmo reclamações. A partir daí, estes posts podem ser enviados diretamente para a lixeira ou ainda serem direcionados para alguém responsável pela solução do problema.

No caso de marcas, a vantagem do aplicativo é que ele também controla as postagens do próprio usuário, evitando algumas saias-justas que vira-e-mexe aparecem nas redes sociais. Por outro lado, a utilização de um filtro torna ineficiente a monitoração das redes sociais. Tudo depende do que se quer ouvir.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie

Aplicativo da KLM ajuda a criar roteiros turísticos

Em fevereiro deste ano, a KLM propôs transformar as dicas de turismo de nossos amigos no Must See Map, um mapa/roteiro analógico criado a partir das recomendações de lugares imperdíveis em diversos destinos, sugeridas via Facebook, Twitter e email. Agora, a companhia aérea está lançando o Dream Catcher, um aplicativo web que ajuda a elaborar roteiros de viagem utilizando informações de sites como o Trip Advisor, Yelp, Facebook, Wikipedia e Google, entre outros.

A ideia é bem prática: basta acessar o site, digitar a cidade que você pretende visitar, as datas de ida e de volta. Imediatamente, a busca retornará com a temperatura média do período, um link direto com cotação de passagens da KLM mais dicas de entretenimento, gastronomia e bares, acomodação e compras no destino desejado.

Os lugares favoritos do usuário são inseridos em um mapa personalizado, que pode ser impresso, exportado para o smartphone ou compartilhado via Twitter ou Facebook.

A criação é da agência digital Britnyklm

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie

AntiCast 99 – O Eu, o Outro e o Virtual

Olá, antidesigners e brainstormers!
Neste programa, gravado ao vivo, Ivan Mizanzuk, Marcos Beccari, Rafael Ancara e Daniel Portugal discutem as relações humanas em tempos de redes sociais, dando maior ênfase às ideias sobre construções de identidades baseadas em performances virtuais. Traduzindo: conversamos sobre como o facebook, twitter, fotolog, orkut etc. ajudam ou não a moldar nossas personalidades através da regra do “seja visto pelo mundo”.
Ao final do programa, revelaremos o vencedor do sorteio do livro “Alquimia da Pedra”, como anunciado no AntiCast 98.
Atenção: o comecinho do AntiCast ao vivo não foi gravado, no qual falávamos sobre a noção de virtual desde os gregos antigos, especialmente Platão e Aristóteles. Um pouco da fala do Beccari sobre isso se manteve, e achamos melhor manter no corte final também. Acreditamos que isso não será grande problema no entendimento do programa como um todo.

>> 0h09min00seg Pauta principal
>> 1h11min04seg Leitura de comentários e divulgação do vencedor do sorteio
>> 1h23min51seg Música de encerramento: “The Shooting Star that Destroyed Us All”, da banda A Static Lullaby

Links
AntiCast ao vivo em Joinville, no GAMPI design, dia 16 de Outubro às 19h.
Post no Quick Drops sobre o AntiCast ao vivo no SMW
Papo Lendário com Ivan. Parte 2 do programa sobre Mitologia e Psicologia.
Vídeo AntiCast no SMW, gravado pela Eventials

Assine o Feed do AntiCast que é feed.anticast.com.br

iTunes
Ouça o AntiCast no iTunes aqui ou então manualmente:
Assine no seu iTunes da seguinte forma: Vá no Itunes, na guia Avançado > Assinar Podcast e insira o nosso feed feed.anticast.com.br

Redes Sociais
Nos acompanhe no twitter @anticastdesign, na nossa fanpage no Facebook e no Youtube (/anticastdesign)
Siga também o nosso irmão @filosofiadodesign.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie

Você até pode ter milhares de amigos…

Quantos amigos você tem no seu Facebook? Quantos seguidores no Twitter, Instagram, Pinterest ou em qualquer outra rede social da qual você faz parte? Quantos contatos estão listados em sua agenda ou integram seu network no LinkedIn? É muito capaz que, somando tudo, você perceba que são centenas, até milhares de pessoas. Agora responda: quantas delas você conhece bem de verdade, tem um contato frequente – de preferência pessoalmente -, e pode dizer que realmente são próximas a você?

Se você já terminou de fazer as contas, há grandes chances deste número ter caído drasticamente, com poucos casos em que ele ultrapasse uma ou duas dezenas. É neste momento que percebemos um dos grandes paradoxos da nossa época: temos milhares de “amigos”, mas nunca estivemos tão solitários.

A forma como a tecnologia está presente em nossas vidas não chega a ser um assunto novo – aqui mesmo no B9, ele aparece com certa constância, especialmente no Braincast -, mas será que realmente há razões para a gente se preocupar?

A ideia deste texto não é falar mal da internet, tecnologia e afins, nem tampouco criar um mi-mi-mi saudosista

Não tem muito tempo que começamos um papo sobre o que a internet está fazendo com os nossos cérebros, influenciando a maneira como criamos, aprendemos e raciocinamos. Mas se você parar para pensar um pouco, irá notar como a tecnologia de uma forma geral também está transformando a maneira como nos relacionamos uns com os outros.

Antes de mais nada, o nosso tradicional aviso: a ideia deste texto não é falar mal da internet, tecnologia e afins, nem tampouco criar um mi-mi-mi saudosista para dizer que antigamente as coisas eram melhores. É mais uma proposta de reflexão sobre como utilizamos essas coisas em nosso dia a dia e quais os efeitos colaterais envolvidos neste processo.

