A Tok&Stok passa o ano fora do radar da comunicação, mas, não coincidentemente, sempre aparece semanas antes do Festival de Cannes. É como um relógio suíço.
A marca pouco faz. Produções como essa então – vídeo acima – nunca antes na história desse país. Não falo nem de compra de mídia e veiculação na televisão, porém, sequer em seu canal no YouTube o comercial aparece.
Situado em um vilarejo do século XVIII, especialmente construído para o filme, vemos aqui o ritual de iniciação de um garoto. São longos dois minutos e meio até descobrirmos do que realmente se trata, mas não envolve caçadas ou grandes inimigos, apenas montagem de móveis.
Filmado em Praga, o comercial tem criação da DM9DDB e produção da Fulano Filmes.
Se Apple e Samsung vivem disputando cada mínimo espaço de mercado nos bastidores, as campanhas publicitárias não escondem isso e colocam os próprios consumidores na briga. A galera de Cupertino pode até ter evitado o confronto em seus últimos comerciais, só apelando para o tom emocional e humano em seus iGadgets, porém, diversos filmes para o Galaxy da Samsung bateram diretamente na concorrente.
Os fãs de cada marca não perdem a oportunidade de cutucar uns aos outros, estabelecendo de vez quem são os principais times dessa rivalidade. E já que é quase impossível ver alguém como advogado do Windows Phone e/ou Nokia, ambas as empresas acabaram de entrar na roda como a turma do deixa disso. Bem, na verdade, querem é ver o circo pegar fogo.
Dirigido por Roman Coppola, o novo comercial do Windows Phone tira sarro dessa rixa, mostrando o bate-boca entre fanboys da Apple e Samsung durante o casamento. A contenda termina em porrada, não antes de exibir cada “argumento” comum de ambos os lados, assinando com: “Don’t fight. Switch to the Nokia Lumia 920 Windows Phone”
Depois de um bom tempo focando nos aplicativos, a Apple decidiu destacar outra função do iPhone 5: a camera.
A marca lembra que, diariamente, o iPhone tira mais fotos que qualquer outra camera no mundo. Contando as milhões de imagens de comida, claro. O novo comercial também não esquece o Instagram, mostrando o app sendo utilizado pelas pessoas.
A Skol continua reinventando seu posicionamento “Desce Redondo”, que completou 16 anos de existência com algumas campanhas memoráveis, outras nem tanto.
Em sua nova iniciativa institucional, a marca redefiniu sua assinatura: “A vida manda quadrado, você devolve redondo”. O comercial que a apresenta traz uma linguagem diferente do segmento. Menos expositiva, mais inteligente e divertida, relembrando os tempos que levaram a Skol à liderança do mercado.
Acostumado com piadinhas sexistas e humor rasteiro, o público da cerveja deve estranhar. E isso é bom.
Criação da F/Nazca Saatchi & Saatchi, com produção da Stink.
Depois do enorme sucesso com os bebês de patins em 2009, a água Evian apresenta sua nova campanha… também com infantes que dançam.
“baby&me” mostra pessoas dançando de maneira esquisita tão logo descobrem espelhos refletem suas versões bebê.
Só eu acho bizarro? OK, bebês são legais, e o segmento de águas costuma chamaratenção quando quer – afinal, água é água – inclusive a própria Evian, mas aqui parece apenas uma tentativa barata de viralizar com um tema fácil. Diz a marca que isso tudo se encaixa em seu conceito de “Live Young”. Tá bom então.
Pelo menos, a campanha impressa parece que vai seguir um caminho mais interessante e menos apelativo. A criação é da BETC.
Para promover o novo 208, a Peugeot convocou os clássicos personagens da animação “Corrida Maluca”, da Hanna-Barbera. Se você tem mais de 30 anos na cara, assistiu muito que eu sei.
Penélope Charmosa, Dick Vigarista, Muttley e outros personagens ganham vida para destacar a assinatura “Dentro dele é outro mundo”, mostrando o 208 como uma tranquilidade no meio da disputa do trânsito urbano.
Filmado na Espanha, o comercial foi dirigido por Antoine Bardou-Jacquet e pela produtora inglesa Partizan. A campanha também conta com mídia impressa, e o comercial estreia na televisão amanhã, durante o intervalo do Jornal Nacional.
Um trabalho incrível e divertido no meio de tantas obviedades do setor automotivo brasileiro nos últimos tempos.
Só aumenta o chororo de que nossa geração está perdendo as reais conexões humanas, já que prefere ficar olhando o celular ao invés de conversar com a pessoa sentada a sua frente. Mas o Facebook acha isso certo, e que, também, o conteúdo compartilhado na timeline é mais interesante do que o papo da sua tia chata durante o jantar.
O novo comercial para o Facebook Home, “Dinner” (acima), segue a linha apresentada pelo “Airplane”, materializando a timeline e levando para longe a mente de quem olha para o smartphone.
Do mesmo modo, no outro filme abaixo (“Launch Day”), Mark Zuckerberg aparece para anunciar o lançamento da plataforma, enquanto um funcionário ignora o discurso do chefe para conferir sua timeline. O que nos leva a conclusão inevitável de que o Mark é uma tia chata.
