Tecnologia de impressão 4D pode criar objetos que ‘se montam’ sozinhos

Enquanto a gente ainda se surpreende com a impressão 3D, um pesquisador do MIT já está fazendo testes com uma tecnologia que adiciona mais um D a essa história. Usando uma impressora 3D tradicional, mas com um material inteligente, a intenção é criar objetos que possam se montar sozinhos (!).

Os primeiros testes dessa tecnologia 4D mostram a memória do material, que pode ser deformado e voltar ao seu formato original quando submerso em água fervente.

Outros experimentos mostram polígonos que se montam independentemente de interação, a partir de projetos planos, impressos em 3D.

O bacana é que o conceito, criado pelo pesquisador Skylar Tibbits, do departamento de arquitetura do MIT, vai permitir usar a impressão 3D para criar objetos que não poderiam ser construídos com tanta facilidade por essas impressoras.

A longo prazo, a  tecnologia 4D poderia ser utilizada para criar estruturas arquitetônicas que se adaptam às condições do local – pense em tubulações que se expandem ou contraem dependendo do volume de água – ou até mesmo utilizadas na medicina, em implantes que se adaptariam ao corpo do paciente assim que chegassem ao local certo.

Estou ansiosamente aguardando esse futuro onde as coisas se montem sozinhas, e a gente fique só observando enquanto toma um chá e espera tudo ficar pronto.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Pesquisador do MIT cria cubos de gelo inteligentes para evitar que a bebedeira passe dos limites

Dhairya Dand, pesquisador do MIT Media Lab, teve uma experiência até que comum para alguns: depois de uma noite de muito álcool, ele acordou no hospital. Já o que ele fez para evitar que isso acontecesse de novo foi bem diferente: Dand produziu cubos de gelo inteligentes que avisam quando você já bebeu demais, além de brilharem de acordo com a batida da música ambiente.

Na prática, os eletrônicos instalados dentro dos cubos de gelo mostram o quanto e o quão rápido a pessoa já bebeu, mudando a cor de verde para laranja e, quando estiver além do limite, para vermelho. Ao chegar neste nível de alerta, os cubos enviam uma mensagem de texto a um amigo próximo da pessoa, através do smartphone.

Isso é possível devido aos materiais de que é feito o dispositivo em questão: bateria de célula de moeda, microcontrolador e transmissor infravermelho. Os três são moldados dentro de cubos feitos de material gelatinoso. O microntrolador conta o número de goles por bebida e, quando a bebedeira passa dos limites estabelecidos por Dand, o transmissor envia um sinal para o seu celular, ativando a mensagem de alerta com destino ao seu amigo.

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Um dia dentro do MIT Media Lab

Falei durante a semana passada sobre alguns eventos que acompanhei no Social Media Week de Nova Iorque, mas a parte mais especial da viagem, sem dúvidas, ficaria para a pacata Boston e o seu impressionante Media Lab dentro do Massachusetts Institute of Technology ou MIT.

É até difícil de escolher por onde começar a comentar.

Talvez pelo seu belo prédio, espaço ocupado pelos diversos grupos do Media Lab, e que dá uma dimensão da grandeza de um dos maiores e mais conceituados laboratórios de pesquisa em tecnologia do planeta. Aliás, o último andar reserva uma grande vista da cidade.

Mas é nas salas que a mágica acontece. Ao chegar, fui recebido por uma equipe que trabalha em um grupo bastante focado em projetos de mobilidade (Mobile Experience Laboratory). Minha guia pelo dia por lá, Zoe Schladow, assistente de pesquisa, me contou que eles têm um amor bem grande pelo Locast, um projeto de mobilidade e compartilhamento ou consumo de informações concebido para funcionar inclusive sem GPS, conexões 3G e afins.

Uma boa novidade sobre o projeto? Ele virou opensource. Portanto, com um pouco de trabalho (eles prometem melhorar a documentação em breve), este funcionamento low cost do Locast poderia ser integrado, por exemplo, aos recursos de API de um Foursquare. Aliás, o próprio Foursquare poderia usufruir um bocado disso em seus apps proprietários. Vale lembrar que o Locast começou a ser concebido quando Symbian era o sinônimo de smartphone…

O Locast hoje é utilizado, por exemplo, pela UNICEF no Rio de Janeiro. Em diversas comunidades carentes, os jovens podem relatar através do sistema os problemas de infraestrutura que enfrentam diariamente e, assim, apontar prioridades de trabalho por parte do estado.

Outros setores do Media Lab chamaram-me a atenção. Há um grupo de pesquisa focado no que eles chamam de Tangible Media, ou seja, como a experiência homem-tela se aplica ao mundo físico.

Outro grupo, High Low Tech, pesquisa tecnologia e interações que somente com tecnologias de custo acessível, melhorando a experiência de pessoas que não possuem grandes recursos. Um dos projetos, chamado de Opensource Consumer Electronics, como o nome já diz, trata de tornar acessível a fabricação e montagem de eletrodomésticos e eletrônicos. Como já disse neste blog anteriormente, não é o caso de que todas as pessoas vão começar a fabricar suas próprias TVs, celulares, equipamentos de automação e afins. O caso é que há uma indústria inteira que sentiria, para o bem ou para o mal, os efeitos da produção ser extremamente barateada.

Há, claro, muito mais para se falar. E, no meu caso, muito mais para se conhecer. Um dia apenas num universo desses não mostraria tampouco faria justiça sobre tudo o que acontece por lá.

Se você está interessado em conhecer mais sobre o Media Lab e seus projetos, separei uma lista de links abaixo. E saiba de outra coisa bacana: eles estão abertos ao público em horário comercial, ainda que não se possa entrar em qualquer sala ou que a simpática Zoe não seja a sua guia, mas sim um eficiente sistema de totens eletrônicos.

http://media.mit.edu/
http://mobile.mit.edu/
http://hlt.media.mit.edu/
http://tangible.media.mit.edu/
http://locast.mit.edu/

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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