Recentemente, o designer Shimi Cohen, de Tel Aviv, resolveu combinar as informações do livro Alone Together: Why We Expect More from Technology and Less from Each Other, de Sherry Turkle, e do artigo The Invention of Being Lonely, de Yair Amichai-Hamburger, em seu projeto de conclusão de curso na Shenkar College of Engineering and Design. O vídeo The Innovation of Loneliness mostra como a tecnologia está influenciando a maneira como as pessoas se relacionam umas com as outras e com elas mesmas, os reflexos psicológicos disso e porque precisamos ficar atentos.

ino1

Social por natureza, o ser humano pode até ir à loucura por conta da solidão. Por outro lado, passamos tanto tempo focados na carreira, em ganhar dinheiro, consumir e criar uma auto-imagem, que as redes sociais parecem ser a solução perfeita para “gerenciarmos” nossos relacionamentos de uma maneira muito mais eficiente.

É claro que a primeira coisa que a gente pensa é: mas afinal, o que há de errado com a eficiência? Todo mundo tem aqueles amigos que não vê com tanta frequência, parentes distantes, etc, mas ao menos pelas redes sociais consegue saber como é que estão, mandar uma mensagem no aniversário (que se não fosse pelo Facebook, ia acabar passando em branco), saber quem está solteiro, casado, separado…Mas será que isso é real ou estamos apenas substituindo relações por conexões?

“Estamos colecionando amigos como se fossem selos, não distinguindo a quantidade da qualidade, convertendo o significado profundo e a intimidade da amizade em trocas de fotos e conversas em chats”.

Enquanto uma conversa que acontece cara a cara e em tempo real é regida pelo inesperado, quando muitas vezes você acaba falando demais e sem pensar, um chat, e-mail, post ou SMS cria uma falsa sensação de segurança, de que estamos no controle da situação e podemos nos apresentar como queremos ser, em vez de como realmente somos.

É a história da auto-promoção, com pessoas cada vez mais obcecadas com a edição de perfis, escolha de fotos perfeitas e a obrigação de parecerem felizes o tempo inteiro, como se de fato isso fosse possível. “As redes sociais não estão mudando apenas o que fazemos, mas também quem somos”, destaca a narração de Cohen no vídeo.

As redes sociais não estão mudando apenas o que fazemos, mas também quem somos

Só que, ao meu ver, faltou dizer algo muito importante aí: que não importa o quanto alguém tente controlar ou editar uma ideia por meio de um post ou SMS, é impossível controlar o que o outro vai entender daquilo. Qualquer tipo de comunicação está sujeita à interpretações, que estão diretamente ligadas à formação e experiências do interlocutor. Isso tudo sem contar a possibilidade de ruídos. Em resumo, ninguém está realmente livre de confusões.

ino2

Fantasias gratificantes

Segundo The Innovation of Loneliness, as redes sociais nos oferecem três fantasias gratificantes: que podemos desviar a atenção para onde quiseremos, que sempre seremos ouvidos, e que nunca teremos de ficar sozinhos. É exatamente esta última que está formatando uma nova forma de ser, descrita como:

“Eu compartilho, logo existo.”

A tecnologia passa a ser uma ferramenta essencial para definir quem nós somos. E nós só podemos ser alguém se compartilhamos nossas ideias e sentimentos exatamente no momento em que os elaboramos. Isso significa que se eu não der um check-in naquele lugar incrível, postar uma foto daquela comida deliciosa ou tuítar o que achei do último filme do Woody Allen, é como se nenhuma daquelas experiências realmente tivessem existido.

Tudo isso me fez pensar em uma das experiências mais incríveis que já tive. Em uma peregrinação à Terra Santa – no meu caso, Liverpool – tive a oportunidade de fazer um tour que permite que os participantes entrem nas casas onde John Lennon e Paul McCartney passaram a infância. Só que, por questões de direitos de uso de imagem, é proibido fotografar o interior delas. Para garantir que ninguém vai tentar burlar a regra, temos de entregar máquinas fotográficas e celulares na entrada, que são trancados em um quartinho. Feito isso, você fica livre para circular pelos ambientes, por alguns minutos.

Talvez se ainda estivesse vivo nos dias de hoje, Lennon diria que a vida é o que acontece enquanto estamos ocupados compartilhando

Agora, imagine você andar livremente pelas casas onde viveram seus ídolos, sem se preocupar em dar check-in, fotografar ou tuítar (que é claro que eu fiz tudo isso, só que do lado de fora), e poder simplesmente curtir o momento. Ouvir histórias, descobrir algo que você não sabia, absorver detalhes e vivenciar uma experiência que vai te marcar pela vida, mas que ficará apenas na sua memória.

Isso me fez refletir sobre como sentimos uma urgência em registrar tudo artificialmente, como se nossas lembranças não fossem o suficiente, como se uma fotografia fosse capaz de realmente captar a emoção de um momento e olhar para ela fizesse a gente revivê-lo. Mas, qual a emoção que você cultiva quando você está distraído demais fazendo uma foto, dando uma check-in ou postando algo?

