NikeFuel Map incentiva caminhadas por Londres

Taí uma ideia bem interessante que merece ganhar outras versões ao redor do mundo. A Nike acabou de lançar no Reino Unido o NikeFuel Map, um mapa da cidade de Londres projetado especialmente para inspirar as pessoas a trocarem o metrô por caminhadas. O projeto cobre as estações da chamada Zona 1, que inclui os pontos centrais da cidade, como Piccadilly Circus, Oxford Circus, Convent Garden e St. Pancras, entre outras.

As rotas foram traçadas pelo urbanista John Bingham-Hall, que fez questão de incluir pontos de interesse e garantir que os usuários do mapa vissem o que a cidade tem de melhor – o que, cá entre nós, não é difícil por lá – e ganhassem pontos da NikeFuel por isso.

O Centro Avançado de Análises Espaciais da University College London ficou com a tarefa de fazer uma transcrição matemática que garantisse a formatação acurada das distâncias. A última parte do projeto coube ao designer David Luepschen, que criou a versão final do NikeFuel Map.

A Wallpaper disponibilizou uma versão em PDF aqui.

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Converse pinta murais em Berlim com máquina que atira balas de tinta

A Converse saiu colorindo as ruas de Berlim com desenhos de seu icônico tênis, feitos com uma máquina que dispara balas de tinta.

Chamado de Facadeprinter, o dispositivo foi desenvolvido pelo estúdio alemão Sonice Development, composto por artistas e inventores que focam em criar “robôs-desenhistas” e instalações interativas que borram as barreiras entre arte e tecnologia, e físico e virtual.

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Ao disparar as balas de tinta, a máquina desenha ponto por ponto na parede, criando uma enorme obra de arte. Integrada à um computador, ela lê os gráficos virtuais da composição e consegue corrigir perspectiva e distorções balísticas em tempo real.

Assim, o desenho consegue ser adaptado para cada situação arquitetônica em que será pintado.

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A Facadeprinter funciona como extensão e reprodução do processo criativo e também do próprio artista.

As novas tecnologias ampliaram significativamente as formas de expressão dos artistas contemporâneos, publicitários e criativos, assim como nossa percepção da realidade. Um painel gerado por algoritmos e comandos eletrônicos que dispara balas de tinta extrapola a arte enquanto resultado final, existindo enquanto processo e reprodução. E, ao se “moldar” a cada superfície que pinta, a máquina toma emprestado do artista as características de imprevisibilidade e tempo real.

A ação faz parte da campanha Just Add Color, que mistura guerrilha, graffiti e tecnologia com o objetivo de colorir as ruas com arte, e não anúncios. Seria interessante se o desenho de extendesse para além do simbólico tênis.

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As histórias por trás de itens à venda no eBay

Uma intersecção entre antropologia digital e analógica, usando o ambiente online para compartilhar memórias, reconfigurando objetos, dando novos contextos e transformando o consumo.

Desde 2007, Emily Spivack tem usado o eBay como fonte para descobrir notáveis histórias e segredos que carregamos por trás de cada objeto que já tivemos um dia. Seu projeto, o site Sentimental Value, é uma curadoria de itens que estão à venda no ecommerce, junto aos comentários e descrições pessoais dos usuários sobre seus objetos, o que significam à eles e porque o estão vendendo.

Spivack começou o projeto por acaso, buscando por roupas vintages. Seu interesse pelas descrições pessoais que os usuários adicionavam aos seus objetos a levou a colecionar histórias, interessada na ideia de como o eBay também era uma plataforma que indiretamente havia se tornado um repositório para compartilhar memórias e histórias.

Hoje, Sentimental Value saiu da internet para o museu, convertido em uma exposição no Philadelphia Art Alliance que está acontecendo até o final de agosto, compartilhando com o público 23 itens de roupas e as histórias que carregam.

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O projeto mostra como o eBay, plataforma online baseada em transações e consumo, se transformou em um baú de histórias efêmeras.

Durante a exposição, as roupas se tornam objetos de arte e os visitantes ganham detalhes de cada uma delas, de forma a construir suas próprias narrativas. Alguns dos itens expostos: vestido verde de chiffon com sangue de um assassinato, óculos de sol tocados por Michael Jackson, tênis Nike com as bolhas de ar estouradas por uma ex-namorada, um vestido preto comprado por engano durante um momento de abuso de drogas.

