“Junho”, produzido pela TV Folha, será disponibilizado no iTunes

Baseado na cobertura jornalística da TV Folha, que foi agraciada com o Prêmio Esso de Melhor Contribuição ao Telejornalismo em 2013, será lançado no próximo dia 5 o documentário “Junho”.

Dirigido por João Wainer e montado dentro da redação da Folha de S. Paulo, sem nenhum financiamento público, “Junho” apresentou diversos desafios para a equipe, que precisou se desdobrar em atividades sobre as quais não tinham muito conhecimento, como o tratamento de cor para longa-metragem. Até o time de trainees da Folha foi escalado para ajudar na identificação das pessoas que apareciam nas gravações, para pedir autorização de uso de imagem.

A estreia acontecerá nos Espaços Itaú de Cinema em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador, Brasília, Florianópolis e Santos, mas quem não puder visitar as salas de cinema também poderá assistir pela iTunes Store, onde o documentário será disponibilizado para mais de 90 países. Segundo a Folha, esse é um formato inédito para um lançamento de filme brasileiro.

“Junho” chega aos cinemas apenas 8 dias antes da abertura da Copa do Mundo, um timing perfeito que exibe o retrato de um momento histórico pouco antes de outro momento do tipo acontecer.

“Ver esse filme em setembro já não tem a mesma graça”, instigou Wainer, em entrevista à Juliana Cunha para o blog do Instituto Moreira Salles.

Para quem acompanhou o levante e o ponto alto dos protestos de junho de 2013, ouvir novamente a multidão gritar que “amanhã vai ser maior” ainda é algo bastante poderoso. Dentro de alguns meses, “Junho” pode parecer uma análise rasa, ou até errada, sobre esse momento histórico do país. É inegável, contudo, que retrata exatamente a comoção que as manifestações causaram no povo brasileiro.

junho-documentario-2013

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie

Documentário revela os verdadeiros “Mad Men” da publicidade em NY

Em tempos em que as plataformas digitais dominam a comunicação, ainda há algumas pessoas que preferem fazer tudo como antigamente, usando tinta, uma parede e uma enorme dose de talento. Na cidade de Nova York, eles são chamados de “wall dogs”, ou cães de parede – uma alusão ao equipamento de segurança que utilizam à grandes alturas e ao falto de trabalharem feito cachorros -. Estes, sim, são os verdadeiros “Mad Men” da publicidade.

Para entender melhor o apaixonante trabalho desempenhado por estes artistas, o site Vocativ produziu “Don’t Look Down”,  um mini-documentário que acompanha um dia na vida de uma equipe de pintores.

Apesar de não se aprofundar muito nas histórias, é possível se ter uma ideia dos obstáculos e recompensas desta profissão. Não tem legendas em português, mas ainda assim vale muito o play.

wall1 wall2 wall3

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie

Após ter sua produção encerrada, Kombi revela seus últimos desejos

Em julho do ano passado, a Volkswagen anunciou que iria encerrar a produção da Kombi, o que de fato ocorreu no final do ano. Isso não aconteceu, entretanto, antes que o mítico veículo fosse coberto de todas as homenagens possíveis, em campanha criada pela AlmapBBDO. Agora, a agência assina um documentário dirigido por Fernando Gronstein Andrade, da Spray Filmes, que revela os últimos desejos do carro aposentado.

Com criação de Benjamin Yung Junior, Marcelo Tolentino, Marcelo Nogueira e Marcelo Pignatari Rosa – autores da campanha – o filme nos leva por uma emocionante jornada pessoal da Kombi, narrada em primeira pessoa. Coube à atriz Maria Alice Vergueiro emprestar sua voz ao veículo, que revela histórias compartilhadas ao longo de sete décadas. E, sem vergonha nenhuma, confessa que está muito “rodada”.

Os seis meses necessários para a produção do documentário se devem à herança deixada pela Kombi a algumas pessoas especiais para ela, não só no Brasil, mas também nos Estados Unidos – o designer Bob Hieronimous, que ajudou a fazer do veículo um dos símbolos da cultura hippie -, e na Holanda, onde vive Ben Pon Jr., filho do criador do carro, a quem ela chama de irmão.

Dê o play e prepare-se para a poeirinha que vai entrar nos seus olhos…

kombi kombi1

 

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie

“Free to Play”, um documentário da Valve sobre o milionário torneio de “Dota 2”

No ano passado, na ocasião do campeonato brasileiro de “League of Legends”, falamos um pouco aqui no B9 do crescimento e importância das competições de games, os chamados eSports.

Se você não ficou convencido, um documentário produzido pela Valve certamente vai abrir a sua cabeça. “Free to Play: The Movie” segue a rotina de três competidores profissionais durante o primeiro torneio internacional de “Dota 2”.

Benedict “hyhy” Lim Han Yong de Cingapura, Danylo “Dendi” Ishutin da Ucrania, e Clinton “Fear” Loomis dos Estados Unidos perseguem o grande prêmio de 1 milhão de dólares. O documento retrata como um torneio milionário é capaz de impactar a indústria, e todo o esforço exigido para ser considerado um jogador de elite.

O filme está completo acima, com 1 hora e 15 minutos de duração, incluindo legendas em português.

Free To Play
Free To Play
Free To Play

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie

Na Grécia, documentário da Lacta questiona se o amor ainda existe

Em tempos de crise econômica, quanto espaço sobra para o amor na vida de uma pessoa? Na Grécia, parece que não muito. Para marcar o Dia de São Valentim – o Dia dos Namorados em diversos países -, a Lacta resolveu questionar se o amor ainda existe entre os jovens do país, especialmente quando as pessoas estão mais preocupadas em sobreviver, com o documentário “Does Love Exist?”.

Com criação da OgilvyOne de Atenas, o filme foi exibido como um especial no horário nobre da tevê grega, e destacou não só as questões econômicas que têm levado o amor a ficar em segundo plano, como o foco principal na carreira, mas também a influência das redes sociais na maneira como as pessoas se relacionam.

Acima, é possível ver o estudo de caso do projeto, enquanto a íntegra do documentário – com legendas em inglês – pode ser conferida abaixo. Vale a pena assistir e refletir sobre o assunto.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie

A história de um homem e seu Fusca, viajando pelo mundo

Em 1955, Paul Loofs comprou um Fusca e tomou a decisão de rodar o mundo a bordo do carro novo. Não uma, mas três vezes. E, acredite ou não, 59 anos após sua primeira volta ao mundo, o Beetle #903847 continua na estrada, como podemos ver no documentário e hotsite Once More, The Story of VIN 903847da Volkswagen.

O projeto de contar a história de Loofs, hoje com 82 anos, e seu Fusca, foi entregue pela VW do Canadá à agência Red Urban, de Toronto. O primeiro produto foi o documentário acima, que em pouco menos de 30 minutos conta a trajetória do homem e seu carro. Com direção de Hubert Davis, da Untitled Films, e edição de Paul Jutras, da Rooster Post, a ideia era mostrar como este carro é capaz de conectar pessoas diferentes por meio de suas experiências, merecendo a alcunha de “carro do povo”.

E se o documentário sozinho já é um material incrível, o hotsite acaba sendo um delicioso acréscimo à experiência. Nele, é possível explorar um mapa com os lugares por onde o carro rodou, com direito a um diário de bordo, fotografias e outros itens relacionados à trajetória da dupla, que pode ser explorado de diferentes maneiras.

Aproveite o fim de semana para assistir ao documentário e explorar o site, que está muito legal, mesmo para quem não é ligado em carros. Um belíssimo trabalho.

vk2
vk3
vk1

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie

Série de documentários revela segredos de relacionamentos que duram

Qual a receita para fazer um relacionamento durar? Quais são os segredos dos casais que ficam juntas a vida inteira? Como superar os obstáculos? É para responder estas e mais questões que os criadores do Global Glue Project viajaram o mundo vivendo, acompanhando e entrevistando dezenas de casais.

“Queremos atrair espectadores que gostem do nosso trabalho durante o tempo e construa organicamente um relacionamento com o que temos a dizer.” – Co-fundador DJ Pierce

Durante 3 anos, foram filmados 52 casais em diferentes países (EUA, Japão, Coréia do Sul, China, Rússia, Índia, Romênia e Dinamarca), acompanhando a vida íntima de relacionamentos variados, dos que estavam em seu primeiro ano aos que já duravam  70.

Em campanha para arrecadar investimento no Kickstarter, o próximo passo do projeto é transformar todo este material em uma série de documentários curta-metragens sobre os desafios de se criar laços que duram a vida toda.

O objetivo é lançar um documentário por semana, na web, durante um ano inteiro. Por enquanto, quatro destas histórias estão online em beta. Junto aos vídeos, é possível mergulhar na vida de cada casal ao navegar por fotos, textos, confissões e todas aquelas boas recordações guardadas com o passar dos anos.

glue-2
glue-1

Global Glue Project quer mostrar que o amor não é algo inatingível e efêmero.

Ao abrir as portas da casa de cada sacal, o projeto nos dá a chance de ficar frente a frente com pessoais reais, gente como a gente, que compartilham com carinho seus segredos sobre cada obstáculo, esforço, sentimento e todo o trabalho árduo que tiveram para preservar e fazer durar um verdadeiro laço.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie

Documentário da PBS traz imagens inéditas de Jimi Hendrix

PBS disponibilizou online, por tempo limitado, um documentário que reúne imagens inéditas de Jimi HendrixHear My Train A Comin’ traz filmagens caseiras e de shows feitas pelo próprio guitarrista e o baterista Mitch Mitchell, além de fotografias, desenhos e cartas de família que ajudam a recontar a trajetória do genial músico.

Isso inclui o começo em Seattle, o trabalho ao lado de estrelas do R&B como Little Richard, Joey Dee e Isley Brothers – quando era apenas um músico desconhecido -, o sucesso meteórico da Jimi Hendrix Experience, a construção do Electric Lady Studios, a participação de Hendrix no Miami Pop Festival, em 1968, e seu último show na Alemanha,12 dias antes de sua morte em 18 de setembro de 1970, aos 27 anos.

Hear My Train A Comin’ também traz depoimentos de pessoas próximas ao guitarrista, como Linda Keith – a namorada que apresentou Hendrix ao empresário Chas Chandler -, Faye Pridgon, Colette Mimram – responsável pelo visual do artista -, Paul McCartney, os músicos Noel Redding, Mitch Mitchell, Billy Cox e o engenheiro de som Eddie Kramer, entre outros.

Produzido pela Fuse Films e THIRTEEN, em parceria com a WNET, o documentário faz parte da série American Masters. A criação é de Susan Lacy, com direção de Bob Smeaton – que tem em seu currículo projetos como Jimi Hendrix: Voodoo Child, Hendrix: Band of Gypsys, Hendrix 70: Live at Woodstock, Festival Express e The Beatles Anthology. 

A PBS não informa por quanto tempo o documentário ficará disponível online, apenas que será por um período limitado. Em inglês, sem legendas. Imperdível.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie

Como fazer a nação chorar… e comprar

Na semana passada, a gente mostrou por aqui mais uma irretocável campanha de Natal da John Lewis. Os filmes natalinos da rede de lojas têm um apelo emocional tão forte, com histórias envolventes e produções bem-cuidadas, que costumam criar grande expectativa no público. Mas, qual o segredo por trás desta trajetória de sucesso? É o que investiga o documentário John Lewis – Making the Nation Cry…and Buy, produzido pelo Institute of Practitioners in Advertising e Thinkbox.

Em pouco mais de 30 minutos, o filme traz entrevistas com o diretor de marketing da John Lewis, Craig Inglis, e com criativos das agências Adam&EveDDB e Manning Gottlieb OMD.

É interessante ouvir a história de como a abordagem antes racional e focada apenas nos produtos acabou passando por uma enorme guinada, a importância da escolha da trilha sonora certa e como esta mudança se refletiu diretamente nos lucros da empresa. Tudo narrado pelas pessoas que fizeram isso acontecer.

Em inglês, sem legendas.

 

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie

Levi’s retorna aos anos 1960 com Boom Town

Quando se fala em Detroit, geralmente a primeira coisa que se pensa é na indústria automobilística. Mas, lá pelos anos 1960, a cidade conhecida como Motor City foi também o berço de uma revolução musical chamada Motown, quando um som único e contagiante ultrapassou as barreiras geográficas e culturais para influenciar artistas ao redor do mundo. É esta a história contada em Boom Town, documentário apresentado pela Levi’s que retorna aos anos 1960 para relembrar a trajetória de músicos que até hoje são referência nos universos musical e fashion.

Dirigido por Aaron Rose, Boom Town é o resultado de um grande processo de pesquisa em busca de filmagens raras em casas noturnas e shows, filmes cotidianos e fotos, além de filmes industriais da época. As imagens são mostradas com a narração dos artistas que vivenciaram aqueles momentos, como Russ Gibb, dono do Grande Ballroom – por onde passaram alguns dos maiores artistas do soul e rock da época -, o guitarrista de estúdio Dennis Coffey e o diretor de arte Gary Grimshaw, que criou diversos pôsteres para a gravadora.

O começo do documentário é um pouco devagar, mas quando a música começa pra valer, é impossível tirar os olhos da tela ou aumentar o volume para relembrar os clássicos da Motown. Vale o play.

boom4
boom1
boom2
boom3

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie

Documentário passeia pelos 25 anos de Street Fighter

Pode pegar a pipoca e se acomodar confortavelmente diante de seu computador. Está sendo disponibilizado no YouTube, na íntegra, o documentário I Am Street Fighter. Lançado no ano passado, como parte das comemorações pelos 25 anos do game, o filme passeia pelo universo de criadores, produtores e fãs, revelando curiosidades e ótimas histórias para quem curte a franquia, games em geral ou se interessa por design de games.

É interessante descobrir detalhes do game e perceber como eles evoluíram, do Arcade para os consoles, as adaptações visuais e sonoras necessárias para que Street Fighter continuasse conquistando novas gerações. Não é à toa que este é um dos jogos mais importantes da história dos games, apesar até mesmo das trágicas adaptações cinematográficas em torno de seus personagens.

Sem mais blá-blá-blá, dê o play e divirta-se. O documentário é em inglês, sem legendas.

street1street2street

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie

A história secreta dos brinquedos

Parece difícil de acreditar que, a esta altura do campeonato, com a tecnologia tão presente em basicamente todas as áreas das nossas vidas, que a indústria de brinquedos ainda mantenha algumas tradições. Mas é exatamente isso o que mostra The Secret Story of Toys, curta dirigido por Anthony Ladeisch que explora os estágios iniciais da produção de figuras de ação e os artistas por trás deste trabalho.

Antes de chegar ao PDV acompanhado por uma publicidade maciça, tornando-se objeto de desejo de crianças e adultos, antes de ganhar a embalagem mais bacana, colorida e atraente, antes até de ir para a linha de produção, todo brinquedo passa pelas mãos de um artista que o esculpe a partir da massa disforme da argila. E são estes escultores e designers de protótipos que falam sobre seu processo criativo neste documentário curioso e imperdível, que responde às perguntas que a gente nem sabia que tinha.

O trabalho é meticuloso, nenhum detalhe pode ser esquecido. Afinal, aqueles brinquedos não são apenas para crianças, mas também objetos para colecionadores exigentes, como os próprios artistas que os criam. Como todo trabalho criativo, a prototipagem é cercada de paixões e frustrações, erros, acertos e muitos recomeços.

Mas apesar de responder a muitas perguntas, The Secret Story of Toys também levanta outras. É o caso, por exemplo, de como uma impressora 3D pode afetar o trabalho destes artistas. Será que esta tecnologia é uma ameaça à arte? Espero que não.

O documentário é em inglês, sem legendas.

01
02
03
04
05

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie

Documentário dirigido por Werner Herzog conta o drama causado pelo uso do celular ao volante

Desde o ano passado, as operadoras de telefonia AT&T, T-Mobile, Sprint e Verizon deixam sua concorrência feroz de lado na hora de promover a campanha de conscientização “It Can Wait”, com mensagens e histórias sobre um mal moderno: a prática de dirigir e enviar mensagem de texto ao mesmo tempo.

Hoje, a iniciativa ganhou o reforço de um documentário dirigido por Werner Herzog. Complicado citar apenas um ou dois filmes do prolífico diretor alemão como referência, mas lembro aqui dois longas documentais recentes e marcantes dele: “Grizzly Man” e “Cave of Forgotten Dreams”.

No trabalho comissionado pelas operadoras, Herzog conta os casos de famílias afetadas pela combinação mortal de SMS e volante. Todo ano, 10 mil acidentes são causados por causa desse comportamento, e é um número que só cresce. Com 35 minutos de duração, “From One Second to the Next” tenta provar que nenhuma mensagem é tão urgente a ponto de colocar a própria vida e a dos outros em risco.

Werner Herzog

O material, além da divulgação online, será distribuído para cerca de 40 mil escolas e universidades nos Estados Unidos. Segundo pesquisa, 75% dos jovens disseram que é comum enviarem mensagens pelo celular enquanto dirigem.

O curta-documentário é quase todo com base em testemunhais, em inglês, sem legendas, mas tem imagens que falam por si só. Confesso que me encaixo na estatística de pessoas que usam celular ao volante, e não só SMS. Pode ser Twitter, Facebook, email, ou qualquer app que pisque uma notificação na tela. A desculpa do trânsito intensifica ainda mais o uso. “Só mais uma olhadinha rápida”, e quando percebo o sinal abriu e estou dirigindo com o celular na mão. Campanhas como essa certamente devem me ajudar a tomar vergonha na cara.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie

Documentário debate satisfação criativa x financeira

Existe uma frase de Confúcio bastante citada que diz:

“Escolha um trabalho que você ame e não terás que trabalhar um único dia em sua vida.”

Na prática, a gente sabe que não é bem assim. Trabalhar com algo que amamos não é uma tarefa fácil, porque muitas vezes seremos obrigados a tomar decisões que podem comprometer esse amor, especialmente quando lidamos com questões que fogem ao nosso controle. Como muitos outros profissionais da indústria criativa, a galera do estúdio Eskimo tem seus próprios momentos de dúvidas, e a busca por algumas respostas resultou em um documentário, Wonderland.

Com depoimentos de Eliot Rausch, David Lewandowski, Orion Tait (Buck), Jon Contino, Shane Ford (The Work), AG Rojas, Peter Kote (Conscious Minds), Jose Gomez (Shilo), Wilson Brown e Sean McGovern (Antfood),  Gabe Imlay e Juliet Rios (The Wilderness) e Steve Mottershead (Artjail), a pauta gira em torno da criatividade, relacionamentos, lucro financeiro e as direções que tomamos intecionalmente ou não para responder à seguinte pergunta: será que é possível fazer o que amamos e obter satisfação criativa e financeira ao mesmo tempo?

Para alguns dos participantes, uma das primeiras coisas que se deve ter em mente é que, quando estamos a serviço de uma marca, o trabalho pertence à ela. Muitas vezes isso significa que o cliente é que vai tomar a decisão final, que pode não estar de acordo com a sua. E é exatamente por isso que é tão importante termos nossos projetos pessoais, aqueles que podemos ter o controle criativo e que são capazes de preencher nossas ambições criativas.

É um material bem bacana, que ajuda a refletir sobre muitas coisas, independentemente de se concordar ou não com as opiniões dos entrevistados. Infelizmente não tem legendas em português.

wonder1

wonder2

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie

The Pixel Painter

Hal Lasko, apaixonado por design, trabalhava como tipógrafo. Muitos anos depois de ter se aposentado, sua família lhe apresentou o computador, com Microsoft Paint. Hoje com 97 anos, Lasko cria impressionantes trabalhos misturando pontilhismo e pixel art, driblando problemas de visão com o arcaico software.