Depois de patinar por um tempo, tentando repetir o sucesso alcançado em 2010, a Old Spice apresenta uma excelente nova campanha.
A marca promove dessa vez um sabonete, e adota um tom de paródia aos comerciais do segmento que muito já vimos por aí. O surrealismo lembra as boas campanhas argentinas dos últimos anos, mas com originalidade no texto e na apresentação.
No primeiro, acima, o sabonete sai de dentro de uma bola de basquete, que é na verdade uma melancia. A música pergunta se é pra tomar banho ou pra comer, um questionamento fundamental nesses tempos de sabonete sabor frutas, com aveia e outros alimentos.
O segundo filme, abaixo, leva ao extremo a proposta de um dia refrescante. Definitivamente, talvez você não queria conviver com essa sensação o tempo todo.
Em janeiro, Peter Stormare se apresentou como um substituto da sua vida, e assim deixar mais tempo para você jogar “Call of Duty: Black Ops II”.
Agora ele está de volta, na companhia de J.B. Smoove, para anunciar o novo DLC “Uprising”, que será lançado no próximo dia 16 de abril. O comercial expande a ideia cômica, mostrando a dupla substituindo jogadores em diversas tarefas importantes do dia a dia.
O Facebook acaba de divulgar o segundo comercial de sua plataforma Android, chamada Home, que foi lançada na última quinta-feira, 4 de abril.
O filme mostra um rapaz dentro de um avião, com a ideia de que, com o Facebook Home, ele nunca se desconecta de sua timeline. Tudo o que vê no smartphone aparece ao seu lado, e assim não perde nada.
É um divertido comercial, mas imagina o pesadelo que seria ver as bobagens que aparecem na sua timeline materializadas na sua frente? Seria bicho desaparecido, chorôrô sobre política, memes sem graça, informações não apuradas e fotos desfocadas pra todo lado. Sem contar a prova de que ninguém nunca obedece a aeromoça.
Nessa semana, por conta do episódio Mercedes + “Ah Lelek lek lek lek”, vi muita gente usando a palavra “ousadia”. Quem não gostou do carro com funk é careta, já que “a marca foi ousada”.
Bem, ousadia em publicidade, na minha opinião, só tem valor se for com propósito. De graça não adianta. Qualquer um pode fazer uma conexão de ideias bizarras, jogar no YouTube, talvez conseguir um mínimo de repercussão, e ainda assim não chegar a lugar algum.
Ousadia é criar um comercial cheio de significado, com um casal apaixonado que envelhece juntos, sem nem precisar de um locutor falando bobagem e explicando o que está acontecendo. É assim que a Vodafone anuncia seu plano ilimitado de telefonia, onde tantas outras marcas optariam por um garoto-propaganda falastrão segurando plaquinhas com preço, e até se chocariam com inocentes beijos.
Esse é só um exemplo que acabou de surgir, mas a publicidade está cheio deles. Ousadia sim, mas sem esquecer porque as agências e criativos são pagos: ideias.
Os chamados e-cigarros, que fazem vapor sem odor no lugar da fedorenta fumaça de tabaco, podem ser vistos como não prejudiciais à saúde, mas ainda assim foram vetados em locais públicos em diversas cidades do mundo.
Mesmo assim, isso não impede Courtney Love de fazer o que quiser nesse comercial para a marca NJOY. Seria melhor se no lugar da senhora empetecada, tivéssemos o Dave Grohl tomando satisfação com a ex-Cobain.
Estamos acostumados com comerciais de loteria sempre com um garoto-propaganda falando com alegria exacerbada e discurso expositivo, mas vez ou outra surge um ponto fora da curva. Campanhas do segmento já foram muito premiada, inclusive, como essa da Lotto de 2010.
Para a California Lottery, a agência David&Goliath recorreu a uma chuva de bolinhas brancas ao som de uma versão de “Califonia Dreamin”. A intenção, claro, é dizer que a sorte pode cair em qualquer lugar, sem esquecer de colocar a bolinha vermelha exatamente na mão do público alvo.
A Heineken, patrocinadora da UEFA Champions League, há anos se apropria muito bem dessa licença com extensas campanhas e promoções.
Em 2013 não foi diferente, e agora a marca já começa a criar expectativa para a final em Wembley, no dia 25 de maio. No novo comercial, “Road To The Final”, um baterista aventureiro sair do Rio de Janeiro para chegar em Londres a tempo do jogo.
Tem aquela representação clichê da América Latina que pode incomodar os mais sensíveis: selva, favela, guardas subornados, calor em tempo integral e ventiladores que giram morosamente.
Apesar de toda evolução tecnológica, a humanidade continua escova os dentes (bem, nem toda ela) como há 5 mil anos. Basicamente uma vareta com cerdas na ponta.
A Philips conta a história dessa invenção ao longo dos séculos, querendo te convencer que é hora de comprar uma escova elétrica.
É uma aventura visual interessante, apesar do incômodo narrador e da escova jogada pro sol. A criação é da Ogilvy, com produção da Brand New School.
