The Pirate Cinema transforma torrents de filmes em arte interativa

Instalação que participou recentemente do Sight + Sound Festival, em Montreal, The Pirate Cinema usa os torrents mais baixados do Pirate Bay para projetar imagens da cultura pop – e suas origens e destinos eletrônicos – nas paredes da instalação.

As imagens projetadas visam tornar visíveis as atividades, a experiência e a geografia do compartilhamento de arquivos.

Através de um sistema automatizado rodando em cinco computadores ao mesmo tempo, é possível constantemente atualizar os torrents disponíveis e projetar suas imagens em grande escala nas paredes da sala. Assim que a imagem é projetada, o arquivo é descartado.

O sistema utiliza uma conexão encriptografada para tornar as máquinas usadas na instalação anônimas e para que cada arquivo usado permaneça nos computadores por pouco tempo.

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O trabalho é do artista francês Nicolas Maigret, em parceria com Brendan Howell, que usaram softwares para interceptar dados e puxar os top 100 torrents mais baixados, com códigos escritos em PureData e Python.

“Meu objetivo era trazer o aspecto humano da rede para o centro da discussão dos downloads.” – Nicos Maigret

Muitas das técnicas usadas neste trabalho – open source, mashup, download, compartilhamento de arquivos via P2P – são baseadas em movimentos da cultura livre, não são reconhecidos pela lei e ainda levados pouco à sério como estudo e reflexão.

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Projetos globais como esse são importantes para nos lembrar que, mesmo depois de 15 anos do nascimento do MP3, as discussões ainda são as mesmas.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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3D Printed Record: um vinil impresso com impressora 3D

Do vinil à fita cassete, da fita cassete ao CD, do CD ao MP3 e do MP3 ao vinil de novo, graças ao projeto 3D Printed Record, de Amanda Ghassaei.

Usando a tecnologia da impressora 3D de alta resolução Objet Connex500, Ghassaei converteu arquivos de áudio digital em discos impressos de 33 rpm. O plástico foi impresso em finas camadas, com o objetivo de criar as mesmas ondas características de um vinil comum. Já o processo de importação do áudio se deu a partir de cálculos de geometria aplicados ao formato 3D, usando o Processing, um programa open source bastante comum em produção de gráficos.

Apesar da qualidade do som ser menor do que a de um típico vinil, estes discos impressos tocam em qualquer vitrola. No vídeo acima, o projeto foi testado com a música “Debaser”, do Pixies.

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Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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