Enquanto as camisetas mais básicas tendem a carregar lembranças mais ricas do que as peças de grandes designers, o projeto oferece às pessoas uma forma de reconfigurar o valor de um objeto, ao olhar para seus armários, pausar, e relembrar as histórias por trás de cada um. Um antídoto à cultura do consumo, onde etiquetas tendem a nos definir e dividir.

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Como você seria se fosse um viciado

Associar o abuso de substâncias químicas aos seus efeitos devastadores tem sido um desafio para as campanhas anti-drogas. Apesar das recentes Drugfree.org e Rehabs.com – que mostram através de vídeos e infográficos as consequências do uso de droga ao longo do tempo – estes esforços apontam a vida de outra pessoa, fazendo com que os efeitos continuem distantes, como se acontecesse apenas com os outros.

“Esperamos que essa visão do seu próprio futuro faça o usuário pensar duas vezes.” – Jeff Smith, CEO da Recovery Brands

Pensando nisso, em parceria com a agência Fractl, o Rehabs.com  lançou um web aplicativo que traz as consequências do uso da metanfetamina para dentro da vida do usuário.

Your Face on Meth é uma simulação visual de como você aparentaria durante o tempo, se fosse um viciado.

Ao fazer o upload de uma foto ou usar a webcam, o aplicativo transforma o rosto do usuário através de uma linha do tempo, baseando-se nos efeitos que o abuso da droga causa como pele deteriorada, olheiras profundas, boca estourada, etc.

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O objetivo do projeto é trazer os efeitos das drogas para mais perto do usuário, permitindo uma visão do seu próprio futuro e o impactando com a realidade.

Embora a campanha seja para todos, aqui existe um exercício fundamental de levantar a questão do ego e da aparência, tão presentes hoje na vida dos jovens devido às ferramentas sociais.

 

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Aplicativo da Audi transforma iPhone em um manual interativo

Pensando em ajudar os motoristas no momento em que o carro dá problemas – e lembrando que ninguém tem paciência para ler o manual – a Audi criou um aplicativo para o seu modelo A3 que usa realidade aumentada para solucionar qualquer problema.

O aplicativo eKurzinfo mapeou mais de 300 elementos diferentes dentro do carro – como para-brisa, botões, painel de controle e até partes do motor – que são facilmente identificados ao apontar a câmera do iPhone.

Feito isso, o app automaticamente roda um manual simples e interativo sobre a parte específica do carro, para que o motorista consiga solucionar seu problema.

Caso apareça algum símbolo de alerta no painel de controlo, o usuário também pode escaneá-lo com o iPhone. O aplicativo irá informar qual a situação e o que fazer a respeito.

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“Vemos potencial para manuais interativos não só de carros, mas para todas as indústrias.” – Metaio

Bastante similar à ação do catálogo da Ikea, também com tecnologia desenvolvida pela Metaio, o sistema de interação foi construído visando entender todos os gestos do motorista em momentos de dificuldade, focando em soluções simples como apontar o celular e obter uma resposta direta e intuitiva. Nada parecido com aquele manual enorme e esquecido.

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Campus Party espalha graffiti inspirado nos enigmas de Turing pela Inglaterra

Para promover sua edição inglesa, a Campus Party espalhou arte pelas ruas da Inglaterra. Chamadas de Code Graffiti, cada mural pintado foi inspirado nos enigmas de Alan Turing e contém uma mensagem criptografada na forma de código binário.

Quem decifrar a mensagem pode compartilhar a informação neste site e aguardar. Se estiver correto, o usuário ganha ingressos para o festival.

As artes foram criadas por Ollie Ross e Sam Falconer, em parceria com Samuel Morse (do código Morse), Nolan Bushnell (fundador do Atari), Jon ‘Maddog’ Hall (co-fundador do Linux) e Tim Berners-Lee.

Os graffitis podem ser vistos em Londres, Manchester e Birmingham durante o mês de Agosto.

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Para Gary Book, Diretor de Marketing da Telefónica O2, que está por trás do evento, a ideia é trazer a criptografia e a quebra de códigos para as massas, ampliando a base de competências e celebrando o papel essencial da comunicação e da ruptura na tecnologia.

Para quem não lembra, além de criptoanalista, Alan Turing foi uma das grandes influências no desenvolvimento da ciência da computação, consolidando o conceito de algoritmo e desenhando o que temos hoje como o computador, a partir da Máquina de Turing. Sempre importante retomar às origens em momentos de tantos avanços.

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Camisetas feitas de música

A Electric Deluxe, um selo musical de música experimental da Holanda, criou uma forma de sair do lugar comum quando se trata de vender produtos de bandas. Sua nova linha de camisetas e bolsas é fruto de um experimento audiovisual que, ao combinar técnicas de sons analógicas e digitais, unem música, modelagem 3D e ilustração.

A ideia era visualizar as ondas sonoras fazendo o seu caminho, ao saírem do instrumento e chegarem no ouvinte. 

Em parceira com o também holandês Studio Hands, eles construíram o Audio Transmitted Merchandise, um setup com um equipamento de som, um microfone e dois computadores, um rodando Processing e o outro openFrameworks.

Usando programação para traduzir notas em traços, modelagem e reconhecimento visual, os sons seriam transformados em desenhos. Assim, imagens foram transmitidas de uma máquina para o outra, via código morse, pixel por pixel a partir de uma reconfiguração, orientada pelos sons.

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Imagens foram transmitidas de uma máquina para o outra, via código morse, pixel por pixel.

O resultado final: os logos da Electric Delux e um retrato 3D de Speedy J, o fundador da empresa, foram re-mapeados através do som. Por fim, com screen printing em tecido, os desenhos voltaram à sua forma analógica.

Os produtos estão à venda aqui.

 

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Lixeiras em Londres rastreiam celular de quem passar por perto

Pensando funcionar como um espaço publicitário inteligente, em que marcas podem focar estrategicamente e diretamente em seus alvos, várias lixeiras das ruas mais movimentadas de Londres agora escondem dispositivos que monitoram as pessoas que por ali passam.

Após o primeiro mês de uso destes rastreadores, Renew reconheceu mais de 1 milhão de aparelhos.

Renew, a startup por trás desse projeto, já havia instalado mais de 100 lixeiras com telas digitais e conectadas à internet na cidade, durante as Olimpíadas de 2012. Com isso, abriram a porta para que as empresas comprassem espaços publicitários neste ambiente com suas propagandas, reservando uma parcela de 5% do conteúdo que é mostrado nas telas para informações públicas e de utilidade da cidade.

Recentemente novas lixeiras foram instaladas. Agora, com capacidade de rastrear smartphones de pessoas próximas ao local, tais dispositivos acoplados gravam um número de identificação – MAC address – de cada celular na proximidade (e qualquer outro aparelho com wifi).

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80% das pessoas que moram em Londres deixam o wifi do celular ligado quando saem de casa ou do escritório.

Assim, Renew consegue identificar não só onde a pessoa está naquele momento, mas pontos de entrada e saída, lugares de trabalho, lugares de interesse, hábitos sociais, afinidade com outros dispositivos, rotas utilizads, etc.

Questionado sobre um assunto muito em pauta – vigilância e privacidade – Kaveh Memari, CEO da Renew, disse em entrevista para o Quartz que o serviço está dentro da lei, contanto que não adicione nome nem endereço das pessoas em seu banco de dados. Para evitar que seu celular seja rastreado, é só desligar o wifi ou preencher um formulário online.

Dessa forma, o usuário que preferir garantir sua privacidade acaba saindo da enorme lista de insights, que tem potencial para reposicionar e resgatar o valor da mídia externa. Com tantos dados, espera-se finalmente que o conteúdo publicitário pipocado durante a jornada de cada um seja, de fato, útil, pessoal e direto. Nas ruas, nem marca nem usuários querem perder tempo.

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The Booking Truth

O site número um de acomodações, Booking.com, tem sido uma ferramenta de viagem essencial durante uma década. A empresa possui 102 escritórios espalhados ao redor do mundo para atender bem seus usuários e trabalhar da melhor forma com as 315 mil acomodações representadas online.

Diridigo por Darren Huston, ex-VP da Microsoft, o Booking está se focando em pesquisas para atingir a excelência em satisfação no serviço ao consumidor. Como parte desse trabalho, lançou recentemente o projeto The Booking Truth, tarefa de uma equipe voltada apenas para colher uma quantidade enorme de dados e analisá-los em busca de informações ricas e insights.

Com mais de 21 milhões de resenhas disponíveis, o site possui os recursos para colocar a verdadeira voz do consumidor de volta na equação do turismo.

Ao entender de verdade as necessidades e desejos específicos dos viajantes, o serviço pode trabalhar para construir paradigmas em volta não apenas de como os usuários interagem com seu site, mas como os hoteis tratam seus hóspedes.

The Booking Truth pode ser considerado um dos maiores esforços crowdsourcing e de mineração de dados já lançado. Quando um usuário parte em uma viagem, a equipe o acompanha de perto ao enviar dicas personalizadas com enquetes a serem respondidas, programando os dias certos para um cumprimento carinhoso seguido de estímulos que instiguem o usuário a compartilhar como foi sua viagem e sua estadia.

O projeto já lançou duas pesquisas que exploram a experiência do consumidor para os viajantes americanos. A primeira, The North American Traveler’s Psyche, mede fatores básicos e tangíveis como cama, banheiro e decoração aos fatores de experiência como funcionários, localização e serviços disponíveis. Ou seja, variáveis que influenciam a base de suas resenhas e, consequentemente, o que querem compartilhar com outros viajantes.

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A outra pesquisa, The North American Guest Experience Map, teve como resultado uma visualização de dados interativa que permite olhar com maior profundidade para os números, explorando os fatores um por um e também de uma ótica holística.

Como consequência da quantidade de dados e variações, as análises vão além das típicas pesquisas de satisfação aplicadas nesse setor. Um overview completo da metodologia utilizada pode ser vista no quadro abaixo.

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Um dos grandes feitos do Booking, permitir que o usuário tenha um perfil com diversos campos a serem preenchidos, torna seu serviço cada vez mais customizado e agrega potencial aos trabalhos de pesquisa realizados pelo projeto.

Quanto mais se buscar saber sobre seus usuários, melhores serão seus resultados e, quem sabe, de toda a cadeira de turismo conectada ao seu serviço.

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“Her”, novo filme de Spike Jonze, fala sobre relacionamentos na era digital

Depois de focar na direção de comerciais e curta-metragens, Spike Jonze está de volta com seu novo longa, que pinga novamente no território da ficção científica e dos relacionamentos no mundo moderno, como fez no “I’m Here”, em recente parceria com a Absolut.

O filme foca em como relacionamentos funcionam na era digital, mas sem acusar que a tecnologia nos priva de experiências mais reais.

Desta vez, Jonze nos faz viajar no tempo para um futuro próximo com “Her”, onde Joaquin Phoenix interpreta Theodore, um homem um tanto desaventurado, que falhou em seu último relacionamento e acaba por se apaixonar por uma inteligência artificial criada a partir de seus próprios gostos, preferências e testes de personalidade – a Samantha, na voz de Scarlet Johannson.

Soa familiar? Serviços que já fazem parte do nosso dia a dia estão cada vez mais perto de serem tão personalizados e sob medida que toda essa pessoalidade e compatibilidade podem naturalmente gerar dependência e proximidade.

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O conceito de amor entre um ser humano e uma inteligência artificial não é novo. Além dos grandes mestres da literatura de ficção científica já tanto traduzidos para o cinema, a mesma ideia pode ser encontrada em um conto escrito por E.T.A. Hoffman, The Sandman, publicada em 1816. Nela, um jovem se apaixona por uma mulher quase muda, que mais tarde ele descobre ser uma máquina.

“Her” explora um território muito rico, enquanto inteligências artificiais se tornam cada vez mais sofisticadas e suscetíveis à gerar afeto nos humanos – seja um carinho pelo celular, pelo laptop ou pelo videogame.

Em tempos atuais, temos a série inglesa “Black Mirror”, de Charlie Brooker, que recentemente abordou o mesmo tema no episódio “Be Right Back”, contando a história de uma mulher que começou a usar um serviço online que quase perfeitamente reproduz o discurso e a personalidade de seu falecido namorado ao se basear em dados e posts de suas redes sociais.

Curiosamente, a data de estreia do filme, 20 de novembro de, cai próxima do lançamento do Xbox One pela Microsoft, que já vem ganhando fama como a máquina “projetada para atender a todas as necessidades do usuário”, funcionando por interpretar quase que perfeitamente comandos verbais e linguagem corporal. O tipo de máquina que terá legiões de apaixonados.

O longa ainda tem trilha sonora do Arcade Fire e os nomes Amy Adams, Olivia Wilde e Rooney Mara também no elenco.

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National Geographic registra leões do Serengeti com drones e robôs

Depois de cinco anos de planejamento e quase dois anos de captura de imagens, a National Geographic revelou os resultados de sua expedição tecnológica ao ecossistema Serengeti, região de cerca de 30000 km² no norte da Tanzânia e sudoeste do Quênia.

Com drones e robôs, o fotógrafo Michael Nichols e o cinematógrafo Nathan Williamson procuraram registrar os leões do local da maneira menos intrusiva possível. Com cameras controladas remotamente, a rotina dos animais não foi interferida pela presença humana, o que geralmente causa stress nos felinos.

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Foram registradas mais de 242 mil fotos e 200 horas de vídeo no total

Nichols e Williamson contam que os robôs foram vistos com desconfiança pelos leões nos primeiros dias, mas pouco tempo depois já estavam acostumados com o mini-tanque fabricado pela SuperDroid Robots, e com o MikroKopter alemão que capturava fotos aéreas, inclusive dormindo tranquilamente ao lado dos equipamentos.

No total, ambos registraram 242 mil imagens e 200 horas de vídeo, que deram origem ao incrível site The Serengeti Lion, que conta como se deu a expedição e detalha diversos momentos da vida dos leões.

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A expedição questiona a indústria de caça legalizada, que já aprisionou e matou mais de 3,500 leões

A viagem também foi relatada em uma matéria desse mês da National Geographic, que fala sobre a conservação dos grandes felinos e seu desaparecimento de quase 80% do território africano.

Tanto o artigo como o site, mostram fotos das fazendas de caça legalizada na região, que existem em quantidade alarmante. Trata-se de uma prática covarde, perpetrada pela falência humana, em que milhares de leões são capturados e criados em cativeiro para que turistas endinheirados possam caçá-los em uma área cercada.

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Diversas organizações tentam junto aos governos, incluir o leão africano na lista de espécies ameaçadas pela extinção. Dessa forma, mesmo com a caça legalizada na África, os caçadores – que só são corajosos enquanto protegidos por barreiras – seriam impedidos de levar qualquer troféu (como crânios e ossos) para outros países. A verdade é que isso já se tornou uma grande indústria, cheia de lobby e interesses, que já aprisionou e matou 3,500 leões apenas para o prazer sádico de milionários.

A constatação de que existe gente idiota no mundo acontece o tempo todo, mas não deixe de explorar todas as seções do site: nationalgeographic.com/serengeti-lion. O vídeo abaixo mostra como a tecnologia colaborou para a experiência inédita:

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O Grande Gatsby redesenhado na Era do Jazz

Há poucas obras da literatura que evocam tanto uma determinada época musical como O Grande Gatsby. De alguma forma, a música da Era do Jazz parece pulsar de cada momento da história.

O projeto Gatsby Generative leva essa música para às páginas do livro, permitindo que as palavras de Fitzgerald dançem ritmicamente ao som de uma trilha sonora das canções mais aclamadas do jazz.

Uma experiência visual que estuda como a música desta época, seus ritmos, síncopes e padrões podem alterar a prosa e novas fronteiras tipográficas.

Baseando-se nos conceitos de design generativo, o artista russo de 35 anos Vladimir Kuchinov usou nove músicas de grandes nomes como Ella Fitzgerald, Jelly Roll Morton, Cab Calloway e Count Basie para influenciar e modificar a tipografia da obra.

Usando as partituras autênticas das músicas, Kuchinov examinou cada uma por qualidades como duração, posição, velocidade e passo. Esses dados foram, então, usados para redesenhar as palavras dos nove capítulos da história, através de algoritmos criados no Processing, que foram transpondo o conteúdo de acordo com os atributos das notas.

Usando fontes autênticas ou inspiradas pela Era do Jazz para capturar a sensação da época, cada tipo de letra representa um instrumento, evocando seus atributos visuais e emocionais.

Para a bateria, foi usada a Remington Typewriter, com os sons das teclas simbolizando o ritmo de percursão. Para instrumentos de corda, Brandon Grotesque Thin and Brandon Grotesque Bold foi usada para contrastar a diferença na espessura das cordas. Já para os vocais, Century Schoolbook foi uma homenagem aos livros de canções publicados no começo do século 20.

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Um livro que utiliza algoritmos estruturados como forma de se contar histórias traz resultados únicos, baseando-se em verdadeiros significados – a literatura – e executando cada palavra através de um código-ideia – a música.

Por enquanto, há apenas três cópias do livro, não sendo possível comprar um. Kuchinov comentou que estava pensando em lançá-lo via Kickstarter. Esperamos que sim.

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Autoajuda para startups

Frases feitas ditas pelos imperadores do Vale do Silício se espalham como vento pelos ambientes corporativos e palestras em todos o mundo. Agora você pode ter essas tuitadas de sabedoria nas paredes da sua empresa, mesmo que seja apenas para descobrir que, na hora do vamover, nem tudo funciona como essas platitudes.

Vende na Startup Vitamins.

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Ikea lança catálogo que magicamente se transforma em um móvel

Muitas das campanhas de realidade aumentada ainda não exploram muito bem a quebra de barreiras entre objeto físico e virtual, transformando a ação em uma brincadeira que pouco incentiva e gera baixos resultados.

Usando a tecnologia de realidade aumentada para repensar seu catálogo impresso, a Ikea desenvolveu um aplicativo que virtualmente transforma o papel em um móvel dentro da sua casa.

A informação está nos lugares que desejamos, com nosso corpo e nossa casa funcionando como browsers.

A tecnologia utilizada não é excepcional ao que vemos por aí, mas a experiência aonde ela foi construída e inserida faz toda a diferença: ao ler o catálogo, o usuário se depara com algum item que gosta. Tendo em mente que seu smartphone está sempre por perto, o maior esforço a se fazer é colocar o catálogo em algum lugar da sua casa, para então visualizá-lo como móvel através do aplicativo.

Todos os componentes tecnológicos da experiência já estão integrados, não havendo a necessidade de imprimir ou destacar nada.

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A ação – um “test-drive digital” – oferece uma forma muito mais apurada e instigante de repensar a decoração do seu espaço, no lugar de usar a fita métrica e apenas a imaginação.

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Trace monitora seu desempenho no skate, surf e esportes de aventura

Trace é um pequeno dispositivo desenvolvido para rastrear suas atividades enquanto anda pelas ruas de skate, desce montanhas de neve abaixo ou enfrenta ondas em uma prancha de surf.

Assim como a FuelBand da Nike, Trace faz parte da tendência de se auto-quantificar – colher dados do seu dia a dia, gerar análises e diferentes visualizações – porém focado em esportes de aventura: surf skate, skii e snowboarding.

Diferente de quem corre ou anda de bicicleta, skate e surf não tinham nenhuma ferramenta para ajudar a medir e visualizar atividades.

À prova d’água e de choque, foi feito para ser preso facilmente em uma prancha ou capacete. Além dos tradicionais dados de calorias, distâncias e velocidades, é possível mapear todo e qualquer movimento feito, tomando conhecimento de como estão indo as manobras.

Aqui, estão inclusos dados como altura vertical e horizontal, distância da onda e do chão, rotação, quantidade e altura de pulos e giros, sequência de movimentos, aterrisagem, etc.

A ferramenta foi desenvolvida por Anatole Lokshin, que ajudou a comercializar um dos primeiros GPS em 1990. Para colher todos os tipos de métricas e sincronizá-las via Bluetooth para o aplicativo AlpineReplay, Trace usa sensores de 9 eixos e uma bateria que dura 7 horas e que pode ser recarregada via USB.

“Com nosso algoritmo, podemos dizer se o usuário deu um ollie ou um kickflip.” – Lokshin

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O projeto, da ActiveReplay, está sendo lançado via campanha no Kickstarter, onde espera arrecar $150,000 para produção em escala e distribuição internacional, a partir de fevereiro de 2014.

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Grid, o Excel para tablet

Pensando em construir a planilha do futuro, Josh Leong, designer por trás dos softwares Excel, Word e Power Point, colocou em pauta os seguintes conceitos para esta nova aplicação: funcionar em tablets, se dar bem com conteúdos multimídias e ser aberta à colaboração.

O resultado foi o app Grid, uma planilha construída de matrizes de quadrados que se encaixam perfeitamente ao toque do dedo.

Assim, enquanto o Excel é feito de retângulos e focado em números, Grid convida o usuário à inserir textos, fotos, contatos e mapas, afim de criar uma colagem com nuvens de informação sincronizadas.

“A planilha é mágica porque não impõe uma forma de pensar. Você pode organizar suas informações como achar melhor. ” – Josh Leong

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Usar conceitos físicos como profundidade, peso e aceleração faz com que o usuário possa compreender o app da mesma forma que compreende tudo a sua volta.

Com estas diferenças quebrando barreiras e dificuldades, Grid foi construído para o público que usa o Excel para organizar um brainstorm em vez de criar fórmulas complexas.

Usando uma interface focada no toque, em que cada célula recebe uma simples animação ao ser tocada e também pode ser arrastada com os dedos, tudo é feito para que o usuário tenha total controle sobre o que está construindo.

Com um suporte para os mais variados tipos de conteúdo, pensando em um futuro próximo, quem sabe as fórmulas matemáticas destas planilhas não possam envolver conceitos como geolocalização, tags, dados sociais ou vídeos do Youtube.

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Unspoiler.me ajuda a evitar conteúdo indesejado de Breaking Bad

Se você ouviu ao último Braincast, está sabendo que o Merigo, assim como muitos outros fãs de Breaking Bad, estão na fissura para a estreia da temporada final da série, no domingo. E, se você acompanha o B9 normalmente, também sabe que hoje em dia é quase impossível se manter “spoiler free”. Quase. Especialmente se o seu navegador é o Google Chrome e você pode usar a extensão Unspoiler.me, que promete bloquear o conteúdo indesejado nos feeds do Facebook e Twitter.

A ferramenta está sendo divulgada como um bloqueador de spoilers de Breaking Bad, mas na verdade é possível configurá-la para bloquear qualquer tipo de conteúdo relacionado às suas séries favoritas, bastando preencher as palavras-chave da lista negra.

No modo default, os spoilers são substituídos por fotos de gatos, mas você também pode escolher o que prefere ver no lugar dos posts bloqueados.

Não é uma solução definitiva, mas ajuda muita. Especialmente se você segue desmancha-prazeres que adoram contar que a mocinha morre no final e foi o marido quem matou, como naquela clássica propaganda do vídeo-cassete Semp Toshiba

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Voice Tunnel, instalação audiovisual interativa, ocupa subterrâneo de Nova York

No próximo mês, o túnel de 425 metros da Park Avenue, em Nova York, será interditado aos finais de semana e ocupado por uma instalação audiovisual interativa da artista Rafael Lozano-Hemmer, o Voice Tunnel.

Nos momentos de exibição, até 90 visitantes terão acesso ao subterrâneo e poderão gravar mensagens de voz a serem convertidas em ondas de som e arcos de luz.

Ao entrarem no túnel a pé, os visitantes serão levados ao meio do ambiente para gravarem uma mensagem através de um interfone. As mensagens serão transmitidos ao longo do túnel em forma de onda do audiovisual, com 360 holofotes prontos para acenderem com a intensidade de acordo com o volume da voz.

As mensagens serão gravadas e irão rodar em looping através de 180 auto-falantes. As luzes ficarão posicionadas ao redor das paredes e do teto, interativas devido aos diferentes níveis de intensidade das vozes.

O resultado será uma espécie de código Morse, espalhando flashes sincronizados pelo túnel.

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Voice Tunnel é parte do festival de verão que toma as ruas de Nova York no meio do ano. O evento promove tours de bike, festas nas ruas e enormes zonas e novidades a serem exploradas por pedestres.

Ao caminhar, o visitante irá ouvir sussurros de vozes que andaram por ali antes dele, vivendo o espaço com novos olhos, e tendo em mãos o poder de reconfigurá-lo. O tempo se comprimi e, quase estacionado, transforma um túnel no eco da sociedade apressada que vive logo acima.

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Finalmente um trabalho compatível com sua personalidade

Como descobrir se você se encaixa em determinada empresa? Qual ambiente de trabalho te faz mais feliz? Quais são os funcionários que mais estão felizes em trabalhar para você? Good.co está tentando acabar com a suposição no processo de contratação, medindo exatamente a compatibilidade de cada um com as culturas de trabalho das empresas.

A nova plataforma, ainda em beta semi-privado, utiliza quadros psicométricos comprovados para ajudar os empregadores na hora de reconhecer pessoas que prosperam em determinados ambientes. E, por outro lado, também auxilia candidatos a descobrirem em que cultura empresarial eles se encaixam melhor.

A adaptação cultural é um grande problema nos dias de hoje. Enquanto muitas empresas entram em guerra para disputar a imagem de uma cultura similar à do Google por exemplo, e também seus perfis de funcionários, na verdade não se deram conta de que é preciso ser verdadeiro e deixar de lado a opinião errônea de que ninguém se dá bem em ambientes corporativos mais tradicionais.

“O Good.Co é um big data para resolver desafios recorrentes do RH”. – Samar Birwadker, Co-fundador

Com a ajuda do Dr. Kerry Schofield, Good.Co primeiramente lançou uma série de testes para seus usuários, versões atualizadas da Big Five (Cinco Grandes Dimensões da Personalidade) e de arquétipos.

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Estes dados tem um enorme impacto em como as empresas podem ser mais eficientes e também otimizar suas culturas para serem compatíveis às pessoas que trabalham lá.

Hoje, a plataforma é construída ao redor de seis diferentes categorias: Strengths Canvas (avaliação de personalidade individual), Company Canvas (pesquisa que analisa o quanto você se encaixa com seus chefes e empresa), Fitscore With Peers (compara seus resultados com os de seus colegas, a partir de seu convite para eles participarem), Team Report (descobre a personalidade da sua equipe de trabalho), Company Graph (encontra empresas e equipes que combinem com seu estilo de trabalho pessoal) e Job Matches (listagem de vagas de emprego conectadas ao LinkedIn).

Good.co já tem mais de 18 mil inscritos, incluindo empresas e funcionários de todo os EUA. Um enorme banco de dados que pode ajudar a humanizar as habilidades das pessoas de forma mais abstrata e rica, gerando insights que vão além do lugar comum. Resultado? Equipes mais felizes e eficientes.

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Dronestagram: uma rede social de fotos áreas tiradas por drones

Muitos dos projetos focados em drones parecem usar a tecnologia como forma de protesto contra os ataques militares, causa real do seu nascimento.

Mas o Dronestagram está estimulando a criatividade dos entusiastas dessa tecnologia, oferecendo um lugar para compartilhar fotos áereas de tirar o fôlego capturadas com drones.

O site espera construir uma vista inteira da Terra através de fotografias enviadas por qualquer usuário que tenha câmeras em drones. Mesmo no começo, já vemos desde imagens artísticas às mais variadas e incríveis paisagens.

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Em uma referência ao Instagram, Dronestagram também funciona como uma rede social aonde as pessoas podem compartilhar, buscar, visualizar, curtir e comentar em imagens.

Abaixo, algumas das fotos que vemos na rede.

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Não é por acaso que somos fascinados pelas vistas mais altas e infinitas.

A visão de um drone faz encolher até o mais alto prédio, transformando toda a cidade em um grande mosaico. Embora essas imagens costumavam ser limitadas aos filmes de Hollywood e suas caríssimas tomadas de helicópteros, a comunidade entusiasta dos drones hoje ganha cada vez mais fama pela arte capturada em cima de suas máquinas voadoras.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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