HUBFORUM discute inovação em ‘esquenta’ para a Copa do Mundo

Após quatro edições em Paris e duas em Moscou, o HUBFORUM aterrissa em São Paulo no dia 5 de junho, e reúne especialistas do mercado brasileiro e francês para discutirem inovações e tendências do ambiente digital.

A intenção é criar um espaço de compartilhamento de conhecimento entre marcas, agências de mídia e digital, plataformas e influenciadores digitais. Com o Brasil no holofote do mundo com a proximidade da Copa, o HUBFORUM quer discutir iniciativas inovadoras e focadas em assuntos como esportes, entretenimento e marketing digital.

Entre os convidados deste ano estão Cecília Gurgel (Grupo Pão de Açúcar), Pedro Eugênio (Makazi), Xavier Pénat (Jussi), Mathieu Le Roux (Deezer), Juliano Tubino (Netshoes), Alexandre Suguimoto (Apadi), Marcelo Lobianco (IAB Brasil), Marcus Tavares (Hyundai & Z+/Lattitud),  Wagner Martins (301.yt), Daniela Cachich (Heineken), Pete Blackshaw (Nestlé) e Gregory Hanffou (Decathlon).

O Brainstorm#9 é parceiro de mídia do evento e vai acompanhar ao vivo da Câmara de Comércio França-Brasil.

O ingresso é gratuito, mas baseado em seleção prévia – quem se interessar pode se inscrever no site do HUBFORUM e aguardar o contato da organização.

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Braincast ao vivo hoje no Social Media Week. Participe!

Durante toda a semana está rolando o Social Media Week 2013, e hoje, quinta-feira, 26 de setembro, é dia de Braincast ao vivo. Começa às 19h, no Palco Chewbacca.

Carlos Merigo, Guga Mafra, Luiz Yassuda e Bruno Tozzini farão uma breve retrospectiva da publicidade nas mídias sociais, relembrando cases que deram certo e que deram errado desde quando nem existia Facebook e Twitter.

O Social Media Week acontece no MIS – Museu da Imagem e do Som, em São Paulo. Avenida Europa, 158. Para assistir o Braincast ao vivo, não esqueça de seinscrever no site do evento. Entrada gratuita.

Social Media Week

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Os Brasileiros que querem palestrar no SXSW 2014

Vou ser honesto, não sei quem começou isso mas eu só me liguei que era possível quando o Cris Dias conseguiu que a palestra dele (e outras pessoas da JWT) fosse confirmada no SXSW. Era uma palestra direcionada para gringos mas que tinha um apelo interessante principalmente lembrando que o grande evento dos próximos anos é o Brasil por conta da Copa e das Olimpíadas. Bacana ver um brasileiro que conheço falando em um evento como esse e tal. E aí esse ano, 2013, eu fui no SXSW e fiquei impressionado em como o evento é incrível. Sério. É algo que todo mundo que trabalha com comunicação deveria ir pelo menos uma vez. E não é só por conta das palestras e das festas, a impressão que dá é que estamos numa bolha em que tudo que acontece e que vai acontecer na internet nos próximos meses e anos está ali dentro.

Aí pensei,

“Poxa, seria legal palestrar aqui. Mas seria mais legal se conseguisse falar sobre algo que não fosse apenas sobre o Brasil. Algo que todo mundo que trabalha em agência e social media pudesse se relacionar e tal.”

É ousado, eu sei e é capaz de esse tema reduzir minhas chances de ser aprovado mas, de alguma maneira, eu achei que poderia ser viável e legal.

Então enviei a minha proposta de tema para lá e agora preciso da ajuda de vocês. Depois descobri que há outros brasileiros, de outras agências, que também mandaram suas propostas.

Então, em um jabá sem precedentes no B9, venho aqui pedir humildemente pelo voto de vocês, essa galera linda que lê o blog.

Frictionless sharing Vs The World – Essa é a minha proposta de palestra. Me juntei com a Sharon Panelo, uma amiga americana da McCann NY que trabalhou comigo e o tema é basicamente sobre o que venho falando aqui no B9 há algum tempo. Que a internet foi construída baseada no compartilhamento legítimo e que nesse mundo em que tudo é compartilhado automaticamente e ninguém mais sabe realmente o que é uma indicação, um endosso legítimo.

Aí, aproveita que você já está lá e fez o registro rápido (rápido mesmo, não dura nem 2 minutos) e vota nos outros temas de brasileiros.

Na real, esses votos são apenas 30% do fator de escolha mas acho que pode ser interessante mostrarmos o que estamos pensando por aqui.

Fueling Social Movements via Social do Tiago Ritter da W3Haus e
David Slayden da BDW
Protests in Brazil: When Social Media Gets Real do Douglas Rodrigues
The Giant has Awakened: Building Brands in Brazil do Will Palley da JWT
Brazil: Come to the Streets, the Giant Awoke do Marcelo Sant’Iago da SapientNitro
Brazilian Social Way of Life: Olympics + World Cup da Luciana Bazanella da AG2 Publicis Modem
Beer and Timesheet, How to Bring These 2 Together do Felipe Gomide e Guilherme Gomide Agência Casa/JWT
How to Create Low Budget Interactive Music Videos do Steve ePonto
The biggest collaborative street art gallery da Marina Bortoluzzi e Marcelo Pimentel do Instagrafite

Obrigado a todos e, caso tenham mais palestras propostas por brasileiros, avisem nos comentários com links que eu acrescento no post. É isso.

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Braincast 79 – Palestras, workshops e conferências

Em um universo de eventos sobre os mais diversos assuntos, muitos questionam a falta de originalidade dos produtores (que sempre apresentam os mesmos convidados, temas ou abordagens), assim como a superficialidade ou mesmo o jabá excessivo dos participantes. No Braincast 79, Saulo Mileti, Cris Dias, Guga Mafra e Luiz Yassuda batem um papo sobre este polêmico assunto.

Faça o download ou dê o play abaixo:

> 0h01m25 Comentando os Comentários?
> 0h25m10 Pauta principal
> 1h08m40 Qual é a Boa? – qualeaboadobraincast.tumblr.com

Workshop9

WORKSHOP9: >SP >RJ >POA

Críticas, elogios, sugestões para braincast@brainstorm9.com.br ou no facebook.com/brainstorm9.
Feed: feeds.feedburner.com/braincastmp3 / Adicione no iTunes

Quer ouvir no seu smartphone via stream? Baixe o app do Soundcloud.

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Presentation.io: transmita uma apresentação de slides em tempo real

Presentation.io é um novo serviço online que oferece à qualquer um a habilidade de transmitir uma apresentação de slides para sua audiência, via computador, smartphone ou tablet, em tempo real.

Para assistir à apresentação, é possível fazê-lo de qualquer web browser, sem a necessidade de um aplicativo ou alguma instalação específica. O usuário precisa apenas fazer o upload de seus slides – que pode ser em mais de 20 tipo de arquivos diferentes – e, ao gerar um link, enviá-lo às pessoas.

Ao colar o link no navegador e apertar o botão ’start presentation’, qualquer um pode acompanhar o usuário passando os slides. Além disso, pode-se adicionar comentários em partes específicas do arquivo, de forma privada ou pública – neste caso, aparecendo na tela de todos.

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Algo assim pode ser útil em diversas ocasiões, como grandes eventos, quando nem toda a plateia tem a oportunidade de enxergar o telão, ou até em reuniões feitas remotamente. De acordo com a empresa por trás da criação e lançamento, CanvasDropr, a ferramenta já está sendo usada no MIT, Stanford e Yale, permitindo engajar os alunos em aulas mais direcionadas e que absorvem a atenção.

Na versão gratuita, é possível subir apresentações e deixá-las online por até 48 horas. Já na versão paga, $14 por mês, os slides podem ser acessados sempre que for preciso.

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Infográfico revela o que o “campuseiro” pensa sobre empreendedorismo e marcas

As emoções da Campus Party acabaram no último domingo, com o público já aguardando ansiosamente a edição do ano que vem. Mas como nem todos podem viver tocando buzinas numa grande maratona de games 24h por dia durante o ano todo, a vida volta ao normal para todos os campuseiros – aquele que frequenta a área paga do evento, conhecida como Arena.

Foto: Luís Leão.

Para saber o que se passa na cabeça dos entusiastas deste grande acampamento geek, a Ilumeo ouviu alguns deles e montou um infográfico que aborda três diferentes questões: como o empreendedorismo (assunto que teve novamente uma área exclusiva para debates durante toda a semana por lá) é encarado pelas pessoas, quais marcas patrocinadoras se destacaram e que grande personalidade ligada aos assuntos da Campus party pode ser citada como exemplo para a molecada.

Destaques para a grande quantidade de pessoas (40%) planejando se arriscar em suas próprias iniciativas – ou startups – e para a idolatria a Steve Jobs, mencionado como exemplo por 75% dos entrevistados (isso sem contar o Merigo, que nem apareceu por lá), que em seguida tinham que citar uma outra personalidade viva. Veja mais a seguir:

layout-info-Campus-Party

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IAB Mixx: Segundo dia é sobre conversas e Facebook


O primeiro dia do IAB Mixx foi basicamente sobre métricas (falei sobre ele aqui). O segundo e último dia foi mais sobre conversas. Esse foi o tema central das palestras dos executivos do Twitter (Joel Lunenfeld, Vice President, Global Brand Strategy), do Tumblr (Rick Webb, Consultant, Marketing and Revenue) e também do debate sobre as eleições aqui dos EUA.

É claro que rolou um monte de clichês, porque boa parte desses eventos é baseado em afirmar o óbvio: mídia interativa é lugar de diálogo, o conteúdo que você coloca na internet se espalha através dos usuários, dependendo do engajamento deles. Mas o que foi legal é que cada palestrante colocou o ponto de vista deles e das suas empresas, o que foi bastante surpreendente.

Surpreendente porque, ao contrário dos outros anos, a maior parte do que foi apresentado era informação sólida e não especulações sobre o futuro. Dessa vez não teve ninguém com “killer app”, “killer format”, “killer prediction”, “killer PowerPoint” (ainda que a apresentação do Tumblr tenha sido bem divertida). Não precisou de nada disso. Os resultados, as estatísticas, as possibilidades reais que estavam sendo apresentadas eram suficientes para deixar todo mundo interessado.

Ou seja: esse segundo dia de conversas confirma o que eu disse sobre o primeiro. O meio online (americano) já tem números suficientemente bons para impressionar agências e anunciantes e efeitos especiais podem ficar em segundo plano.

A última palestra destoou um pouco do clima todo, pela importância dos participantes: Marc Andreessen (o cara do Netscape) e Sheryl Sandberg, COO do Facebook. Acabou sendo uma grande entrevista sobre o Facebook (boa parte sobre o IPO fail), conduzida pelo jornalista Charlie Rose e comentada por Andreessen.

Eu achei um pouco perda de tempo, porque tudo que podíamos saber sobre esse assunto a gente já sabe. E podíamos aproveitar melhor a presença de alguém genial como o cara que inventou o browser. Mas o pessoal curtiu bastante. Você pode tirar suas próprias conclusões: iab.net/mixx12

O curioso é que eu acompanhei o evento de olho no Twitter, cheio de notícias sobre o Maximídia na timeline. A minha impressão é que, enquanto aqui nos EUA o clima é de “o que vamos fazer com esses resultados fantásticos que estamos obtendo?”, no Brasil o clima é “como vamos acomodar essas coisas novas no esquema que estamos mantendo há anos?”. Um pouco desanimador, mas como eu falei no texto de ontem: o que acontece no mercado dos EUA, geralmente se repete no mercado do Brasil. Vamos torcer pra esse clima de otimismo chegar logo no ano que vem.

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IAB Mixx: Tecnologia para métricas é o tema principal este ano


Creative Commons License foto: Crusade

O Mixx é o evento mais importante promovido pelo IAB dos Estados Unidos. Mesmo custando bem caro e acontecendo durante a Advertising Week, (ou talvez por isso mesmo) ele sempre lota. Costuma ter palestras de gente bem importante (Chris Anderson e Seth Godin estiveram aqui no passado) e acaba tendo uma influência bem grande na agenda geral do mercado de publicidade online americano.

Esse ano o tema é “When Technology and Creativity Collide”. é um título ótimo e abrangente, feito na medida para você conseguir justificar sua inscrição para o RH. Mas nesse caso “tecnologia” quer dizer “métricas”. E na maioria dos casos, é sobre isso que os palestrantes estão falando.

O mercado de mídia online americano não tem “grandes portais” (isso é uma bizarrice brasileira) e a população em geral é uma enorme classe C com iPhones e Androids. Os números sempre foram pulverizados e pela primeira vez existe a sensação de que eles falam a favor dos meios internéticos, e não contra.

Então boa parte das palestras, debates e workshops que vão rolar por aqui são sobre isso: “como o meio online consegue medir com precisão a atividade dos usuários”, “como clique não é a única métrica relevante”, etc, etc, etc. Tudo aquilo que a gente já conhece, só que agora falados por gente importante, num palco importante, na mesma semana em que os cheques referentes à mídia do SuperBowl estão sendo assinados.

O Facebook, por exemplo, mandou o seu “Head of Measurement and Insights” (NR: imagina o cartão dele: “I’m the Head of Measurement and Insights, bitch!”), Brad Smallwood, para mostrar como o Facebook consegue saber o que você está pensando em cada momento da sua vida e como isso atinge mais gente que a TV, com mais qualidade e precisão.

Esse evento acaba sendo bem relevante para o mercado brasileiro por dois motivos: Primeiro, porque o IAB Brasil traz uma comitiva todo ano pra cá, com alguns dos maiores anunciantes brasileiros, para que eles vejam o que está rolando. Um monte de agências e veículos acabam vindo também por causa disso.

Segundo, porque o que acontece aqui nos EUA, acaba acontecendo aí no Brasil depois de um tempo. Se esse é o movimento aqui, é bom a gente ficar atento. Empresas multinacionais vão começar a exigir essas métricas das suas filiais no Brasil. Agências que tiverem modelos mais próximos do que o que está sendo apresentado aqui, tem mais chances de ganhar essas contas. Veículos que entregarem métricas similares, têm mais chance de entrar nos planos de mídia.

No site deles têm os vídeos das palestras: http://www.iab.net/mixx

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Social vs Social, uma festa experimental, em fotos

SMW

A SapientNitro de Chicago teve uma das melhores idéias para atrair público para o seu evento do Social Media Week. Ao invés de prometer uma palestra importante com alguém gabaritado a falar sobre Mídias Sociais, eles desenvolveram uma festa para discutir se as Mídias Sociais e a tecnologia nos tornaram menos sociáveis.

Para tanto, prometiam uma festa dupla: em um dos andares da empresa, uma festa “superconectada”, uma “utopia eletrônica high tech” (não estou exagerando, está na descrição do evento), no outro, uma festa à moda antiga, com banda de hot jazz e um local para as pessoas curtirem e conversarem de verdade. A jogada da “pesquisa” era: qual festa as pessoas vão preferir?

Como eu disse, a idéia era bacana. Já a execução… Bom. Comecemos pela “utopia high tech”, que nada mais era do que umas telas mostrando os últimos tweets com a hashtag da festa de maneiras diversas.

Num dos ambientes, as pessoas podiam deixar anotações diversas. Igual eu fazia com a minha caneca.

Havia, claro, outras maneiras de deixar seu tweet visível:

E eu realmente ignorei a possibilidade de tirar fotos com dois bonecos que lembram o Daft Punk.

Ok, vamos à outra sala. Festa desconectada, gente andando com o celular para lá e para cá, confraternizando. Pelo menos a boa pedida foi a banda de hot jazz.

Mas e o que isso tudo provou, Yassuda? Na minha mais sincera e humilde opinião, nada. Ambas as salas tinham o mesmo tipo de gente fazendo a mesma coisa: aproveitando a bebida grátis.

Apesar da execução não cumprir a promessa, creio que poderia se tornar uma coisa interessantíssima. Aparelhos que liberariam cerveja de acordo com alguma ação online, como a geladeira do Cris Dias, já seriam um começo interessante. Fica como uma sugestão para a Bia Granja e as agências brasileiras apoiadoras para os próximos anos de SMW no Brasil.

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SpotHero: uma idéia interessante e um papo com o criador e CEO da empresa

SMW

Como é ter uma idéia e transformá-la em uma empresa bem sucedida? Para responder isto (e me desculpar pelo corrido post de ontem), fui conversar com Mark Lawrence, fundador e CEO do SpotHero, um serviço que procura vagas de estacionamento próximas ao local onde você está ou precisa ir aqui em Chicago e permite a reserva e barganha. Tudo online e fácil. Não é exatamente a primeira empresa a ter esta idéia no mundo (o B9 já comentou sobre uma iniciativa similar em San Francisco), mas com certeza vem fazendo um barulho aqui na cidade e, claro, tem potencial para expandir-se e ganhar usuários em outros locais.

mark

O SpotHero começou a ser desenvolvido em outubro de 2010 e somente foi lançado em julho de 2011. No começo, ao invés de ir direto aos grandes estacionamentos da cidade, a idéia foi negociar com proprietários individuais, negociando vaga a vaga, aos poucos. Quando perguntei se esta era a sua primeira tentativa de montar uma empresa, Lawrence explicou que sim, mas que já teve outros negócios, comparáveis com ‘barracas de limonada’.

Em 2012, o pequeno negócio ganhou seu primeiro aporte. A empresa foi uma das 10 selecionadas para participar da aceleradora Excelerate. Sobre a experiência, Lawrence a descreve como “incrível e totalmente válida”. “As empresas ganham um investimento de 25.000 dólares por 6% de participação, mais 50.000 dólares em dívidas convertíveis, além de todo o processo de mentoria da aceleradora”, explica.

A aceleradora geralmente escolhe serviços que já estejam minimamente constituídos, precisando de uma força para tornarem-se grandes negócios, ou ganhar escala. Para o Spot Hero, valeu o fato de ter o serviço disponível antes de iniciar o processo da Excelerate.

Em pouco mais de um ano de operação, portanto, o site conta hoje com 250.000 acessos por mês hoje em dia e tende a ficar mais conhecido localmente, pouco a pouco e crescer. Chicago tem algumas semelhanças com as cidades brasileiras, e uma delas é o fato de muitas pessoas utilizarem carro para se locomover em detrimento do transporte público. Trata-se portanto de um serviço útil.

Outra coisa que ajuda são os fortes investimentos que chegam à cidade, com total apoio de governo e prefeitura locais. Perguntei se este foi um fator que pesou na escolha por Chicago, mas Lawrence disse que não. “Somos de Chicago, tínhamos um problema para resolver que era um problema pessoal, que conhecíamos. Aproveitamos o bom momento que a cidade vive, com esta incrível ajuda à comunidade de startups”.

Ainda sobre Chicago, Lawrence ainda comenta que são poucos os serviços conhecidos do grande público, como os do Vale do Silício. Mas há uma série de startups e oportunidades para soluções para grandes empresas e que elas têm se saído muito bem.

Finalmente, pergunto sobre o plano de expansão da empresa. “Pensamos em expandir para Milwaukee e Washington D.C. Numa segunda etapa, pensamos em expandir para o Canadá e Inglaterra”. Brasil? Talvez no futuro, mas Lawrence admite que não é um plano tão próximo. (A expansão) é uma história a ser escrita ainda”.

Quando comento que há iniciativas brasileiras interessantes, mas que não contam com a ajuda de numerosos investidores e dos governos, Lawrence dá o seu recado final à entrevista: “Não é necessário ter um ambiente tão favorável para criar uma boa empresa. Não importa tanto. O principal é começar e quem dirá se a idéia vale a pena é seu consumidor”.

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Como fazer dinheiro de verdade com Mídias Sociais?

SMW

Antes que alguém atire a primeira pedra, este não é um post sobre as longas discussões acerca da monetização de blogs e afins.

Um dos eventos que tive o prazer de estar ontem era, na promessa, um workshop de pitch. Traduzindo: seria um momento para receber alguma mentoria gratuita de três investidores-anjo para apresentar idéias de empresas revolucionárias para outros investidores em alguns dias. E enfim fazer muito dinheiro com alguma nova traquitana de Mídias Sociais.

Como já comentei em alguns Braincasts, eu estou na mesma batalha: modelando meu próprio negócio, que não é uma traquitana, e buscando acertar um ou outro ponto que ainda não está bem esclarecido sobre como trabalhar, ganhar dinheiro, ficar rico, enfim.

O que encontrei, definitivamente, valeu o dia.

bsceene

A empresa que patrocinou este evento, a Bsceene, é uma espécie de produtora digital. para artistas que precisam da aporte tecnológico para expor sua arte na Internet. Por também ser, por assim dizer, uma startup, trouxe para um papo de 2 horas (que passaram como 15 minutos) três investidores locais que estão ajudando a levantar Chicago (e provavelmente a própria Bsceene). Tony Wilkins (investidor-anjo e mentor da Excelerate – aceleradora já comentada por aqui), Drew Barrett (consultor de negócios internacionais, incluindo alguns para turismo no Brasil) e Bruce Montgomery (mantém negócios em TI e foi apresentado como “o homem dos contatos em Chicago”).

O papo foi além do “o que esperamos que você apresente quando vier com sua idéia para um pitch” e passou por algumas boas histórias (ninguém ali aparentava ter menos de 50 anos) sobre investimentos, empresas promissoras que em nada deram, empresas que venceram, mercados interessantes que não estão tão na moda. Falaram também sobre o relacionamento entre investidores e empresas e foram extremamente solícitos ao serem abordados ao final do evento por diversos sonhadores.

Sem dúvidas, faz pensar se todo mundo tem que criar o próximo Facebook para ser considerado um sucesso. Eu fortemente acredito que não.

Até amanhã!

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Socialnomics, para não dizer que não falei das flores.

SMW

A primeira palestra do Social Media Week que eu encarei aqui em Chicago foi a do Erik Qualman, autor do celebrado Socialnomics. A palestra em si não apresentou nada exatamente novo. Ele trabalha com Mídias Sociais, eu e boa parte do povo que acompanha o B9 também. Acreditar que as pessoas e o que elas comentam e fazem circular pela Internet impacta diversos setores das empresas, que devem começar a ouvir e agir de acordo com estas manifestações faz parte do nosso dia-a-dia.

Como cheguei a comentar em um tweet, é batido demais mostrar o vídeo de apresentação deste livro em palestra. Mas como o livro é dele, tudo bem, né? Detalhe: mostrou uns 10 segundos e avisou que o resto estava no YouTube.

Outro com menos sucesso, mas bem mais engraçado, foi o produzido pela equipe de Qualman para exemplificar porque a garotada adora Mídias Sociais:

Ainda hoje, prometo, volto para falar de outras coisas bacanas que aconteceram ontem.

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B9 no Social Media Week Chicago

SMW

Como a Bia Granja me explicou outro dia, os eventos do Social Media Week são anuais (e assim serão em SP também a partir de 2013). Sendo assim, como já estive em Nova Iorque no começo do ano para falar sobre o evento (veja os posts aqui), desembarquei agora em Chicago para acompanhar as discussões sobre o mercado local.

Ainda que Chicago não seja exatamente a cidade da moda para se falar de empresas modernetes e Mídias Sociais, trata-se da terra do Groupon e da 37signals (cujo produto mais conhecido é o Basecamp). Não possui o mesmo glamour de San Francisco ou Nova Iorque, mas tenta entrar na briga (espécie de versão americana da competição fiscal entre Estados no Brasil) para atrair empreendedores e empresas de tecnologia, assim como Boulder, CO e Austin, TX, entre outras.

Também é o grande centro de distribuição dos Estados Unidos, sendo que grandes empresas alimentícias têm suas sedes principais aqui (Kraft e Quaker nasceram aqui). Isso também faz com que o O’Hare seja um dos aeroportos mais movimentados do mundo (a fila de aviões no horizonte impressiona). E a cidade é bonitinha, tendo sido reconstruída após um incêndio que a destruiu completamente em 1871, coisa que você já pôde constatar se me segue no Instagram (se não viu, ok, aqui estão as fotos).

Deixemos o creme para a semana que vem, quando comentarei sobre algumas palestras vistas por aqui, atividades e minhas impressões gerais sobre o evento. Haverá tempo também para comentar sobre algumas iniciativas particulares, como a 1871, grande espaço de coworking da cidade e uma das armas de Chicago para entrar na briga pelas startups.

Até a vista!

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Estágios e eventos sob a mesma ótica

Esse post é mais um apelo do que uma reclamação. Mas notei semelhanças entre a mecânica de eventos e de estágios não remunerados. Provavelmente não vão me chamar para nenhum evento depois desse post mas vamos ver o que acontece.

Só pensei nessa comparação recentemente mas ela é muito bizarra. Já notou como alguns eventos têm o mesmo racional de estágio não remunerado? Quando alguém topa algo assim é sempre na esperança de que por conta dessa experiência as portas para o fabuloso mundo da publicidade irão se abrir para você.

Quem chama/contrata tem a mão de obra/conteúdo de graça e oferece educação/experiência grátis.

Acham que trabalhar naquela empresa de graça ou participar daquele evento vai ser bom para você, já que é bom colocar no CV que tem esse tipo de experiência.

A moral da história é: ou as pessoas aprendem a dizer não ou o mercado as engole.

Acho que trocar o tempo de qualquer pessoa apenas por visibilidade é algo que deveria ser evitado. Por apenas um motivo: você perde o controle do que pode fazer se der algo errado. Explico. Um palestrante pago provavelmente assinará um contrato em que assuntos, opiniões polêmicas e etc sejam evitadas e o foco da apresentação esteja definido. Ele pode ser penalizado por não cumprir o contrato e, sem ele, o organizador está sem nenhuma garantia. Dependendo pode até ameaçar queimar a reputação do palestrante quando as coisas derem erradas e não chama-los mais.

Lembro de uma história do Douglas Rushkoff em que ele nunca cobrava para fazer as palestras dele. Até o New York Times publicar que ele cobrava US$7.500 por hora de consultoria para empresas e ele começar a receber convites para palestras e agora já perguntando o valor da palestra. Ele falava para as pessoas simplesmente lerem o livro que seria a mesma coisa mas as empresas preferiam pagar 7500/hora do que 20 dolares e algumas horas para ler o livro.

Mas há situações e situações. Acho que palestras para estudantes, dentro de faculdades não deveriam ser pagas. Acho que palestrantes de eventos pagos devem ser remunerados. É meio que o dilema de Tostines, o que veio antes? O reconhecimento profissional para ser chamado para o evento ou reconhecimento profissional por participar de eventos? O evento é bom por ter bons profissionais mostrando o seu conhecimento, idéias novas além, claro, de uma boa organização e infra-estrutura.

Se todo mundo começar a negar estágios não-remunerados, as empresas terão que se virar e pagar.

O conhecimento que o estagiário acumulou até aquele momento será a sua ferramenta para mostrar o seu valor. E isso vale para estágios e eventos. O estagiário tem uma experiência de vida que vai ajudar na hora de tomar alguma decisão. O que estudou na faculdade é, para o estagiário, a base de conhecimento para o que vai usar/fazer no mercado de trabalho. Acontece que o que era diferencial, virou obrigatório porque ninguém tem paciência de ensinar e tem trabalho para caramba para fazer. Então o estagiário tem que entrar na empresa já sabendo fazer o que deveria aprender. Ele vira mais um trabalhador só que sem remuneração porque, segundo a lógica perversa das empresas que não pagam estagiários, eles estão sendo pagos em experiência profissional.

Já o palestrante, acredita que um dia vai ser remunerado por apresentar suas idéias mas esse dia raramente acontece. E, se acontece, geralmente é porque ele vai dar uma palestra numa empresa e não em outros eventos. Nessa esperança de visibilidade, ele não cobra as horas gastas para preparar e apresentar a palestra. Horas essas que muitas vezes quem paga é a empresa em que ele trabalha.

Agora imagino que um evento que chame alguém de fora para palestrar. Provavelmente vai oferecer o pacote básico de Passagem, Hospedagem e Alimentação e mais o pagamento pela participação. Fora o tratamento de rockstars. É por isso que os caras vêm. Todo mundo é um pouco Jimmy Cliff e quer se sentir importante. Aos palestrantes locais, as vezes rola um brinde de agradecimento e para aí. Transporte, estacionamento, alimentação muitas vezes ficam por sua conta. Parece reclamação mesquinha, né? E é mesmo. Eventos com grandes patrocinadores, com espaço de estandes pago, com inscrição paga e os únicos que não são remunerados são os palestrantes? Não faz muito sentido, né?

Resolvi procurar saber a definição de salário e olha o que achei. Pela Wikipedia a definição é:

Nas sociedades capitalistas, salário (ou capital variável no conceito de Marx), é o preço oferecido pelo capitalista ao empregado pelo aluguel de sua força de trabalho por um período determinado, geralmente uma semana ou um mês, ou por unidade de produção.

Aulete
3. Recompensa prestada em troca de serviço encomendado

E aí sabe o que acontece se todo mundo começar a cobrar para dar palestra? O preço de tudo (inscrições, patrocínio, etc) vai subir, alguns eventos podem acabar mas aí outra coisa também pode acontecer. O sarrafo da audiência pode subir e ela ficar menos tolerante no caso do conteúdo apresentado ser fraco e por consequência, existe a grande possibilidade de a qualidade dos eventos subir. Eu acho que vale o risco. É bom para o mercado todo.

No caso dos estagiários a situação é a mesma. Se todo mundo começar a negar estágios não-remunerados, as empresas terão que se virar e pagar.

Mas no mundo real o que acontece é que os palestrantes ainda acham que vale a pena não ser remunerado em um evento por que isso é um reconhecimento como profissional. E os estagiários continuam aceitando estágios não remunerados porque precisam de experiência. Ambos os casos são parte um ciclo vicioso que não é quebrado nunca. O ponto é que os dois estão pagando para trabalhar.

Para o palestrante a vaidade de ser reconhecido alimenta a ilusão de um futuro como palestrante remunerado. Já para o estagiário, é a ilusão de que essa experiência vá abrir espaço em outras empresas. Será que ninguém nota que desse jeito a mediocridade ganha? O estagiário que consegue bancar o estágio com a mesada dos pais é privilegiado e o palestrante que aceita o que oferecem em troca da tal exposição muitas vezes acaba não sendo o melhor.

Ou seja, sempre tem alguém que topa e quebra a corrente.

Eu participei de alguns eventos na minha vida. Alguns na mesma cidade em que moro, outros fora e notei que eu mesmo ajudei esse ciclo vicioso a se manter. Exigi coisas do pessoal de fora, coisas que não exigi de eventos na cidade em que moro. Acredito que deve haver um pacote básico para palestrantes independente da sua origem (transporte, alimentação e hospedagem se for o caso) e acredito que o mercado só vai evoluir quando os palestrantes forem remunerados. De novo, é garantia para os organizadores e estímulo/compromisso para os palestrantes.

Os melhores estagiários que tive nunca tinham trabalhado com redes sociais mas eram inteligentes, pro-ativos e tinham uma cultura geral de dar inveja. Eles foram remunerados por seu trabalho e todos eles são excelentes profissionais até hoje e acredito que o conhecimento acumulado está sendo usado até hoje na rotina deles. E vários não trabalham mais com redes sociais. E isso é que é legal. O conhecimento valeu para alguma coisa. A experiência valeu para alguma coisa e ela foi remunerada. Nada mais justo.

No final das contas a moral da história é ou as pessoas aprendem a dizer não ou o mercado as engole. E isso serve para os dois cenários que citei nesse post.

Em tempo, a foto que ilustra esse post é do OZinOH

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Google lança ferramenta de eventos integrada ao Google+

O Google+ pode não ter a mesma onipresença e popularidade do Facebook, mas certamente vem se mostrando mais bonito, limpo e organizado nos últimos aprimoramentos.

A nova ferramenta da rede social – Google+ Events – é uma bom exemplo disso. Permite a criação e promoção de eventos, incentivando interação antes, durante e depois de ocorrido.

Através de diversos temas, o usuário pode personalizar a página do evento, sincronizando inclusive com o Google Calendar. Porém, o mais legal é o >Party Mode, que organiza as fotos do acontecimento em tempo real.

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Um uso criativo do Pinterest apresenta guia de sobrevivência do SXSW 2012

O SXSW 2012 está chegando – de 9 a 18 de março em Austin, TX – e a agência GSD&M criou um guia de sobrevivência com o que você não pode perder e deixar de levar no evento.

Para isso, utilizaram o Pinterest de forma criativa, separando o conteúdo em boards linkados diretamente no site: sxsurvival.com.

É um uso básico? Claro, mas ainda assim um primeiro exemplo de como aproveitar a ferramenta.

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Braincast 4: O mundo encantado dos Eventos

Na quarta edição do Braincast em áudio, recebemos Victor Wallauer, “O Produtor”, que nos contou um pouco sobre o backstage, produções, convidados e outras histórias engraçadas sobre o mundo encantado dos Eventos.
Nesta edição: Carlos Merigo, Saulo Mileti, Ronaldo Tavares e Jairo Herrera! :)

[0:31:30] Comentando os anúncios da revista Tititi
[0:37:40] A Borracharia do Seu Abel
[0:43:40] Esse eu indico (Ad-Genius / Complexo Bijari / Obscura Digital / Angry Blue)

Críticas, elogios, sugestões para braincast@brainstorm9.com.br ou no facebook.com/brainstorm9.

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Social Media Week NY: Long live Twitter!

Definitivamente, refiz os votos de casamento com o Twitter, esta ferramenta que só comecei a usar por causa de muita insistência do Merigo e de outros amigos e que, hoje, eu não consigo viver sem.

Mas gosto pessoal não é o único motivo para se adorar o Twitter.

Reunidos em um painel sobre a Censura ao Twitter por parte de diversos governos no mundo com insights levantados por Paul Smalera, da Reuters, Bianca Bosker, do Huffington Post e pelo mediador Anthony de Rosa, admirou-me que esta rede social que não vale tanto ou possui os mesmos usuários do Facebook e tem limitações de mensagens que nenhuma outra rede tem seja o alvo preferido de ações judiciais ou autoritárias de presidências, déspotas e quem está no meio-termo.

É claro que não é possível afirmar que podemos depender apenas do Twitter para uma comunicação global eficaz de informação. Empresas invariavelmente variam. Mudam rumos, políticas, formas de ganhar dinheiro. Duvido os dois então jovens rapazes do Google, ao chegar a um algoritmo revolucionário, imaginaram-se discutindo política chinesa como parte de sua estratégia de ganhar o pão nosso de cada dia. Possivelmente devem estar calculando o algoritmo de negociação com o Partido Comunista…

Mas o passarinho, ah, o passarinho. Você soube em primeira mão sobre a morte do Michael Jackson, do Steve Jobs e da Whitney Houston por ele. Mas soube mais: o que estava acontecendo no Irã no exato momento em que Mamoud Ahmadinejad se reelegeu (escrevi o nome dele com certo medo de receber “visitas” por aqui) pelo olhar de iranianos, que a Lei Ficha Limpa ia ser engavetada, que o que aconteceu na Primavera Árabe teve enorme contribuição das redes sociais, que as Acampadas espanholas foram um grito de uma juventude enfrentando quase 50% de desemprego em sua faixa etária, que a revolta em Londres não era só algazarra de arruaceiros, que o Occupy Wall Street organizou-se solidamente pela web e aqueles 200 gatos pingados acampados transformaram-se em milhares pelo mundo, incluindo SP.

Esta maravilha está sob ameaça, e clara: tanto leis de controle da pirataria e de outros crimes na Internet, bem como processos de quebra de sigilo e fechamento de contas abrem precedentes para esta relação única de seus usuários possa ser prejudicada.

A conclusão da mesa e deste autor, em certo ponto sombria, é a de que o cenário de Mídias Sociais e a livre disseminação da informação não é consistente. Não será como “1984″, não será uma Era de Aquário. Possivelmente, pode até não ser por uma rede social existente hoje.

E veja que não falamos de marketing ou de como as redes estão ganhando dinheiro ou angariando investidores. Você, caro planejador de Mídias Sociais, está olhando para o futuro e pensando pelo menos um pouco nisso? Ou aposta na eterna liderança do Facebook, que tem a política de privacidade mais estranha de todos os seus concorrentes?

Acompanhe também outros relatos meus, quase em real time, em http://smw.ag2.com.br

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Social Media Week NY: papos sobre TV, olhar para arquitetura e blablablá sobre Social Media

Para resumir este primeiro dia de Social Media Week em Nova Iorque, eu destacaria o bom papo sobre o olhar dos executivos da televisão americana (Bravo TV e USA Network) para o que as Mídias Sociais estão fazendo com o consumo de informação.

E não estou dizendo que a Globo ou suas concorrentes não estejam olhando para a Internet. Já conhecemos bons projetos como o G1 (que norteou todos os portais de notícia do Brasil desde então), os apps de iPad que possibilitam a experiência digital da revista, os apps mobile ágeis e úteis para consumo de notícias, o olhar para algumas Mídias Sociais em determinados programas, etc.

Mas no que diz respeito ao filé, ou seja, a programação da grade, o que incluiria mexer com roteiros, atores e produção em prol de uma experiência ampliada dos telespectadores, ainda deixamos a desejar. Claro, tivemos o case de Mil Casmurros. Um que ficou menos conhecido foi um ARG para a estréia de uma novela de baixa audiência. Mas imagino que a experiência poderia ser potencializada.

Eu não conhecia, por exemplo, este trabalho realizado em torno da série Psych chamado Hashtag Killer, que convocou semanalmente os fãs da série numa espécie de game com forte interação do público. Foi inclusive selecionado como projeto para o Interactive Awards do SxSW do ano passado. Intensa produção de pistas, vídeos e grande engajamento dos fãs.

No mesmo papo, estava o pessoal do GetGlue, apresentando números expressivos: 1.500.000 check-ins, 60% compartilhados em redes como Facebook e Twitter, 25% deles gerando novos likes ou shares. Todos concordaram com algo: as pessoas querem mais.

Um programa vai ao ar no horário nobre da segunda-feira. Viraria papo no expediente da terça há até pouco tempo. Hoje, as pessoas assistem durante três dias (pico) e durante o resto da semana. Compartilham e comentam o que acharam da programa. Se é interessante, já aproveitam para caçar referências, saber mais sobre o assunto e, claro, ainda receber sugestões sobre filmes e séries que podem agradá-lo. Se possível, ainda querem interagir com personagens e história, mas de uma maneira bem mais profunda que o falecido Você Decide.

E sobre a arquitetura? Fica pelo belo prédio da Bloomberg. O dono, por sinal, é prefeito desta bela cidade. O resto do papo sobre Mídia Social, confesso que achei mais do mesmo.

Mas amanhã há de ser um novo dia! Teremos discussão sobre o SOPA e conheceremos alguns locais novos. Ah, se o B9 também fosse guia gastronômico…

Acompanhe também outros relatos meus, quase em real time, em http://smw.ag2.com.br

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Campus Party 5: Diário de Campo

Segunda, 06.02.12

Primeiro dia, chego curiosa para conhecer as novas instalações, este ano foi no Anhembi. Como já aprendi em outras edições, melhor chegar à noite, assim não demora tanto para registrar o equipamento e ocupar minha barraca. Apesar da chegada tranquila, parece quase impossível achar um lugar com cabo de rede vago na bancada, e olha que estamos apenas no primeiro dia.

Ao dar meu check-in do Foursquare sou avisada por um campuseiro que a latinha de refrigerante custa R$5,00. Só falta agora ter que trazer comida e bebida para a Campus. Dentro da arena, além de dois quiosques de alimentação bem improvisados, tem algumas vending machine de energético, dois carrinhos de açaí e dois de sorvete.

Os gritos de “Ooooooohhhhhh” não são mais novidade, também já não era nas últimas duas edições. Aliás, pelo que parece não tem novidade alguma, não sei se isso é pessimismo, mas acho melhor deixar a semana rolar para saber se terá algo de diferente. Até amanhã.

Terça, 07.02.12

Primeiro dia de palestras, oficinas e debates. Minha agenda está lotada mas não sei bem por onde começar então resolvo seguir meus instintos. A escolha é começar pela palestra de Andreu Veà no palco principal às 13:00. Faço meu check-in do Foursquare e libero o badge Super Duper Swarm, correspondente a 500 pessoas checked-in de uma só vez. Fico sabendo que o desafio é conseguir o badge de 1.000 pessoas (Epic Swarm), estão comentando que para isso temos que fazer um checked-in na sexta-feira dia 10 às 21:00.

O calor aumenta exponencialmente, sentada na plateia do palco principal, me arrependo de estar com meu note ligado no colo. A palestra é um tanto estranha um tanto interessante, Andreu diz que muita coisa sobre a história do surgimento da internet é lenda. Ele fala de sua pesquisa em Stanford. Não sei como está aguentando o calor vestindo seu terno abotoado e gravata. No final vou falar com ele, o cara é uma figura e muito simpático. A disputa por vagas na bancada é acirrada, nunca foi tão difícil conseguir uma tomada e um cabo de rede.

Cai um temporal e cai também a divisória da área dos stands, mas o vento frio veio como um alívio então nem me abalei com o ocorrido. Finalmente consegui um lugar perto e longe o suficiente do palco principal. Quero assistir a palestra de Sugata Mitra, mas graças a transmissão ao vivo resolvo fazer isso de lá mesmo. O cara tem uma proposta interessante, experimentos em favelas com um computador e câmeras registrando a reação das crianças em contato com a máquina. Ele chega comentar que os professores podem ser substituídos pelas máquinas, claro com acesso a internet. É para se pensar no assunto.

Quarta, 08.02.12

Sigo com a minha fiel escudeira Carol Higo, companheira de longa data e das minhas quatro edições na Campus. Ela é super sociável e basta um segundo para estar conversando com alguém diferente. Neste momento ela conheceu o Campuseiro de credencial Nº 01 do evento. Ele diz que os kits do evento serão distribuídos a partir de amanhã, o pessoal estava estranhando bastante não ter recebido nada na chegada. Além disso outra informação deixa todo mundo preocupado, barracas estão sendo rasgadas e roubadas na área do camping. A segurança este ano realmente não é um ponto forte do evento.

Sou vencida pelo cansaço e pelo calor e resolvo passar o dia em casa. Já em casa e muito bem instalada assisto a palestra que seria de longe a melhor do evento. Neil Harbisson, o 1º Ciborgue reconhecido por um governo. Esse artista audiovisual e presidente da Fundação Cyborg tem um defeito na visão chamado acromatopsia  que faz com que ele só enxergue as cores preto, branco e cinza.

Ele tem um equipamento acoplado em sua cabeça chamado eyeborg que registra as cores e transmite sons, assim ele pode “enxergar colorido”, através dos sentidos. A colocação mais interessante que ele fez foi dizer, que nós somos laranja, que brancos são laranja claro e negros laranja escuro. A apresentação foi brilhante e sua  visão única é uma aula de magia e perseverança.

Quinta, 09.02.12

Nesta noite a área de camping foi invadida por um bando de gente sem noção, fazendo barulho sem deixar as pessoas descansarem em paz. A organização se ateve a enviar um email pedindo silêncio na área de camping. A boa notícia é que a Sabesp irá disponibilizar um caminhão para entregar água de graça na frente do pavilhão.

A organização poderia também distribuir mais ventiladores pela arena e avaliar se não seria melhor realizar o evento no mês de junho. Hoje estou bem dispersa, acho que é o efeito de ficar fechada no mesmo lugar. Começo então a reparar mais nos participantes, tentando avaliar se mudou alguma coisa da edição anterior.

O número de mulheres aumentou, mas isso tem acontecido no decorrer dos anos. Os grupos parecem maiores e as pessoas cada vez mais novas, tem até uma menina de 11 anos. Todo o momento, vemos pessoas correndo atrás de brinde, na sua maioria promoções relâmpago divulgadas via Twitter. A camiseta mais usada na arena tem os dizeres: “Nerd sim, e daí?”

A luta por um cabo de rede e uma tomada está cada vez mais demorada.

Sexta, 10.02.12

Mais um dia como sobrevivente no deserto do Sahara!

Pelo menos, tenho me divertido com o Tumblr que criaram aqui na CP o cpbraovivo.tumblr.com. O fato de estar por aqui, ver as pessoas e os palestrantes retratados fica bem mais engraçado. Por causa do problema de lugar nas bancadas o meu grupo se dividiu, estamos cada um em um canto torcendo para que mais tarde o número de pessoas diminua.

Hoje teve um debate com web-celebridades. Participaram Rafinha Bastos, Rodrigo Fernandes (Jacaré Banguela), PC Siqueira, Maurício Cid (Não Salve) e Rosana Hermann (Querido Leitor). O ponto mais importante que eles ressaltaram foi o fato de que os comediantes não podem sofrer censura, seria um risco muito grande de suas piadas perderem a graça. Até aí nenhuma novidade.

A tarde acompanhei a curta apresentação de Leila Nachawati, blogueira sírio-espanhola.  Esta corajosa mulher é defensora dos direitos-humanos, e ressaltou a importância da internet como fonte de informação e também o poder das câmeras de celulares registrando fatos reais para alertar o mundo.

Para finalizar o ciclo de palestras de hoje assisti a apresentação de Julien Forgeau, executivo da Rovio responsável pelo aclamado jogo “Angry Birds”. Ele é um cara do bem, nada egocêntrico, que valoriza muito mais o companheirismo do que simplesmente uma carreira de sucesso. Quando perguntado se tivesse que dar um único conselho, qual seria ele disse: “fracasse, quantas vezes você puder, fracassar é a melhor lição que você pode levar”.

Fico por aqui, mas espero voltar em breve pois minha tradição na Campus é tentar passar a noite de sexta para sábado acordada, veremos se conseguirei desta vez.

Sábado, 11.02.12

O sábado começa e estou aqui acordada firme e forte. A movimentação do momento fica por conta do flashmob da maior festa do pijama de todos os tempos. O pessoal está em fila vestindo os pijamas que vieram no kit do evento, enquanto de fundo toca AC/DC.

A mocinha da pizza delivery passa gritando “muzzarela quem vai querer?”, aí não tem como não pensar que estou no meio de uma feira livre. Agora são 2:40 e a trolada da madrugada é de um grupo de pessoas em fila brincando de sombra. Às 5:00 sou vencida pelo cansaço e vou dormir.

Acordo com aquela sensação de maresia nos olhos e pronta para uma palestra da área de astronomia e descubro que ela foi cancelada. Tomo café me instalo na bancada para esperar a palestra de Michio Kaku no palco principal. Considerado o “físico do impossível”, sua tarefa é transmitir para o mundo grandes teorias na área. Hoje ele se ateve a falar sobre suas previsões sobre o futuro, por exemplo que daqui a dez anos não existirão computadores e sim óculos e lentes com acesso a internet fornecendo qualquer tipo de informação.

Game over, decidi ir para minha casa, porque a última noite na Campus costuma ser terra de ninguém. Todos os anos eu penso: I’m too old for this, mas no primeiro dia de inscrição lá vou eu comprar o meu pacote para a próxima edição.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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