Para dizer que o seu Jetta 2012 foi escolhido como o carro mais seguro pelo IIHS, a Volkswagen conta a história de um garoto que passou a vida toda perguntando: “É rápido?”
Nessa época você não imagina, mas um dia a pergunta vai mudar.
Pra fazer coisa boa a Vivo demora meses pra liberar verba e aprovar (quando aprova), mas pra colocar uma celebridade instantanea sentada no sofá falando como seus serviços são sensacionais é bem rápido. Tão fácil como a Luiza conseguiu voltar do Canadá.
Como eu falei nesse post mais cedo, o pai da garota estrela esse comercial com sérias restrições orçamentarias, e no final faz um apelo. Segundo consta, a história de que ele usava Vivo para se comunicar com a Luiza no estrangeiro é verídica.
Na publicidade é assim: Se deu certo uma vez, repita… até enjoar. E se o comercial mais popular de 2011 foi o garoto Darth Vader, a Volkswagen vai repetir a referência “Star Wars” em sua campanha desse ano para o Super Bowl.
A vídeo acima com o coro canino da Marcha Imperial é só o teaser, do que deve ser uma representação do filme pelos animais. E tem também o site-convite: web.vw.com/star-wars-invite/. No texto: “Sinta a força da engenharia alemã”. Eu hein.
A Honda no Brasil é um cliente complicado. Vê as filiais britânica e americana emplacando campanhas memoráveis e premiadas, mas por aqui opta pela esquema coxinha “imagem computadorizada + descrição de feature” em que sequer conseguimos lembrar o modelo anunciado.
Na divisão de motos até já teve boas iniciativas, mas os comerciais dos carros geralmente são enfadonhos. E não me digam que isso é complexo de vira-lata – que só gosto de campanha gringa – o problema não vem das agências brasileiras, mas das decisões de marketing da Honda no país.
A nova campanha da marca por aqui, para lançar o Civic 2012 e seu “espectáculo de tecnologia”, representa bem o que eu quero dizer. Cheio de cenas lindas, filmadas na Provincia de Jujuy, na Argentina, com carros correndo pelo deserto gerando formas (recurso já utilizado por outras montadoras, vale lembrar), mas com um locutor que não cala a boca e estraga o clima.
É um bom filme, mas se a decisão fosse de alguma outra Honda pelo mundo, posso apostar que não seria dita uma única palavra durante os 90 segundos de duração.
A criação é da F/Nazca, com produção da Rebolucion.
A Audi lançou uma campanha para celebrar seu revolucionário sistema de tração, o quattro™.
Para ter uma ideia do avanço que ele representou basta voltar para 1981. Neste ano o sistema foi introduzido no Campeonato Mundial de Rally. Resultado: depois de 24 vitórias seguidas ele foi considerado concorrência desleal e acabou banido das provas.
Quer dizer, o bicho funciona.
E para mostrar que funciona mesmo nas mais adversas condições das mais frias estradas, eles recorreram a literatura.
O filme refaz a perseguição épica imaginada por Herman Melville entre o capitão obsessivo e a indefectível baleia branca.
Só que nesta releitura moderna, a natureza hostil do mar dá lugar a um mar de neve. Ali, o capitão e seu pesadelo branco estão representados por um motorista de guincho – não por acaso chamado Ahab – e um desafiador Audi branco.
A Mercedes-Benz agradece a todos anos de serviços prestados pelo airbag, a todas as vezes que ele salvou vidas sem querer nada em troca.
O comercial diz que espera que esse indispensável acessório de segurança continue nos ajudando no futuro, porém, não tanto quanto hoje. A marca promove aqui o seu assistente de prevenção de colisões, que se tornou item de série do modelo Classe B.
Imagens em camera lenta de batidas e pessoas voadoras contra sacos infláveis certamente são ótimos atrativos da sua atenção.
A criação é da Jung von Matt/Alster, com produção da britânica Blink e da alemã Tony Petersen Film.
O bebê Micah, que rasgando papel e rindo conseguiu mais de 34 milhões de views no YouTube no ano passado, foi transformado em protagonista do comercial do Itaú.
A marca pegou o vídeo original – certamente com autorização mediante alguma compensanção financeira – deixou o Micah laranja e fez dele a sua campanha sustentável “Sem Papel”
A intenção é incentivar que as clientes cancelem o recebimento dos extratos via correio.
Veja acima o vídeo do Itaú e abaixo o original. E fica assim: Já que você não pode criar seus próprios virais, aproveite os bebês famosos da internet.
Para promover a sua Final Edition, a Axe/Lynx criou o Last Request Generator no Facebook. Com ele você pode fazer o seu último pedido, antes do fim do mundo em 2012.
OK, considerando que a marca nem sequer vai lhe ajudar a realizar esse desejo final.
Mas o que talvez você pode querer saber é que, no comercial do aplicativo, o inglês protagonista pede duas modelos brasileiras antes do fim do mundo.
Não foi assim que os seus pais te contaram como funciona toda a logística do Natal, certo?
Mas é a modernidade, e você talvez conte de forma diferente pro seu filho, assim como a Apple imaginou. Aí um dia ele vai descobrir que o Siri não existe, ou melhor, existe, mas por uns R$ 2 mil.
O comercial em si não é nada, apenas mais um com cenas de pessoas descoladas dançando em baladas e fazendo coisas alternativas sem sentido pela noite. Mas a nova campanha de Smirnoff resgatou um clássico da fase farofa do KISS: “Crazy, Crazy Nights”.
No filme trata-se de uma versão completamente diferente da música, gravada pelo produtor Big Foote e pela banda Sun For Moon. A intenção é transformar a faixa em um hino para a marca, com mais de 1.5 milhão de dólares investidos na tentativa de entrar nas paradas.
Já que Activision continua saturando o mercado com um novo “Call of Duty” todo ano – afinal, a franquia também continua quebrando recordes de vendas – é preciso que novos jogadores se interessem pelo jogo.
Essa já foi a intenção com a campanha do ano passado para “Black Ops”, onde a TBWA/Chiat/Day mostrou todo tipo de pessoa como um soldado em potencial.
Com o lançamento iminente de “Modern Warfare 3″, a campanha mantém a mesma proposta e assinatura – “There’s a soldier in all of us” – mas dessa vez abordando a interação entre um jogador veterano e um novato, o popular n00b.
Estrelado por Jonah Hill e Sam Worthington, o filme bem-humorado segue a linha de super produção do anterior. Muito menos por isso, e mais pelo roteiro, piadas e referências do multiplayer de CoD, esse entra fácil na lista de melhores comerciais do ano.
Vale dizer que a criação mudou de mãos, agora a é da 72andSunny.
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