O bom e velho Francisco

Dá gosto de ver o atual show do Chico Buarque. Com mais de 45 anos de carreira e ainda exibindo um incomparável vigor criativo, ele faz um espetáculo que soa libertário numa época em que, salvo raras exceções, a Música Popular Brasileira sofre com um assustador ostracismo.

A turnê é baseada em seu mais recente álbum, Chico, lançado em dezembro do ano passado, mas vai muito além do repertório do – belíssimo – CD. Entre uma música nova e outra, Chico presenteia os fãs de longa data com clássicos de sua carreira, pinçados de todas as épocas. O Velho Francisco abre o espetáculo. Da longínqua Desalento, passando por Geni e o Zepelim, Cálice (numa nova e moderna versão, curta demais pro meu gosto), Sob Medida, O Meu Amor, Todo o Sentimento e até Anos Dourados (numa emocionante homenagem ao maestro Tom Jobim), Chico revisita grandes momentos de sua obra, e nos relembra como ela tem força e sobrevive ao tempo.

As músicas novas já soam como clássicos, com todo mundo cantando junto como se elas já estivessem aí há anos. Já são tão familiares quanto qualquer outra do seu repertório, e mostra que o disco novo não só foi extremamente bem aceito, mas absorvido com furor pelos fãs que, havia 5 anos, não ouviam uma música nova de Chico Buarque.

Um dos momentos mais bonitos do show é durante a música Sou Eu, em que Chico chama o lendário baterista Wilson das Neves para dividir o palco e os vocais com ele.

De repente, aquele pedaço de chão fica pequeno para abrigar tanta história.

Essas duas figuras representam tantas conquistas, tantas músicas, tantas barreiras derrubadas, tantas influências a tantos outros artistas que fica impossível não se emocionar com eles dois ali, a poucos metros de distância. Wilson das Neves toca bateria na banda do Chico Buarque há pelo menos 35 anos, e já tocou com centenas de outros artistas da MPB. É uma lenda viva, um patrimônio da nossa cultura. Merecidamente, foi ovacionado quando a música chegou ao fim.

E o resto do show prossegue e Chico Buarque vai desfilando cada pérola do setlist com o gosto e a empolgação de quem está tocando pela primeira vez, mas com a certeza de ser o dono de uma obra que empolga e orgulha brasileiros há mais de 40 anos, certo de si e da força que sua produção tem. Soberba, atual, desafiadora e excitante, mesmo depois de tanto tempo nas nossas mentes e corações.

Que bom que ele ainda faz shows. É uma chance que a gente tem de agradecer pessoalmente por todas as contribuições que suas músicas já fizeram pela nossa inteligência, senso de humor e caráter.

Valeu, Chico. Volte sempre.




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O que você faria pela sua banda do coração?

Fã é fã. Não tem jeito.

Ter uma banda do coração é como ter um time, uma religião. Não tem explicação, você simplesmente venera, adora, não imagina sua vida sem. E ainda bem que é assim.

A vida teria muito menos graça se não tivéssemos nossas bandas prediletas para garantir a trilha-sonora-nossa-de-cada-dia.

Enquanto a maioria dos fãs apóia seus ídolos indo aos shows, comprando seus discos e fazendo parte de fã-clubes, alguns levam a paixão mais além e até “trabalham” para eles.

Nos últimos dias falou-se muito – com justiça – sobre o clipe que os fãs brasileiros fizeram para o Red Hot Chilli Peppers. Achei a ideia e a atitude fantásticas, porque isso mostra que o “gostar de uma banda” não tem limites. E qualquer tipo de paixão não deve mesmo te-los.

Vendo o video do Red Hot, acabei me lembrando de outras ocasiões em que fãs se mobilizaram para realizar videos para seus ídolos.