Por lei, a NASA não pode investir em compra de mídia, mas nada que uma campanha de crowdfunding não possa resolver. Um comercial da agência espacial será exibido nas sessões de “Star Trek: Além da Escuridão”, que estreia em junho, financiado através do site Indiegogo.
A iniciativa pedia 33 mil dólares, montante alcançado em menos de uma semana. O clipe acima será convertido em um comercial de 30 segundos, e exibido por pelo menos 8 semanas em diversas salas de cinema nos EUA.
Com a intenção de conscientizar as novas gerações da importância de um programa espacial, ao mesmo tempo que celebra a história da agência, a veiculação não tem relação direta com a NASA. A responsável pelo pedido de crowdfunding é a Aerospace Industries Association (AIA), que representa mais de 350 empresas relacionadas com construção de foguetes, sondas e equipamentos espaciais.
Resumindo: Tudo muito louvável, mas a indústria precisa mesmo é continuar produzindo.
A Samsung irá lançar uma nova campanha global para promover sua linha de Smart TV’s. São dois comerciais-blockbuster, com produção milionária, para destacar o controle do aparelho através do sensor de movimentos.
Dirigido por Romain Gavras, o comercial “Charge”, acima, confronta a diversidade da programação da TV em uma praia. Carros, soldados, gangues, guerreiros maori, cheerleaders, cowboys e até a realeza correm em uma única direção, até encontrarem com quem realmente comanda.
Já o segundo filme, “King of TV City”, é dirigido por Adam Berg, e simboliza o controle de forma mais expositiva. Uma manada de búfalos, naves alienígenas, um ursinho e até um tiranossauro obedecem os comandos do espectador.
Apesar do objetivo específico, ambos se parecem muito com outras campanhas de TV que pretendem destacar realismo e qualidade de imagem, mas ainda assim divertem pela grandiosa produção.
A criação é da CHI & Partners de Londres, com produção da Somesuch&co e Stink, respectivamente.
É fato que eu conheço tanto de golf quanto sei construir um foguete espacial. Portanto, sequer sei dizer quem são os velhinhos – Arnold Palmer e Lee Trevino – que acompanham Tiger Woods nesse bom comercial que promove o jogo “PGA Tour 14″.
E não me mande procurar no Google.
Woods, que voltou a ser o número 1 no ranking, entra na porrada com uma gangue que quer roubar seus troféus. A cara de filme de ação certamente é uma tentativa de atrair uma audiência jovem para os seniors do esporte.
Em sua primeira campanha publicitária, o Spotify tenta definir o que a música significa. Tarefa ambiciosa, é claro, e por isso começa com um comercial-manifesto imerso em uma atmosfera obscura enquanto a multidão carrega um fã durante um show.
Sem usar uma trilha sonora específica, apenas um som indistinguível que ecoa, a intenção da campanha é comunicar a universalidade da música, e como ela exerce um poder particular em cada um de nós. Apoiado em metáforas, o texto diz que as melhores canções não nos dão respostas, mas fazem perguntas. “Porque a música é uma força. Para o bem. Para a mudança.”
“Because music can’t be stopped. Can’t be contained. It’s never finished. Because music makes us scream ‘Coo coo ca choo’ and mean it.”
Assim como outros manifestos publicitários, o texto pode soar genérico, tentando criar artificialmente um significado maior para um produto ou marca. Porém, o Spotify sai beneficiado por tratar de algo que realmente é capaz de comover as pessoas, sem precisa explicitar a ferramenta ou modo de funcionamento.
A criação da Droga5 de Nova York estreia hoje na televisão norte-americana, e inclui ainda peças impressas e ações em redes sociais.
Vale lembrar que antes do Spotify, outro serviço de streaming de música lançou um comercial. O Deezer, que recentemente chegou ao Brasil, fala “que nada pode parar a música”, uma ideia também presente no discurso do concorrente.
Confira abaixo o texto completo do manifesto do Spotify, em inglês, e outros dois filmes da campanha:
“It’s been said that the best songs don’t give answers but instead ask questions. So, why? Why does music stop us in our tracks? Dictate if we pump a fist or swing it? Why can a song change the world? Because music is a force. For good. For change. For whatever. It’s a magnifying glass. A bullhorn. A stick in the gears and the tools to fix it. Because music is a need. An urge to be vindicated. It’s bigger than us. It lives inside us. Because we were all conceived to a 4:4 beat. Because music can’t be stopped. Can’t be contained. It’s never finished. Because music makes us scream ‘Coo coo ca choo’ and mean it. Because music is worth fighting for. Why? Because it’s music.”
Kevin Durant, do Oklahoma City Thunder, tem um pesadelo. Sua jogada é interceptada por Dwyane Wade do Miami Heat.
Segue-se então momentos clichês de treinamento extenuante, onde o protagonista antes derrotado agora vai se esforçar ao máximo para vencer. E vence. Fim da história.
Não aqui nesse comercial de Gatorade, que pra mim é o melhor da marca em anos, desde que resolveram emular a atmosfera Nike de superação esportiva.
A criação é da TBWA/Chiat/Day, com produção da MJZ.
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