Objetos analógicos e obsoletos são transformados em “robôs-artistas”

Como parte do projeto Autonomos Machines, a designer Echo Yang transformou objetos analógicos e obsoletos em “robôs-artistas”.

Autonomos Machines é uma resposta ao processo moderno de design generativo, onde computadores sozinhos criam intermináveis variações de um tema, sem input algum do ser humano.

Com a simples ideia de prender pincéis carregados de tintas (e outros materiais como cerdas e cotonetes) nas máquinas e então ligá-las, surpreendentes desenhos e texturas se formam no papel.

Uma resposta ao design generativo moderno, onde computadores sozinhos criam intermináveis variações de um tema, sem input algum do ser humano, Yang resolveu repensar esta técnica transferindo a automatização do processo de criação para máquinas analógicas.

Cada objeto, dependendo do seu tamanho, movimento, cor e tipo de tinta, resultou em diferentes padrões e criação artística.

TinToy (Chicken)

TinToy (Chicken)

Batedeira

Batedeira

Barbeador Elétrico

Barbeador Elétrico

Walkman

Walkman

[/expandido]

Relógio de Corda

Relógio de Corda

Aspirador de Pó

Aspirador de Pó

Passando longe de complexos códigos de programação, os desenhos formados poderiam ter vindo de qualquer mão talentosa. Mas o uso das máquinas aqui reflete justamente esta interação entre tecnologia e arte, levantando questões sobre o processo de criação e a impressão do artista, do meio e das ferramentas, estampadas na arte contemporânea.

Outros vídeos do Autonomos Machines podem ser vistos aqui.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie

Converse pinta murais em Berlim com máquina que atira balas de tinta

A Converse saiu colorindo as ruas de Berlim com desenhos de seu icônico tênis, feitos com uma máquina que dispara balas de tinta.

Chamado de Facadeprinter, o dispositivo foi desenvolvido pelo estúdio alemão Sonice Development, composto por artistas e inventores que focam em criar “robôs-desenhistas” e instalações interativas que borram as barreiras entre arte e tecnologia, e físico e virtual.

converse-justaddcolor-2

Ao disparar as balas de tinta, a máquina desenha ponto por ponto na parede, criando uma enorme obra de arte. Integrada à um computador, ela lê os gráficos virtuais da composição e consegue corrigir perspectiva e distorções balísticas em tempo real.

Assim, o desenho consegue ser adaptado para cada situação arquitetônica em que será pintado.

converse-justaddcolor-1
converse-justaddcolor-3
converse-justaddcolor-4

A Facadeprinter funciona como extensão e reprodução do processo criativo e também do próprio artista.

As novas tecnologias ampliaram significativamente as formas de expressão dos artistas contemporâneos, publicitários e criativos, assim como nossa percepção da realidade. Um painel gerado por algoritmos e comandos eletrônicos que dispara balas de tinta extrapola a arte enquanto resultado final, existindo enquanto processo e reprodução. E, ao se “moldar” a cada superfície que pinta, a máquina toma emprestado do artista as características de imprevisibilidade e tempo real.

A ação faz parte da campanha Just Add Color, que mistura guerrilha, graffiti e tecnologia com o objetivo de colorir as ruas com arte, e não anúncios. Seria interessante se o desenho de extendesse para além do simbólico tênis.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie