Miracle Whip reúne celebridades da música em comercial

Em 1985, alguns dos principais nomes da música daquela época se reuniram para gravar We Are the World, dentro do projeto USA for Africa. Alguns anos depois, em 1991, mais uma leva de artistas famosos se uniu no The Peace Choir para cantar Give Peace a Chance, em uma manifestação contra a guerra no Iraque. Certamente outras manifestações como estas ocorreram ao longo da história, algumas por causas mais ou menos nobres do que estas duas. No caso das menos nobres podemos citar o recente comercial da maionese Miracle Whip, que foi ao ar na noite de domingo durante o Grammy Awards.

A sátira criada pela McGarryBowen Chicago levanta a bandeira contra o preconceito sofrido pela Miracle Whip e reúne alguns esquecidos da música, como Lance Bass, do ’N Sync’s, Gilby Clarke – que fez parte em algum momento do Guns n’Roses, Village People, Susan Boyle e a ex-musa dos anos 80 Tiffany. Todos eles pedindo ao telespectador para manter a boca aberta. A julgar pelo vídeo, é inegável que alguns deles mantiveram…

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Beck participa de Hello, Again, novo projeto da Lincoln

As ações em torno do renascimento da Lincoln Motor Co. acabaram de ganhar mais um capítulo com o projeto Hello, Again. Após chamar o público para colaborar com o roteiro do comercial do Super Bowl 47, a marca aproveitou o Grammy Awards para dar continuidade ao seu processo de renascimento/reinvenção convidando Beck para “reimaginar” Sound and Vision, música de David Bowie. Mas não para por aí. A ideia não é apenas se inspirar em algo antigo e transformá-lo em algo novo, mas também aproveitar as tecnologias disponíveis para reinventar a maneira como o público ouve a música, tarefa que coube ao diretor Chris Milk. A transmissão disso tudo acontecerá na noite de quarta-feira.


A primeira diferença desta nova experiência sonora poderá ser notada no local da apresentação, já que os 160 músicos participantes irão cercar o público em uma espécie de palco giratório, criando uma experiência imersiva. Quem acompanhar o show de casa também poderá sentir a diferença graças às câmeras e aos microfones da chamada binaural head. O gadget nada mais é do que um aparelho de gravação em forma de uma cabeça humana com várias orelhas, capazes de captar o som da maneira como os seres humanos ouvem, reproduzindo a mesma sensação de quem estiver acompanhando a apresentação ao vivo.

O conceito disso tudo também está no novo comercial da Lincoln.

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Jagwar Ma: o pop australiano volta aos anos 90

Eu não sei exatamente quais foram exatamente as influências de Gabriel Winterfield, Jono Ma e Jack Freeman. Mas poderia apostar que tem Stone Roses, Jesus Jones, Blur, Happy Mondays, Primal Scream e _____________________(sua banda preferida dos anos 90 aqui) no meio.

Ouvindo a elogiada The Throw – o single que está fazendo do Jagwar Ma os novos queridinhos do pop australiano – fica claro que eles bebem na fonte dos anos noventa em cada nota que produzem.

O que, para nostálgicos como eu, é uma delicia. Me lembrou Right Here Right Now (do Jesus Jones) logo de cara, nem tanto pela melodia ou refrão em si, mas pelo conjunto de tudo: o visual do clipe, o mood da música, a intenção dela de forma geral. E preciso confessar que depois de acostumar com o timbre do vocal, eu adorei o que ouvi.

Com certeza é um álbum que vou atrás para descobrir se as suspeitas influências se confirmam, e – claro – para me fazer voltar no tempo um pouco, apreciando uma música nova com tempero vintage.

 

Aqui você vê a The Throw e a deliciosa Come Save Me. Divirta-se.

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Katachi: Um hipnotizante stop-motion de papel

Toda semana aparecem diversos stop-motions diferentes na rede mundial. Alguns melhores do que outros, mas quase sempre interessantes. Porém, quando japoneses resolvem utilizar a técnica, é garantia de explosão de cabeça.

O clipe da música “Katachi”, do astro pop japonês Shugo Tokumaru, é um bom exemplo disso. Um stop-motion insano e hipnotizante feito com várias camadas de papel, que se sobrepõem de acordo com o ritmo da canção.

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Katachi
Katachi

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Designers comemoram 50 anos dos Rolling Stones repensando a “língua”

No ano passado, Shepard “Obey” Fairey foi o responsável por atualizar a mitológica “língua” dos Rolling Stones, criada na década de 1970 por John Pasche para o disco Sticky Fingers, por conta dos 50 anos da banda. As comemorações, entretanto, não pararam por aí: a convite da Publicis Madrid e Wieden+Kennedy Amsterdam, 50 designers do mundo inteiro repensaram o logo dos Stones, em um projeto sem fins lucrativos.

Os trabalhos foram reunidos no site The Fifty New Logos Project e são assinados por nomes como Luke Atkinson, Agatha Ruiz de La Prada, Godfried Donkor, Givan Lötz, Andrew Footit e Damien Weighill, entre outros.

Um ótimo presente de aniversário para os Stones e seus fãs.

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Avicii x You: Ericsson lança projeto para criar o primeiro hit musical via crowdsourcing

A Ericsson lançou um projeto em colaboração com o DJ e produtor Avicii para criar um hit musical crowdsourced, a partir da contribuição de fãs com seus próprios sons. Com o nome de Avicci x You, o projeto busca mostrar como a sociedade conectada abre caminhos para a inovação e a transformação nos negócios, neste caso, na indústria musical.

Avicii, um artista jovem que ganhou fama através das redes sociais e foi considerado a segunda pessoa com menos de 30 anos mais influente no mundo da música pela revista Forbes, vai atuar como produtor executivo, fazendo a curadoria dos efeitos, melodias, ritmos e vozes dos participantes, lançando o resultado dia 26 de fevereiro de 2013.

“Com o projeto ‘Avicci x You’ estamos mais uma vez tentando mudar um paradigma e fazer com que ele se torne o primeiro de muitos que vão usar as possibilidades de hoje por meio da tecnologia social.” – agente e parceiro de Avicii, no site da Ericsson

Para iniciar o projeto, Avicii disponibilizou o acorde inicial, conceito e chave para ser trabalhado pelos participantes, que pode ser baixado no site oficial do projeto.

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Focando no conceito de sociedade conectada, a Ericsson já lançou dois curtas no passado, um sobre cidades inteligentes, e outro sobre o futuro do aprendizado, falando de um mundo mundo no qual a conectividade em tempo real entre as pessoas, lugares e negócios permite novas maneiras de fazer negócios e acessar entretenimento.

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The Origin Of Love: talento vs. excesso

E o desinibido Mika voltou à cena recentemente com seu terceiro álbum de estúdio, The Origin Of Love, que chega com o fardo pesado de manter o excelente nível pop dos dois primeiros, Life In Cartoon Motion e The Boy Who Knew Too Much.  

Aqueles discos tem, para mim, o grande mérito de soar absolutamente contemporâneos e modernos enquanto, ao mesmo tempo, revelam uma erudição impressionante do compositor Mika, que é um virtuoso no piano e nos vocais. Esse cara sabe fazer música pop decente e que combina com seu tempo: refrões memoráveis, melodias inteligentes, arranjos divertidos – eletrônicos por vezes – mas nunca sem profundidade.

Pelo menos nos dois primeiros discos, as músicas são leves e divertidas, mas tem diversas camadas, sendo lapidadas com um cuidado que não se vê com muita frequência na música pop de hoje em dia. E mesmo não sendo um grande fã de músicas que abusam do eletroniquês, eu considero um pop que dá gosto de ouvir.  Justamente porque a ideia sempre foi mais importante do que o recurso. Ou seja, uma batida eletrônica aqui, um efeito de voz ali, isso servia como tempero para uma base rica e inteligente, e por isso eram bem-vindos.

