Valentine’s Day, o novo clipe de David Bowie

Depois da polêmica causada com o vídeo de The Next Day, parece que David Bowie sossegou um pouco e resolveu fazer um vídeo mais “certinho” para não despertar a ira de nenhum grupo da sociedade. Agora a Igreja Católica pode respirar aliviada, pois Bowie voltou com um vídeo inofensivo e isento de personagens.

Coerente com a música escolhida, o vídeo de Valentine’s Day respeita a simplicidade do single: sem firulas, sem camadas, sem excessos de produção, tanto faixa como vídeo são bem diretos. A música traz um riff simples e eficiente, uma melodia amigável de cantarolar e um refrão que não poderia ser mais simpático. O vídeo também aposta na simplicidade (com exceção da fotografia) e mostra Bowie curtindo seu momento sem mais ninguém, sem banda, só ele e sua guitarra, juntos, num cenário semi-épico.

Mas apesar da simplicidade, o legal de Valentine’s Day (o vídeo) é como Bowie transborda intensidade no final. Sua alegria e leveza se transformam pouco a pouco numa inquieta agonia enquanto ele interpreta os versos aparentemente inocentes do refrão da música, e revela sua real intenção.

Lembra de Station to Station?

Valentine’s Day é o próprio “return of the thin white duke throwing darts in lover’s eyes”.

Mais uma prova de que todo o hype em volta de The Next Day não é apenas hype. Depois de tanto tempo, é bom ter de volta alguém que realmente sabe o que faz.

 

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The Next Day: a volta de David Bowie

Longe dos holofotes e da mídia por 10 anos – mas sempre no coração e nas playlists dos fãs – David Bowie retornou ao mercado com seu novo (e guardado a sete chaves) The Next Day.

Lançado após dois anos de reclusa gravação com praticamente o mesmo time de Reality – e com a assinatura tradicional do produtor Tony ViscontiThe Next Day parece um tributo de David Bowie para ele mesmo. Obvia e felizmente, o disco não tem essa pretensão, e o que se ouve 10 anos depois do hiato de Bowie poderia muito bem ter sido ouvido em 2005. Ou seja, The Next Day parece uma continuação mais do que natural para o que ele já fazia uma década atrás.

Todas as suas marcas registradas estão lá: o alto nível das melodias, o flerte com o drama, a experimentação instrumental requintada que esbanja bom-gosto e os arranjos de arrepiar a espinha e de causar inveja, como no caso das incríveis e espetaculares How Does The Grass Grow?, Boss Of Me e da maravilhosa You Feel So Lonely You Could Die.

The Next Day traz todas as personas de Bowie de volta, em plena forma. E vai satisfazer todo mundo que estava carente por um material novo do mestre. Se você gosta de David Bowie, prepare-se para adorar o disco novo. Pode não ser revolucionário como alguns esperam, mas é glorioso. É Bowie de volta com fôlego total, conscientemente revisitando o melhor de seu passado com o cuidado de não cair na nostalgia rasa, incorporando seu toque inovador de sempre. E isso já é o bastante para fazer de The Next Day uma experiência emocionante.

Ziggy Stardust está de volta, Aladdin Sane está de volta. The Thin White Duck está de volta.

Bem-vindos.

Confira os videos de The Stars (Are Out Tonight)  e de Where Are We Now?

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A primeira música de David Bowie em 10 anos

Ele voltou.

: )

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