Popload Gig Residências traz Feist para São Paulo

Hoje e amanhã tem show da Feist no Cine Joia, em SP. A veterana cantora canadense de pop/rock conheceu o sucesso inesperado em 2007 com seu disco The Reminder, e o álbum seguinte, Metals, revelou um lado mais introspectivo e atmosférico da compositora.

Feist lançou seu primeiro álbum solo em 1999, quando ainda tocava guitarra na banda By Divine Right. O disco não fez feio, mas foi com Let It Die, de 2004, que ela ganhou um reconhecimento à sua altura, dentro e fora do Canadá.

O show abraça o repertório mais recente de Feist, privilegiando as favoritas de The Reminder e Metals, como How Come You Never Go There, mas isso não signifca que as incríveis 1234, My Moon My Man e Mushaboom não devam aparecer.

Vale a pena.



Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie


Advertisement


The Mission em São Paulo: imperdível!

Comemorando 25 anos de estrada, o lendário The Mission (UK) está fazendo uma turnê mundial e vem para o Brasil essa semana. Para o vocalista Wayne Hussey, o Brasil não é nenhuma novidade: ele é casado com uma brasileira e mora aqui.

Para o resto da formação (Craig Adams, Simon Hinkler e Mike Kelly), é uma volta ao país onde já se apresentaram outras 2 vezes. Agora eles vão tocar no charmoso Cine Joia, na Liberdade, um lugar aconchegante onde, no caso do The Mission, os saudosistas e nostálgicos de plantão vão poder matar as saudades de uma época mágica do pop britânico e aplaudir Wayne e cia. bem de perto.

O bom e velho The Mission surgiu em 1986, quando Wayne e Craig Adams saíram do cultuado Sisters Of Mercy para formar a banda e buscar novos horizontes. Já no primeiro disco, God’s Own Medicine, emplacaram vários hits e marcaram a “invasão gótica” no pop inglês daquele ano.

Severina e Garden Of Delight levaram massas de fãs ao delírio, e o disco seguinte, Children, atingiu o segundo lugar da parada britânica na semana de seu lançamento.

Não tinha pra ninguém, assim era o The Mission.

O álbum seguinte, Carved In Sand, marcou o ápice de popularidade e sucesso comercial da banda. Eles estavam sob todos os holofotes desde Children, e acumulavam seguidores fiéis.

Enquanto os “pés no peito” de Amelia e Deliverance consagravam o The Mission como porta-vozes góticos que dissecavam temas como sexo, romance e até abuso infantil em explosivas estruturas pop embaladas em melodias grandiosas e apocalípticas, o mega-blaster-hit Butterfly On a Wheel mostrava, ao mesmo tempo e na contramão, que a banda também sabia esfaquear a alma dos mais sensíveis. E fizeram uma das músicas mais bonitas daquele ano.

Em 1992, voltaram bem-humorados em Like a Child Again, mas deixavam claro que ainda eram eles mesmos em Even You May Shine e Shades Of Green. Os álbuns seguintes, Neverland e Blue, tentaram sem muito êxito trazer de volta a glória do passado num mundo onde o rock gótico já não tinha tantos curiosos.

Mas Aura e Sacrilege marcaram a grande volta da banda e consagram a trajetória do Mission como uma das bandas mais importantes de seu tempo e seu estilo.

Neste domingo, quem for ao Cine Joia vai ter a honra de celebrar de perto a história desta grande banda.




Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie


Advertisement


Crowdfunding, Anonymous, Sony… e o Atari Teenage Riot chegando ao Brasil

De tempos em tempos um chavão ou expressão da vez aparece no mercado, vira tema de palestra, vira um monte de cases.

O processo de crowdfunding é um deles, e surgiu como uma forma de viabilizar projetos pessoais e shows através das redes sociais. No caso de shows, foi onde ganhou um certo destaque no Brasil, por dar aos fãs o poder de trazerem o show da sua banda favorita, sem precisar necessariamente de amarras comerciais e patrocinios convencionais. Bom, a coisa não é tão simples, até porque trazer um show não é tão simples. Já na outra ponta, o problema está na hora de colocar a mão no bolso e fazer a vaquinha acontecer.

Eu, recentemente, recorri ao processo de crowdfunding para viabilizar uma coisa que queria há muito tempo: trazer o show do Atari Teenage Riot ao Brasil. A banda veio em 98 e tocou para poucos sortudos. Na época no extinto clube KVA, em Pinheiros.

Para quem não conhece, além da mistura de hardcore e música eletrônica, o ATR ficou conhecido pela sua atitude em cima e fora dos palcos numa época pré 11 de setembro, Napster, Facebook e por ai vai. A banda ficou parada por cerca de 10 anos – justo na hora que a revolução digital que eles tanto falavam, acontecia e crescia.

Voltando ao crowdfunding, consegui uma parceria com os caras do Ativa Aí, uma espécie de Queremos de SP. Toparam na hora o desafio e deu certo. Em menos de 48 horas o show estava viabilizado, através de 200 ativadores com alguns beneficios especiais.

Entre eles, e o mais legal, foi o poster oficial do show (aprovado pela banda e feito num processo artesanal pelo Coletivo SHN de Americana, no interior de São Paulo). O video do making of deste conta com a faixa “Black Flags”, que foi tema de uma polêmica recente com a banda.

Em março deste ano o ATR gerou barulho e discussão quando doou royalties que recebeu da Sony para o grupo Anonymous, através da Anonymous Support Network, organização responsável por pagar as despesas legais de membros que estejam sob processo judicial.

A música “Black Flags” foi usada em um filme da campanha do PlayStation Vita, abaixo.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie


Advertisement


Pelados e Famosos

Chamar qualquer banda de “fenômeno”, no século XXI, é no mínimo um abuso da hipérbole.

Então, quando eu ouvi dizer que o The Naked and Famous era o novo fenômeno da música indie/pop da atualidade, eu já filtrei a informação: ok, é a banda legal do momento. Vamos ver qual é que é.

Sexta-feira os neozelandeses desse grupo (que parece ter saído de um DeLorean vindo direto de 1986) tocaram aqui em São Paulo, no charmoso Cine Joia, mostrando as músicas de seu primeiro álbum: Passive Me Aggressive You.
(Disco este que, aparentemente, já é um clássico entre 11 de cada 10 pessoas que estavam lá.)

Fui pego de surpresa. Todo mundo cantando, berrando todas as músicas, verso por verso, pulando, ovacionando, dançando como se fosse o último show de suas vidas. E tenho que dizer: ponto pros neozelandeses. O publico saiu de lá realizado.

A banda fez uma apresentação competente, tocando muito bem e sendo bastante fiel às gravações de estúdio. Às vezes a fidelidade era tanta que eu me perguntava se não estaria rolando ali um playbackzinho pra segurar os vocais. Mas prefiro acreditar que não e manter imaculada a boa impressão que eles me causaram.

Surgido em Auckland em 2008, o The Naked And Famous conquistou sua terra natal com a música Young Blood, em 2010, para então conquistar o mundo (olha a hipérbole aí) no ano passado. O single vendeu 15 mil cópias e rendeu à banda o prêmio australiano Silver Scroll, e quando o álbum foi lançado eles foram direto para o primeiro lugar das paradas da Nova Zelândia. No ano passado, a BBC a incluiu a banda entre as revelações do ano, e finalmente o álbum deles chegou à iTunes Store americana.

Agora, estão viajando o mundo e aproveitando a fama e o sucesso, enquanto o próximo fenômeno não aparece para tomar seu lugar.

Se você gosta de pop 80’s, aqui está sua nova banda preferida. Divirta-se.





Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
Twitter | Facebook | Contato | Anuncie


Advertisement