Em Beautiful Boy, música que John Lennon compôs para o filho Sean, há um verso em que ele diz que a “vida é o que acontece enquanto você está ocupado fazendo outros planos”. Talvez se ainda estivesse vivo nos dias de hoje, Lennon diria que a vida é o que acontece enquanto estamos ocupados compartilhando. Pois é, a existência é feita de muito mais coisas do que somente aquilo que podemos compartilhar online.

Ainda assim, há até quem finja experiências apenas para ter o que compartilhar e, desta forma, se sentir vivo. E tem vários “serviços” que exploram isso, como um site que “aluga” namoradas, ficantes e afins para o seu perfil no Facebook. Tem, também, o caso do fotógrafo japonês Keisuke Jinushi, que ensina como criar uma namorada fake em fotos para as redes sociais.

romantic-selfie3 romantic-selfie4

Caso você esteja curioso, um texto no site Oddity Central descreve o passo a passo de Keisuke para conseguir o efeito desejado nas imagens. A começar pela maquiagem: ele aplica bastante base clara na mão direita e esmalte vermelho nas unhas, para conseguir um look mais feminino. Para evitar confusões, ele também coloca um elástico para cabelos no pulso. A “mágica” fica completa com um filtro retrô no Instagram – para o genuíno efeito “girlfriend photo” – e um sorriso bobo, elementos que ajudam a tornar a foto mais verossímil. Nos anos 1980, o filme Namorada de Aluguel mostrou uma ideia parecida, de um cara que queria conquistar o respeito dos colegas e se tornar popular com a ajuda de uma namorada falsa. A diferença é que, pelo menos naquela época, a garota era de verdade.

Da conexão ao isolamento

Sherry Turkle é psicóloga clínica, pesquisadora e professora de estudos sociais da ciência e tecnologia do MIT. Em meados da década de 1990, ela ficou bastante conhecida por defender as oportunidades que a internet oferecia para que as pessoas pudessem explorar suas identidades no livro Life on Screen. A continuidade de suas pesquisas, entretanto, a levou a perceber que as novas tecnologias – emails, redes sociais, Skype e robôs sociáveis – tornaram o controle e a conveniência prioridades, enquanto as expectativas que temos em relação a outros seres humanos – e até com nós mesmos – está cada vez menor.

Em uma palestra no TED, na época do lançamento de Alone Together, Sherry explica que a forma como nos comunicamos hoje em dia, com posts, SMS e afins, servem sim para nos conectar uns aos outros, mas apenas superficialmente. Este tipo de interação é falha se o objetivo é conhecer melhor e entender o outro e, por consequência, compreender a nós mesmos. (clique aqui para assistir à versão com legendas)

Mas como a conexão pode nos levar ao isolamento? Enquanto eu pesquisava e escrevia este texto, passei a prestar muito mais atenção tanto no meu comportamento, quanto nos hábitos das pessoas que convivem comigo. E o que eu percebi me incomodou bastante: eu realmente tenho o costume de sacar o meu celular do bolso mais vezes do que eu gostaria ou deveria. Mais para tentar acompanhar o que está acontecendo pelo mundo – aquele desejo de absorver o máximo de conteúdo possível – do que para compartilhar alguma coisa.

Estamos tão acostumados com isso que dar uma olhadinha, por mais rápida ou demorada que seja, é algo que fazemos automaticamente. Em uma roda de amigos, não sou a única. Há momentos em que, por mais interessados que estejamos em uma conversa, acabamos nos distanciando em algum momento com o celular. O que antes era exceção, há muito já se tornou a regra, como mostra o curta I Forgot My Phone.

Não importa se é por uma questão de segundos ou se por algumas horas, se estamos sozinhos ou acompanhados, mas aquele momento em que nos conectamos virtualmente é também o momento em que nos isolamos e paramos de prestar atenção no que acontece no mundo real.

No raciocínio de Sherry, as pessoas se isolam quando não cultivam a habilidade de estar sozinhas e passam a encarar isso como um problema a ser resolvido, preenchendo o vazio com conexões que amenizem sua ansiedade.

A tecnologia, então, mira onde somos mais vulneráveis: na solidão. Essa incapacidade que muitos seres humanos têm de ficar sozinhos, combinada à necessidade de intimidade, é solucionada graças às plataformas capazes de fazer com que a gente se sinta automaticamente ouvidos. Dispositivos que nos dão a ilusão de que temos alguém, mas sem as exigências de um relacionamento real.

avatares

Nessa história toda, o que eu percebo é que vale a pena ouvir todos os argumentos e refletir a respeito. Cada pessoa certamente chegará à uma conclusão diferente. A minha é que o problema não está na tecnologia, mas na forma como a utilizamos. E vou um pouco além: o que pode ser ruim para alguns, também pode ser bom para outros.

Eu sou da geração pré-internet, sim, e realmente há momentos em que me sinto incomodada com os excessos cometidos graças aos avanços tecnológicos e a internet. Mas quem comete os excessos são as pessoas. Celulares e computadores são apenas ferramentas operadas por seres humanos com diferentes referências ou níveis de filtro – e isso não tem nada a ver com o Earlybird ou afins.

Nessa história toda, o que eu percebo é que vale a pena ouvir todos os argumentos e refletir a respeito. Cada pessoa certamente chegará à uma conclusão diferente

Não posso falar, por exemplo, pela geração pós-internet. Seus cérebros estão preparados para lidar com a tecnologia de hoje, pois desconhecem o mundo sem ela. O ser humano está em constante processo evolutivo, e por mais que às vezes custe aceitar isso, as referências e até mesmo as necessidades são outras. Será que daqui a alguns anos as pessoas realmente vão sentir falta das conversas olho no olho ou nem mais se lembrarão disso?

Por outro lado, não há nada que impeça as tais conexões virtuais de também evoluírem, mas para um relacionamento real, como também já vi acontecer diversas vezes.

A tecnologia faz parte das nossas vidas, e vai continuar fazendo. Por enquanto, tudo o que podemos fazer é tentar nos relacionarmos com ela de uma maneira mais consciente, sabendo diferenciar conexões de relacionamentos e qual a importância de cada um deles em nossas vidas.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie

Four Seasons oferece dicas personalizadas no Pinterest

Para quem curte viajar – e curte mais ainda planejar a próxima viagem – a internet se tornou uma ferramenta indispensável, não só para fazer reservas e pesquisar preços, mas também para obter referências e recomendações de hotéis, restaurantes e atrações turísticas, muitas vezes de gente que acabou de visitar estes lugares. Sites não faltam, assim como projetos focados em redes sociais, como o Everplaces ou ainda o Must See Map, da KLM. Esta lista acaba de ficar maior com Pin.Pack.Go, novo serviço da rede de hotéis Four Seasons que oferece dicas personalizadas aos viajantes.

A mecânica é simples (ou quase): os usuários do Pinterest criam um painel com o nome Pin.Pack.Go. Em seguida, eles devem acessar o pin Pin.Pack.Go do Four Seasons e informar, os comentários, qual cidade (e obviamente o hotel da rede) que irá visitar. A unidade ira seguir o hóspede, que deverá seguir o hotel de volta e adicioná-lo como colaborador do painel.

É aí que entra o serviço de concierge online: com base nas preferências do hóspede, a partir de seus painéis no Pinterest, os especialistas da rede vão oferecer dicas personalizadas para seu roteiro de viagem, com os melhores endereços para compras, gastronomia e passeios, entre outros.

O que chama a atenção neste projeto é a possibilidade de se criar um relacionamento mais individualizado com o público-alvo, ampliando o engajamento e fortalecendo a experiência com a marca. Simples e eficiente.

073113Pin.Pack.Go_instagram

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie

Rel8 descobre quem seus amigos do Facebook realmente são

Desenvolvido por uma empresa israelense, Rel8 App analisa os dados sociais do Facebook utilizando programação baseada em neurolinguística e outros conceitos de psicologia para criar perfis pessoais, baseando-se nos interesses, gostos, traços e atividades que os usuários registram pela rede.

Aplicativo torna possível encontrar pessoas através de gostos e personalidade.

Ao iniciar o aplicativo e conectar-se com o Facebook, leva de 5 a 10 minutos para a leitura de todos os dados de sua rede. Feito isso, é possível visualizar os perfis criados na categoria de “amigos recomendados” – que o Rel8 acredita ser os mais alinhados com você – ou pode visualizá-los buscando pelo nome da pessoa manualmente.

Em cada perfil, é possível observar os top interesses de cada amigo, divididos em tags. Ao clicar em cada uma, o aplicativo dá acesso às publicações e grupos da pessoa, que se referem ao determinado tema. Os interesses também podem ser visualizados por categorias, como livros, filmes, esportes, músicas, etc.

Também é possível buscar por gostos, em vez de uma pessoa específica. Para isso, é só digitar um tópico que gostaria de explorar, que o aplicativo listará páginas relevantes e correspondentes, podendo observar quais dos seus amigos estão linkados à determinado interesse.

rel8app-1

Mais que uma ferramenta para fuçar na vida alheia, Rel8 acaba sendo um bom e inovador uso do Facebook, trazendo pesquisas de perfis, dados sociais e insights psicológicos – já aplicados por marcas – para o âmbito popular. Sua API também está liberada para que desenvolvedores usufruam dos insights gerados.

Rel8 está disponível de graça para iPhone e iPad.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie

Como um vídeo se torna viral

O que torna um vídeo viral? Enquanto sabemos que não há nenhuma fórmula mágica para seguir, um grupo de pesquisadores do Twitter Reino Unido recentemente observaram de perto três dos principais virais deste ano, em busca de insights sobre como atingiram tamanho sucesso.

Tweets com vídeos relevantes ou engraçados tem altas taxas de engajamento, em média 42% de retweet, reply ou menção.

Os exemplos utilizados foram: o vídeo Ryan Gosling Won’t Eat His Cereal” feito com Vine , o vídeo do astronauta cantando “Space Oddity” do David Bowie e a campanha Real Beleza de Dove.

Abaixo, em cada um dos vídeos-infográficos, é possível visualizar como cada conteúdo se tornou viral, onde pontos azuis representam tweets e amarelos são retweets. O tamanho de cada ponto é proporcional ao potencial do alcance de cada tweet, levando em conta não apenas seguidores, mas o tamanho da audiência e sua amplificação.

Vídeo do Vine por @RyanWMcHenry

O vídeo foi cuidadosamente semeado por perfis influenciadores globais como @BestVinesEver e @VineLoops. Isso fez com que o vídeo fosse visto e compartilhado por muitos rapidamente.

Vídeo do astronauta tocando Bowie

Mais de 90% do compartilhamento aconteceu nos primeiros três dias após a postagem. Muitas menções foram feitas rapidamente por perfis influenciadores globais. O efeito viral demonstrou um crescimento sustentado e impulsionado pelo esforço de uma única pessoa. A natureza do conteúdo, única e inusitada, foi essencial para que o vídeo continuasse a ser compartilhado no lugar de outros vídeos do momento.

Real Beleza de Dove

A campanha se espalhou de forma bastante diferente dos outros virais, por ter sido impulsionada por uma longa cauda de compartilhamento e pelo sentimento positivo que gerou no público. Com menos influenciadores e picos, o vídeo gerou conversas em comunidades ao redor do mundo, destacando um bom programa de divulgação online, além de seu conteúdo engajador e receptivo para todos os públicos.

Essa variedade de vídeos permitiu uma maior perspectiva sobre o que influencia o compartilhamento em massa, resultando em diferentes métodos sobre como cada vídeo chegou lá, dependendo de seu conteúdo e estratégia.

Mais uma vez vemos que não há regras para viralização – enquanto alguns inflamam e se espalham rapidamente como fogo pela web, outros possuem crescimento lento e consolidam-se primeiramente em diferentes comunidades locais antes de se tornarem globais.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie

5 segundos para se mudar uma vida

Utilizar redes sociais para localizar pessoas desaparecidas não chega a ser uma novidade, mas a VML Australia conseguiu agregar mais uma boa ideia para a lista. A agência ajudou a Polícia Federal australiana a explorar um novo método de divulgação usando o espaço da propaganda obrigatória do YouTube. A campanha 5 segundos para se mudar uma vida marca a Semana das Pessoas Desaparecidas e apresentará 36 perfis com fotos de indivíduos desaparecidos.

A meta é atingir mais de um milhão de australianos, utilizando a geolocalização para divulgar o perfil da pessoa desaparecida em locais próximos onde ela foi vista pela última vez.

O vídeo conta com duas possibilidades. Caso o usuário não tenha informações, basta ele clicar em “pular”. Agora, se ele puder ajudar nas buscas com alguma dica, ele clica em “sim” e é direcionado para o site da polícia federal.

Esta não é a primeira vez que aqueles cinco segundos de propaganda obrigatória do YouTube são utilizados com um objetivo social. No ano passado, a MayoDigital utilizou o botão de “pular’ para divulgar práticas sustentáveis. Enfim, são ideias simples e eficientes que gostaríamos de ver sendo mais exploradas por aqui também.

missing

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie

Honey, uma intranet com cara de rede social

“A prioridade imediata é construir uma forma de compartilhar informação no trabalho, pois a sua mais valiosa rede social é aquela com quem você trabalha.” Honey

Comuniação é essencial para o sucesso de qualquer negócio e não é novidade que o email sozinho não aguenta mais essa função, sem contar a falta de tempo de desviar das páginas que fazem parte da rotina. Para competir com intranets, Wikis internas e redes sociais proprietárias, a nova ferramenta Honey busca ser flexível o bastante tanto para ser a fonte de documentos e acontecimentos da empresa, como para comportar links e GIFs para os momentos de descontração.

Pensando nisso, a ferramenta foi desenhada para ser um quadro interno de qualquer comunicação que não seja tão urgente, mas necessária para se compartilhar, arquivar, organizar ou discutir. Os arquivos e posts podem ser divididos em categorias, com campos de busca, abertura para comentários, notificações por email e tipos de visualização personalizáveis.

Suas funcionalidades formam uma versão corporativa dos clássicos modelos de quadros de mensagens, com funções mais ricas devido à conectividade e também com um design caprichado, considerando a importância da interface voltada para o usuário.

A missão da Honey é tornar mais simples para as pessoas acessarem a inteligência coletiva do local aonde trabalham.

honey5
honey3

A versatilidade da ferramenta é a chave para integrá-la à qualquer rotina de trabalho.

Sabendo que o maior problema de ferramentas como essa é justamente caírem no esquecimento do dia-a-dia corrido, o usuário pode adaptá-la da forma que achar melhor baseando-se no workflow da empresa e em seus processos de trabalho. Por exemplo, pode escolher receber notificações por email toda vez que tiver alguma atualização, ou apenas receber um resumo semanal.

Assim, a ferramenta acaba por se complementar às atividades de rotina no trabalho, principalmente o email. Passando a ter um papel essencial para saber o que está acontecendo na empresa, o que os colegas de trabalho estão compartilhando, quais são as novidades e ideias a se discutir, aonde estão os arquivos para tomar determinada ação, e até quais links pode acessar naquele breve momento livre pós-almoço.

Honey foi fundada por Dan Hou (CEO), Chip Kellam (CTO) e Brendan Bolton-Kilnger, dentro da Huge Labs.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie

Novo reality show adolescente será transmitido pelas redes sociais

@SummerBreak é uma nova série aos moldes de um reality show que retrata um grupo de jovens, porém com um diferencial: ela será “exibida” somente nas redes sociais, em plataformas Twitter, Tumblr, Instagram e YouTube. Seu conteúdo se desdobrará através de tweets, fotos e vídeos da vida de 9 jovens cursando o colegial.

“Hoje os jovens são mestres em storytelling, compartilhando seus próprios reality shows pelas redes sociais.” – Billy Parks, produtor

Os personagens, que na verdade são pessoas reais, irão compartilhar suas experiências em tempo real por todos estes canais sociais, contando histórias usando seus próprios modos e pontos de vista. Assim, os usuários podem ter a experiência virtual proposta pela série em qualquer hora, de qualquer lugar.

O Twitter será o ponto de contato principal do programa, onde serão lançados os episódios-tweets diariamente, seguidos de webisodes semanais no Youtube.

Diferente de séries tradicionais, onde os episódios são filmados e produzidos meses antes, em @SummerBreak o conteúdo irá ao ar em tempo real, proporcionando uma irmersão dos seguidores enquanto a trama se desdobra, e oferecendo uma maior conexão e real interação com os personagens e suas histórias.

summerbreak-1
summerbreak-2
summerbreak-3
summerbreak-4

Uma recente pesquisa da Nielsen mostrou que jovens de 12 a 17 anos gastam menos tempo vendo TV e mais assistindo à vídeos pelo celular, uma atividade que cresce de forma acelerada.

A série cria um novo tipo de experiência que amplifica as histórias contadas pelos personagens, com suas próprias vozes e pelas suas próprias mãos. No Twitter, deixam seus seguidores saberem de tudo o que está acontecendo naquele momento. No Instagram, enquadram suas vidas. No Tumblr, são curadores das imagens que transmitem quem são. No Youtube, são cineastas de suas próprias vidas.

Aqui, cai como luva não somente para a geração que já vive isso diariamente, transformando suas próprias vidas em reality shows, mas também funcionaria muito bem complementando programas mais tradicionais, de forma a construir uma verdadeira rede transmídia e alimentar futuros episódios com as respostas geradas nas redes sociais e pelos próprios fãs.

Desenvolvida pela AT&TBBDO e The Chernin Group@SummerBreak ficará no ar neste meio de ano, durante o verão americano.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie

BookScout recomenda livros baseados nos dados da sua timeline do Facebook

A editora Random House lançou recentemente um aplicativo para Facebook, o BookScout, que gera recomendações de livros para o usuário, baseando-se nos dados de sua timeline.

Com a contínua queda nas vendas de publicações impressas, BookScout abraça a tentativa de trazer a prateleira das livrarias – um tanto distantes atualmente – para a frente das nossas vidas sociais online.

O app leva em consideração os likes, comentários, tags e informações gerais que o usuário usa no Facebook para prever livros que ele talvez possa gostar. Estas recomendações não vem apenas de livros da própria editora, mas de outras grandes, incluindo até Amazon Publishing.

Diferente até do sistema de recomendação do próprio Facebook e outros mais genéricos, BookScout cria um link direto com o carrinho de compras, além de ter como um dos principais objetivos criar uma comunidade de leitores ávidos, através de conversas girando em torno de listas de must reads, recomendações e resenhas pessoais, discussões de livros que falem sobre pautas quentes e demais diálogos que acabam por desenhar um novo modelo de conversas que se tem em livrarias e bibliotecas.

bookscout-1

A busca por recriar o modelo de conversas que se tem nas livrarias, agora no Facebook.

Com gigantes como a Amazon comprando a Goodreads, e a Random House apostando suas fichas no Facebook, vemos a tendência em expandir a base de consumidores tomar forma através das comunidades de fãs de livros que ocupam as diversas redes sociais. Resta saber se o fator humano das redes enriquecerão, de fato, os tantos algoritmos de recomendações.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie

@Marcelod2Real abre uma rede social

Enquanto todo mundo segue com idéias digitais, Marcelo D2 apostou no que (antigamente) era a rede social mais seguida por amantes de música e discos: uma loja.

Para divulgar seu novo trabalho, D2 abriu uma pop-up store na Galeria Ouro Fino em São Paulo. Uma maneira de se aproximar dos fãs, socializar, falar de música, divulgar o novo disco, vender todo tipo de merch e ainda poder tirar uma onda no final do dia, com happy hours regados a DJs e amigos.

Uma iniciativa simples, diferente e ainda mantém o respeito.

D22
935211_10151403119092213_411303195_n

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie

Festival destaca curtas inspirados por tweets

Miguel Andrés Norato e Claudia Murillo são dois diretores criativos da Sancho BBDO Colômbia. Assim como muitos de nós, eles perceberam que o conteúdo das redes sociais poderia servir de mote para filmes, vídeos e animações. Surgiu, então, a ideia de criar um festival de curta-metragens baseado em tweets, o 140 caracteres Film Festival. Em sua segunda edição, estão participando profissionais, estudantes e amadores que escolheram um único tweet e o transformaram em um curta de até 140 segundos de duração. A ideia é contada no case abaixo.

A Sancho BBDO também é responsável por algumas das peças de divulgação do festival, como os três pôsteres que reunimos aqui. A ideia é mostrar que tanto o humor, quanto o terror e a tragicomédia têm lugar garantido no evento que, se seguir o caminho da primeira edição, deverá ter sua gala de premiação em junho.

Além dos próprios realizadores, que receberão ouro, prata e bronze em cada categoria (cinema, vídeo, animação, mobile e experimental), os autores dos tweets que inspiraram os curtas receberão menção especial.

140-Characters-Film-Festival-Bieber 140-Characters-Film-Festival-Charlie 140-Characters-Film-Festival-Ronaldo

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie

Salvem o Compartilhamento

Esse texto é um apelo para que não deixem que a importância do Share, compartilhamento, reblog ou o nome que você quiser dar não morra nos próximos anos. A internet foi construída a partir disso (e comentários) e não podemos deixar que o ato de compartilhar se torne algo tão vulgar quanto inócuo. O conceito de frictionless sharing é focado no curto prazo e isso acaba por canibalizar o que desejamos tanto: que as pessoas nos ajudem a disseminar o nosso conteúdo. Claro que conteúdo bom acaba furando esse ciclo e é compartilhado espontâneamente. As vezes até sem ter um botão de compartilhar. É a força do conteúdo que emociona, que cria memórias e histórias que vai fazer com que ele seja disseminado.

Vejam o que aconteceu com o botão de Like/Love/Approve/etc. Ele deixou de ser algo na linha de Thumbs-Up para se tornar algo do tipo do “legal”, “ok, eu li/vi o seu post” e, no caso de mensagens de feliz aniversário, “obrigado”.
E, na minha opinião, o ato de compartilhar não merece o mesmo destino. Quando compartilhamos algo, estamos endossando algo, dando a nossa cara a tapa e falando para o mundo “eu concordo com esse ponto de vista”, “tenho que avisar aos meus amigos sobre isso” e etc. E o que noto hoje é uma coletânea de posts mais focados em construir uma persona do que em ajudar as pessoas. E acho que aí pode estar o problema.

Você é o que você compartilha

Já há estudos sobre pessoas arrependidas em terem compartilhado algo(em PDF) e os motivos vão de publicar algo sob a influência de álcool, drogas, ou sobre algum tópico polemico e por aí vai. Claro que algumas dessas situações tem repercussões imediatas como perder o emprego, acabar um relacionamento e abalar amizades. Mas o que me chamou a atenção foi que algumas pessoas querem ser percebidas de uma maneira favorável. Ou seja, querem ser bem vistas. Se tratarmos o ato de compartilhar como o novo Curtir, o valor do compartilhar vai cair porque nunca vai querer dizer exatamente o quem você é ou o que gosta. Sua opinião passa a não valer tanto, sua influência idem.

Porque nós achamos que podemos compartilhar a esmo? No fim do dia é basicamente isso que estamos fazendo e poluindo o feed e timeline dos seus amigos no caminho.

Você é o que você compartilha. Antes da internet se tornar quase onipresente na nossa vida, as pessoas indicavam as coisas que achavam que eram importantes para as outras. Era uma dica de um livro, de um artigo, de um programa de TV, discos/CDs/Músicas, receita de bolo e até fofocas. E a frequência com que você indicava e para quem vc indicava o que eram as coisas que definia como você seria percebido pelas outras pessoas. Compartilhar/indicar algo para alguém era a sua moeda social. Era algo delicado e que você escolhia a dedo para quem falar o que.

Muitos se vendem como sabe-tudo mas acabam não sabendo muito nem do que compartilham ou compartilham após lerem apenas a chamada

O livro “O Ponto da Virada” – ou do desequilíbrio dependendo da edição – (The Tipping Point, no original), do Malcolm Gladwell fala um pouco sobre isso. Se você está com preguiça de ler o livro, tem um bom resumo na Wikipedia em inglês. Mas vale a pena ler. Preste atenção na parte sobre Mavens que é bem o que estou tentando defender aqui. Sei que nem todos têm essa característica mas agir como um de vez em quando faria um mundo melhor. Pelo menos nas redes sociais.

Se levarmos em conta o número de Dunbar em que você consegue manter um relacionamento social em média com até 150 pessoas e hoje no Facebook temos bem mais ~amigos~ que isso, é só pensar no que isso gera na nossa cabeça.

As vezes eu acho que indicar algo deveria doer. Só assim teríamos um pouco de bom-senso na hora de compartilhar algo. E note que não estou falando em nenhum momento que deveríamos ser mais egoístas ou que devemos parar de compartilhar. Compartilhar algo é tão importante quanto para quem compartilhamos. Se quer agradar todo mundo, compartilhe apenas para as pessoas que têm algum interesse nisso, não nas pessoas que, quem sabe, podem ter algum interesse nesse assunto.

E antes que alguém fale que as pessoas gostam de muitas coisas completamente diferentes e isso talvez tenha algum efeito no que é compartilhado por elas, pode ser um motivo. O fato de estarmos vivendo em um mundo que glorifica o sabe-tudo também pode ser outro motivo mas entender o que importa para quem também deve ser levado em conta. É como contar uma história sobre uma batalha épica para meninas de 6 anos que só brincam de bonecas. Aquela história não vai ser tão interessante assim para elas. Por mais sexista que essa frase soe.

Share

Somando tudo isso ao fato que várias pessoas mudam o seu estilo e o que publicam e compartilham para gerarem mais interações para, teoricamente, serem mais relevantes para toda a sua audiência, que personalidade está sendo construída nas redes sociais? A sua ou aquela que você acha que vai agradar mais as pessoas que te seguem?

Muitos se vendem como sabe-tudo mas acabam não sabendo muito nem do que compartilham ou compartilham após lerem apenas a chamada. É uma pena. E tome conteúdo de auto-ajuda e matérias com uma boa chamada e pouco conteúdo.

As pessoas que conhecemos e confiamos nos influenciam mais do que imaginamos.

As pessoas que conhecemos e confiamos nos influenciam mais do que imaginamos. Se estamos compartilhando qualquer coisa, a quem estamos influenciando? E qual a diferença da pessoa que age dessa maneira e de um spammer que compra base de emails e manda para todo mundo? Em termos de comportamento, acho que pouco.

O mais engraçado é ver que essas pessoas geralmente te perguntam:

“Viu o que eu compartilhei no ________?”

E ficam decepcionadas se você diz que não viu. Assim como aquela sua tia que manda mensagens em arquivos .pps fica quando você diz que não abriu o email dela.

Salvem o compartilhamento e notem como o mundo vai mudar. Se não mudar, pelo menos a timeline das suas redes sociais vai 😉

E, de propósito, vou colocar nos últimos parágrafos para ver se alguém realmente leu o texto todo antes de comentar. Eu concordo que as atrocidades cometidas contra pessoas, animais, meio ambiente e etc devem acabar. Infelizmente, esse tipo de compartilhamento também é muito popular e acho que não tem como impedi-lo ou reduzi-lo.

Quer que esse tipo de coisa acabe? Denuncie o conteúdo para a polícia e para os administradores da rede que você está. Isso sim pode gerar alguma mudança. Se compartilhar é inevitável, compartilhe com quem tem alguma relação com a causa para ver se essas pessoas param de apenas compartilhar os links e começam a doar para essas causas como a excelente campanha da Unicef que avisa que curtidas no Facebook não compram vacinas.

Em tempo: Semana que vem, na terça feira, 07/05/2013, estarei no Social Web Day em São José do Rio Preto/SP.

Em tempo 2: A imagem desse post foi tirada daqui.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie

Cerveja Maes conquista Bélgica com ajuda da “família”

Todo mundo sabe que o sobrenome mais popular do Brasil é Silva. Mas, e depois de Silva, o que vem? Apesar de não encontrar uma fonte oficial que saciasse minha curiosidade, apareceram Cavalcanti, Oliveira, Souza e Santos, cada hora em uma posição diferente. Na Bélgica, entretanto, o terceiro sobrenome mais popular é Maes, que é também o nome da segunda marca de cerveja mais vendida por lá. Para aumentar as vendas e divulgar o produto, a TBWA de Bruxelas sugeriu que a marca oferecesse 1 barril de cerveja para todos os Maes do país.

Cada pessoa com o sobrenome Maes recebeu pelo correio um código que garantia o seu barril. Para resgatar o brinde, bastava acessar a página da marca no Facebook, inserir o código e escolher a data, local e 20 amigos para compartilhar o barril. De repente, os Maes se tornaram super populares na Bélgica, com todo mundo querendo ser amigo de alguém com esse sobrenome. Houve, também, quem resolvesse trocar o sobrenome – foram 7 mil novos Maes que ajudaram a tornar esse o sobrenome mais popular do país.

Em seis semanas, foram 500 mil pessoas impactadas pelo aplicativo. Em apenas 1 dia, a Maes triplicou o número de fãs no Facebook e apesar de a Bélgica ter pouco mais de 11 milhões de habitantes, a fan page da marca foi uma das mais acessadas do mundo.

maes maes1

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie

ThinkB4You Speak: pense bem antes de falar

Provavelmente uma das melhores lições que nossos pais podem nos ensinar – mas que nem todos nós aprendemos como deveríamos – é um conselho que ouvimos incontáveis vezes ao longo da vida.

“Pense bem antes de falar”.

Em tempos de blogs, redes sociais e qualquer ferramenta ou plataforma capaz de disseminar ideias, a gente percebe que esse grande poder não é lá muito bem usado com grande responsabilidade. Dai que o “pense bem antes de falar” acabou inspirando o ThinkB4YouSpeak.com, resultado da parceria entre o Ad Council e a Gay, Lesbian & Straight Education Network. O projeto se propõe a contar quantas vezes palavras como conotação homofóbica são usadas no Twitter.

No site da iniciativa, há um contador que mostra quantas vezes expressões como “fag”, “dike” e “so gay” foram utilizadas no dia, semana e mês – é claro que os números são absurdos e o objetivo é zerá-los. Também é possível visualizar o contexto ao qual estas expressões estão inseridas.

Além disso, o ThinkB4YouSpeak conta com um material bacana para ajudar na educação e conscientização, com áreas dedicadas a pais, educadores e até mesmo treinadores. Há banners da campanha, inclusive, que mostram que é errado usar a palavra gay como sinônimo para burro ou estúpido – como mostra o material abaixo, assinado pelo jogador da NBA Steve Nash. Há até mesmo uma cartilha que ensina como dizer às pessoas que não e legal dizer que alguém é “muito gay”.

O mais interessante é que, muitas vezes, a gente faz isso de forma inconsciente, não por maldade. Mas aí entra a questão da empatia, de conseguir se colocar no lugar do outro e perceber que as coisas não tão simples como imaginamos. É assunto que rende – especialmente neste momento em que política e religião parecem, mais do que nunca, ter se tornado uma coisa só em um Estado brasileiro supostamente laico. O desafio é manter o nível da conversa com bons argumentos e pensar bem antes de falar…

Layout 1

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie