B9 Entrevista: Johanna Olsson, da Hyper Island

Lidar com a incerteza já é quase um pré-requisito de quem trabalha com mídias digitais. As coisas mudam de uma hora para outra, e é preciso saber tirar uma lição de cada situação, seja ela boa ou ruim. Essa é uma das bases da formação de Johanna Olsson, responsável pela estratégia da Hyper Island. Antes de fazer parte da equipe da conceituada escola sueca de mídias digitais, Johanna foi aluna da KaösPilots, de onde veio essa segurança de lidar com o inusitado e o novo.

 

Em conversa com o Brainstorm#9, Johanna contou que foi uma agradável surpresa chegar a São Paulo bem em meio à greves dos funcionários de ônibus, que atravancaram o transporte público da cidade. Isso porque a Hyper Island estava promovendo na cidade um workshop do Smart Living Challenge, focado exatamente no tema transporte. Achei engraçado  ela ter levado numa boa  uma movimentação que basicamente parou a cidade, mas ela me garantiu que é exatamente isso  que pode levar a uma mudança real da situação.

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“É nessa hora que existe uma real necessidade de fazer algo. Quando acontece o caos, há a necessidade e uma vontade de resolver a questão. Às vezes, quando você está em situações, culturas ou áreas onde tudo está funcionando, isso acaba levando a um marasmo –  aquele ‘ah’ desmotivado, preguiçoso – mas em situações como esta [das greves em SP], as pessoas realmente sentem que algo precisa ser feito, porque essa situação realmente afeta meu cotidiano. Então normalmente existe uma vontade e um impulso por fazer algo, e isso é algo que eu percebi tanto no Rio quanto em São Paulo”, conta Johanna.

É bem nesse ponto que o Smart Living Challenge quer tocar. Realizado pelo Swedish Institute e pelo Munktell Sciencepark, e contando com uma mãozinha de parceiros da iniciativa como a Hyper Island, o desafio levanta três grandes dificuldades da atualidade – transporte, alimentação e moradia – e tem a intenção de fomentar pessoas criativas a inventarem soluções inovadoras que tornem a vida mais sustentável e agradável.

Entre maio e junho, a Hyper Island e outras parceiras do Smart Living Challenge estão promovendo workshops em diversas cidades do mundo – como o ocorrido em SP e que acontece agora no Rio de Janeiro – para incentivar o desenvolvimento de inovações para lidar com esses desafios da vida nas grandes cidades.

O bacana é que não precisa ter ido ao workshop para participar do desafio. Até o dia 30 de junho, o Smart Living Challenge irá receber inscrições dos interessados. Não precisa ser uma ideia original, pode ser algo que você tenha se debruçado por algum tempo, uma empresa que pensou em abrir ou até que já abriu, e a inscrição pode ser feita individualmente ou em grupo. O único pré-requisito é que seja uma iniciativa inovadora e que ajude a tornar a vida mais sustentável.

Quando acontece o caos, há a necessidade e uma vontade de resolver a questão – existe uma vontade e um impulso por fazer algo, e isso é algo que eu percebi tanto no Rio quanto em São Paulo”   – Johanna Olsson

É claro que nem todas as ideias poderão ser consagradas vencedoras, mas Johanna ressalta que há um grande interesse em ver os projetos sugeridos ganharem corpo e, quem sabe, chegarem a ser realizados, mesmo se não forem premiados com a primeira colocação.

Os vídeos dos projetos desenvolvidos no workshop e inscritos no concurso serão divulgados online dentro dos próximos dias, e a dica da Johanna é que os interessados deem uma olhadinha por lá para conhecer essas sugestões de inovação.

O vencedor do Smart Living Challenge vai ganhar uma viagem para a Suécia, onde poderá conhecer empresas inovadoras do país, e ainda receberá uma consultoria com os parceiros do desafio para fazer a sua ideia acontecer.

Que tal se, ao invés de reclamar das grandes cidades brasileiras, você parasse para imaginar soluções para o problema?

 

Atualização em 22/05 às 21:23: O texto original deixava a entender que o Smart Living Challenge era uma realização da Hyper Island. Na verdade, trata-se de um desafio realizado pelo Swedish Institute e pela Munktell Sciencepark, contando com a Hyper Island como parceira/colaboradora.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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HUBFORUM discute inovação em ‘esquenta’ para a Copa do Mundo

Após quatro edições em Paris e duas em Moscou, o HUBFORUM aterrissa em São Paulo no dia 5 de junho, e reúne especialistas do mercado brasileiro e francês para discutirem inovações e tendências do ambiente digital.

A intenção é criar um espaço de compartilhamento de conhecimento entre marcas, agências de mídia e digital, plataformas e influenciadores digitais. Com o Brasil no holofote do mundo com a proximidade da Copa, o HUBFORUM quer discutir iniciativas inovadoras e focadas em assuntos como esportes, entretenimento e marketing digital.

Entre os convidados deste ano estão Cecília Gurgel (Grupo Pão de Açúcar), Pedro Eugênio (Makazi), Xavier Pénat (Jussi), Mathieu Le Roux (Deezer), Juliano Tubino (Netshoes), Alexandre Suguimoto (Apadi), Marcelo Lobianco (IAB Brasil), Marcus Tavares (Hyundai & Z+/Lattitud),  Wagner Martins (301.yt), Daniela Cachich (Heineken), Pete Blackshaw (Nestlé) e Gregory Hanffou (Decathlon).

O Brainstorm#9 é parceiro de mídia do evento e vai acompanhar ao vivo da Câmara de Comércio França-Brasil.

O ingresso é gratuito, mas baseado em seleção prévia – quem se interessar pode se inscrever no site do HUBFORUM e aguardar o contato da organização.

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Adidas promete para breve um app que estampa tênis com fotos do seu celular

O nível da customização da moda acaba de subir mais um degrauzinho. A Adidas anunciou em seu Instagram que irá liberar em breve um app que permite estampar tênis usando imagens do seu celular.

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O serviço, chamado de ‘Miadidas’, vai ajudar a colocar em um par de Adidas ZX Flux a sua fotografia favorita, criando um item fashion exclusivo e personalizado. O app deverá ser liberado em agosto, e vai funcionar tanto para iPhones quanto para smartphones com Android.

Não ficou claro, contudo, se a iniciativa será internacional. Nos EUA, um par de ZX Flux custa em média 90 dólares, e a expectativa é que os tênis da linha que forem customizados não ultrapassem a marca de 200 dólares. No Brasil, o mesmo par custa quase 400 reais, o que faria com que o modelo customizado pudesse facilmente chegar à exorbitante marca de 1 mil reais.

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Outro detalhe é que, apesar da personalização ser interessante e chamar a atenção, fico imaginando o show de horrores de imagens de comida sendo estampadas em tênis, ou de gente tentando colocar retratos como estampa para o calçado. O negócio é esperar agosto chegar para ver quais serão as criações dos fãs da marca.

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Conheça a OTTO, uma câmera diferente que grava GIFs animados

Até há pouco tempo, GIFs animados eram quase um xingamento, uma forma de demonstrar o quão ‘atrasado’ um site era (“ainda usa GIFs animados, hahaha”). No entanto, o formato voltou à moda como um jeito divertido, multiplataforma e leve de destacar trechos de vídeos.

Com o revival do GIF, surge agora a OTTO, uma câmera dedicada a produzir GIF animados. Ela  traz uma manivela (que lembra bastante aquela manivela de rebobinar filme em câmeras ‘point and shoot’ analógicas) que deve ser acionada para gravar os diversos frames do clipe a ser criado.

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Com design retrô que parece quase uma homenagem aos anos 90, a OTTO conecta-se com smartphones e será o primeiro produto comercial criado em cima do minicomputador Raspberry Pi.

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A intenção dos criadores da OTTO é que ela possa ser hackeada por qualquer pessoa que queira adicionar novas funções, plugar novos equipamentos (por exemplo um Flash) ou criar novas interações com os GIFs criados por ela. É o caso dessa adaptação, que insere visualmente a informação dos decibéis observados no ambiente em que o GIF foi gerado. Repare que além da numeração no rodapé da imagem, o filtro de cores também se altera de acordo com a intensidade dos sons.

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A OTTO ainda aguarda financiamento no Kickstarter. A partir de um investimento de 199 dólares, o apoiador leva uma delas para casa.
Se o financiamento for alcançado, podemos esperar toda uma nova geração de GIFs animados ainda mais divertidos e surpreendentes do que o que vemos hoje.

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Nova atração turística de Chicago te inclina no topo de um arranha-céu da cidade

Os visitantes da John Hancock Tower em Chicago, nos EUA, têm agora mais uma atração quando visitarem o edifício. Além de apreciarem o horizonte, poderão também experimentar dar uma ‘espiadinha’ lá embaixo. Novas janelas com a aterrorizante possibilidade de inclinar foram instaladas no topo do prédio, colocando você alguns poucos graus para frente e oferecendo uma vista diferente lá pra baixo.

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Pessoas como eu, que não lidam muito bem com altura, vão considerar isso uma espécie de mini montanha russa – só o fato de não ter um mísero cinto de segurança já me deixou alarmada, ainda que eu saiba que bastaria dar um pulinho para o lado para sair da plataforma que inclina.

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Nesse vídeo, o engenheiro até se esmera em explicar o funcionamento desse deck reclinável, mas eu só consigo imaginar como essas barras de apoio ficariam suadas se eu fosse experimentar essa brincadeira.

Apesar do medo, não dá pra deixar de reconhecer que é um jeito criativo de revitalizar a experiência de visitar um arranha-céu.

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Tecnologia de impressão 4D pode criar objetos que ‘se montam’ sozinhos

Enquanto a gente ainda se surpreende com a impressão 3D, um pesquisador do MIT já está fazendo testes com uma tecnologia que adiciona mais um D a essa história. Usando uma impressora 3D tradicional, mas com um material inteligente, a intenção é criar objetos que possam se montar sozinhos (!).

Os primeiros testes dessa tecnologia 4D mostram a memória do material, que pode ser deformado e voltar ao seu formato original quando submerso em água fervente.

Outros experimentos mostram polígonos que se montam independentemente de interação, a partir de projetos planos, impressos em 3D.

O bacana é que o conceito, criado pelo pesquisador Skylar Tibbits, do departamento de arquitetura do MIT, vai permitir usar a impressão 3D para criar objetos que não poderiam ser construídos com tanta facilidade por essas impressoras.

A longo prazo, a  tecnologia 4D poderia ser utilizada para criar estruturas arquitetônicas que se adaptam às condições do local – pense em tubulações que se expandem ou contraem dependendo do volume de água – ou até mesmo utilizadas na medicina, em implantes que se adaptariam ao corpo do paciente assim que chegassem ao local certo.

Estou ansiosamente aguardando esse futuro onde as coisas se montem sozinhas, e a gente fique só observando enquanto toma um chá e espera tudo ficar pronto.

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‘Se afogando em problemas’, o novo e depressivo jogo do criador de Minecraft

Seu dia está ruim? Você anda meio deprimido, ou desanimado com a vida? Então siga meu conselho, clique aqui e saia dessa matéria. Se você seguiu lendo, esteja avisado que esse não é mais um joguinho daqueles que te tira do tédio, ou que acaba com a sua produtividade: esse daqui pode tirar o ânimo do seu dia, e isso talvez não seja algo que você esteja buscando nesse exato momento.

Absolutamente triste e depressivo, Drowning in problems” é a nova criação de Markus Persson, mais conhecido como Notch. Ele é o criador do jogo Minecraft, um jogo de mundo aberto (caixa de areia, em uma tradução literal do inglês) que incentiva a criatividade e a motivação de fazer algo novo. Uma sensação completamente oposta do que o Drowning pode oferecer.

Minimalista, sem nenhum detalhe visual, o jogo lembra linhas de código na tela. A primeira interação avisa que ‘não há nada’, e um link pede para que você resolva isso. Ao clicar nele, um contador de porcentagem gira, enquanto você olha para a tela pacientemente, aguardando algo mágico acontecer. A decepção já começa por aí: você acaba descobrindo que ‘você não é nada’. Se clicar no link resolver, você ganha esperança, e com ela a possibilidade de ter um corpo.

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Propondo essas reflexões nada motivacionais, o jogo de Notch segue por alguns bons minutos – em especial pelo tempo que leva para cada ação ser executada – o que permite um momento de contemplação de questões existenciais. Fatos são jogados na cara de quem se envolve com o game – mais trabalho te dá mais dinheiro, mas também gera mais stress – e as frases seguem aparecendo, pedindo por resoluções.

Você pode nascer, crescer, se tornar uma criança, um adolescente, um adulto, fazer sexo, trabalhar, mudar de emprego, relaxar, entre outras atividades comuns da vida, tudo isso apenas lendo linhas escritas na sua tela e clicando em links.

No Reddit, alguns usuários brincaram dizendo que talvez Notch precisasse mesmo é de um abraço. Como bem resumiu Adi Robertson no The Verge, se o Minecraft é sobre esperança e criatividade, Drowning é um poço de desespero e ceticismo.

A versão criada por Notch é feita em inglês, mas o Guilherne Nagüeva tornou o desespero acessível traduziu o jogo também para português.

[SPOILERS!]

Quem chegar ao fim do jogo vai perceber que a mensagem de Notch não é nada animadora. Você morre (o que demora horrores) e acaba esquecido (processo que é ainda mais lento).

E sabe o que acontece quando você é esquecido de vez?

… “Não há nada”.

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Google Glass pode gerar economia e eficiência em empresas de logística

Primeiro, surge a tecnologia. Depois é que nós entendemos como ela funciona ou onde pode ser útil. Foi assim com diversos dos equipamentos tecnológicos que usamos hoje no nosso dia a dia, e não seria diferente com o Google Glass.

Passado o hype inicial, o depósito holandês Active Ants resolveu testar o uso do wearable para o controle dos itens que circulavam pelo seu galpão. Dois funcionários responsáveis pela checagem de produtos foram convidados a usar o Glass durante o expediente. Ao invés de carregarem uma prancheta com uma lista dos itens a serem conferidos, anotando detalhes como especificações, quantidades e localização para onde seriam enviados os itens, os funcionários agora podiam checar esses dados diretamente no Google Glass.

O resultado foi bastante positivo: em uma semana, os funcionários que estavam usando o Glass reduziram a taxa de erro em 12% e aumentaram a eficiência do trabalho em 15%. Parece pouco, mas imagine a proporção disso para empresas que trabalhem com grandes cadeias de ecommerce, como a Amazon – a economia pode ser bem impactante.

Em uma semana, os funcionários que estavam usando o Glass reduziram a taxa de erro em 12% e aumentaram a eficiência do trabalho em 15%. 

“Agora eles podem usar as duas mãos para ter acesso aos produtos nas prateleiras. Além disso, paramos de usar papel, o que economiza o tempo de imprimir uma lista”, explica o gerente da Active Ants, Jeroen Dekker. A menor taxa de erro foi resolvida com um simples detalhe no aplicativo que faz a interface com o Google Glass – ao invés de aparecerem em uma lista, os itens são exibidos individualmente, um por vez, o que evita a confusão.

Agora, a intenção do depósito é melhorar o aplicativo de interface – uma das ideias é inserir uma imagem do produto, para facilitar a identificação – e aumentar a amostragem de funcionários que fazem uso do Google Glass.

Ou você achou que o Glass ia servir só pra checar redes sociais e usar como GPS?

 

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Google Classroom, uma ferramenta para uma sala de aula mais digital

Não foi só o cotidiano profissional que foi impactado pelas novas tecnologias e mídias. A sala de aula também já não é mais a mesma de alguns anos atrás. Não é mais algo de outro mundo ver alunos substituindo cadernos por tablets ou notebooks, e por vezes já não é mais necessário imprimir um documento para entregar um trabalho escolar.

Unindo o potencial de ferramentas já existentes como o Docs, Drive e Gmail, o Google apresenta o Classroom, uma ferramenta que ajuda a organizar o dia a dia das salas de aula, fazendo do digital um herói ao invés de um vilão.

Através do Classroom, que será gratuito e fará parte do Google Apps para Educação, professores podem criar e organizar tarefas, oferecer feedback para os alunos e se comunicar em tempo real com os estudantes através de mensagens instantâneas.

“Criamos o Classroom para dar mais tempo para os professores ensinarem e para os alunos aprenderem”, explica o gerente de produto Zack Yeskel. No vídeo, uma professora mais velha manda a real: “Você não pode continuar ensinando e se prender a velhos métodos”.