Mas o curta-documentário acima, de quase 9 minutos, não é só sobre isso. É sobre paixão, trata sobre manter nossa identidade mesmo em idade avançada, sem ficar reclamando pelos cantos.

Vale o play. Não tem legendas em português.

The Pixel Painter

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie

A Sereia, O Jornalista e o Internauta

No último feriadão nos Estados Unidos, mais de 3.6 milhões de pessoas assistiram ao documentário “Mermaids: The New Evidence”, no Animal Planet. O programa mostrava nova evidência sobre a existência de, bem, Sereias!

Quando muita gente se tocou na natureza fictícia da descoberta, um surto de ódio contra o canal começou na internet. Gente reclamando de ter sido enganada, ludibriada e que perdeu seu tempo assistindo ao mocumentário (documentário de mentira) começou a atacar o canal. Perante a situação, claro, a imprensa aproveitou o ensejo para “desmascarar” o programa, exibir inúmeros tweets e posts do Facebook, e uma declaração do NOAA (Departamento de Pesquisa Oceanógrafa) sobre a inexistência de conexão entre a entidade e o conteúdo. Pronto: criou-se uma polêmica sobre SEREIAS!

Pensando de forma analítica, se uma entidade governamental, ou turistas malucos, tivessem encontrado evidência sobre a existência de Sereias, a notícia teria explodido no YouTube e na grande imprensa muito antes de um documentário no Animal Planet, certo? Entretanto, a falta de perspectiva é a maior responsável por essa polêmica. Essa NÃO foi a primeira vez que o assunto foi apresentado dessa forma.

Mermaids

Mermaid

Em 2012, o canal exibiu o mocumentário “Mermaids: The Body Found”, que segue os mesmos moldes, feito pela mesma equipe e estrelado pelos mesmos “cientistas”. Assisti a esse programa na estreia e, por conta da ótima edição e direção, acreditei ser algo verídico até o primeiro efeito especial meio tosco aparecer. Comecei a rir. Ponto para eles. A partir daí ficou divertido e curti a ideia. Mas não parava de pensar em “The Last Broadcast”, o mocumentário que transformou “A Bruxa de Blair” em fenômeno. Foi até exibido na GNT, no Brasil, como algo sério.

Foi uma bela mistura de ficcional, mitológico e narrativa moderna

O entretenimento tem a obrigação de encontrar novos formatos e, sinceramente, essa dobradinha sobre as sereias é uma ideia interessante. Entretanto fico perplexo ao notar que a continuação de um mocumentário tenha gerado tanta algazarra online. Sem vincular o programa ao antecessor, o canal deu a impressão geral de que o “truque” é novo. Bem, não é. E, pelo aspecto das mídias sociais, o marketing do canal acertou em cheio, pois atraiu atenção de público e imprensa, tem gerado bastante conversa entre amigos e nos talk shows das rádios, e vai garantir uma sobrevida interessante às reprises.

Mermaid

Vale ressaltar a qualidade dos programas. Lembro de uma entrevista com um dos criadores dos efeitos especiais de “Tron”, há pelo menos uns 14 anos, quando ele disse que o futuro dos efeitos especiais era desaparecer; chegaríamos ao ápice da arte quando recriarmos qualquer coisa e enganarmos todo mundo. Bem, se ainda não estamos lá, falta muito pouco. Os dois “Mermaids” não são exímios nos efeitos na hora da revelação, mas a mistura com a câmera amadora, a tela chuviscada e os movimentos bruscos, conferem aos programas um quê de realidade. Acima de tudo, o espectador é convencido pela narrativa, pelas entrevistas, pelas projeções científicas da evolução das sereias.

Mermaids

Aliado a isso está o desejo da descoberta. Não é todo dia que um ser mítico ganha vida e, pasmem, pode estar nadando em nossos mares nesse exato instante. Foi uma bela mistura de ficcional, mitológico e narrativa moderna.

O entretenimento tem a obrigação de encontrar novos formatos e esse foi um truque interessante

Para variar, a “galerinha online” se sentiu ofendida. Bem, novidade, não é? O volume de e-mails, tweets e posts de cheios de ódio foi gigantesca. Até a CNN resolveu fazer uma matéria revelando a verdade sobre tudo, dizendo que os cientistas eram atores, que havia uma linha nos créditos finais dizendo “alguns fatos são baseados em ficção” e dando voz aos reclamões online.

A frase não é minha, mas tomo posse: a internet deu voz a muita gente que, infelizmente, não merece ter uma. Tudo é oito ou oitenta, todo mundo se sente no direito de ficar ofendido e quem sofre são as timelines alheias. Ficar bravo com o Animal Planet deve estar em 5446° lugar na minha escala de prioridades na vida. Isso deve ser excesso de vontade de querer que as sereias existam… e o Papai-Noel… e a Fada do Dente… e o Capitão América.

Como vivo no mundo do cinema, onde ser enganado (no bom sentido) o tempo todo faz parte do jogo, só posso tirar o chapéu. Acreditei por um tempo e eles merecem tanto o respeito quanto o sucesso.

======

Fábio M. Barreto é jornalista, cineasta e autor da ficção científica “Filhos do Fim do Mundo”.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie

Instagram is

Ontem de noite, minha mãe perguntou: “filha, afinal de contas, o que é Instagram?” Hoje dou de cara com esse vídeo e descubro que dei uma explicação pra lá de superficial pra ela. Se ela me perguntasse hoje, eu diria: é uma forma fotográfica que as pessoas encontraram para expressar sua porção de autismo, ou seja, seu jeito particular de ver coisas muitas vezes comuns.

O minidocumentário acima traz uma breve discussão da importância social do aplicativo. Parte das considerações poderiam ser atribuídas a muitas outras redes sociais, mas mesmo para quem é fã, acaba apresentando novos níveis de relevância para app.

“É divertido como um simples aplicativo no celular pode mudar a sua vida.”

O vídeo revela também algumas personalidades que inovaram dentro da ferramenta, causando um  inseption de ideias sobre como utilizar fotos e filtros. Aqui no Brasil, poderíamos facilmente destacar o Instamission como algo à parte do Instagram, que por acaso funciona dentro do Instagram. Mas tem também gente que usa como portfólio, como diário, como espelho, como forma de formar uma banda, como catálogo de moda.

Duas conclusões que tirei vendo o vídeo: “tirar foto pulando não é nada criativo” e “teve jabá de iPhone ou Android não é mesmo o preferido da galera?”

Enfim, o vídeo não é “oficial”, não foi feito pelo time do Instagram, mas sim pela Technopaul Productions.

// UPDATE

Se você quiser ver um segundo ponto de vista, uma segunda análise, o vídeo abaixo também é bem interessante. Falo sério, já que fala um pouco sobre manipulação da realidade e me fez lembrar esse site, que aponta o uso falso da hashtag #nofilter.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie

Instagram Is, um documentário sobre quem não vive sem o aplicativo

Em uma cultura imersa na tecnologia, de certa forma o aplicativo Instagram consegue reviver o espírito aventureiro daqueles que estão constantemente buscando ângulos inusitados, momentos cara a cara, emoções genuínas e relacionamentos reais para compartilhar com o mundo.

Como algo tão digital pode, de fato, tirar as pessoas de frente de suas telas, indo em direção ao mundo analógico?

Inicialmente concebido como um trailer falso para um projeto de estudos na Universidade do Texas e agora lançado recentemente como um curta-metragem, Instagram Is é uma criação do diretor Paul Tellefsen, que busca captar um novo olhar sobre aqueles que tem o Instagram como mais do que aplicativo e rede social preferida.

