The Blur App

Talvez eu esteja roubando a pauta do Felipe Cotta e correndo o risco de apanhar dele na rua. Mas espero que ele entenda, ignore e perdoe.

Acontece que, quando eu estava no colegial, antes de cair completamente de amores pelo Eddie Vedder, eu queria me casar com o Damon Albarn. Eu quis muito isso. Eu passei a adorar o sotaque britânico, eu lia todas as letras e suas traduções, eu gravava videoclipes, eu ficava inconformada quando resumiam Blur a “Song 2″. Eu até comprei a briga / rivalidade e passei a achar a banda dos irmãos Gallagher bizarra.

E pelo mesmo motivo “besta”, este ano eu subitamente passei a curtir as Olimpíadas de Londres. Porque recentemente, depois da banda ter virado história, as inéditas Under The Westway e The Puritan foram lançadas. Música de Blur com cara de Blur. Me deu uma sensação de “eles não perderam a mão! eles continuam incríveis!“.

Nessa vibe de lançar coisas, a notícia mais recente é o aplicativo The Blur App, para iPhone e iPad. Com a história da banda, entrevistas inéditas, conteúdo exclusivo, discografia completa, galeria de fotos e os setlists tocados em vários shows de várias turnês. Enfim, baixa lá. Não tem como não ser bom isso.

Se não conhece bem a banda, aí vai um resumão quase cretino. Meninos britânicos, estilo único, músicas incríveis, muitos e muitos fãs, ápice nos 90′s. Mas um dia, como a maioria das bandas de rock, o Blur terminou deixando fãs confusos com histórias parciais sobre o motivo do rompimento. Em 2010 fizeram o documentário No Distance Left To Run explicando um pouco do que tinha acontecido. O trailer é esse:

E agora, de acordo com notícias recentes, daria pra dizer que eles estão de volta. Mas eu não me arrisco. Eu só torço, muito.

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O vocalista do Death Cab For Cutie e sua homenagem ao baseball

Ben Gibbard anunciou seu primeiro disco solo nos últimos dias, e divulgou o primeiro single.

A música é uma homenagem ao jogador de baseball Ichiro Suzuki, e foi escrita já faz alguns anos, estava só esperando o momento certo para ganhar vida.

Segundo o próprio Ben – malandro – todas as músicas do seu disco solo já estavam escritas há muito tempo. Ao longo dos últimos 8 anos, para ser mais preciso: ele veio escrevendo estas músicas paralelamente à atividade que mantinha com o Death Cab, mas só resolveu gravá-las agora, depois que a banda entrou em hiato após a turnê de seu ultimo – e excelente – álbum Codes And Keys.

Outro fator que pode ter influenciado no timing de gravação de seu debut é o recente divórcio de Gibbard com Zooey Deschannel (do grupo fofinho She & Him), mas aí já não é da minha conta.

Se o álbum solo de Ben Gibbard mantiver 1% da elegância, criatividade e competência do Death Cab For Cutie, isso é o que importa.

O disco vai se chamar Former Lives e está previsto para ser lançado em 15 de outubro (lá fora, né…). Aguardemos ansiosamente.

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Novidades musicais californianas

Ontem, o No Doubt divulgou seu novo single depois de longo hiato longe dos estúdios. Settle Down é a primeira música de trabalho do álbum Push and Shove, que deve chegar em breve.

O clipe foi dirigido por Sophie Muller (diretora que já trabalhou outras vezes com a banda, inclusive tendo dirigido o vídeo-hit Don’t Speak) e a música traz tudo o que o fã de Gwen Stefani e cia. quer: batida pop/ska, os deliciosos overdubs vocais de Gwen e um refrão pra lá de pegajoso. Tem tudo pra virar mais um hit da banda.

E, não menos californiano, o The Killers também se prepara para lançar seu disco novo, Battle Born, em setembro. O primeiro single, Runaways, foi divulgado há pouco tempo. Ouça a música e veja um trailer do álbum novo.



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Parabéns, Rock ‘n’ Roll!!!

13 de julho de 1985. O espetáculo Live Aid reunia dezenas de monstros sagrados do rock em prol de um mundo melhor, mais justo, mais digno, e sem fome na Etiópia. Tendo como principal porta-voz o carismático Bob Geldof , o festival aconteceu no emblemático estádio de Wembley, na Inglaterra, e no JFK Stadium, nos EUA (alguns shows também aconteceram em Sydney, Moscou e Tóquio) aglomerando um público de mais de 200 mil pessoas.

Foi por causa desse festival que o dia 13 de julho virou o dia do rock.

Olha só alguns artistas que estavam tocando nesse dia, há 27 anos:

Status Quo, Style Council, Boomtown Rats, Ultravox, Elvis Costello, Sting, Brandford Marsalis, Phil Collins, Bryan Ferry, U2, Paul Young, Dire Straits, Queen, David Bowie, The Who, Paul McCartney, Elton John, Joan Baez, The Hooters, Black Sabbath, Judas Priest, Run-DMC, BB King, The Four Tops, Bryan Adams, Beach Boys, The Pretenders, Santana, Pat Metheny, Mick Jagger, Crosby Stills & Nash, Neil Young, The Cars, Duran Duran, Cliff Richard, Tina Turner, Bob Dylan, Tom Petty, Madonna, Simple Minds, INXS, Men At Work… só para citar alguns.

Lá em 1954, quando o rock n roll se apresentava ao mundo e o conquistava com a gravação de Bill Halley e seu Rock Around The Clock, ninguém poderia imaginar que o estilo tomaria as proporções gigantescas que tomou, tanto em termos de mutações como de influência para tantas pessoas e gerações.

No dia de hoje – e na mesma semana em que se comemoram os 50 anos dos Rolling Stones!!!! – nada mais justo do que comemorar e relembrar uma das frases mais célebres do grande Chuck Berry em School Day (e também do grande Rainbow de Ritchie Blackmore):

LONG LIVE ROCK N ROLL!!!!

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Folk yourself

Nashville sempre foi berço de muita música americana da boa. O More Hazards More Heroes não é exceção e faz um folk genuinamente yankee, bebendo na fonte de grandes nomes: Bob Dylan, David Bowie, Sam Beam, Sufjan Stevens, Kings Of Convenience e até Paul Simon.

Seu álbum de estreia foi lançado em 2011 e você pode baixar aqui. Vale a pena. The Good Kind, Flies e Turncoats estão em repeat no meu iTunes há alguns dias. E devem demorar pra sair.

Folk nem é muito a minha praia, mas eu achei excelente. É um som bacana pra ouvir no fim do dia e desestressar. E é legal pra testar a qualidade do seu fone, também. Aumente o volume e boa viagem.


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Fragile e a era de ouro do rock progressivo

Londres, 1971.

A nova geração de bandas pós-Beatles efervescia e borbulhava na capital inglesa (e em todo o país). Por todos os cantos da se ouvia um som novo, um movimento diferente, uma força motriz nova para a forma de expressão mais libertária de todas as juventudes.

O Yes surgira em 1968 e fazia parte da vertente progressiva – vertente esta que viveu seus anos de ápice e glória de 1970 até 1976, mas que luta para manter sua chama acesa até hoje. Lá nos anos 70, o movimento que pegava fogo e ditava os padrões de comportamento de milhares de jovens.

1971 foi um ano de discos fundamentais para muitas bandas. O Yes lançou o Fragile, o Led Zeppelin lançou o IV (de Stairway to Heaven e Black Dog), o Pink Floyd lançou o Meddle, o Emerson Lake & Palmer lançou o Tarkus, o Jethro Tull lançou o Aqualung, o Gentle Giant lançou o Three Friends, o Mothers Of Invention de Frank Zappa lançou seu clássico Fillmore East, o Genesis lançou o Nursery Cryme… só para dar alguns exemplos. Ou seja, concorrência pesadíssima.

Competir nesse ambiente não devia ser tarefas das mais fáceis, e ao mesmo tempo eu não consigo imaginar o deleite que devia ser ouvir rádio nessa época.

Fragile inaugurou a era mágica da formação clássica do Yes. O novo membro Rick Wakeman se juntava à trupe que já havia produzido o sensacional Yes Album um ano antes, mas que ainda não havia concebido o grande disco da consagração.

A consagração chegaria agora. Jon Anderson, Chris Squire, Steve Howe e Bill Bruford conseguiram desenvolver uma obra cheia de elementos que iriam se tornar marcas registradas do Yes. Características inconfundíveis aparecem aqui pela primeira vez, tanto na parte instrumental quanto na temática das letras.

Muito do entrosamento que o Yes Album trouxe a eles foi aproveitado e ampliado na hora de preparar este disco. Um ano depois, com tecladista e maturidade novos, o Yes finalmente conseguiu seu primeiro grande êxito: Roundabout. A música que abre o disco não só é uma das mais famosas da banda como também foi o ponto de transição entre o fanzine cult e a atenção das massas. Se à primera leitura isto parece um demérito, não o é. Isso porque o Fragile, e muito por causa de Roundabout, detém a grande façanha de ter aberto milhares de novos ouvidos para o rock progressivo. Ou seja, fez o público querer descobrir a cena, e não “se adaptou” ao gosto do público correndo o risco de sair da cena mal tendo feito parte dela.

Fragile ensinou muita gente a ouvir música.

Roundabout foi o grande divisor de águas. A música, exaustivamente executada até hoje em rádios do mundo todo, é a primeira grande vitrine das qualidades consagradas do Yes: a sutileza e afinação irretocáveis dos vocais, a capacidade de criar ambientes distintos para sustentar uma narrativa exótica, o talento individual de cada músico focado no resultado coletivo final da canção (e não o contrário, como acontece em muitas bandas onde o pessoal só quer “se mostrar”) e – o mais importante – a qualidade e o bom gosto das próprias composições.

Praticamente todas as músicas desse disco viraram objetos de devoção entre os fãs da banda, que até hoje ovacionam seus ídolos quando ouvem as primeiras notas de “Heart Of The Sunrise” ou “Long Distance Runaround”, por exemplo. Nessas duas, em particular, tem-se a prova de que Jon Anderson é um exímio cantor e sabe posicionar sua voz impecavelmente de acordo com a necessidade da música, em seus diversos momentos.

“We Have Heaven”, “Five Per Cent For Nothing”, “Cans and Brahms”, “The Fish” e “Mood For a Day” são as contribuições individuais de cada integrante para completar o disco. Cada uma é especial à sua maneira, e todas elas servem de transição para os grandes pequenos espetáculos ao longo do álbum.

Fragile é um disco fundamental na obra do Yes. Ele é um dos representantes mais recorrentes e contundentes do Progressivo, é discoteca básica em qualquer coleção de rock que se preze, é o retrato de uma época mágica do psicodélico e é também a primeira obra-prima do Yes.

A segunda viria um ano depois, um clássico absoluto chamado Close To The Edge.
Mas isso é assunto para outro post.


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Blur: Aquecimento para as Olimpíadas

Enquanto se prepara para tocar na festa de encerramento das Olimpíadas de Londres, o Blur aproveita para revisitar sua carreira e, de quebra, lançar duas músicas novinhas em folha.

Junto com o lançamento oficial de toda a discografia remasterizada e horas e horas de material extra numa grande coletânea chamada 21 (em homenagem à idade da banda), eles soltaram essa semana em seu Twitter oficial dois singles inéditos: Under The Westay e The Puritan.

Confira aqui e divirta-se. As duas faixas já estão na iTunes store.


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Rolling Stones completa 50 anos e apresenta redesign da famosa língua

Ao completar 50 anos de existência, os Rolling Stones apresentam uma nova versão de seu icônico logo. E a atualização foi feita por ninguém menos que Shepard “Obey” Fairey.

A famosa língua apareceu pela primeira vez no encarte do disco “Sticky Fingers”, de 1971, criada por John Pasche, na época estudante da Royal College Of Art de Londres.

Ele foi contratado pelo próprio Mick Jagger, que estava descontente com o material de design fornecido pela gravadora, Decca Recods.

Ao longo dos anos, a marca entrou para a cultura pop como símbolo de atitude e rock ‘n roll anti-autoritário. A nova língua deve aparecer nos palcos nos próximos shows da banda.

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No Te Va Gustar: mais um achado no pop/rock uruguaio

Cada vez mais eu venho me interessando pelo rock latino. Depois de falar sobre o Cuarteto de Nos, acabei descobrindo uma outra banda uruguaia veterana. Novidade para mim, mas um patrimônio de Montevidéu há quase 20 anos.

O No Te Va Gustar começou como um trio de baixo, guitarra e bateria, e ao longo dos anos incorporou metais e percussão à formação. Em 1998, com 4 anos de estrada, a banda comquistou o primeiro lugar no 3o Festival da Canção de Montevidéu, e no ano seguinte lançou seu primeiro álbum.

Logo após o lançamento, a banda entrou em turnê e tocou em vários países da América Latina, e chegou até a se apresentar ao lado dos Paralamas do Sucesso. Hoje, são atração frequente também em Buenos Aires, Santiago e até Porto Alegre.

Já lançaram 7 discos e colecionam prêmios na América Latina.

Coloco aqui quatro amostras do Por Lo Menos Hoy, álbum que conheci há pouco tempo e – diferentemente do que o nome da banda sugere – gostei muito. É pop/rock light, e do bom.

Em tempo: nos minutos finais de Arde, parece que eles convidaram o George Harrison e o Eric Clapton pra solar.




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Um clipe do John Mayer criado inteiramente com o Draw Something

Aprovado e divulgado pelo próprio John Mayer em seu blog, aqui está um clipe criado com o popular game “Draw Something” da Zynga.

É para a música “Queen of California”, em produção do estúdio Brainbowinc.

Não é um vídeo oficial, mas poderia ser. Fácil. Ainda mais para aqueles viciados em Draw Something que não tiram o dedo do celular.

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Billie Jean, versão 2012

Um programa da Rai, televisão italiana, convidou grandes nomes do Jazz para gravarem um Remix do clássico “Billie Jean”, de Michael Jackson. A banda foi formada por músicos como Marcus Miller, Billy Cobham, Enrico Rava… e claro, a gravação original da própria voz do rei do pop.

Fechei minha semana com chave de ouro depois desse achado. :)

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God Help The Girl: do Belle & Sebastian para o cinema

Lá em 2009, o geninho Stuart Murdoch, do Belle & Sebastian, lançou um projeto paralelo chamado God Help The Girl. Era o primeiro grande passo de uma ideia que nasceu em 2003, quando ele começou a compor músicas cujo destino não era sua banda de sempre, mas sim a trilha sonora de um roteiro para o cinema.

Quando terminou de escrever todas as faixas, Stuart percebeu que elas todas formavam o enredo para uma história maior. E o disco God Help The Girl acabou virando apenas o ponto de partida para o filme de mesmo nome, que está em fase de pré-produção agora e deve ser filmado até o fim do ano.

Com a trilha pronta, só nos resta esperar qual é essa grande história que vem por aí. Os personagens Eve, Cassie e James vão ganhar vida na telona, depois de já terem sido apresentados no disco.

No site oficial do projeto, é possível acompanhar um diário escrito pelo próprio Stuart, onde ele descreve o andamento das filmagens, casting, produção, etc, e ler mais sobre a história do filme.

Se o roteiro vai ser tão cativante como são as músicas de seu criador, só o tempo vai dizer. Mas uma coisa é certa: qualquer filme com trilha sonora assinada por Stuart Murdoch já tem um grande ponto a seu favor.



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Golden Chains: Um experimento multi-janelas do Google Chrome com API do eBay

Experimentos multi-janelas com o Chrome você já viu alguns, mas esse aqui é diferente da simples exibição de vídeos.

Utilizando a API do eBay, esse é o clipe da música “Golden Chains” do artista ALB. Conforme os objetos vão aparecendo no vídeo, abrem-se janelas com links para compra do item no site de leilões.

O melhor da iniciativa é que a comissão gerada pelas vendas dos produtos, será revertida para a produção do disco do músico.

A criação é uma parceria da agência francesa CLM BBDO com a ACNE Production. Olha que legal: albgoldenchains.com

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Rhythm and Repose: a nova jornada musical de Glen Hansard

Quem já viu e se encantou com o filme Once (2006) sabe o que esperar de Glen Hansard: músicas acústicas, intensas, profundas e melancólicas. Mas, ao mesmo tempo, cheias de fúria e energia.

Agora ele volta aos palcos para mostrar ao mundo sua primeira incursão sem a companheira Marketa Irglova. Enquanto o Swell Season não retoma suas atividades, Glen extravaza sua criatividade e inquietude musicais no primeiro disco solo, Rhythm and Repose.

Já dá pra sentir um pouco do que vem por aí pelos dois vídeos abaixo. O álbum sai semana que vem na Europa e EUA. Pra saber mais sobre o projeto novo de Glen, dê uma olhada aqui.

Aumente o volume do fone:


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Østersøen, Ödland: Um inacreditável stop motion de papel

Outro dia vi no Twitter uma leitora dizendo: “O B9 nunca vai cansar de falar de stop motion?”

OK, confesso que exagero – já que quase sempre sou atraído por vídeos que fazem bom uso da técnica – mas e se além de stop motion for tudo feito de papel, com paciência milimétrica? Posso postar?

Assim é o novo clipe da banda francesa Ödland, dirigido por Vincent Pianina e Lorenzo Papace. Um ambiente mágico cheio de transições incríveis, que jamais poderá ser completamente notado se assistir uma única vez.

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Capacitor de fluxo: ativar!

Dar o play no video abaixo é como entrar num DeLorean rumo a 1995. Parece que estas músicas estavam lá desde aquela época, e o disco marca o fim de um jejum de 7 anos da banda.

Todas as marcas registradas do Garbage estão intactas, e os 10 primeiros segundos de Blood For Poppies não me deixam mentir. Parece uma faixa esquecida do terceiro disco da banda.

Poucas são as bandas que fazem grandes pausas e voltam com o mesmo vigor de seus dias de glória. O Garbage, formado por espertos macacos (agora) velhos, está voltando com tudo e não está prosa, já lotando shows pelos EUA e presenteando fãs ávidos pela sua aparição.

Not Your Kind Of People tem de tudo para fazer novos fãs e ao mesmo tempo agradar os saudosistas dos anos 90, trazendo de volta uma das bandas mais simbólicas daquela década. É um álbum que preserva a autenticidade daqueles dias como nenhuma coletânea-de-lados-B-nunca-lançados poderia fazer.


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Da série “bandas que surpreendem ao vivo”: The Kooks

The Kooks é aquela banda divertida que não tem o poder de mudar sua vida, mas que pode deixar seus dias bem mais leves.

Formada em Brighton, Inglaterra, em 2005, a banda já sentiu logo cedo o sabor do sucesso. Com menos de 1 ano de estrada, eles conseguiram emplacar dois singles nas paradas britânicas e estouraram com o megahit Naive logo no começo de 2006, assim que seu primeiro álbum foi lançado.

Luke Pritchard e cia. conquistaram uma base fidelíssima de fãs mundo afora com sua pegada aparentemente ingênua (como sugere seu maior sucesso) mas que no fundo é cheia de pequenas espertezas. Dá pra identificar no britpop do Kooks influências bastante ricas, incluindo The Police, Funkadelic, The Strokes e, claro, Beatles.

O legal do Kooks é que é mesmo as músicas mais açucaradas ganham o cuidado de não cair no piegas, e quando eles assumem a face roqueira, eles conseguem levantar defuntos com sua energia.

Em Junk Of The Heart eles confessam um nobre objetivo: “I wanna make you happy.” A julgar pela empolgação quase beatlemaníaca do público que lotou o Via Funchal no dia 11 de maio, eles conseguiram.

Os fãs que lotaram o show não fizeram feio e com certeza deixaram os membros da banda perplexos com tanta receptividade, berrando verso por verso a plenos pulmões absolutamente todas as músicas, desde as contagiantes Always Where I Need To Be, a espetacular Is It Me, até as mais contemplativas como Seaside e Shine On.

E a mesma empolgação também já tomava conta das músicas novas como How’d You Like That, Rosie e a própria Junk Of The Heart (faixa que dá nome ao terceiro CD). E felizes da vida com o calor do fã brasileiro, os integrantes do Kooks fizeram um espetáculo para banda grande nenhuma botar defeito, deixando um sorriso estampado no rosto de cada um que voltou pra casa rouco aquela noite.

Foi um espetáculo do pop competente.

Como sugere o clássico do Bowie que os batizou, eles são de fato “Kooks hung up on romancing. And if you stay, you won’t be sorry.”




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The Mission em São Paulo: imperdível!

Comemorando 25 anos de estrada, o lendário The Mission (UK) está fazendo uma turnê mundial e vem para o Brasil essa semana. Para o vocalista Wayne Hussey, o Brasil não é nenhuma novidade: ele é casado com uma brasileira e mora aqui.

Para o resto da formação (Craig Adams, Simon Hinkler e Mike Kelly), é uma volta ao país onde já se apresentaram outras 2 vezes. Agora eles vão tocar no charmoso Cine Joia, na Liberdade, um lugar aconchegante onde, no caso do The Mission, os saudosistas e nostálgicos de plantão vão poder matar as saudades de uma época mágica do pop britânico e aplaudir Wayne e cia. bem de perto.

O bom e velho The Mission surgiu em 1986, quando Wayne e Craig Adams saíram do cultuado Sisters Of Mercy para formar a banda e buscar novos horizontes. Já no primeiro disco, God’s Own Medicine, emplacaram vários hits e marcaram a “invasão gótica” no pop inglês daquele ano.

Severina e Garden Of Delight levaram massas de fãs ao delírio, e o disco seguinte, Children, atingiu o segundo lugar da parada britânica na semana de seu lançamento.

Não tinha pra ninguém, assim era o The Mission.

O álbum seguinte, Carved In Sand, marcou o ápice de popularidade e sucesso comercial da banda. Eles estavam sob todos os holofotes desde Children, e acumulavam seguidores fiéis.

Enquanto os “pés no peito” de Amelia e Deliverance consagravam o The Mission como porta-vozes góticos que dissecavam temas como sexo, romance e até abuso infantil em explosivas estruturas pop embaladas em melodias grandiosas e apocalípticas, o mega-blaster-hit Butterfly On a Wheel mostrava, ao mesmo tempo e na contramão, que a banda também sabia esfaquear a alma dos mais sensíveis. E fizeram uma das músicas mais bonitas daquele ano.

Em 1992, voltaram bem-humorados em Like a Child Again, mas deixavam claro que ainda eram eles mesmos em Even You May Shine e Shades Of Green. Os álbuns seguintes, Neverland e Blue, tentaram sem muito êxito trazer de volta a glória do passado num mundo onde o rock gótico já não tinha tantos curiosos.

Mas Aura e Sacrilege marcaram a grande volta da banda e consagram a trajetória do Mission como uma das bandas mais importantes de seu tempo e seu estilo.

Neste domingo, quem for ao Cine Joia vai ter a honra de celebrar de perto a história desta grande banda.




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Crowdfunding, Anonymous, Sony… e o Atari Teenage Riot chegando ao Brasil

De tempos em tempos um chavão ou expressão da vez aparece no mercado, vira tema de palestra, vira um monte de cases.

O processo de crowdfunding é um deles, e surgiu como uma forma de viabilizar projetos pessoais e shows através das redes sociais. No caso de shows, foi onde ganhou um certo destaque no Brasil, por dar aos fãs o poder de trazerem o show da sua banda favorita, sem precisar necessariamente de amarras comerciais e patrocinios convencionais. Bom, a coisa não é tão simples, até porque trazer um show não é tão simples. Já na outra ponta, o problema está na hora de colocar a mão no bolso e fazer a vaquinha acontecer.

Eu, recentemente, recorri ao processo de crowdfunding para viabilizar uma coisa que queria há muito tempo: trazer o show do Atari Teenage Riot ao Brasil. A banda veio em 98 e tocou para poucos sortudos. Na época no extinto clube KVA, em Pinheiros.

Para quem não conhece, além da mistura de hardcore e música eletrônica, o ATR ficou conhecido pela sua atitude em cima e fora dos palcos numa época pré 11 de setembro, Napster, Facebook e por ai vai. A banda ficou parada por cerca de 10 anos – justo na hora que a revolução digital que eles tanto falavam, acontecia e crescia.

Voltando ao crowdfunding, consegui uma parceria com os caras do Ativa Aí, uma espécie de Queremos de SP. Toparam na hora o desafio e deu certo. Em menos de 48 horas o show estava viabilizado, através de 200 ativadores com alguns beneficios especiais.

Entre eles, e o mais legal, foi o poster oficial do show (aprovado pela banda e feito num processo artesanal pelo Coletivo SHN de Americana, no interior de São Paulo). O video do making of deste conta com a faixa “Black Flags”, que foi tema de uma polêmica recente com a banda.

Em março deste ano o ATR gerou barulho e discussão quando doou royalties que recebeu da Sony para o grupo Anonymous, através da Anonymous Support Network, organização responsável por pagar as despesas legais de membros que estejam sob processo judicial.

A música “Black Flags” foi usada em um filme da campanha do PlayStation Vita, abaixo.

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O download concert da Coca-Cola FM

O refrigerante mais famoso do mundo precisava promover e aumentar o número de acessos do seu site de rádio, o Coca-Cola FM, na Colômbia. O que eles fizeram para isso?

A marca, com todo o seu poder de atuação no universo da música, criou o Download Concert, um show completamente interativo que tinha como apelo ser o 1º show realizado a 50m de altura. Nada de cópia das ações a la Dinner in the Sky.

Quem vivia a experiência de ficar nas alturas era a própria banda, que estava lançando o seu novo álbum. O show começava a 50 metros de altura e o público deveria fazer literalmente o “download” da banda, ao vivo. Como?

A cada música que eles baixassem, a banda descia 10 metros de altura e ficava mais perto da galera.

O objetivo, claro, era fazer com que a banda chegasse ao chão o mais rápido possível. Os resultados da ação estão no vídeo (verdadeiros ou não), para quem quiser saber mais!

Mas o que me chamou a atenção é que esse mesmo formato rolará em Quito, São Paulo e Cidade do México.

Um formato de ação colaborativa que me lembrou muito uma ação da Perrier, o Le Club, mas com a diferença desse da Coca-Cola poder ver o resultado na hora, ao vivo e a cores.

A ação é da Ogilvy & Mather, Colômbia.

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