Estamos cada vez mais impacientes, nem aguentamos ouvir uma musica inteira

Chamar a geração de impaciente nem é uma crítica nova. Há anos se ouve falar do imediatismo e da instantaneidade dos jovens, e do quanto a nossa capacidade de concentração está cada vez menor.

Esses dados do Spotify, no entanto, são um pouco alarmantes: estamos tão impacientes que não aguentamos ouvir uma música inteira. Segundo o streaming de música, quase 25% de todas as músicas são puladas logo nos 5 primeiros segundos, o que eu gosto de pensar que é a versão musical de zapear por canais de TV. No entanto, mais de 33% das canções são ouvidas por apenas 30 segundos, e quase metade de todas as músicas são puladas em algum momento antes do final.

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% da música que foi ouvida

 

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Segundos da música tocados antes do skip

Passar dos 12 segundos ouvidos é um sinal de comprometimento – depois desse período, a tendência é que a música seja ouvida até o final. E, como era de se esperar, os adolescentes são os que menos têm paciência: a grande maioria deles pula canções com frequência. Curiosamente, os mais velhos também estão entre os que mais apertam o botão de ‘forward’.

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Comportamento por idade

 

Paul Lamere, diretor da Echo Nest e organizador desses dados, acredita que esse comportamento tem mais a ver com o tempo livre disponível do que com a faixa etária. “Os adolescentes têm mais tempo, enquanto os adultos de 30 e poucos, com seus filhos pequenos e trabalhos, não têm tempo para ficar cuidando do seu player de música”, especula ele. Isso também é uma verdade durante os fins de semana – enquanto os usuários não estão trabalhando, o índice de ‘puladas’ de música aumenta.

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Comportamento por hora do dia

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Comportamento por dia da semana

No entanto, uma outra teoria sugere que os adolescentes estariam usando a conta do Spotify dos seus pais (espertinhos!), o que gera essa quebra de padrão.

Para Lamere, esses dados evidenciam que quanto maior o engajamento do ouvinte com o tocador de música, maior é a chance de ele pular uma determinada canção. “Quando a música está tocando para preencher o ambiente, como quando estamos trabalhando ou relaxando, ‘pulamos’ menos canções”, argumenta ele. “Quando temos mais tempo livre, como quando somos jovens, ou estamos em casa depois do trabalho, ou durante um fim de semana, queremos selecionar melhor o que vamos ouvir, e pulamos mais músicas”, conclui.

Dá até saudade daquela época em que você apertava o ‘forward’ do Winamp sucessivamente, e tinha tempo livre…

(ps: não me venham com ‘Winamp foi descontinuado’. Winamp ainda vive, graças à Radionomy)

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Dr. Dre pode ter confirmado compra da Beats pela Apple

Circula na mídia há algumas horas a notícia de uma suposta compra da Beats Electronics, responsável pelos caríssimos fones Beats by Dre, pela Apple, por uma quantia que chegaria aos 3,2 bilhões de dólares. A informação, divulgada inicialmente pelo Financial Times, ainda não havia sido oficialmente confirmada, mas um vídeo do ator Tyrese Gibson pode ter comprovado (sem querer) o rumor.

Em um trecho do clipe, o próprio Dr. Dre se anuncia como “o primeiro bilionário do hip-hop”, e Tyrese brinca que “vão precisar atualizar a lista da Forbes, as coisas acabaram de mudar”. Em nenhum momento a Apple é mencionada, mas o fato do vídeo ter sido rapidamente removido do YouTube dá ainda mais força à teoria de que os amigos estavam mesmo comemorando a aquisição da Beats.

Para a Wired, a compra faz bastante sentido: a Beats vende a mesma ‘aura’ de luxo que a Apple, e conseguiu transformar um equipamento bastante banal em um item de ostentação. Há quem acredite que mais do que a aquisição de uma marca de fones de ouvidos premium, a Apple estaria mesmo interessada no aplicativo de streaming de música da Beats. Considerando que o iTunes não é um dos players favoritos, dando larga vantagem para iniciativas como o Spotify e Rdio, pode ser uma jogada interessante, mas alguns analistas dizem que isso não faz tanto sentido, já que o Beats Music não é, nem de longe, um bom app de música.

