Paul Stanley e Gene Simmons fazem o parto do novo bebê do Kiss

Atende pelo nome de LA Kiss o mais novo empreendimento da banda Kiss que nada tem a ver com música, mas sim com futebol americano. E para apresentar seu novo time, digo, “bebê”, Paul Stanley e Gene Simmons foram parar na sala de parto de um hospital para fazer um parto rock n’roll.

O filme tem um certo gosto duvidoso, e por isso deve ser assistido sem grandes expectativas do ponto de vista publicitário. Ao mesmo tempo, é mais uma investida genial do Kiss, provavelmente uma das bandas mais empreendedoras do mundo da música.

Se veremos o LA Kiss no Super Bowl algum dia? Em se tratando do Kiss, tudo é possível…

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Respeitem as hashtags

Saber usar hashtags em campanhas é uma arte e poucos souberam usar até hoje. E isso em qualquer lugar no Brasil, no exterior, tanto faz. Criar uma hashtag que pegue na veia e que motive as pessoas a usarem é algo tão difícil e importante que, parafraseando aquela máxima futebolística do Neném Prancha “Penalti é uma coisa tão importante, que quem devia bater é o presidente do clube”.

Pois é, hashtag é algo que deveria ser levado mais a sério. Não precisa ser o presidente da agência mas só de ter o Planejamento, a Criação e um Community Manager pensando nisso já mudaria bastante as coisas. Claro que o cliente teria que ajudar e aprovar mas o ponto aqui é dar mais peso para as hashtags. Algo que ainda não está acontecendo como deveria.

As hashtags originalmente foram usadas no mIRC e em algum momento alguém teve a idéia de usar no Twitter

No Super Bowl desse ano pela primeira vez tivemos mais filmes com hashtags (44) do que com URLs (39). Mas para se ter uma idéia de como esse negócio de criar hashtag é complicado, a maior parte dessas hashtags apareciam apenas no rabicho do filme meio que como um “vamos colocar uma hashtag para mostrar que somos descolados” ou seja, hashtags vazias e sem propósito. Uma das que se destacou foi a de uma campanha da Esurance que daria US$ 1.5 milhão num sorteio.

Só que eles fizeram de uma maneira ~malandra~, o filme foi para o ar logo após o fim do jogo e com isso eles economizaram o dinheiro que foi revertido para a promoção. Eles cresceram de 8.900 seguidores para 204 mil até agora. Se pararmos para pensar, o custo por seguidor foi bem alto mas o buzz que eles conseguiram não tanto. Mais de 1 milhão de tweets na primeira hora está bom para você? Mas peraí, a hashtag foi a responsável por isso tudo? Claro que não mas ela fez parte da estratégia.

Na minha opinião, uma hashtag proposta e usada por uma marca deve ser um convite a participação mas aí caímos novamente naquele velho dilema de boa parte dos clientes “…mas eles podem usar isso para falar mal da gente…” Todo mundo sabe que já estão falando e não vou repetir o discurso de 2005 pela milionésima vez.

Explorar hashtags na segunda tela já está sendo usado por muita gente da indústria de entretenimento

Quando uma marca decide criar uma hashtag do zero, ela está correndo o risco de fazer algo vazio e que não faz o menor sentido para a comunidade. Nesse caso a melhor coisa é pensar que existem assuntos que são interessantes para a marca, assuntos interessantes para a comunidade e há a interseção desses dois, assuntos que são “bons para ambas as partes”. Já vi marcas usando apenas assuntos que são interessantes para elas como hashtag e o resultado foi exatamente o esperado. Nada aconteceu.

Quando marcas usam hashtags já existentes e tentam se apropriar de algo criado pelas pessoas também já vi dar errado e notar pessoas parando de usar aquela hashtag para não fazer propaganda para essas marcas. Nesse caso a marca ~matou~ uma hashtag. As vezes ela volta desvinculada da marca mas na maioria das vezes o estrago já está feito e aquela hashtag vira uma gíria velha. Dá até vergonha alheia ao ver alguém usando. Um exemplo legal de uso de hashtag existente para uma campanha foi a #firstworldproblems com pessoas de países em desenvolvimento lendo aqueles tweets.

Outro caso interessante é o sentido contrário. Uma hashtag que começa a ser usada pelo público mas que na verdade é um slogan de alguma campanha. O que costuma acontecer é que há uma dissonância cognitiva sobre quem é o dono dessa hashtag. A marca é dona do slogan mas quando as pessoas usam como hashtag nas redes sociais, de quem é aquele post (tweet/foto/etc)? Na minha opinião, é da pessoa mas sempre vai remeter a marca. O que pode ser bom ou não. Nesse caso, se a marca resolver usar esses posts sem permissão do seu autor, pode acabar tendo problemas legais.

Agora quando vemos algo emocional e que usa a hashtag como call to action para a campanha o jogo muda. Se essa campanha começa dos meios de massa e vai para a internet acaba funcionando bem também. Itaú e Nextel já fizeram isso com #IssoMudaoMundo e #AceitaLaura. Campanhas de TV, emocionais e que quase demandam uma reação do público via segunda tela.

Trending Topics é o objetivo de qualquer marca que invente uma campanha usando hashtags. Elas querem ser a campanha que todo mundo está falando.

E esse lance de explorar hashtags na segunda tela já está sendo usado por muita gente da indústria de entretenimento. Séries de TV já vem com a hashtag a ser usada pela audiência para comentar o episódio e basta assistir um final de novela, um clássico local de campeonato de futebol (ou curling feminino) ou final de reality show para notar que as pessoas naturalmente comentam usando as hashtags.

As hashtags originalmente foram usadas no mIRC e em algum momento alguém teve a idéia de usar no Twitter, a moda pegou e elas viraram uma forma de dar um contexto para o que está sendo falado e poder indexar e agrupar tudo sobre aquele assunto. Como isso virou referência de uso público, as ferramentas que não tinham a funcionalidade de buscar hashtags foram, uma a uma, se adaptando para poder fazer parte das discussões em tempo real. E as pessoas gostam de estar junto de zilhões de pessoas que estão dividindo aquele momento, assunto ou interesse e se expressando.

Me lembro quando assisti o final de “Lost” em streaming e a sensação que eu tinha era que TODO MUNDO estava falando sobre isso. É uma sensação estranha fazer parte de algo global mas é, ao mesmo tempo incrível. Hashtags em eventos também é muito bom tanto para quem está lá quanto para quem não está presente. É uma maneira de participar mesmo sem estar lá presencialmente. #Claro #que #quem #abusa #das #hashtags #não #entendeu #nada.

E aí chegamos no resultado direto das hashtags: os Trending Topics. Assuntos que estão sendo comentados por muitas pessoas viram isso. E esse é o objetivo de qualquer marca que invente uma campanha usando hashtags. Elas querem ser a campanha que todo mundo está falando. Algo com a campanha de outdoors de Veja foi nos anos 90, como a campanha de Bombril, da Brastemp, de Dreher e tantas outras que caíram na boca do povo.

“Don’t #spam #with #hashtags. Don’t over-tag a single Tweet.” – Manual do Twitter

Hoje são poucas marcas que conseguem aproveitar bem os Trending Topics e as hashtags. A persona do Pinguim do Ponto Frio e a quantidade de produtos que a marca tem permitem que, com criatividade, ele entre em quase qualquer assunto em voga na internet com humor e senso de oportunidade. Isso vai da trama da novela das nove até a o último meme da semana. Mas não lembro de ter visto eles inventando alguma hashtag que tenha virado. Se alguém lembrar, por favor coloque nos comentários.

Voltando as Hashtags para marcas. Quem vai fazer com que essa realidade mude? Queria ver uma campanha com hashtag sair da Internet e ir para a mídia de massa. Queria ver uma campanha de marca com hashtag própria que tenha uma nova vida assim como #nãotempreço da MasterCard que, mesmo não sendo nada da campanha atual, é algo que remete totalmente a marca. Queria ver uma marca abraçar uma hashtag parodiando uma campanha sua e ver no que ia dar.

O lance é continuar tentando. Mas sem deixar a hashtag ser a última coisa da campanha. Não seria legal se ela fosse a estrela da campanha e que tudo rodasse a partir dela? Existe algo mais focado nas pessoas e em Redes Sociais do que isso? Agora, qual será a marca que vai realmente tentar e conseguir executar isso com sucesso?

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Volkswagen usa tecnologia para separar dois coelhinhos “apaixonados”

Antes de sair distribuindo asas para seus engenheiros nos Super Bowl, a Volkswagen começou 2014 contando a trágica história de dois coelhinhos de pelúcia, condenados a ficar separados para sempre. O “drama” Teddy Tragedy serve para divulgar a tecnologia de Controle de Distância Automático, do Golf. A criação é da adam&eveDDB, com produção da Movie Magic International e direção de Matteo Pellegrini.