Um pouco antes deste do Red Hot, uma versão não-oficial de “Paradise”, do Coldplay também fez sucesso na rede. No ano passado, fãs se juntaram para homenagear o ícone pop Michael Jackson e protagonizaram o vídeo de lançamento de “Behind The Mask”, de seu disco póstumo, Michael. E, bem lá atrás, o Radiohead e o Death Cab For Cutie também ganharam belíssimos videos feitos por fãs, em animação.

Relembre todos agora. ; )





Imagem do post por larksflem

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Pelados e Famosos

Chamar qualquer banda de “fenômeno”, no século XXI, é no mínimo um abuso da hipérbole.

Então, quando eu ouvi dizer que o The Naked and Famous era o novo fenômeno da música indie/pop da atualidade, eu já filtrei a informação: ok, é a banda legal do momento. Vamos ver qual é que é.

Sexta-feira os neozelandeses desse grupo (que parece ter saído de um DeLorean vindo direto de 1986) tocaram aqui em São Paulo, no charmoso Cine Joia, mostrando as músicas de seu primeiro álbum: Passive Me Aggressive You.
(Disco este que, aparentemente, já é um clássico entre 11 de cada 10 pessoas que estavam lá.)

Fui pego de surpresa. Todo mundo cantando, berrando todas as músicas, verso por verso, pulando, ovacionando, dançando como se fosse o último show de suas vidas. E tenho que dizer: ponto pros neozelandeses. O publico saiu de lá realizado.

A banda fez uma apresentação competente, tocando muito bem e sendo bastante fiel às gravações de estúdio. Às vezes a fidelidade era tanta que eu me perguntava se não estaria rolando ali um playbackzinho pra segurar os vocais. Mas prefiro acreditar que não e manter imaculada a boa impressão que eles me causaram.

Surgido em Auckland em 2008, o The Naked And Famous conquistou sua terra natal com a música Young Blood, em 2010, para então conquistar o mundo (olha a hipérbole aí) no ano passado. O single vendeu 15 mil cópias e rendeu à banda o prêmio australiano Silver Scroll, e quando o álbum foi lançado eles foram direto para o primeiro lugar das paradas da Nova Zelândia. No ano passado, a BBC a incluiu a banda entre as revelações do ano, e finalmente o álbum deles chegou à iTunes Store americana.

Agora, estão viajando o mundo e aproveitando a fama e o sucesso, enquanto o próximo fenômeno não aparece para tomar seu lugar.

Se você gosta de pop 80’s, aqui está sua nova banda preferida. Divirta-se.





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Aumente o volume e Mind The Gap

Novidades musicais da terra da Rainha. : )

 

Keane, Strangeland

O ex-trio Keane volta à cena depois do trágico Night Train, de 2010,  para anunciar seu novo disco, Strangeland. Vendo o trailer de divulgação, dá um alívio para fãs do som mais antigo da banda (como eu): os trechos que eles mostram revelam aquele mesmo cuidado e apuro melódico que os catapultou para o mundo com o megahit Somewhere Only We Know, lá em 2004. Se o álbum é mesmo uma volta à boa forma, só o tempo vai dizer. Dia 7 de maio o disquinho chega nas prateleiras britânicas, vamos ver quando chega por aqui.

 

 

 

Graham Coxon, What’ll It Take

O mestre Graham Coxon, guitarrista do Blur, se juntou com Ninian Doff e produziu um interessantíssimo clipe para sua nova música. Feito com trechos de videos mandados por 85 fãs de 22 países, é uma divertida colagem que se passa nas ruas de Londres. Como se não bastasse a sacada visual, a música também é divertidíssima.

 

 

The Ting Tings, Sounds From Nowheresville

O duo dançante de Manchester finalmente lança seu segundo disco 4 anos depois de uma estreia bombástica em 2008, quando seu single That’s Not My Name invadiu as paradas inglesas vertiginosamente e lhes rendeu até uma indicação para o Grammy de melhor banda revelação daquele ano. Agora, Sounds From Nowheresville abandona um pouco o lado pop-chiclete dos primórdios da dupla para visitar referências mais densas, como Beastie Boys.

 

 

Field Music, Plumb

Para quem gosta de rock progressivo, o Field Music é uma salvação da nova era musical. Pra mim, eles são o Gentle Giant dos anos 2000 e já têm uma discografia sólida e respeitável. Este Plumb, seu quarto álbum, foi lançado com pouco alarde mas muita ansiedade por parte dos fãs desta banda que esbanja técnica e deixa muito neguinho-que-nao-toca-nada-mas-adora-fazer-careta no chinelo. Pode soar meio estranho no começo, mas vale a pena.

 

 

 

(Union Jack por Lord Colin Oneal)

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QR Code transforma mostra fotográfica em experiência única

Vira-e-mexe aparece alguma ação baseada no QR Code. Algumas coisas são bem legais, outras, longe disso. Será que as pessoas realmente param em frente aos códigos para fotografá-los e descobrir o conteúdo prometido? Quantas vezes você já fez isso? E, de fato, das vezes que você fez isso, quantas realmente valeram a pena? Um exemplo que nos parece bastante interessante ao usar o QR Code para amplificar a experiência do usuário é o Project Paperclip, que mistura realidade aumentada, arte e música.

A ideia é absurdamente simples e eficiente: durante a mostra do fotógrafo português Nuno Serrão, foram espalhados QR Codes. Quando o visitante fotografa os marcadores com o aplicativo da mostra, ele consegue ouvir uma trilha sonora sob medida, que complementa a experiência visual.

Apesar de este tipo de ação não ser novidade – a Tate Gallery já realizou a mostra Tate Tracks, com uma ideia parecida -, a diferença do Project Paperclip está no aplicativo, que ajusta a música de acordo com a exata localização do usuário, horário, presença de outras pessoas e o barulho no ambiente. Isso gera uma experiência única para cada participante.

Segundo os organizadores, neste projeto “o conceito de realidade aumentada, tal como é conhecido, resulta da utilização um interface digital que permite a criação de uma ponte entre o nosso universo e um universo digital, criando em tempo real um ambiente misto onde a diferenciação entre as realidades é reduzida”.

No final das contas, fica a seguinte lição: vale a pena usar o QR Code como uma ferramenta que facilite o acesso a boas ideias, mas é preciso pensar no que será oferecido uma vez que o usuário fotografe o código. Afinal, não são os fins que justificam os meios?

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Projeto Viva Elis: Eu não queria estar na pele da Maria Rita

Eu não queria estar na pele da Maria Rita.

Nesse mês ela começará a turnê Viva Elis, na qual homenageia sua mãe, Elis Regina, num projeto patrocinado pela NIVEA que relembra os 30 anos de morte da cantora. Os shows serão gratuitos e começam dia 24 de março, em Porto Alegre. Ela se apresenta em SP no dia 22 de abril.

Com certeza Elis merece todas as lembranças e homenagens. Ela foi inegavelmente uma das maiores cantoras que o Brasil já teve (se não a maior) e marcou profundamente a história da nossa música, cantando e sendo imortalizada por compositores tão talentosos e poderosos quanto suas cordas vocais (João Bosco, Gilberto Gil, Chico Buarque, Milton Nascimento, Edu Lobo, Tom Jobim, Belchior, só para citar alguns).

Quando Elis cantava, o país parava para ouvir.

Sua afinação e interpretação eram impressionantes, e ela hipnotizava o público com seu jeito de mergulhar como nenhuma outra cantora em cada canção.

Você pode rir e chorar com Elis. Você pode viajar até o espaço com ela na “Lunik 9” ou ficar solidário a ponto de querer abraça-la e emprestar seu ombro a ela depois de ouvir “Retrato em Branco e Preto”, assim como você pode querer sair pulando de alegria com ela em “Vou Deitar e Rolar”. Tudo era intenso quando se tratava de Elis Regina. E assim ela conquistou os corações de todo um país com seu jeito único de cantar.

E naquele trágico 19 de janeiro de 1982, a morte de Elis aos 36 anos de idade causou uma das maiores comoções nacionais de que se tem notícia. Até hoje ela é a cantora mais querida do Brasil e continua emocionando gerações com sua obra, um dos maiores legados da MPB.

E por isso mesmo eu não queria estar na pele da Maria Rita.

Ela vai subir num palco para interpretar clássicos imortalizados pela sua mãe.

É uma homenagem louvável e um presente incrível para os fãs (tanto dela quanto de Elis). Mas, ao mesmo tempo, pode ser um tiro no pé. Se já era difícil não comparar as duas com um repertório totalmente diferente, como vai ser quando a filha começar a entoar a história recente da nossa música em cima daquele palco, reproduzindo todos os trejeitos e maneirismos da mãe?

“… homenagear Elis colocando-se à dura prova de fazer o que ninguém jamais conseguiu: cantar como ela.”

(Em tempo: eu gosto da Maria Rita. Considero-a uma grande e talentosa cantora, dona de um dos melhores primeiros discos de carreira da MPB moderna, – não posso dizer o mesmo sobre os seguintes – afinadíssima e quase sempre bem-sucedida na escolha de seu repertório. E admiro-a ainda mais pela coragem de homenagear Elis colocando-se à dura prova de fazer o que ninguém jamais conseguiu: cantar como ela.)

Torço para que ela brilhe no palco e resgate a magia que sua mãe tinha ao entoar cada nota. Eu sei que vou compreender a homenagem e me emocionar com ela, sem fazer comparações ou julgamentos. Vou me juntar à Maria Rita e ao João Marcelo no sentimento de saudade e de celebração, e tenho certeza que será um belo espetáculo. E torço para que o resto do público sinta o mesmo.

Mas… definitivamente? Eu não queria estar na pele da Maria Rita.

Projeto Viva Elis, com Maria Rita

Elis Regina em Montreux (1979) – Madalena

Elis Regina – Tatuagem

Elis Regina e Tom Jobim – Águas de Março

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John Williams, o maestro do cinema

Qual é a primeira coisa que vem na sua cabeça quando você pensa em “Star Wars”?

a) Darth Vader
b) Luke Skywalker
c) Han Solo
d) Estrela da Morte

Qual a primeira coisa que vem na sua cabeça quando você pensa em “Indiana Jones”?

a) Harrison Ford
b) A cena onde ele come cérebro de macaco
c) Sean Connery
d) O Santo Graal

Qual a primeira coisa que vem na sua cabeça quando você pensa nos filmes do “Superman”?

a) Cristopher Reeve
b) Gene Hackman como Lex Lutor
c) A cena onde ele suspende a Torre Eiffel
d) O colchão cinza onde ele dorme

Pois, pra mim, a primeira coisa que me vem à cabeça pensando nesses filmes é a trilha sonora espetacular de cada um.

Já imaginou a clássica cena do “ET” na bicicleta SEM aquela música de fundo (que você sabe de cor e que está tocando na sua cabeça agora), ou as aberturas do Star Wars com as letras amarelas subindo na tela SEM aquela música de arrepiar a espinha tocando junto?

São trilhas tão fortes e tão marcantes que ficaram tão importantes quanto seus próprios filmes. Quantos filmes você vê cuja trilha sonora original realmente gruda na sua cabeça?

Bem, se o compositor dessa trilha for o mestre John Williams, é provável que a estatística aumente. Ele é um dos maiores nomes da indústria da música e do cinema, já assinou mais de 100 trilhas e já foi indicado ao Oscar por melhor trilha sonora quarenta e sete vezes. (Das quais ganhou 5, por “Star Wars”, “Tubarão”, “A Lista de Schindler”, “ET” e “Um Violinista no Telhado”)

Ah, e se você foi ao cinema recentemente para ver “As Aventuras de TinTin”, saiba que a trilha também é do John Williams. Este senhor de 80 anos continua na ativa e trabalhando como nunca. Seu job agora é a trilha do próximo filme do “Superman”, previsto para ser lançado ainda este ano. Vamos ver.

Ou melhor, vamos ouvir que a gente ganha mais.

 

 

 

 

 

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Rocket Juice and the Moon

Depois de liderar o espetacular Blur, o Gorillaz, o The Good, The Bad & The Queen e compor algumas trilhas de filmes, agora o inquieto Damon Albarn volta à cena com um projeto engavetado desde 2008: Rocket Juice and The Moon.

Respira fundo e saca só a formação:

Damon Albarn – guitarra, violão e voz
Flea (!!!!) – baixo
Tony Allen – bateria e percussão

O cara simplesmente me pega um dos melhores baixistas dos últimos 20 anos, junta com o baterista e produtor do Fela Kuti e me aparece apresentando algumas de suas 18 pérolas novas no Cork Jazz Festival, na Irlanda, em outubro do ano passado, fazendo cair o queixo de todo mundo.

Não precisavam se auto-intitular de “supergrupo”, mas a coisa promete. Pelas cruas – e versáteis – amostras que estão lá no site deles, dá pra imaginar que o disco vai ser um discaço. Enquanto ele não chega (a previsão de lançamento é 26 de março lá na gringa), dá pra ir matando a curiosidade por aqui:

O Flea está fazendo jornada dupla, pois ao mesmo tempo em que participa do Rocket Juice continua em turnê com os Red Hot Chilli Peppers. O Tony Allen já tinha trabalhado com Damon Albarn antes no Good, Bad & The Queen.

Fora eles, o disco vai ter a participação especial de outros colaboradores para garantir a diversidade sonora do projeto:  Hypnotic Brass Ensemble e até Erykah Badu.

Quem pode, pode.

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B9 TALK: Música e Cultura nos anos 70

Benny Fischer é Gerente de Conteúdo do portal SWU, publicitário e também colecionador de discos. Foi o segundo convidado para o B9 TALK.

Pauta da Entrevista: A influência pós The Beatles nos anos 70; O momento sócio-político americano; A invenção do Jazz Elétrico; A convergência da Blaxploitation com a música; Disco Music; O nascimento do Heavy Metal; A música Industrial Alemã; A ideologia, cultura e música do movimento Punk.


Roteiro: Saulo Mileti
Direção: Carlos Merigo / Saulo Mileti
Fotografia: Cláudia Capuzzo
Trilha: Alessandro Ortega
Edição e finalização: MEDIA9
Conteúdo: BRAINSTORM9

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DoYaThing: Converse lança novo clipe e música do Gorillaz

Com seu projeto “3 Artists, 1 Song”, a Converse lançou o novo clipe e música do Gorillaz, tendo a participação de Andre 3000 e James Murphy.

A marca oferece a música – que é chata que dói – para download gratuito. O clipe é bacana e tem tênis pra todo lado.

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Sound City: Um filme de Dave Grohl

Dave Grohl, aquele senhor que canta num conjunto musical de rock’n roll chamado Foo Fighters (e que não consegue ficar nem 2 semanas sem criar algo novo e incrível) resolveu fazer um filme chamado “Sound City”. O Zannin postou isso há pouco no Facebook e eu quase cai da cadeira quando vi o teaser – com uma listinha “simplória” de dinossauros & lendas envolvidas no projeto.

Morre aí. :)

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Jay-Z e Kanye West lançam clipe perigoso (mesmo) para epiléticos

Jay-Z e Kanye West lançaram em 2011 um disco juntos, Watch The Throne, elogiado por todo lado, inclusive por mim, que vez por outra faço vista grossa aos diamantes de sangue que esses caras mega talentosos usam. Pra ser honesto, o primeiro, em minha opinião, é rei dos 2000, quando se refez e botou ordem na música pop sem muito esforço (e porque 99 Problems é uma das minhas dez músicas preferidas na vida). O segundo tem bastante hype como cobertura, mas é inegável a volúpia de sua produção, cheia de megaclássicos de nosso tempo, como Stronger e Love Lockdown.

Hoje a dupla lança novo clipe de Watch…, Ni**as In Paris, canção que ano passado recebeu uma homenagem surreal, quando foi usada como trilha de um mashup da série tarantinesca Kill Bill, vídeo esse que já tem mais de um milhão e meio de views. Veja que daora.

Agora mira a versão oficial, ao vivo, cheia de imagens duplicadas, pirotecnias, em full HD e fornido dessa asquerosidade megalômana irresistível, besuntada de fodelança musical e possibilidades de fatality para epiléticos. Estou babando, véio. Coisa fina.

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Super Bowl 46: OK Go cria orquestra improvisada no deserto para promover Chevy Sonic


O novo clipe do OK Go não foi exatamente exibido no Super Bowl, mas a banda faz parte da campanha “Let’s Do This” da Chevrolet para o Sonic, cujo comercial mostra algumas das cenas do vídeo e entre outras manobras radicais.

Criado para a música “Needing/Geeting”, o projeto levou mais de 4 meses de preparação, e inclui 1157 instrumentos improvisados que interagem com o Chevy Sonic, resultando em uma verdadeira orquestra no deserto.

A criação, em parceira com o OK Go, é da Goodby Silverstein & Partners.

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Jazz Against The Machine

Jazz Against The Machine é o nome de uma banda alemã com uma proposta bem bacana: os quatro músicos tocam temas dos anos 90 (Soundgarden, R.A.T.M., Nirvana, Sepultura, entre outros) com uma roupagem de Jazz. Segundo eles, é interessante explorar esses riffs cheios de intensidade e rebeldia, num ambiente altamente propício a experimentação.

Mais na página do Facebook dos caras.
Dica do Bernardo Leite.

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Fazendo música com 10 objetos de casa

Então é isso? O cara escolhe 10 objetos de casa – ok, o amigo dele não é bem um objeto! Grava o som deles usando o próprio microfone do Macbook. Faz uma edição com aplicativos e equipamentos de áudio e… tá de brincadeira, né?

Dica do Alessandro Ortega.

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Meu amigo Optimus Prime

2011 acabou e eu perdi esse clipe sensacional do músico canadense James Struthers. Foi feito sob medida para ganhar a atenção da geração 80′s, que não acha que foi o Michael Bay que criou carros que se transformam em robôs – e vice-versa.

A música é bacaninha – com esse lance violão, areia e mar que as rádios adoram tocar – mas o que importa é se emocionar com um dia de brodagem com o nosso amigo de lata.

A produção é da Funk Factory Films.

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Shut Up And Play The Hits: Um documentário sobre o fim do LCD Soundsystem

Em 2011 saíram diversos documentários musicais. Com material biográfico de quem até não saiu das fraldas, teve filme do Justin Bieber, por exemplo.

Mas se você quer um registro realmente importante, deveria colocar esse “Shut Up And Play The Hits” na lista para assistir em 2012.

O documentário, dirigido por Dylan Southern e Will Lovelace, mostra o fim do LCD Soundsystem com um último show no Madison Square Garden em 2 de abril do ano passado.

James Murphy decidiu acabar com a banda no auge da popularidade, e garantiu uma despedida ambiciosa e emocionante de quase quatro horas de duração. Eu que não sou fã, me impressionei com o trailer:

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#VaiRap: Veja, ouça e tome o rap nacional, que é música popular brasileira, pra você

Quem convive comigo, me acompanha pelo twitter ou lia meu falecido blog, o Chuva Ácida, sabe do envolvimento emocional que tenho com o rap nacional. Daí a satisfação de ter o Compacto, projeto da colmeia em parceira com a Petrobras, sendo realizado tão perto, não por mim, mas por bons camaradas da casa (eu fiquei com o braço boleiro dessa brinks).

Após uma temporada incrível em 2010, o projeto começou 2011 com um encontro maneiraço entre Scandurra e Juliana R. e tem uma dobradidinha Banda Uó/Luiz Caldas pela frente.

Mas escrevo pra falar do que está no meio disso, no ar, há duas pérolas do rap brasileiro dividindo faixas com ícones do cancioneiro suingado nacional: Emicida aliado à deusa Elza Soares arregaçando com “Quero Ver Quarta-Feira” (originalmente gravada com a não menos genial Mart’Nália) e Slim Rimografia e Banda Black Rio mandando a quase natalina, à sua maneira, “Me Sinto Bem“.

Sei que é djabah, mas não resisti. Tá foda, então confere aí.

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Last.fm lança mais uma ferramenta para apresentar a sua nova banda favorita

Novos serviços e ferramentas de música online aparecem frequentemente – ainda que necessitem de uma vela acesa e três ave maria para funcionar no Brasil – mas o Last.fm continua firme e forte.

Confesso que é o que eu gosto mais, e nem sequer escuto música através dele, mas sim por causa do histórico que fica gravado nele.

E nesse ambiente de competição entre tantas ofertas similares, o Last.fm lançou a ferramenta Discover, enfatizando a proposta da ferramenta em lhe ajudar a descobrir sua próxima nova banda favorita.

Você escolhe uma tag e pode ir navegando entre as músicas sugeridas, dizendo se quer mais daquilo ou algo diferente. Quanto mais você clica, mais se aprofunda nos sub-gêneros musicais. São mais de 2 milhões de faixas disponíveis para essa navegação.

Tenta lá: lastfm.com.br/discover

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Spirit of Clash: Justiça para os 96 de Hillsborough

Shows são bacanas. Shows com artistas de diferentes bandas tocando juntos são mais bacanas. Shows onde estes artistas são do naipe de integrantes do Clash, Stone Roses e Farm são mais bacanas ainda. E um show onde eles fazem isso abrindo mão de caches em prol de uma boa causa, bom aí é o Spirit of Clash.

Mas deixemos a espírito esperando um pouco pra falar da boa causa e – por que não? – colocar um pouco de futebol e publicidade neste post.

Começamos com o futebol. Você possivelmente não conheça o time do Sheffield Wednesday da Inglaterra. Talvez não saiba que ele tem um estádio chamado Hillsborough. Mas o que você precisa saber é que o estádio de Hillsborough foi palco de um jogo histórico em 1989: Liverpool e Nottingham Forest pela Copa da Inglaterra.

Por que o jogo foi histórico? Bom, para começar ele durou apenas 6 minutos. Foi o tempo para começar um tumulto no estádio superlotado que acabou com 96 torcedores mortos e cerca de 800 feridos.

Pode ser pior? O pior é que pode. Aqui entrou a cobertura do jornal The Sun. Para entender o tamanho da encrenca, esta ao lado foi a capa do jornal no dia seguinte da tragédia trazendo “a verdade”.
?
Todo mundo ficou chocado. Depois do choque virou indignação. E a indignação levou a um boicote. Aqui chegamos na parte da publicidade.

“Don’t buy the Sun” virou uma campanha de boicote ao jornal em repúdio a maneira como ele cobriu a tragédia. Junto com ele veio a “Hillsborough Justice Campaign”, buscando respostas, culpados e, claro, justiça para os 96 mortos.

Ainda está ai? Ótimo, porque agora a gente volta para a música. O show foi organizado pelo ex-Clash Mick Jones com renda revertida para a tal Justice Campaign que ajuda os sobreviventes da tragédia. Boa música por uma causa melhor ainda. Clap, clap, clap a @todososenvolvidos.

Aqui dá pra conferir um pouco do que rolou.

Teve The Clash:

Farm:

E até uma palhinha de Stone Roses antes de mais um pouco de Clash:

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