Paul Tellefsen viajou durante meses pelos EUA e trouxe como resultado um documentário de 25 minutos que explora a comunidade e os relacionamentos alimentados pela plataforma ubíqua que é o Instagram, e o que suas fotos e a rede criada em volta delas significam para eles.

instagram-is-3
instagram-is-2
instagram-is-1

Alguns dos usuários documentados são Allison Anderson, Kyle Steed Brenton Little que, donos de algumas das maiores e mais seguidas contas, discutem como o aplicativo mudou suas vidas.

Instagram Is mostra que o aplicativo é muitas coisas: um app de fotografia, uma rede social, uma forma de se expressar e até uma dor de cabeça para alguns fotógrafos profissionais nostálgicos e pouco animados com estes novos conceitos.

Mas, acima de tudo, o documentárip consegue mostrar que, para a maioria de seus usuários, o Instagram é uma comunidade que vive além das telas e cliques.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie

O Photoshop está remixando o mundo?

Já falei aqui no B9 – umas 42 vezes, acho – o quanto gosto da série “Off Book” da PBS e seus mini-documentários que abordam criatividade, internet e comportamento.

O novo vídeo volta os olhos para o Photoshop, numa tentativa de explicar como ele revolucionou nossa cultura visual. Criações que seriam impossíveis há 20 anos, hoje são feitas em minutos, e por qualquer um disposto a aprender. Ao mesmo tempo que o uso indiscriminado causa controvérsia, pela mídia principalmente, hoje o Photoshop se mostra fundamental no modo como as pessoas criam conteúdo online, disseminam memes e viralizam manipulações caseiras.

Talvez você não concorde com nenhuma dessas afirmações. Afinal, uma ferramenta na mão de quem não saber o que fazer com ela não serve pra nada. Justamente por isso a discussão vem em forma de pergunta: O Photoshop está remixando o mundo?

Assista acima. Não tem legenda PT-BR.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie

Toy Stories: fotógrafo retrata crianças e seus brinquedos ao redor do mundo

Todos nós lembramos dos nossos brinquedos de infância. Foi com boas e nítidas memórias que Gabriele Galimbert, fotógrafo italiano, pegou a estrada por 18 meses e foi fotografar crianças com seus brinquedos pela estrada afora. O resultado é o projeto Toy Stories, que se desdobra em diversos significados a partir dos mundos construídos por estas crianças e cada objeto seu tão amado.

“No fim, todos só querem brincar”. – Galimbert

Mas como as crianças brincam pode revelar muito sobre elas. De acordo com relato em seu site, Galimbert conta que as crianças com famílias de maior poder aquisitivo eram mais possessivas e demoravam mais para deixá-lo brincar junto. Já em países pobres, esse contato era muito mais fácil, pois as crianças tinham poucos brinquedos e não se importavam muito com eles, querendo mesmo era brincar na rua com os amigos.

Mesmo de realidades diferentes, Galimbert conta que muitas das crianças, independente de qual e quantos brinquedos tinham, acreditavam naquele mundo que haviam criado, e que os protegeria de tudo.

Outro olhar interessante foi sobre os pais destas crianças. O fotógrafo conta que aprendeu muito sobre suas famílias ao observar os brinquedos dos filhos: uma criança que vivia numa área rural do México brincava com pás, tratores e caminhões de plástico; já uma criança cuja mãe era taxista colecionava dezenas de carrinhos; outra criança, filho de músicos, tinha em sua maioria brinquedos que eram instrumentos musicais.

Ryan-SudAfrica Tyra-Sweden-1024x1024 botlhe-Botswana Allenah-Lajallab-el-nido-Philippines alessia-toscana Noel-South-Dallas-Texas Abel-Nopaltepec-Messico enea-colorado Keynor-Cahuita-Costarica Li-Yi-Chen-China Orly - Brownsville, Texas Arafa-e-Aisha-Aman-Zanzibar

Galimbert por fim relatou que, com a exceção dos jogos e dos computadores, os brinquedos e suas funções mantem-se ao longo do tempo. Podem ganhar uma tela touch, provocar experiência interativa e até possuir certa inteligência artificial, mas continuam sendo simples instrumentos de fantasia e memórias.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie