Cover de “Space Oddity” feito pelo astronauta Chris Hadfield agora é ilegal

Após alcançar mais de 22 milhões de visualizações, o vídeo do cover de “Space Oddity” feito pelo astronauta Chris Hadfield foi removido do canal oficial dele no YouTube.

Isso aconteceu porque a permissão para uso da canção, concedida por David Bowie depois de um esforço coletivo da NASA, da agência espacial russa ROSCOSMOS e da agência espacial canadense, venceu ontem, e apesar dos apelos dos fãs do astronauta, não foi possível renovar a autorização do cover.

“Estamos tentando renovar a licença, mas não existem garantias para vídeos gravados no espaço”, brincou Hadfield no Reddit, esclarecendo a situação aos seus admiradores e citando um artigo da Economist que detalhava a complexa questão do copyright ‘espacial’.

Pessoalmente, acho curioso que um vídeo de tamanho sucesso não tenha recebido a autorização de Bowie para continuar no ar oficialmente. Com a suspensão do clipe no canal oficial de Hadfield, o que acontece é a intensa proliferação de cópias, que agora estão disponíveis em canais não oficiais do astronauta.

Hadfield foi o mais politicamente correto possível, e acionou sua base de fãs avisando que ontem era o último dia para apreciar a canção gravada por ele no espaço, mas a verdade é que isso não existe na internet. Depois de publicado, um item dificilmente consegue ser completamente removido da rede. Não teria sido mais proveitoso se os representantes de Bowie e Hadfield tivessem chegado a um acordo, quem sabe oferecendo um link direto para a compra da música na versão do astronauta, revertendo parte do valor para Bowie?

 Hadfield fez um favor para Bowie, recuperando e de certa forma modernizando a canção para as novas gerações.

Arrisco até a dizer que Hadfield fez um favor para Bowie, recuperando e de certa forma modernizando a canção para as novas gerações (que talvez nem saibam que a canção é de David Bowie, mas tenham apreciado o timing e a sinergia entre o momento do astronauta e a profundidade da letra). Além disso, quando é que Bowie poderia ter um clipe de Space Oddity gravado do espaço?

Fica aqui o embed do vídeo oficial de Chris Hadfield, na esperança de que a equipe de Bowie reconsidere a questão, ouça o apelo dos fãs da versão espacial de Space Oddity e autorize novamente a divulgação do vídeo.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Aereo, o serviço de streaming que está incomodando as emissoras nos EUA

Uma disputa entre um novo serviço de streaming e emissoras de TV chega à Suprema Corte norte-americana e pode decidir o futuro da TV (ao menos nos EUA).

Quem tem causado a confusão é a Aereo, um serviço de streaming que oferece programação de emissoras como NBC, CBS e ABC gratuitamente, através da web. As emissoras reclamam que essa seria uma violação dos direitos autorais, mas a situação não é assim tão preto-no-branco.

A Aereo funciona a partir da captação de sinais abertos, que é feita por uma série de pequenas antenas espalhadas pela região. Cada um dos assinantes da Aereo ganha acesso a uma dessas antenas, que então transmitem aquela programação através da web.

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Essa é a antena do Aereo

A assinatura é bastante acessível – entre 8 e 12 dólares mensais – e permite também usar o Aereo para gravar a programação que está sendo exibida, para assisti-la mais tarde (o que hoje é feito por aparelhos de DVR). Além disso, a Aereo faz com que seja desnecessário ter uma TV ou assinar um serviço de TV a cabo (caso a recepção na sua região seja ruim), já que a programação televisiva fica acessível através de dispositivos que se conectem à internet. Praticamente uma HBO Go, só que para canais abertos e por um preço bastante razoável, mas disponível em apenas um punhado de cidades norte-americanas.

David Carr destaca que a importância do caso vai além da transmissão via web de conteúdos de TV – “tem um pouquinho de tudo: mídias tradicionais apoiadas em modelos de negócios antigos e queridos, uma startup insurgente, com uma solução inteligente, e, quem sabe o mais importante, o primeiro grande teste da Suprema Corte, sobre quem é o real proprietário de conteúdos que ficam armazenados na nuvem”, explica ele no NYT.

Uma decisão judicial do caso só deve ser divulgada no final de junho, mas o assunto certamente levantará debates interessantes nas próximas semanas. Se a justiça decidir que a Aereo infringe leis de copyright, a empresa deixará de existir, e o precedente evitará que outras tentem seguir pelo mesmo caminho. Caso a Aereo seja a vencedora do processo, restará saber se os usuários estarão dispostos a pagar pelo acesso digital de um conteúdo que é gratuito (rede aberta) na televisão, e como será resolvido o ‘detalhe’ de que os produtores do conteúdo não levam nem um centavo nessa brincadeira.

Aguardem os próximos capítulos.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Adeus, Popcorn Time: depois do sucesso, desenvolvedores desistem da iniciativa

Se você não teve como aproveitar as benesses de fazer streaming dos seus filmes em torrents preferidos, agora já não poderá mais. Os desenvolvedores do Popcorn Time desistiram da empreitada, alegando temerem pela própria integridade. Mexer com a máquina do copyright certamente não ia ser fácil, e eles não quiseram comprar essa briga.

“Amamos o Pochoclín [a pipoquinha mascote do serviço] e tudo o que ele significa, e sentimos muito por abandonar nossa incrível comunidade de colaboradores. Foram eles que traduziram o app para 32 idiomas, alguns deles nós nem sabíamos que existiam. Ficamos impressionados com o que uma comunidade de código aberto pode fazer”, explicam em comunicado liberado há pouco no site.

“Nosso experimento fez com que nos sentíssemos em perigo por fazer algo que amamos”, esclarecem os desenvolvedores do Popcorn Time

O Popcorn Time chamou a atenção de mídias no mundo todo por ser uma interface agradável de acesso a filmes disponíveis em torrents, sendo elogiado por se colocar como um ‘herói’ do consumidor, que poderia assistir a filmes recentíssimos do conforto da sua casa.  Eles esclarecem que o projeto não é de nenhuma forma ilegal – “Nós checamos. Quatro vezes”, ressaltam – mas que os custos para manter o projeto no ar são altos demais para eles.  “Não queremos fazer parte dessa batalha”, encerra o texto.

Tentei acessar o aplicativo por aqui, mas ele não responde mais, fica eternamente aguardando uma conexão. É realmente uma pena. Adeus, Pochoclín!

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Why Brands Should Be Wary of Animated GIFs

Attention brands in social media: Just because you can now use animated GIFs on Facebook doesn’t mean you actually should use animated GIFs on Facebook. Or, to be more specific, you probably shouldn’t post any GIFs featuring scenes from movies, TV shows or celebrity appearances—which negates about 99 percent of the good options out there. For a professional opinion on the issue, we turned to attorney Michael McSunas, one of the legal field’s top social media experts and senior counsel for marketing at Chrysler (though he notes that the following are his opinions, not those of Chrysler).

McSunas says the only way to post an animated GIF of a celebrity on your business page without risking legal trouble would be to get the permission of everyone featured in the clip, the copyright holder of the original recording and (just to be safe) the person who actually made the GIF. This applies to GIFs featuring noncelebrities as well.

“It would be a case-by-case basis,” McSunas says, “but if we were going to actually use a GIF, I'd say we'd need consent from the TV show. Or if it's a GIF of someone falling down, we'd want permission from the person falling down. I would treat it like any video. We'd need releases.” Without releases from liability, businesses risk legal action for using a celebrity’s likeness without permission or violating the copyright of a film studio, animator or other content creator. Here are McSunas’ tips for businesses that want to use animated GIFs on their social media channels:

1. Make your own GIFs featuring your own copyrighted materials.

2. If a GIF’s not yours, get written releases from the people featured in it and the copyright holder.

3. Don’t have releases? Consider linking off to the GIF or retweeting someone else’s post rather than embedding it in your own social channels.

4. If you’re making a GIF from a program your business sponsors, be sure you still have permission from the copyright holder.

5. Just because other brands get away with using a GIF, that doesn’t mean you will. And the larger your business, the more likely you are to become a target of legal action.

 

Be safe out there. Our thanks to Michael McSunas, whom you can follow on Twitter at @AdLawGuy. Image via Giphy.