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Além do app e da ‘vibe’ jovem e descolada, com a compra da Beats a Apple pode levar também 64% do mercado de fones de ouvido premium (que não necessariamente são de altíssima qualidade, mas que custam bastante) por um precinho até que camarada: a Beats foi avaliada em 2 bilhões de dólares no ano passado, portanto a compra por 3,2 bilhões não parece tão inflacionada assim.

Thássius Veloso, do Tecnoblog, especula que talvez a Apple estivesse aguardando WWDC, conferência anual para desenvolvedores que acontece em 2 de junho, para anunciar oficialmente a aquisição da Beats. Com o deslize do rapper, contudo, talvez a empresa precise dar uma acelerada nesses planos.

 

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Can’t Figure Out What to Watch? Take a Spin With Netflix Roulette

Once you're done binging on Orange Is the New Black and Scandal, browsing Netflix can start to feel like rummaging through the discount DVD bin at Target. But now there's an easier way to cut through the clutter.

If you feel like you've already seen all the good stuff (and all of the slightly above mediocre stuff), you might want to try Netflix Roulette.

Developer Andrew Sampson created the API-driven website to help you find new movies and shows based on your own criteria. You can filter by genre, rating, director, actor or keyword, then just hit "spin." The app displays a show or a movie for you to watch, and if you don't like it, you can spin again.

Sampson's reportedly been contacted by a recruiter at Netflix, and he's been featured by news outlets including The Huffington Post and Time, so maybe this side project will turn into something quite a bit bigger. Don't listen to Wesley Snipes. Always bet on red!




Aereo, o serviço de streaming que está incomodando as emissoras nos EUA

Uma disputa entre um novo serviço de streaming e emissoras de TV chega à Suprema Corte norte-americana e pode decidir o futuro da TV (ao menos nos EUA).

Quem tem causado a confusão é a Aereo, um serviço de streaming que oferece programação de emissoras como NBC, CBS e ABC gratuitamente, através da web. As emissoras reclamam que essa seria uma violação dos direitos autorais, mas a situação não é assim tão preto-no-branco.

A Aereo funciona a partir da captação de sinais abertos, que é feita por uma série de pequenas antenas espalhadas pela região. Cada um dos assinantes da Aereo ganha acesso a uma dessas antenas, que então transmitem aquela programação através da web.

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Essa é a antena do Aereo

A assinatura é bastante acessível – entre 8 e 12 dólares mensais – e permite também usar o Aereo para gravar a programação que está sendo exibida, para assisti-la mais tarde (o que hoje é feito por aparelhos de DVR). Além disso, a Aereo faz com que seja desnecessário ter uma TV ou assinar um serviço de TV a cabo (caso a recepção na sua região seja ruim), já que a programação televisiva fica acessível através de dispositivos que se conectem à internet. Praticamente uma HBO Go, só que para canais abertos e por um preço bastante razoável, mas disponível em apenas um punhado de cidades norte-americanas.

David Carr destaca que a importância do caso vai além da transmissão via web de conteúdos de TV – “tem um pouquinho de tudo: mídias tradicionais apoiadas em modelos de negócios antigos e queridos, uma startup insurgente, com uma solução inteligente, e, quem sabe o mais importante, o primeiro grande teste da Suprema Corte, sobre quem é o real proprietário de conteúdos que ficam armazenados na nuvem”, explica ele no NYT.

Uma decisão judicial do caso só deve ser divulgada no final de junho, mas o assunto certamente levantará debates interessantes nas próximas semanas. Se a justiça decidir que a Aereo infringe leis de copyright, a empresa deixará de existir, e o precedente evitará que outras tentem seguir pelo mesmo caminho. Caso a Aereo seja a vencedora do processo, restará saber se os usuários estarão dispostos a pagar pelo acesso digital de um conteúdo que é gratuito (rede aberta) na televisão, e como será resolvido o ‘detalhe’ de que os produtores do conteúdo não levam nem um centavo nessa brincadeira.