Mas agora parece que o recurso ficou mais importante do que a ideia, e The Origin Of Love sofre com um excesso de efeitos, loops, vocoders, sintetizadores – e tantas outras firulas feitas para a pista de dança – a ponto de parecer que é nada mais do que um apanhado de firulas, e no meio disso tudo a música ficou esquecida.  Felizmente esse não é o caso de todas as faixas.

Quando Mika deixa suas músicas respirarem, elas brilham.

E aí entra em cena o bom e velho compositor talentoso de sempre, com o mesmo vigor dos discos anteriores. Lola é um belo exemplo de que música pop pode se manter em pé sozinha sem as muletas eletrônicas, e a faixa esbanja uma linha de baixo que parece ter vindo dos anos 70, uma levada vintage e uma melodia sublimemente construída. Aí fica legal, porque Mika sabe o talento que tem e brinca com backing vocals e com seu surpreendente piano. Outros bons momentos são Kids, Heroes, o single Celebrate e a belíssima Under Water, de longe a coisa mais bonita do disco inteiro.

O resto do álbum não é ruim, mas parece que ele está tentando mostrar a qualquer custo que sabe se comunicar com um público mais jovem, e aí força a barra, sufocando músicas boas com elementos caricatos de pista de dança. Ele sempre soube usar esses elementos com bom gosto, mas agora pesou a mão um pouco demais.

Depois de ter feito dois discos impecáveis e de um pop invejavelmente maduro, não sei se o disco novo é a origem do amor, como seu título sugere. Mas com certeza é a origem de uma certa decepção.

 



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A primeira música de David Bowie em 10 anos

Ele voltou.

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Focus@will: um streaming de música para aumentar a produtividade

Para quem costuma trabalhar ouvindo música e concorda que, com o som certo, a concentração aumenta, focus@will é um novo serviço de streaming de música desenvolvido especificamente para silenciar o seu cérebro da forma certa e entregar o que estão chamando de “produtividade sob demanda”.

Funciona assim: a maioria das pessoas consegue se concentrar em uma tarefa por no máximo 100 minutos contínuos, antes de uma pausa curta para um café ou banheiro. focus@will tem como objetivo aumentar a produtividade destes ciclos de 100 minutos tocando músicas que foram rigorosamente testadas para acalmar a parte do cérebro que é responsável pela emoção e pelas mensagens que tanto atormentam você para fuçar no celular, abrir o Facebook, fazer um lanche, ligar a TV ou deixar tudo para amanhã.

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Na biblioteca, é possível escolher que tipo de música você prefere escutar: clássica, jazz, ambiente, etc. A seleção das faixas é baseada em um algoritmo que analisa características como velocidade, emoção, intensidade e arranjo e as coloca em uma sequência que dura o ciclo de 100 minutos de concentração contínua, cada uma com um papel específico no seu cérebro, como pode ser visto no gráfico abaixo.

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focus@will não se posiciona como outro serviço de música na Internet similar ao Spotify ou Pandora, pois foca em negócios cognitivos e não de entretenimento. Ou seja, suas músicas não são para serem escutadas, mas para servirem de acompanhamento em atividades diárias que podem ser melhoradas com a ajuda do serviço.

Por enquanto, o site está em beta privado. O FastCompany liberou ao público um código de acesso que eles receberam para testar: fastcompanyfocus. Mas o serviço só está disponível para os EUA. Por isso, para usar, é preciso ter o TunnelBar instalado no seu computador, ou outro serviço semelhante, que ofereça acesso à Internet global.

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The Valtari Mystery Film Experiment, projeto da banda Sigur Rós, chega a São Paulo

Desde o lançamento do seu último àlbum, Valtari, a banda inslandesa Sigur Rós tem trabalhado no projeto The Valtari Mystery Film Experiment, no qual convidou 16 artistas/cineastas para dirigir cada uma das músicas do novo disco.

Além de divulgar o álbum, a ideia era ignorar o processo normal de aprovação artística que envolve grande parte dos trabalhos, sejam eles conceituais ou comerciais, e permitir aos envolvidos total liberdade criativa.

“Nunca foi nossa intenção que nossas músicas viessem com uma resposta emocional pré-programada. Nós não queremos falar a ninguém o que sentir e o que tirar de cada música.” – Sigur Rós

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Em setembro, a banda deu aos fãs a oportunidade de participarem do projeto, abrindo uma competição para que enviassem um vídeo para uma das músicas do álbum. No fim, duas produções foram escolhidas como vencedoras, uma pela banda e a outra pelo público. Confira abaixo:

O projeto foi finalizado em dezembro, dando vida à curtas experimentais, atores renomados, danças hipnóticas, fotografias impactantes e temáticas mais que subjetivas.

Como resultado, os vídeos estão em uma “tour” ao redor do mundo. A exibição do projeto passará por São Paulo, dia 10, às 16h no Museu da Imagem e do Som, com entrada gratuita.

 Enquanto isso, você pode assistir aos vídeos aqui.

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Turnplay: aplicativo para iPad revive com realismo a experiência de tocar um vinil

Com a evolução da tecnologia, a música naturalmente se transformou em formatos mais convenientes ao longo do tempo, parando aos poucos com a produção de vinil. Mas a experiência de colocar para tocar e escutar um vinil nunca foi susbtituída. Querendo trazer isso de volta, o aplicativo Turnplay para iPad tenta, através do realismo visual, interativo e sonoro, reviver essa experiência.

turnplay02 turnplay01Com o Turnplay, é possível tocar qualquer música do seu iPad. Ao selecionar a faixa, o vinil é retirado da capa e colocado na vitrola virtual. O som do disco, dos botões e do scratching parecem tão reais quanto a escolha entre 33-45 RPM.Você pode até levantar o braço com a agulha e colocá-lo em uma parte específica da música.

Mesmo com outros aplicativos similares no mercado, como Vinyl TapAirVinyl and My Grooves, nenhum deles traz a autenticidade e a atenção aos detalhes como esse.

Criado pela Ramotion, eles contam em sua galeria no Behance sobre o processo criativo e como se concentraram em dissecar cada detalhe da experiência do vinil para poderem criá-la da forma mais real possível.

O aplicativo está disponível para iPad por $1,99.

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Philip Glass lança álbum de remixes como aplicativo para iPad

O novo álbum de Philip Glass, uma compilação de remixes, foi lançado como aplicativo para iPad, o REWORK.

O uso de aplicativo para promover novos álbuns não é novidade. Björk, com o app Biophilia, permitiu que os usuários experimentassem a música de forma mais visual e intuitiva. O último álbum do The XX, Coexist, também virou app, abrindo espaço para incluir vídeos e entrevistas exclusivas, além de uma experiência mais imersiva na música, a partir de letras e arte interativa. E o app do álbum 18 Months do Calvin Harris, que toca por inteiro, mas apenas de você dançar com o smartphone na mão.

A diferença do REWORK é que o aplicativo foi feito para que o usuário o escute do começo ao fim. Ou seja, sem interação a não ser usar o dedo para mover os gráficos fluidos que se movimentam na tela enquanto a música toca.

Como um vinil, o usuário é forçado a escutar cada música até o fim, ou pular para a próxima, sem a possibilidade de espiar um pouco de cada ou simplesmente deixar no shuffle.

Além disso, o aplicativo roda apenas quando estiver aberto. Não há como escutar as músicas enquanto faz outra tarefa no iPad.

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Por ser um álbum de remixes, há uma função chamada Glass Machine, permitindo que o usuário crie remixes e construa sua própria composição minimalista, usando a interface touchscreen de botões para ajustar tempo, ritmo, filtro, sintetizador e outras opções. O resto da tela é preenchido com dois círculos gigantes que podem se movidos para ajudar a melodia. O jeito de manipular o som é totalmente intuitivo, deixando uma sensação de “sei o que estou fazendo” ao mais leigo dos usuários.

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Por ser Glass um compositor minimalista e nascido em 37, o ato de produzir um álbum como aplicativo diz muito mais do que a urgência de lucrar em uma era em que tudo se baixa ou se escuta online. Em dois extremos, o projeto já alerta que seu trabalho é preciso ser ouvido do começo ao fim ou, se não gostou, use o app para fazer o seu.

Produzido pelo Snibbe Studio, o app está disponível para iPad por $10.

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3D Printed Record: um vinil impresso com impressora 3D

Do vinil à fita cassete, da fita cassete ao CD, do CD ao MP3 e do MP3 ao vinil de novo, graças ao projeto 3D Printed Record, de Amanda Ghassaei.

Usando a tecnologia da impressora 3D de alta resolução Objet Connex500, Ghassaei converteu arquivos de áudio digital em discos impressos de 33 rpm. O plástico foi impresso em finas camadas, com o objetivo de criar as mesmas ondas características de um vinil comum. Já o processo de importação do áudio se deu a partir de cálculos de geometria aplicados ao formato 3D, usando o Processing, um programa open source bastante comum em produção de gráficos.

Apesar da qualidade do som ser menor do que a de um típico vinil, estes discos impressos tocam em qualquer vitrola. No vídeo acima, o projeto foi testado com a música “Debaser”, do Pixies.

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The Mixtape celebra 50 anos da fita cassete

Recentemente, a Sony declarou que não irá mais fabricar gravadores de fita cassete. Ok, vamos admitir que quase ninguém mais usa um aparalho desses com tantos aplicativos de smartphones disponíveis por aí que cumprem seu papel. Mas essa notícia traz lembraças à tona: mixtapes gravadas com suas músicas preferidas e guardadas com carinho junto à capinha escrita à mão.

Uma matéria publicada recentemente na NME relembra momentos e ideias que envolviam o ritual de gravar uma mixtape, reunindo criações históricas e também recebendo dos usuários fotos das fitas que gravaram e guardaram.

Para celebrar os 50 anos da fita cassete e presentear os nostálgicos, o estúdio Ithaca Audio lançou o The Mixtape, um mashup reproduzido ao vivo, com 16 músicas tocadas em um antigo tocador de fitas Tascam 1″.

As músicas usadas no projeto foram:  Jose Gonzalez – Crosses; Etta James – Something’s got a hold on me; Florrie – Give me your love; Soul II Soul – Back to life; Katy B – Katy on  a mission; Reverend and the Makers – Champion of the world; Labrynth – Eathquake; Liquid – Sweet Harmony; Gwen Steffani – What you waiting for?; The Ohio Players – Fire; La Roux – In for the kill; Prodigy – Smack my bitch up; Deadmau5 – Ghosts n Stuff Nero Remix; Deadmau5 – Raise your weapon; Adele – Skyfall; The Supremes – Come see about me.

O mashup pode ser baixado gratuitamente aqui.

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Denon cria visualizador de música customizado com o rosto dos usuários

Chamado visYOUalizer, o site transforma músicas em rostos para promover a linha Lifestyle de headfones da Denon. Usando a webcam ou fazendo o upload de uma foto, o usuário pode provar os fones virtualmente e ver como fica o seu rosto transformado pelo ritmo da música que está escutando.

denon03 denon02Usando o conceito de “face mapping”, o rostos vistos na campanha foram filmados com o sensor infravermelho da câmera do kinect, além de tomadas em vídeo 3D. Essa combinação resultou em uma nuvem de partículas que responde à música que está sendo tocada na playlist do smartphone do usuário, em tempo real.

Como a empresa conta no making of abaixo, o resultado foi um a construção de um player/visualizador de música interativo, personalizado e humano.

Uma experiência íntima com a música.

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Instagram, música e direitos autorais

De tempos em tempos, a discussão em torno da propriedade intelectual na internet se intensifica, como aconteceu esta semana em função das novas regras do Instagram. Se na segunda-feira a rede social dizia que poderia utilizar comercialmente as imagens ali publicadas, sem notificar, creditar ou pagar seus autores, após pressão popular e uma debandada geral o discurso já evoluiu para um “fomos mal interpretados”. E se você está presente em alguma rede social, provavelmente leu alguma variação da frase “Baixa MP3 mas quer os direitos autorais das fotos no Instagram”.

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Pronto, agora chegamos onde eu queria: música.

Se você é da era pré-internet, como eu, deve se lembrar do tempo que levava para se conseguir o novo disco da banda que você curtia. Isso quando era lançado no Brasil. A MTV, apesar de diminuir um pouco as distâncias, também deixava a gente ainda mais atiçado por alguns artistas que eram considerados comercialmente inviáveis no país. Para os artistas, também era complicado: conseguir um contrato com uma gravadora poderia ser o fator determinante para se fazer sucesso ou ser condenado ao eterno anonimato. Só que no final dos anos 1990, as coisas começaram a mudar graças à popularização da internet e, junto com ela, a criação dos programas de compartilhamento de música, como o Napster.

A partir daí, ter um contrato com uma grande gravadora já não parecia tão importante. Isso era bom para artistas independentes, que poderiam divulgar sua música sem precisar do apoio de um grande selo, mas era ruim para as gravadoras e seus artistas consagrados, que começaram a perder dinheiro por conta da pirataria. Afinal, quem iria comprar discos?

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Essa nova era trouxe também uma busca constante por modelos de negócio que beneficiassem (e satisfizessem) artistas, gravadoras e consumidores.

Steve Jobs era um grande fã de música, mas foi a possibilidade de usar a abrangência do mercado musical para vender hardware o principal motivo por trás da criação da iTunes Store em 2003. O grande sucesso deste empreendimento foi uma consequência, já que a música puxou o hardware, que puxou a música, criando uma espécie de looping infinito. Com isso, o consumidor não precisava mais comprar um disco inteiro, apenas as músicas que quisesse. Gravadoras e artistas receberiam por isso e pronto: novas lojas e serviços seguindo esta mesma linha começaram a aparecer, como o MySpace, OiRdio, eMusic, Spotify e Amazon, para citar algumas.

É claro que tudo isso acabou gerando novas questões a serem resolvidas. Artistas e selos independentes são cada vez mais comuns. É o caso de músicos de renome como Chitãozinho & Xororó, Emicida, Gabriel O Pensador e Erasmo Carlos, para citar alguns. Só que para quem está começando, ou não tem ligação alguma com gravadoras grandes ou pequenas, surge o primeiro obstáculo: as lojas online não aceitam cadastros diretos de artistas, o que tornam necessários os serviços de distribuição digital, ou agregadores, como a ONErpm e o Tunecore.

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A questão é: que vantagem Maria leva em se livrar das gravadoras, mas utilizar um serviço de distribuição? A resposta está na divisão da receita gerada pelo trabalho dos artistas. Na época das majors, artistas recebiam algo em torno de 9 a 12% dos royalties de vendas, sem discussão. Para piorar, grande parte dos compositores não tinha nenhum controle sobre sua obra, salvo aqueles que conseguiam incluir isso em contrato. Os Beatles, por exemplo, enfrentaram diversos problemas neste sentido. E, acredite, eles também tiveram dificuldades ao entrar no mercado americano, já que as editoras musicais costumam fazer acordos territoriais. Ou seja: o que vale em um país não vale no outro.

Uma distribuidora, então, atua como uma facilitadora para que os músicos possam se inserir em diferentes mercados, seguindo as regras de cada um deles, sem precisar ter uma gravadora. Em resumo, aquela relação major-artista se inverte completamente. “Aqui os artistas ficam com 85% da receita gerada por sua música, em um acordo 100% não-exclusivo, que os deixam ter completo controle sobre sua obra – o que significa escolher onde, quando, como e por quanto ela será comercializada”, foi o que me disse Emmanuel Zunz, CEO da ONErpm.

Pois agora nos aproximamos da esquina do Instagram com o YouTube, ambos serviços gratuitos que hospedam conteúdo gerado/criado pelos usuários (e também músicos, fotógrafos, artistas). A quem pertence esse conteúdo? Ao serviço que o hospeda e que de certa forma possibilitou os meios e ferramentas para sua criação e circulação ou ao usuário que o gerou? E mais: quem pode ganhar dinheiro com essas fotos, músicas, textos? Talvez a reposta correta seja: os dois.

Temos exemplos disso. A ONErpm anunciou esta semana uma parceria com o YouTube e Grooveshark para dividir as receitas entre os serviços e os criadores. No caso específico do YouTube, a distribuidora passará a enviar todo seu acervo de áudio para que o serviço de vídeo faça a identificação automática do conteúdo que circula no site, seja ele gerado pelo próprio artista ou pelos usuários (tipo o cara que faz aquele videozinho no PowerPoint e usa o som do Bad Brains na trilha sonora). Com isso, os artistas serão informados da utilização de sua obra e aí poderão decidir o que fazer: retirar o conteúdo do ar ou permitir a utilização gratuita ou paga. Isso fará com que os músicos recebam sua parte dos royalties de sincronização musical gerados pelos anúncios que circulam no YouTube. Igualzinho ao que o Instagram está propondo, só que não.

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A discussão em torno da propriedade intelectual – seja ela na forma de fotos, música ou qualquer outro tipo de conteúdo – está longe de acabar. Uma vez que você cria algo e compartilha na internet, é difícil manter o rastro sem ajuda e infelizmente a gente acaba se sujeitando às consequências. O mais importante é manter a discussão acesa, buscando soluções que beneficiem tanto quem cria quanto quem consome conteúdo, e não esperar a água bater na bunda para pensar a respeito, usando dois pesos e duas medidas.

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10 Years of Scrobbling: Last.fm revela insights da música através dos hábitos de seus usuários

A importância dos dados como fenômeno para entender os hábitos dos usuários é indiscutível. O Last.fm tem feito isso por mais de 10 anos, ao coletar informações sobre o que seus usuários estão ouvindo. Agora, o serviço comemora seus 10 anos no ar com um microsite especial contento insights das informações que recolheu durante todo esse tempo, o 10 Years of Scrobbling.

Os dados revelam, por exemplo, que Smells Like Teen Spirit é a música mais popular da década no mundo, enquanto no Brasil é a Wonderwall do Oasis. Já a banda mais popular, tanto no Brasil como no mundo, é Coldplay.

Como já é esperado, os insights também mostram que, quando uma banda se separa ou um músico morre, há uma relação direta com o repentino aumento de ouvintes de suas músicas.

A morte de Michael Jackson resultou em 1 milhão de plays de suas músicas em um dia.

No site 10 Years of Scrobbling, você pode conferir uma linha do tempo interativa com os fatos históricos na música nos últimos 10 anos, e como eles influenciaram os hábitos dos ouvintes do Last.fm. Também pode conferir o Top 100 músicas e artistas da década, filtrado por lugares e tags.

 

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Meus primeiros passos no novo MySpace

Depois do teaser do novo MySpace, os primeiros convites começaram a chegar nos últimos dias a alguns usuários perdidos que pediram um perfilzinho na rede social. Entre eles, eu.

Apesar de ter noção de que tudo está ainda em início de desenvolvimento, que o novo projeto é muito melhor do que o antigo MySpace – que era praticamente um case de usabilidade, só que não – e que “new is always better”, minha primeira impressão é: não sei, não…

Apenas impressão, mesmo. Fico com a sensação de que o tempo do MySpace passou. Sua proposta musical, no passado, era fascinante. Mas enquanto a pirataria é uma realidade muito mais amigável ao usuário que consome música digital, outras redes sociais possibilitaram uma interação até mais verdadeira entre artistas e fãs. Nada como poder xingar muito o seu artista favorito no Twitter ou curtir/compartilhar qualquer besteira que ele (ou sua agência de mídia social) poste.

Podemos até acreditar na volta daquele que já foi o Facebook de ontem. Eu particularmente aposto nestes serviços diversos para o consumo de música como Spotify, Rdio, Pandora e até o enigmático e não-lançado MegaBox, os competidores naturais. É um caminho longo para a indústria da música brigar com as mesmas armas que os piratas aperfeiçoaram por tanto tempo, mas pelo menos ela já começou a trilhá-lo.

E também vejo valores no que o MySpace está colocando no ar: a busca é incrível, por exemplo. Basta sair digitando o nome de uma banda, uma música, uma pessoa. Sem cliques.

Nem mesmo o Justin Timberlake disponibilizou todos os seus discos por lá.

Em relação ao pequeno acervo, um ponto fraco. Se o foco é música, a rede tinha que impressionar um pouco mais com o catálogo, já que não é mais a pioneira.

Tudo bem, nenhum outro serviço possui legalmente músicas dos Beatles além do iTunes. Mas achá-los em snacks de 30 segundos ou ter uma ou duas músicas do At the Drive-In a mais que o Rdio não vai fazer ninguém abandonar os concorrentes já mencionados. Nem mesmo Justin Timberlake, o porta-voz da nova era do MySpace, já disponibilizou todos os seus discos por lá.

Mídia social não é ferramenta, e sim o que a gente faz com ela.

Finalmente, a rede social ainda tem pouca gente, o que não permite que esta análise seja muito mais do que uma primeira impressão. Supondo que o MySpace chegue aos números do passado, quando foi a primeira rede social a bater a marca dos 100 milhões de usuários, poderemos observar alguns movimentos propostos pela comunidade. Afinal, mídia social não é ferramenta, e sim o que gente como eu e você faz com ela.

Até lá, você pode fazer como esta gente bonita aí embaixo: conectar-se (é o follow de lá) a mim e compartilhar umas canções bonitas.

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Infográfico mapeia 50 anos de shows dos Rolling Stones

Já tem algum tempo que os Rolling Stones ultrapassaram o status de maior banda de rock em atividade para se tornar algo muito além. Apesar de todos os desentendimentos, dos escândalos, do sexo, das drogas, do ego… well, it’s only rock n’roll e por isso mesmo não se pode culpá-los. Há 50 anos na estrada, os Stones têm uma história digna de respeito, independentemente de se gostar ou não da banda, da música ou de seus integrantes. E foi para celebrar esta história que a CartoDB criou o infográfico interativo 50 Years of Concerts of The Rolling Stones, mapeando as turnês da banda entre 1963 e 2007.

Em números, os Rolling Stones fizeram neste período mais de 1.300 shows, percorrendo cerca de 960 mil quilômetros.

É curioso perceber neste material a evolução do mercado de shows, também. Nos anos 1960, as turnês eram mais localizadas: Grã-Bretanha, Estados Unidos, abrindo um pouco para Austrália, o restante da Europa e Canadá. Em 1975, a Tour of Americas deveria ter passado pela América Latina, mas não vingou. Em 1989, os Stones chegaram ao Japão e só em 1994, com Voodoo Lounge, eles conseguiram percorrer os quatro cantos do mundo (inclusive Brasil). Eles repetiram a dose em 1997, com Bridges to Babylon Tour e A Bigger Band, entre agosto de 2005 e agosto de 2007.

Talvez o único erro do CartoDB tenha sido usar a Wikipedia como fonte. A primeira turnê dos Stones nos Estados Unidos aconteceu em 1964 quando, assim como os Beatles, eles fizeram uma parada obrigatória no Ed Sullivan Show.

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Thom Yorke vem aí

O inquieto frontman do Radiohead formou há poucos anos seu projeto paralelo Atoms For Peace, composto por ninguém mais ninguém menos do que (obviamente) o próprio, Flea (do Red Hot Chilli Peppers), o megablaster produtor Nigel Godrich e o percussionista Mauro Refosco.

Eles vira-e-mexe se apresentam ao vivo, mas agora é oficial: o primeiro álbum do Atoms For Peace está a caminho.

O disco vai se chamar Amok e está previsto para sair em fevereiro. Segundo Yorke, as músicas são o resultado de uma energia que já havia surgido na época de The Eraser (álbum solo que ele lançou em 2006) e que reapareceu no estúdio enquanto ele ensaiava/gravava com os novos companheiros de banda.

Enquanto Amok não chega, você confere aqui a primeira faixa do álbum, recém divulgada pela banda.

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