National Geographic registra leões do Serengeti com drones e robôs

Depois de cinco anos de planejamento e quase dois anos de captura de imagens, a National Geographic revelou os resultados de sua expedição tecnológica ao ecossistema Serengeti, região de cerca de 30000 km² no norte da Tanzânia e sudoeste do Quênia.

Com drones e robôs, o fotógrafo Michael Nichols e o cinematógrafo Nathan Williamson procuraram registrar os leões do local da maneira menos intrusiva possível. Com cameras controladas remotamente, a rotina dos animais não foi interferida pela presença humana, o que geralmente causa stress nos felinos.

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Foram registradas mais de 242 mil fotos e 200 horas de vídeo no total

Nichols e Williamson contam que os robôs foram vistos com desconfiança pelos leões nos primeiros dias, mas pouco tempo depois já estavam acostumados com o mini-tanque fabricado pela SuperDroid Robots, e com o MikroKopter alemão que capturava fotos aéreas, inclusive dormindo tranquilamente ao lado dos equipamentos.

No total, ambos registraram 242 mil imagens e 200 horas de vídeo, que deram origem ao incrível site The Serengeti Lion, que conta como se deu a expedição e detalha diversos momentos da vida dos leões.

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A expedição questiona a indústria de caça legalizada, que já aprisionou e matou mais de 3,500 leões

A viagem também foi relatada em uma matéria desse mês da National Geographic, que fala sobre a conservação dos grandes felinos e seu desaparecimento de quase 80% do território africano.

Tanto o artigo como o site, mostram fotos das fazendas de caça legalizada na região, que existem em quantidade alarmante. Trata-se de uma prática covarde, perpetrada pela falência humana, em que milhares de leões são capturados e criados em cativeiro para que turistas endinheirados possam caçá-los em uma área cercada.

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Diversas organizações tentam junto aos governos, incluir o leão africano na lista de espécies ameaçadas pela extinção. Dessa forma, mesmo com a caça legalizada na África, os caçadores – que só são corajosos enquanto protegidos por barreiras – seriam impedidos de levar qualquer troféu (como crânios e ossos) para outros países. A verdade é que isso já se tornou uma grande indústria, cheia de lobby e interesses, que já aprisionou e matou 3,500 leões apenas para o prazer sádico de milionários.

A constatação de que existe gente idiota no mundo acontece o tempo todo, mas não deixe de explorar todas as seções do site: nationalgeographic.com/serengeti-lion. O vídeo abaixo mostra como a tecnologia colaborou para a experiência inédita:

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Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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