Aguardem os próximos capítulos.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Amazon aposta em conteúdo em vídeo com o seu Fire TV

A concorrência pela conexão da sua TV à web está cada vez mais acirrada. A Amazon apresentou nesta quarta-feira o Fire TV, seu aparelhinho de media center que chega ao mercado por meros 99 dólares.

Com um processador quad-core, sistema operacional próprio e 2GB de RAM, o Fire TV promete acabar com as travadinhas do streaming de conteúdo para a sua televisão, e não se acanha perto dos concorrentes – além do acesso a conteúdos multimídia adquiridos da própria Amazon, o Fire TV vai servir de interface para serviços como a Netflix, HBO Go, Hulu e Pandora.

O controle remoto tem uma rodinha clicável e vem com um microfone, que promete agilizar a busca ao oferecer a possibilidade de reconhecimento de voz. Pode ser melhor do que ficar selecionando letra por letra pelo controle, mas toda vez que se fala em comandos de voz, há a possibilidade de falhas que vão deixar você ~discutindo~ com o aparelho na sua sala.

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O Fire TV também terá suporte a jogos, permitindo a conexão de um controle remoto especial para games, que será vendido como um acessório à parte ao custo de 40 dólares.

Com Apple TV, Chromecast, Roku e agora a chegada do Fire TV, acho que podemos dar como aberta a temporada de caça aos ‘webspectadores’.

Atualizado em 04/04 às 17:08: O Fire TV não tem acesso ao HBO Go, como apontou um leitor.

Adeus, Popcorn Time: depois do sucesso, desenvolvedores desistem da iniciativa

Se você não teve como aproveitar as benesses de fazer streaming dos seus filmes em torrents preferidos, agora já não poderá mais. Os desenvolvedores do Popcorn Time desistiram da empreitada, alegando temerem pela própria integridade. Mexer com a máquina do copyright certamente não ia ser fácil, e eles não quiseram comprar essa briga.

“Amamos o Pochoclín [a pipoquinha mascote do serviço] e tudo o que ele significa, e sentimos muito por abandonar nossa incrível comunidade de colaboradores. Foram eles que traduziram o app para 32 idiomas, alguns deles nós nem sabíamos que existiam. Ficamos impressionados com o que uma comunidade de código aberto pode fazer”, explicam em comunicado liberado há pouco no site.

“Nosso experimento fez com que nos sentíssemos em perigo por fazer algo que amamos”, esclarecem os desenvolvedores do Popcorn Time

O Popcorn Time chamou a atenção de mídias no mundo todo por ser uma interface agradável de acesso a filmes disponíveis em torrents, sendo elogiado por se colocar como um ‘herói’ do consumidor, que poderia assistir a filmes recentíssimos do conforto da sua casa.  Eles esclarecem que o projeto não é de nenhuma forma ilegal – “Nós checamos. Quatro vezes”, ressaltam – mas que os custos para manter o projeto no ar são altos demais para eles.  “Não queremos fazer parte dessa batalha”, encerra o texto.

Tentei acessar o aplicativo por aqui, mas ele não responde mais, fica eternamente aguardando uma conexão. É realmente uma pena. Adeus, Pochoclín!

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Netflix apresenta o primeiro redesign de sua interface

A Netflix anunciou hoje seu primeiro grande redesign de interface, com a intenção primária de integrar o visual do serviço de streaming em todas as plataformas – web, smart TV’s, players Blu-ray, videogames, tablets, etc.

São mudanças em detalhes, como a exibição de mais imagens de fundo para representar determinado filme ou programa, mostrando também informações sobre premiações – como Oscar e Emmy – e melhor distribuição dos itens na tela.

A intenção da empresa é investir em design para separar ainda mais a sua interface dos mosaicos (quase sempre ruins) praticados pelas operadoras de TV. Essa atualização deve começar a aparecer para os usuários a partir de hoje. Confira todas as mudanças no vídeo acima.

Netflix

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BBC lança Playlister, um serviço de música

A BBC acaba de lançar o serviço Playlister, uma nova plataforma que permite que os usuários escutem música online, além de salvar, favoritar e adicionar faixas em playlists personalizadas. Estas podem ser ouvidas e armazenadas online, ou exportadas para os canais dos parceiros do projeto: Spotify, YouTube e Deezer.

O serviço também permite que os usuários sigam os DJs da BBC para escutar suas seleções, programas e também receberem recomendações de músicas do mundo todo.

Pensando nos hábitos de seu próprio público, a empresa espera facilitar a vida dos usuários em questões de armazenamento e organização de suas músicas.

Segundo a BBC, sua plataforma pretende dar acesso a mais músicas do que qualquer outra.

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“Nós temos tradição em trazer boa música para nossa audiência. Queremos novamente transformar a relação do nosso público com a música.” – BBC

Parece que a empresa começou a colocar grande ênfase em inovação e interatividade quando se trata de seus serviços digitais. Playlister é um produto internacional com parceiros de peso que, juntamente com provedores de música e ênfase no acesso, compartilhamento e agilidade, pode se transformar em mais um recurso para reter e interagir com sua audiência. Já pensando aqui nos nativos digitais, que estão muito além do rádio e da TV.

Playlister estará disponível nos próximos dias para desktops, browsers e mobile. Por enquanto, é possível testar em beta aqui.

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Spotify tenta explicar o poder da música em sua primeira campanha publicitária

Em sua primeira campanha publicitária, o Spotify tenta definir o que a música significa. Tarefa ambiciosa, é claro, e por isso começa com um comercial-manifesto imerso em uma atmosfera obscura enquanto a multidão carrega um fã durante um show.

Sem usar uma trilha sonora específica, apenas um som indistinguível que ecoa, a intenção da campanha é comunicar a universalidade da música, e como ela exerce um poder particular em cada um de nós. Apoiado em metáforas, o texto diz que as melhores canções não nos dão respostas, mas fazem perguntas. “Porque a música é uma força. Para o bem. Para a mudança.”

Spotify

“Because music can’t be stopped. Can’t be contained. It’s never finished. Because music makes us scream ‘Coo coo ca choo’ and mean it.”

Assim como outros manifestos publicitários, o texto pode soar genérico, tentando criar artificialmente um significado maior para um produto ou marca. Porém, o Spotify sai beneficiado por tratar de algo que realmente é capaz de comover as pessoas, sem precisa explicitar a ferramenta ou modo de funcionamento.

A criação da Droga5 de Nova York estreia hoje na televisão norte-americana, e inclui ainda peças impressas e ações em redes sociais.

Vale lembrar que antes do Spotify, outro serviço de streaming de música lançou um comercial. O Deezer, que recentemente chegou ao Brasil, fala “que nada pode parar a música”, uma ideia também presente no discurso do concorrente.

Spotify

Confira abaixo o texto completo do manifesto do Spotify, em inglês, e outros dois filmes da campanha:

“It’s been said that the best songs don’t give answers but instead ask questions. So, why? Why does music stop us in our tracks? Dictate if we pump a fist or swing it? Why can a song change the world? Because music is a force. For good. For change. For whatever. It’s a magnifying glass. A bullhorn. A stick in the gears and the tools to fix it. Because music is a need. An urge to be vindicated. It’s bigger than us. It lives inside us. Because we were all conceived to a 4:4 beat. Because music can’t be stopped. Can’t be contained. It’s never finished. Because music makes us scream ‘Coo coo ca choo’ and mean it. Because music is worth fighting for. Why? Because it’s music.”

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Vimeo entra no mercado de aluguel de filmes por streaming

O Vimeo, além da sua adorada plataforma de publicação de vídeo, também vai entrar no mercado de streaming de filmes. Como não poderia ser diferente, o foco estará nas produções independentes, com a proposta de distribuir conteúdo globalmente e remunerar os cineastas pelo trabalho.

O sistema pay-to-view só será lançado por completo no começo do ano que vem, mas o Vimeo já liberou uma prévia com seis filmes disponíveis, custando de US$ 4.99 a US$ 9.00, e cada um liberado para regiões específicas. Depois da compra, o filme pode ser assistido nas plataformas compatíveis com o site, como smartphones, tablets, consoles, etc.

Uma grande (e fundamental) diferença para outros serviços similares, é que o Vimeo promete manter aqui a sua já conhecida curadoria de conteúdo, escolhendo a dedo as produções que farão parte do catálogo.

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