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Os professores que se interessarem pela ferramenta podem se cadastrar em uma lista de espera para uma prévia do Classroom. A previsão de estreia da ferramenta é para setembro deste ano.

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Mink, uma impressora 3D que faz maquiagem em cores customizadas

Depois braços robóticos, pizzas, peças customizadas e suportes para a GoPro, essa é uma das ideias mais bacanas que eu já vi relacionadas a impressora 3D. Trata-se da Mink, uma impressora que vai imprimir maquiagem nas cores que as meninas quiserem, usando a paleta de cores hexadecimal.

O processo não poderia ser mais simples. Ao ver uma cor bacana, basta usar um seletor de cor para encontrar o código hexadecimal da tonalidade, colá-la em um aplicativo de edição de imagens (por exemplo o Photoshop) e mandar imprimir, exatamente como você faria com qualquer documento comum.

Com isso, qualquer smartphone ou câmera pode captar um tom para gerar maquiagem (!). Viu uma tonalidade bonita enquanto passeava pelo parque? Basta registrar, selecionar a cor e mandar imprimir.

A criadora da Mink, Grace Choi, explicou durante sua apresentação no TechCrunch Disrupt que além da facilidade de ter maquiagens em tons diferentes de forma bem rápida, uma das maiores vantagens da Mink é a independência das tendências definidas pelas fabricantes de produtos de beleza. No geral, essas empresas optam pelas cores ‘da estação’, que serão mais procuradas, e acabam deixando de lado opções com menos adeptas.

Com a Mink, qualquer cor pode ser transformada em blush, sombra, brilho labial e uma série de outros produtos cosméticos.

E se você ficou preocupado com a ‘qualidade’ do material usado na Mink, a criadora da ideia esclarece que são utilizadas as mesmas matérias primas usadas pelas grandes marcas. Ou seja, segurança, personalização e a grande conveniência de poder imprimir sua maquiagem em casa.

O mais surpreendente? Essa belezinha pode chegar ao mercado ainda neste ano, custando 200 dólares.

Só uma coisa ainda me deixa cética (e que também deixou um dos jurados bem desconfiado): se a Mink é uma adaptação de uma impressora jato de tinta, como ela faz… sombra em pó? Como os componentes seriam ‘misturados’, no caso de um produto líquido como base ou brilho labial?

São detalhes que Grace vai precisar esclarecer melhor para seus possíveis futuros parceiros.

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Nissan apresenta o carro autolimpante

Não é o carro que ficou inteligente e toma uma ducha sozinho, mas sim a pintura desenvolvidas pela montadora japonesa que mantém a sujeira longe.

Chamada de hidrofóbica, a tinta não permite a aderência de poeira, água, óleo, entre outros elementos. Segundo a Nissan, dessa forma você nunca mais vai precisar lavar o seu carro. Isso, claro, não considerando a bagunça que a criançada faz do lado de dentro.

A novidade, obviamente, será vendida como um item opcional.

Nissan

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Marco Civil é publicado no Diário Oficial e passa a valer a partir de junho

Em uma atitude bastante emblemática, a presidente Dilma Rousseff sancionou na última quarta-feira o Marco Civil da Internet durante o NETmundial, evento internacional que debate a governança da internet.

O projeto, que ficou conhecido como a ‘Constituição da Internet’, passou anos tramitando na Câmara, mas demorou pouco menos de um mês para ser aprovado pelo Senado. A versão, autorizada em março pelos deputados, não sofreu alteração nenhuma, dada a pressa pela sua aprovação, e foi publicada na quinta-feira no Diário Oficial da União.

Com isso, o Marco Civil vira lei – referida pela numeração de 12.965/2014 – e entra em vigor a partir de junho, 60 dias depois da sua sanção pela presidente. Entre os mais importantes princípios fixados pela Lei do Marco Civil estão a garantia da liberdade de expressão, a proteção da privacidade dos dados pessoais, a neutralidade da rede e a liberdade dos modelos de negócio do setor.

No mesmo dia da publicação da lei no Diário Oficial, a presidente se dispôs a conversar com o público através da página do Palácio do Planalto no Facebook, respondendo a perguntas e até mesmo fazendo um ‘high five’ com os participantes, em cena que virou meme na rede.

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Apesar de ainda trazer alguns pontos questionáveis – trechos que não ficaram muito claros, além de itens que prejudicam a privacidade dos usuários, como o ‘grampo compulsório’ da navegação de todos os usuários por seis meses – a nova legislação coloca o Brasil como pioneiro na definição dos ‘direitos e deveres’ na web.
O Marco Civil foi assunto também no noticiário internacional, que ainda vê com bastante ceticismo a velocidade com que a lei foi aprovada – teria sido apenas para aproveitar o ‘timing’ do NETmundial?

Quem se interessar pode conferir os detalhes da lei no documento abaixo.

 

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A coragem da Vox na tentativa de um novo modelo de jornalismo ‘explicativo’

Ler jornais sempre foi uma maneira de se manter informado. Acompanhar revistas e outras publicações jornalísticas também tinha um objetivo básico bastante parecido: ficar a par das novidades, e nos artigos mais extensos, entender e analisar melhor a situação noticiada anteriormente, ou que ainda estava se desenrolando.

Esse caráter didático é uma premissa que todo jornalista costuma carregar consigo. Para um repórter, não importa se o entrevistado vai achar que ele parece um idiota fazendo uma pergunta tão básica. Lembro-me de uma professora esclarecendo que neste quesito, ‘o repórter pode parecer burro; o leitor, não’.

A Vox, nova publicação experimental da Vox Media, grupo responsável por sites conhecidos como o The Verge e Polygon, segue essa ‘vibe’ didática. Misturando o lema motivacional da empresa – “se você pegar pessoas realmente espertas, oferecer a elas ferramentas realmente muito boas, e botar fé que elas vão executar as suas ideias, elas podem fazer coisas incríveis” – e um tanto de coragem nos negócios, a Vox é quase como uma Wikipédia bonita de se ver e com autores bem definidos.

Em tempos que o Mauricio Cid consegue movimentar pessoas para alterarem a Wikipedia em prol de uma piada, não parece exatamente um esforço vão, mas ainda assim, é bastante questionável (e também questionador).

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Didatismo dos fichamentos

Quem já precisou estudar sistematicamente algum assunto, ao se preparar para um concurso, vestibular ou até no estudo de idiomas, já deve ter sido apresentado ao método das fichas de estudo. Trata-se de uma forma de organizar o material a ser estudado, facilitando a compreensão e a memorização, já que as informações são agrupadas em diferentes fichas.

A Vox utiliza esse mesmo conceito de fichamentos para explicar alguns conceitos que podem ser mais complexos. Cada assunto ganha um ‘ficheiro’, cheio de ‘fichas’ que explicam diferentes aspectos da questão. Por exemplo, o ficheiro da Vox sobre Neutralidade da Rede traz fichas que explicam separadamente o que é a neutralidade da rede, quem criou esse conceito, quais são os principais argumentos, qual a regulação que ela exige, quais são as outras alternativas a essa regulação, entre outros detalhes, explicados em um total de 14 diferentes fichas.

Grosso modo, são como se fossem verbetes da Wikipedia, com as suas seções sendo exibidas em formato de fichas, em um visual mais agradável e com um jornalista responsável pela apuração daquele conteúdo. A vantagem? Matérias mais complexas podem contar com explicações mais detalhadas em links que ganham um destaque especial no texto. Uma matéria sobre o Obamacare, por exemplo, trazia links para ficheiros que explicavam melhor o conceito de ‘insurance exchanges’ e de ‘individual mandates’, para quem não estivesse familiarizado com os termos.

A descrença e o esforço de tentar

A missão da Vox parece simples: explicar as notícias que circulam nos jornais. Para a equipe do site, não basta apenas ‘divulgar’ a novidade, mas também contextualizá-la, esclarecer eventuais dúvidas dos leitores e permitir que a notícia seja mais uma fonte de conhecimento.

“Estávamos sendo puxados para trás não apenas pela tecnologia, mas também pela cultura do jornalismo, que usa algumas convenções do impresso” – Ezra Klein 

Não é nada que já não seja feito também por outras mídias – pela própria Wikipedia, ou por sites como o About.com, como destaca o The Wire – e ainda há o perigo de perder a profundidade dos assuntos, ao tentar trata-los com excessivo didatismo, ao invés do foco na descrição da situação.

A descrença também vem dos próprios colegas de jornalismo. Personalidades do ramo, como Michael Wolff, afirmam que jornalistas não deveriam se tornar empreendedores – uma clara referência à Ezra Klein, que deixou seu posto no Washington Post (onde havia sido bem sucedido no blog Wonkblog) para se juntar à Vox Media.

Independentemente da percepção dos seus pares, a Vox segue o dito popular do ‘melhor feito que perfeito’, e ‘pôs o trabalho na rua’. O site da Vox é agradável, e usa um sistema de publicação próprio da Vox, o Chorus, que já foi elogiado por publicações como o TechCrunch pelos benefícios que oferece aos seus escritores, como permitir editar e ilustrar o material, além de interagir nas redes sociais e responder leitores, de uma forma bastante intuitiva.

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Em todo caso, os leitores são devidamente avisados de que o site Vox é um experimento em desenvolvimento. “Estávamos sendo puxados para trás não apenas pela tecnologia, mas também pela cultura do jornalismo, que usa algumas convenções do impresso”, explica Ezra, citando que o modelo de ‘incremento diário da cobertura’, que precisa ocupar o espaço de um jornal impresso, não é mais uma necessidade atual. Ele conta que queria criar algo completamente novo – a Vox Media, segundo ele, possui as ferramentas de que ele precisa para tentar esse ‘novo experimento’.

Para o NYT, esse pode ser um novo paradigma do mercado jornalístico: perder jovens talentos porque eles estão atrás de empresas que tenham tecnologias que ajudem a fazer um melhor jornalismo. O Chorus da Vox Media foi tão chamativo que funcionou quase como uma ferramenta de recrutamento: além de Ezra Klein, Melissa Bell, que era diretora de plataformas no Washington Post, também decidiu fazer parte do time da Vox Media.

Novo paradigma do mercado jornalístico: perder jovens talentos porque eles estão atrás de empresas que tenham tecnologias que ajudem a fazer um melhor jornalismo. 

O esforço de tentar fazer algo diferente é pago com a confiança de talentosos profissionais, que veem futuro na iniciativa da Vox, e nas suas ferramentas – “O Chorus é como se fosse um unicórnio com um gatinho nas costas. As pessoas pensam que ele é um sistema mágico, que resolve tudo”, brinca Melissa. Obviamente que existem detalhes que sistema nenhum irá resolver, mas certamente ter uma publicação customizada para as necessidades da própria equipe pode fazer a diferença na hora de incentivar um trabalho criativo.

A conta fecha?

Vira e mexe, uma notícia sobre algo diferente traz junto a pergunta: ‘mas a conta fecha?’

A preocupação com um modelo de negócios para o jornalismo é latente, e aparentemente esta é uma daquelas perguntas que vale um milhão de dólares. Ninguém sabe.

Publicações bem estabelecidas como o Guardian também andam fazendo experimentos nada ortodoxos, como colocar um robô para selecionar o ‘melhor’ material de um determinado período, automaticamente imprimindo um jornalzinho que faz a curadoria da nata do material da publicação, de acordo com curtidas, comentários, compartilhamentos e outras métricas de engajamento. Não há como saber se o ‘robô jornalista’ do Guardian vai ser bem sucedido, mas é preciso tentar.

Além do Vox, outros sites com a premissa de ‘explicar e contextualizar’ o noticiário tem surgido. A maioria deles aposta também no chamado ‘jornalismo de dados’, onde o repórter usa suas habilidades jornalísticas para encontrar materiais relevantes dentro de pilhas e pilhas de dados que circulam na rede. Entre as iniciativas recentes estão o 548, capitaneado por Nate Silver, ex-NYT, e o The Upshot, do mesmo NYT que antes acolhera Nate, que foca em assuntos políticos e legislativos, já de olho nas eleições norte-americanas.

Na pegada da explicação, o VentureBeat até montou um gráfico básico explicando as semelhanças e diferenças desses sites, adicionando ainda a seção noticiosa do BuzzFeed:

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Steve Buttry diz que

jornalismo digital não é feito na zona de conforto de ninguém. É preciso lidar com o desconforto de ter modelos de negócios que ainda apresentam buracos, ou iniciativas que não se sabe bem se vão ser rentáveis.

Em todo caso, a Vox conseguiu chamar a atenção dos investidores. Desde a sua idealização, em 2008, a Vox Media já conquistou investimentos da casa dos 80 milhões de dólares, de investidores como a Accel Partners e a Comcast Interactive Capital, entre outros. Esse valor foi utilizado para levantar sites como o The Verge, que trabalha sob um severo código de ética que não permite nem mesmo viagens pagas para os seus jornalistas cobrirem eventos – ‘se o evento for mesmo relevante, o próprio The Verge pagará pela estadia dos seus repórteres’, esclarece o texto – e outras publicações da Vox Media, como o Eater e o Curbed.

O curioso é que a estratégia da Vox Media é diferente de outras publicações, que apostam em títulos caça-cliques, enquetes, quizzes, listas, e outras formas de interação com os leitores. A premissa da Vox pode parecer altamente maluca, mas pode ser melhor no longo prazo, ainda que por enquanto envolva o esforço de apenas 20 repórteres. Em um mundo digital onde obter informação é simples e fácil – e em alguns casos, a informação é abundante demais – o esforço ‘kamikaze’ da Vox é tentar oferecer contexto, opinião e idoneidade. Pode dar super certo, ou ser um completo fracasso.

Mas o que seriam das revoluções se não houvessem pessoas que acreditassem que era possível algo novo, não é mesmo?

O trabalho da Vox é tão assustador quanto parece empolgante. No entanto, se olharmos para metade das tecnologias que usamos hoje em dia, eram feitas as mesmas considerações. “Muitas pessoas pensaram que essa era uma péssima ideia, tanto estratégica quanto de produto”, conta Paul Buchheit, criador do Gmail, sobre como a sua empreitada foi recebida há 10 anos atrás, quando era lançada.

Quem sabe Ezra é como uma versão jornalística de Larry Page e Sergey Brin. Quem sabe a Vox não é o Gmail de 2024. Apenas observem e aguardem.

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Aereo, o serviço de streaming que está incomodando as emissoras nos EUA

Uma disputa entre um novo serviço de streaming e emissoras de TV chega à Suprema Corte norte-americana e pode decidir o futuro da TV (ao menos nos EUA).

Quem tem causado a confusão é a Aereo, um serviço de streaming que oferece programação de emissoras como NBC, CBS e ABC gratuitamente, através da web. As emissoras reclamam que essa seria uma violação dos direitos autorais, mas a situação não é assim tão preto-no-branco.

A Aereo funciona a partir da captação de sinais abertos, que é feita por uma série de pequenas antenas espalhadas pela região. Cada um dos assinantes da Aereo ganha acesso a uma dessas antenas, que então transmitem aquela programação através da web.

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Essa é a antena do Aereo

A assinatura é bastante acessível – entre 8 e 12 dólares mensais – e permite também usar o Aereo para gravar a programação que está sendo exibida, para assisti-la mais tarde (o que hoje é feito por aparelhos de DVR). Além disso, a Aereo faz com que seja desnecessário ter uma TV ou assinar um serviço de TV a cabo (caso a recepção na sua região seja ruim), já que a programação televisiva fica acessível através de dispositivos que se conectem à internet. Praticamente uma HBO Go, só que para canais abertos e por um preço bastante razoável, mas disponível em apenas um punhado de cidades norte-americanas.

David Carr destaca que a importância do caso vai além da transmissão via web de conteúdos de TV – “tem um pouquinho de tudo: mídias tradicionais apoiadas em modelos de negócios antigos e queridos, uma startup insurgente, com uma solução inteligente, e, quem sabe o mais importante, o primeiro grande teste da Suprema Corte, sobre quem é o real proprietário de conteúdos que ficam armazenados na nuvem”, explica ele no NYT.

Uma decisão judicial do caso só deve ser divulgada no final de junho, mas o assunto certamente levantará debates interessantes nas próximas semanas. Se a justiça decidir que a Aereo infringe leis de copyright, a empresa deixará de existir, e o precedente evitará que outras tentem seguir pelo mesmo caminho. Caso a Aereo seja a vencedora do processo, restará saber se os usuários estarão dispostos a pagar pelo acesso digital de um conteúdo que é gratuito (rede aberta) na televisão, e como será resolvido o ‘detalhe’ de que os produtores do conteúdo não levam nem um centavo nessa brincadeira.

Aguardem os próximos capítulos.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Volvo apresenta conceito de cadeirinha de bebê inflável

Esqueça a trabalheira de carregar a cadeirinha do seu bebê de um lado para o outro. Se depender desse conceito da Volvo, a vida dos papais e mamães pode, no futuro, ficar mais fácil.

A proposta dessa cadeirinha-conceito, que pesaria em média 5 quilos, é ser mais portátil do que as opções atualmente disponíveis no mercado. Ela utiliza a mesma tecnologia de alguns botes infláveis, com um material altamente resistente e que suporta uma grande pressão interna, e fica pronta para uso em apenas 40 segundos, bastando apertar um botão ou acionar o enchimento via Bluetooth pelo seu celular. Quando esvaziada, ela pode ser dobrada e colocada em uma mochila.

Ela permitiria o uso por crianças de até 3 anos de idade, por ter sido projetada para ficar virada para a trás (segundo especialistas, isso ajudaria a proteger o pescoço da criança em caso de impacto). Em todo o caso, poderia ser uma ótima vantagem não só para passeios rodoviários – nos quais o equipamento é exigido por lei, com multa para aqueles que não o utilizarem – mas também em viagens aéreas, já que a cadeirinha poderia facilmente ser levada junto com a bagagem de mão, e inflada apenas dentro da aeronave, tornando o voo mais confortável para o bebê e para os pais.

volvo-cadeirinha

A notícia ruim é que essa cadeirinha é apenas um conceito, e não tem previsão de chegada ao mercado. Quem sabe, talvez, inclusa em um futuro modelo da Volvo…

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Uma impressora portátil que (praticamente) cabe no seu bolso

Impressoras são os videocassetes da nova geração. Você pode até argumentar que vivemos uma época de impressoras 3D, mas as de tinta continuam praticamente as mesmas com o passar dos anos: um caixote barulhento que vive dando pau, consome muita tinta e amassa o papel.

A empresa israelense Zuta Labs promete mudar essa cenário, e reduzir nossas velhas impressoras a um pequeno dispositivo móvel. A Mini Mobile Robotic Printer cabe na mão e se move no papel despejando tinta nos locais indicados pelo software. Tudo Wi-Fi, compatível com iOS, Android, Windows, OS X, e Linux.

Zuta Pocket Printer

Um “cartucho” de tinta pode imprimir até 1000 páginas, mas nesse caso é preciso considerar também a duração da bateria, com capacidade de até 60 páginas por carga. A velocidade é outro incômodo, já que a Mini Mobile Robotic Printer imprime pouco mais de uma página por minuto.

Para ter a impressora portátil, é preciso primeiro financiar o projeto no KickStarter, com custo de 135 dólares a unidade. Em menos de 24 horas, mais de metade do valor pedido – que é de 400 mil dólares – já foi arrecadado.

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Bloquinhos robóticos ‘saltam’ de um lugar para o outro, são os ‘transformers’ da construção

Já pensou poder mandar os blocos se movimentarem para construir uma determinada estrutura, fazer uma ponte ou até mesmo levantar paredes? Não é feitiçaria, é tecnologia! 🙂 Os M-Blocks, criados por cientistas do Laboratório de Inteligência Artificial e Ciências da Computação, no MIT, são cubos robóticos, controlados remotamente, que possuem bordas magnéticas e um ‘volante’ interno, que gira para fazer com que as peças possam ‘voar’ e se encaixar (magneticamente)  em outras.

Esse volante, tecnicamente chamado de ‘roda de reação’ (reaction wheel) pode girar em até 20 mil RPM, e quando para de supetão, faz o bloquinho se encaixar em outro bloco mais próximo. Quanto mais rápido essa roda girar, mais o bloquinho consegue ‘pular’ para a direção correta, como no GIF acima. Se o giro for mais lento, a mudança de local é mais sutil, como na imagem abaixo.

De acordo com John Romanishin, cientista responsável pelos M-Blocks (de ‘Momentum blocks’), a intenção é desenvolver ainda mais esta tecnologia, fazendo com que cada bloco possa ter ciência do outro ao seu redor e da ‘peça’ da qual ele faz parte. Com isso, não seria impossível colocar um punhado de blocos no chão e programa-los para que se transformassem em um determinado objeto ou arquitetura.

Por dentro dos M-Blocks

Por dentro dos M-Blocks

Entre as propostas desses ‘bloquinhos transformers’ está melhorar a velocidade da construção civil. Eles poderiam ser programados para rapidamente se transformarem em uma ponte ou um abrigo, o que poderia ser muito útil em áreas devastadas por desastres naturais.

Pensando no nosso cotidiano, a mesma tecnologia poderia ser implantada na mobília das casas, e montar um móvel seria algo como desempacotar as peças e apenas aguardar que elas se ‘auto-montassem’. Praticamente um Lego automático.

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Adolescente sugere troca de fonte dos impressos para fazer economia

Uma das grandes qualidades da juventude é a persistência e o olhar curioso. Enquanto no mundo todo as pessoas se preocupam com a economia de papel, Suvir Mirchandani, de apenas 14 anos, preferiu ver a situação por outro ângulo.

Em sua participação na feira de ciências da sua escola, ele investigou a possibilidade de economizar gastos com documentos impressos simplesmente trocando o tipo de fonte utilizado para imprimi-los. Ao invés de focar na diminuição do uso de papel, que implica em mudanças de comportamento e cultura, ele preferiu olhar para o excesso de tinta que estava sendo utilizada ao imprimir conteúdos usando a conhecida fonte Times New Roman. “A tinta é duas vezes mais cara que um perfume francês”, brinca o garoto, que testou, através de um software comercial, quanto da tinta era gasto para imprimir um mesmo texto em diferentes fontes.

A hipótese confirmada por Suvir é que fontes mais ‘esbeltas’, com traços mais finos, como é o caso da Garamond, levam a uma economia de 24% no consumo de tinta, o que significa a possibilidade de economia de 21 mil dólares por ano apenas na sua escola.

Fontes com traços mais finos, como é o caso da Garamond, levam a uma economia de 24% no consumo de tinta 

Incentivado pelos seus professores e pelos colegas do ‘Journal for Emerging Investigators’, onde o seu trabalho foi publicado, Suvir também estimou qual seria a economia do governo norte-americano caso se dispusessem a trocar a fonte oficial usada em seus comunicados. O resultado é surpreendente: seria possível economizar por volta de 400 milhões de dólares apenas trocando uma simples fonte, e ainda mantendo o estilo serifado.

Apesar dos números, modificar todo o funcionamento dos escritórios do governo é um passo mais complicado. Mas quem sabe vender essa ideia para a sua empresa possa ser um bom jeito de conseguir fundos para aquela iniciativa que não decolou ainda por falta de verba.

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Esse elevador para ciclistas facilita na hora de enfrentar aquela ladeira

Ao invés de usar o relevo da cidade como desculpa, a cidade de Trondheim, na Noruega, tem um elevador para ciclistas. A ideia é ótima e, principalmente, não é nova – o primeiro elevador para bikes foi instalado em 1993, quando ainda era conhecido pelo nome de Trampe. No ano passado, 20 anos após a instalação inicial, o sistema foi refeito e ganhou um novo nome – CycloCable.

A criação foi inspirada nos elevadores para esqui e o funcionamento é simples: um pedal recebe um impulso e leva o ciclista a uma velocidade de 2m/s (cerca de 7km/h) até o final do trajeto. Grande parte da estrutura é subterrânea, e o design permite que pessoas e até veículos passem por cima dos ‘trilhos’ sem que haja dano para nenhuma das partes.

cyclocable

Parece uma iniciativa bobinha, mas em Trondheim, 41% das pessoas que usaram o sistema alegaram que têm usado a bicicleta para mais trechos urbanos por conta desse ‘empurrãozinho’ do CycloCable. Apesar de alguns ciclistas serem capazes de pedalar morro acima, é sempre bom lembrar que existem crianças, pessoas mais velhas e até o ciclista médio, sem muito preparo físico, que podem se beneficiar bastante com essa carona, que evita cansaço e suor.

A capacidade máxima do CycloCable é de cerca de 360 ciclistas por hora, mas outros tipos de uso também tem sido criados, como papais e mamães que pegam uma carona com o elevador enquanto estão passeando com os filhos em carrinhos de bebês. Aqueles que preferem patinetes também podem usar o sistema – basta ter um veículo com rodas para funcionar como apoio.

Nada como parar de reclamar dos fatos e arranjar jeitos criativos para contornar os empecilhos. Já imaginou poder usar um CycloCable em cidades brasileiras?

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Pley, um ‘Netflix dos Legos’, aluga pecinhas em planos mensais

Para que gastar uma pequena fortuna adquirindo Legos para você ou para os seus filhos – e depois ter que se preocupar com a limpeza das peças, ou então onde estoca-las –  se você puder simplesmente alugar o seu kit favorito, e depois até trocá-lo por um novo, com outras peças?

A empresa Pley, lançada há pouco menos de um ano, se oferece para ser exatamente essa facilitadora. Quem já entrou em lojas de brinquedos atrás de Legos sabe que eles custam uma pequena fortuna, com kits temáticos batendo a casa das centenas de reais. E não ache que é culpa do ‘custo Brasil’ – fora do país o brinquedo também não é tido como um dos mais baratos, ainda que crianças e adultos pareçam se divertir tanto quanto com as pecinhas. A Pley surge com o conceito de ‘Netflix dos Legos’ – você escolhe o kit de acordo com as suas necessidades, e a Pley te deixa com os Legos emprestados durante um mês inteiro.

A vantagem, segundo Elina Furman, co-fundadora da Pley, é que os pais (ou você, né?) podem ter acesso a uma maior variedade de kits de Lego, inclusive os temáticos, sem precisar gastar rios de dinheiro. A bagunça também é menor, já que quando enjoar das pecinhas, basta devolver o kit e trocar por outro mais bacana, sem ficar entulhando as pecinhas pela casa.

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A empresa também se preocupa com a higienização das peças, que segue critérios da FDA para evitar contaminações. Como o foco são as crianças, perder pecinhas também não é um problema para a Pley – eles sabem que os pequenos se preocupam mais em brincar do que cuidar do brinquedo, e não há cobrança adicional se faltarem até 15 pecinhas no kit. As assinaturas são razoavelmente acessíveis, partindo de 15 dólares para um kit pequeno, 25 por um Lego médio e 39 pela maior assinatura da Pley, que inclui Legos temáticos ou com mais peças

A ideia deu tão certo que a Pley acaba de receber 6,75 milhões de dólares em uma rodada de investimentos. Desde a estreia da Pley, em abril do ano passado, já foram realizadas mais de 15 mil assinaturas do serviço, e mais de 75 mil kits de Lego foram entregues.

Apenas me fez pensar: será que chega no Brasil? 🙂

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