Apesar de ser fofo, de certa maneira eu fiquei com a impressão de já ter visto esta ideia antes… Mais ou menos aqui.

Se a tecnologia das montadoras continuar neste ritmo, é provável que os bichinhos – sejam eles de verdade ou de pelúcia – nunca mais tenham um final feliz… 

Coelho

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Coca-Cola e o Racismo: o caso do Super Bowl

O Super Bowl acabou e, como é todo ano, uma série de propagandas de alto calibre criativo invadiu a televisão e o YouTube. Contudo, um fato que passou desapercebido por muitos brasileiros foi a repercussão da propaganda da Coca-Cola, intitulada “It’s Beautiful”, criação da Wieden & Kennedy.

O nome da peça é uma referência à trilha sonora do comercial, “America The Beautiful”, uma das mais tradicionais e patrióticas músicas da cultura estadunidense. Se você ainda não viu o post sobre o vídeo aqui no B9, podem conferir o vídeo abaixo.

Contudo, o que tomou muitos americanos por surpresa foi o fator diferencial principal da propaganda: após os primeiros versos, cantados no original em inglês, os versos seguintes são cantados em outras línguas, como espanhol, árabe, hindu, francês, mandarim, hebraico e tagalo. Eu gostaria de ser bairrista e perguntar “onde diabos está o português?”, mas tudo bem, dessa vez passa.

A Coca-Cola partiu da ideia dos EUA como um país diversificado, heterogêneo, formado por imigrantes e para imigrantes

A recepção da propaganda não poderia ser mais bizarra: enquanto alguns amaram, houve também uma enxurrada de tweets malucos de americanos indignados pela proposta da campanha. O Tumblr Public Shaming, já conhecido por compilar “vergonhas alheias” internéticas, reuniu algumas das pérolas. Recomendo fortemente que você perca seu tempo lendo, para dar umas boas risadas.

Tem de tudo: desde americanos dizendo que nunca mais tomarão o refrigerante até indivíduos super militantes, dizendo que “na América se fala inglês” – com uma grafia digna de uma criança em fase de alfabetização! A lista de tweets de pessoas que claramente não sabem a diferença entre “You’re” (“você é” ou “você está”) e “Your” (“seu”) é risível, especialmente quando são pessoas que exigem que tal música seja cantada em inglês.

Lembro que meu pai fazia uma piada, quando eu era criança. Ele dizia que nos EUA as crianças eram mais inteligentes, pois elas já falavam inglês desde novinhas. Bobeiras à parte, quando você reclama que brasileiro não sabe escrever em português (basta ver sua timeline no Facebook), saiba que isso não é só problema de ~terceiro mundo~. Mas isso é outro assunto.

America

A Coca e sua proposta Glocal

???O conceito da peça parece ir ao encontro da já conhecida proposta “Glocal” (Global +Local) da Coca-Cola: sendo uma marca poderosa no mundo todo, busca, através de algumas estratégias específicas, uma identificação com o público da região. Como exemplo disso, temos a famosa lata azul do refrigerante, que circula durante o Festival de Parintins, no Amazonas, evento este no qual a Coca-Cola patrocina, podendo assim ser mais aceita pelo público que torce para o Boi Caprichoso, de cor azul, rival do Boi Garantido, de cor vermelha.

Harmonia só ocorre entre elementos diferentes. Um instrumento que toca apenas uma nota não produz música

Outro exemplo marcante vem da China, na adaptação do nome da marca naquele país. De forma a tentar manter a sonoridade do nome, e tendo em vista a dificuldade que a língua chinesa traria na pronúncia do “Coca-Cola”, foi realizado um interessante trabalho de naming para encontrar-se um equivalente fonético do nome original. O resultado é que para se pedir uma Coca- Cola em chinês você deve falar que quer uma “ko-kou-ko-le”, que significa algo próximo a “felicidade na boca”. (Ouça a pronúncia aqui, é divertido.)

E como a nova propaganda é Glocal?

Já não é novidade as estratégias que a Coca-Cola elabora em suas campanhas para associar sua marca a valores específicos de alta aceitação: família, felicidade, harmonia, amor. Mas como fazê-lo no seu país de origem durante um dos eventos que mais patrióticos do ano e, se possível, causa impacto?

A solução, ao meu ver, foi muito interessante. Ao invés de partir da ideia dos EUA como um país unificado e homogêneo, com bandeira estrelada tremulando ao fundo e modelos maravilhosos de queixo quadrado e figuras esguias (uma clara distorção do padrão físico norte- americano – basta viajar para lá e ver com os próprios olhos como são as tais “pessoas comuns”), partiu-se da ideia dos EUA como um país diversificado, heterogêneo, formado por imigrantes e para imigrantes.

Quem conhece a história das propagandas da Coca sabe que essa proposta não é exatamente uma novidade, mesmo nos EUA. Em 1971, a dupla Harvey Gabor e Bill Baker, duas lendas da publicidade estadunidense, criaram a peça “Hilltop” (“Topo da Colina”), na qual pessoas de várias etnias seguravam suas Coca-Colas na mão, cantarolando versos como “Eu gostaria de ensinar o mundo a cantar em perfeita harmonia; Eu gostaria de comprar uma Coca para o mundo e fazê-lo companhia – that’s the real thing”.

?(Nota: recomendo que confiram o Project Re:Brief, idealizado pelo Google, no qual a dupla Gabor e Baker se reuniu novamente em 2012 para refazer a campanha, utilizando o mesmo conceito, mas com as possibilidades que tecnologias atuais, especialmente a internet, oferecem)

Coca-Cola

O interessante desta propaganda da Coca-Cola então está na sua ousadia de ir contra a maré de clichês patriotas. Ao invés de símbolos visuais já estabelecidos e facilmente identificáveis como nos exemplos anteriores, a propaganda da Coca-Cola apostou nos valores de união pela diferença, apostando que a diversidade pode, sim, ser sinônimo de felicidade e harmonia. Faz sentido: harmonia só ocorre entre elementos diferentes. Um instrumento que toca apenas uma nota não produz música. Ou até produz, mas ela será chatíssima.

É então Glocal sim, no seu próprio país de origem, apostando na ideia já esquecida por muitos americanos que eles são um país que devem muito à imigração. As reações pelas redes sociais são claras desse esquecimento. Contudo, se você ainda não se convenceu que, mesmo sendo fórmula antiga, a Coca foi contra o clichê, vejamos algumas comparações com outros comerciais que saíram na mesma noite.

PatriotismoS

É uma proposta ousada, especialmente quando comparada com as estratégias de outras propagandas que utilizaram o tema do patriotismo em seus conceitos. Pelo ranking divulgado pelo AdMeter, já comentado em outro post aqui no B9, vemos que as três primeiras propagandas de mais alto escore usaram temas patrióticos – alguns mais sutis, outros nem tanto.

Peguemos a propaganda com mais alto índice de sucesso (8.29, de 0-10), a peça “Puppy Love”, da Budweiser. Nela, temos música country, fazendeiro (texano?), e a incansável história da amizade verdadeira – dessa vez, entre um cachorro, um (uns) cavalo(s) e seu dono. Este, aliás, é obviamente branco, queixo quadrado, tem todos os dentes, e uma esposa magra, branca, e loira. Loiríssima. O dia que eu ver um casal de fazendeiros estadunidenses desse jeito, eu “tiro meu chapéu”. (mas ok, eu gostei da propaganda, não tenho coração de pedra)

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A segunda propaganda no ranking é a “Cowboy Kid”, da Doritos. Nele, temos outros elementos tipicamente americanos: casa de subúrbio, mãe voltando das compras, a SUV, e os filhos brincando de cowboy. E, afinal, o que é mais americano que uma criança branca, loira, brincando de cowboy, enlaçando seu irmão, também loiro, todos felizes correndo pelo gramado verde sem grades no subúrbio? Estereótipo atrás de estereótipo. (ok, eu também achei divertidinha, mas pô, né?!)
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?A terceira propaganda no ranking é, neste cenário, a mais emblemática: outra da Budweiser, chamada “A Hero’s Welcome” (“A recepção do Herói”), utilizando o velho recurso do soldado que volta da guerra para seu lar. Não, ele não estava em uma guerra (guerra?) sem sentido. Não, ele não estava sofrendo as consequências de uma administração desastrosa como foi a do governo Bush. Ele é um herói.

É, na minha opinião, a propaganda mais fraca. Pura apelação emocional a um assunto que ainda é difícil de se lidar para muitos americanos. O vídeo é pura emoção barata: a esposa (branca, loira, magra todos os dentes branquíssimos etc.) que o recebe, a SUV, a cidade pequena acolhedora, os cartazes nas cores da bandeira, o desfile etc. Ao final do vídeo, lemos os dizeres “Todo soldado merece uma recepção de herói”. Em seguida, vem a sugestão de hastag “Salute a Hero”.

Claro, a Budweiser é famosa em suas propagandas no passado por apelar para esse patriotismo militar. Você lembram dessa, de 2006, na qual os soldados retornantes eram aplaudidos no aeroporto?

(cabe a menção de dois comentários que li nesse vídeo. Um usuário disse: “isso é errado em tantos níveis que acho que ficarei doente”. Prontamente, outro usuário responde: “vá ficar doente em outro país então”.)

Honestamente, eu não sei dizer o que é mais bizarro nesse tipo de campanha: seria o fato de muitos americanos ainda apoiarem as manobras militares americanas, mesmo após o desastre que foi a administração Bush (afinal, se não houvesse aceitação, a Budweiser já teria mudado sua estratégia)? Ou seria a tentativa de relacionar o arquétipo do “Herói”, personificado na figura do soldado, ao cidadão comum que só quer ficar em casa e tomar cerveja vendo TV? Ou seria a curiosidade (pelo jeito desconhecida por muitos americanos) de que Budweiser é agora uma marca brasileira, já que a Ambev a comprou em 2008?

Cabe a menção de que, de acordo com o AdMeter, a propaganda “It’s Beautiful” da Coca- Cola ficou em 17º lugar, com um escore de 6.06. Já em outro ranking, o do BrandMagz, também já comentado aqui no B9, algumas posições mudam. O vídeo da Coca passa a 3ª posição, ficando atrás apenas do “Puppy Love” (Budweiser, que leva neste caso os dois troféus) e do trailer dos “Transformers: Age of Extinction” (que, né?).

America

Por que essas diferenças?

Primeiro, temos que lembrar dos métodos adotados para cada análise. O AdMeter, mantido pelo jornal USA Today, define seus escores baseados em notas dadas por milhares de pessoas participantes de focus groups, durante a transmissão do Super Bowl. Assim que assistem a um comercial, eles dão suas notas, que podem ir de 0 a 10. Podemos então assumir que é uma forma de análise de recepção de qualidade da propaganda no cenário offline.

Já a BrandMagz busca acompanhar a quantidade de compartilhamento que cada propaganda recebe em redes sociais. Logo, seu foco é o online, o que informa uma taxa de amostragem muito maior: enquanto o AM lida com alguns milhares, as estatísticas da BM trabalham com centenas de milhares. Comparando os dois rankings, temos um quadro curioso: por um lado, a propaganda “It’s Beautiful” da Coca-Cola teve uma qualidade mediana. Por outro lado, foi muito compartilhada e, provavelmente, bastante discutida.

A língua é um dos primeiros capitais simbólicos que adquirimos. Com ela, demarcamos nosso lugar e nosso país

Chama também a atenção o caso do trailer dos “Transformers: Age of Extinction”. Enquanto ele ficou rankeado em 2º lugar na BM, sendo computados mais de 180 mil compartilhamentos, no AM ele tirou a ínfima nota de 4.61. Talvez, isso pode ser um indicativo de que, no fim das contas, por mais precisas que as estatísticas tentam ser, os dois núcleos de pesquisa estão trabalhando com públicos diferentes.

Nessas horas, é bom lembrarmos o velho ditado popular: qualidade não é exatamente quantidade. Sendo assim, milhões de pessoas podem ter compartilhado o vídeo da Coca simplesmente para xingarem muito no Twitter. Ou Facebook. Ou Google Plus. Enfim, vocês entenderam a ideia. E, claro, o mesmo vale para o filme dos Transformers. Afinal, quem realmente acha que foi uma boa ideia botar o Mark Wahlberg no meio de robôs gigantes?

Mas já que estamos surfando na onda dos clichês, vamos também lembrar que tem gente que acredita que “não existe má propaganda”. Neste caso, talvez “qualidade” e “quantidade” se misturem. Causou-se um buzz, ao menos em terras norte-americanas, e isso é indiscutível. Mas o que ele nos diz?

Publicidade como política

Voltando ao caso da Coca-Cola. É inegável que os comentários selecionados pelo tumblr Public Shaming assustam – assim como alguns comentários no YouTube. Se vocês duvidam, vejam esse comentário que acabou de aparecer no vídeo, enquanto escrevo esse texto (o comentário foi postado há 14 minutos). Na tradução, tentei manter as maiúsculas originais do texto do autor, assim como sua pontuação “de primeiro mundo” (só corrigi alguns erros de escrita, porque paciência tem limites):

“PARA TODOS OS LIBERAIS AMANTES DE Obama POR AÍ… Obama É NOSSO INIMIGO, ELE FOI CRIADO COMO UM COMUNISTA/MUÇULMANO… ELE FOI ENSINADO DESDE A INFÂNCIA A ODIAR A AMÉRICA E TUDO O QUE ELA REPRESENTA, AMBOS SEUS PAIS FORAM COMUNISTAS DEVOTOS. SEU OBJETIVO É DESTRUIR ESTE PAÍS E ATÉ O MOMENTO ELE ESTÁ CONSEGUINDO. ANTES DE SER ELEITO SEUS MELHORES AMIGOS ERAM TERRORISTAS CONHECIDOS E RACISTAS COMO BILL AYERS (TERRORISTA) AL SHARPTON (RACISTA, MENTIROSO, INTOLERANTE, PREGADOR MUÇULMANO CONTRA A AMÉRICA). OBAMA DECLAROU, ELE VAI FICAR AO LADO DOS MUÇULMANOS ATÉ O AMARGO FIM. ELE ESTÁ DO LADO DO NOSSO INIMIGO, UM TRAIDOR, ELE É UM MEMBRO DE UMA IRMANDADE MUÇULMANA UMA ORGANIZAÇÃO TERRORISTA QUE ELE APOIA TANTO FINANCEIRAMENTE (COM DINHEIRO DOS CONTRIBUINTES) E COM ARMAS (F-16s, CAMINHÕES, ARMAS, DINHEIRO) TUDO PARA SER USADO PARA MATAR AMERICANOS. O MAIOR INIMIGO QUE NÓS ENFRENTAMOS ESTÁ NA CASA BRANCA… ELE DEVE SER PARADO, ELE É O INIMIGO. ACORDE AMÉRICA, PARE DE PROTEGER ESTE TIRANO”

Sim, eu sei, eu fiz a besteira de “ler os comentários”, um dos maiores pecados da internet. Ainda assim, isso diz algo. Este comentário selecionado não é o único: há vários usuários comentando ora seu apoio à mensagem da propaganda, ora seu desprezo. Se fosse para chutar, eu diria que a maior “ofensa” para esses estadunidenses que se enfezaram com a propaganda foi o trecho cantado em árabe. Talvez, se essa parte fosse tirada e cantada, sei lá, em português, não haveria tanto ódio. Não digo que não haveria, mas seria menos.

?Devemos entender aqui que, para o americano que foi lá e xingou muito no twitter, o fato de terem cantado uma das músicas mais patriotas do seu país em outras línguas, houve realmente um sentimento legítimo de agressão simbólica. Sendo uma delas o árabe, o impacto foi mais agressivo. Em outros tempos, teria sido cantar em alemão. Em outros, em russo. E por aí vai.

Quem sabe uma consciência política não seja a solução plausível para a onda infindável de clichês que nos invadem todos os dias?

A língua é um dos primeiros capitais simbólicos que adquirimos. Com ela, demarcamos nosso lugar e nosso país. Os sotaques, trejeitos, gírias e semânticas demarcam nossos locais de origem – que podemos ter orgulho ou não. Contudo, o centro da discussão está numa certa miopia social do próprio americano sobre seu país. Ideias confusas sobre o que é (ou deve ser) um estado democrático e quem tem maior capital simbólico que o outro.

Vale aqui uma adaptação da máxima de George Orwell, em “A Revolução dos Bichos”: todos são iguais, mas uns são mais iguais do que outros. Com a reprodução dos estereótipos que os meios de comunicação de massa americanos insistem em realizar (como no caso das propagandas da Budweiser) e transmitir para o resto do mundo, especialmente para eles mesmos, não é difícil de concluir que a mensagem passada é: “o mínimo para ser americano é falar inglês”. Ser branco heterossexual ajuda. Num país formado historicamente por imigrantes, e que deve muito a eles, uns são realmente mais iguais do que os outros.

É essa a mensagem que, ingenuamente ou não, foi passada nas principais propagandas do Super Bowl. Qualquer coisa que fuja desta norma recebe resistências – e não são brandas, como pudemos verificar. Aí está o ponto de diferenciação e ousadia da campanha da Coca-Cola. Algo tão naturalizado, quanto a necessidade de se falar o inglês para ser americano, foi questionado. Para enfatizar o questionamento, a música cantada era um dos maiores símbolos de patriotismo. Neste ponto, a campanha é conceitualmente brilhante.

America

Às vezes, gostamos de nos enganar achando que estamos num mundo globalizado e que o preconceito está diminuindo. Ações publicitárias assim servem de termômetro para vermos que a coisa não está exatamente como gostaríamos que estivessem. É como uma publicidade com atuação social reversa: ao invés de acreditar cegamente no poder transformador que uma mensagem no meio de massa pode ter, talvez seja mais interessante analisarmos as suas formas de recepção e repercussão – como um espelho bem grande que podemos jogar sobre nós mesmos de tempos em tempos.

Gostamos de nos enganar achando que estamos num mundo globalizado e que o preconceito está diminuindo

Cabe a nós, criativos, produtores de conteúdo, ou “meros consumidores” sabermos olhar para esse tipo de repercussão como uma forma de atuação política, e sabermos nos posicionarmos contra ou a favor. Podemos apostar no clichê patriota (e as inúmeras campanhas pró-Brasil em tempos de Copa chegando são exemplos disso), mas podemos às vezes incitar o debate.
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Não quero também dizer com isso a Coca-Cola é boazinha. Para mim, continua sendo um refrigerante que já me deu duas pedras no rim e que, ainda assim, não consigo parar de tomar. Contudo, espero, sinceramente, que mais campanhas com esse potencial social surjam no futuro, para que possamos cada vez mais ter consciência do potencial político da publicidade – mesmo em peças aparentemente “banais”, como de um salgadinho, de um refrigerante ou de uma cerveja (aliás, notaram se mudaram as propagandas de cerveja no Brasil, de 10 anos para cá?).

Quem sabe uma consciência política não seja a solução plausível para a onda infindável de clichês que nos invadem todos os dias? Ideologias acerca do papel social da mulher, do homem, dos negros, dos estrangeiros, dos gays, dos heteros, tudo isso permeia os produtos dos meios de comunicação de massa. Restam aos clientes e comunicadores decidirem o que fazer com isso. E, principalmente, como fazer.

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Adobe revela quem realmente presta atenção nos comerciais do Super Bowl

A Adobe resolveu provocar os anunciantes do Super Bowl revelando quem é que realmente presta atenção nos comerciais exibidos nos intervalos do grande jogo. Game Day tem criação da Goodby Silverstein & Partners e, de certa maneira, lembra um pouco o estudo divulgado pela Communicus, indicando que apenas 1 entre 5 anúncios veiculados durante a final da NFL realmente vendem alguma coisa.

Aqui, a família está toda reunida acompanhando o jogo, quando começa o intervalo. Em slow motion, as pessoas vão reagindo diante dos comerciais, como se fosse algum lance imperdível – provavelmente o sonho de qualquer anunciante/agência. Na tela da televisão, um anúncio que coincidentemente lembra o da Subway exibido ontem à noite.

Até que… a realidade acontece.

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Os comerciais mais populares do Super Bowl 48

Ontem publicamos aqui no B9 os melhores comerciais do Super Bowl – na nossa opinião, claro – mas hoje você pode ver um ranking através dos olhos da audiência.

Segue abaixo a lista com os 30 filmes mais compartilhados do Big Game, segundo dados oferecidos pela BrandMagz (Última atualização às 16h de 03/fevereiro)

A proposta do ranking é definir quais comerciais conseguiram ampliar o alcance através de compartilhamentos nas redes sociais. Interessante notar que não bate exatamente com os preferidos no AdMeter, tradicionalmente realizado pelo USA Today.

1. Budweiser: “Puppy Love”

303,9 mil compartilhamentos

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2. Transformers: Age of Extinction

184,3 mil compartilhamentos

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3. Coca-Cola: “It’s Beautiful”

133,3 mil compartilhamentos

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4. Budweiser: “A Hero’s Welcome”

125,0 mil compartilhamentos

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5. Audi: “Dobberhuahua”

89,8 mil compartilhamentos

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6. 24: Live Another Day: “Street Chaos”

86,0 mil compartilhamentos

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7. Radioshack: “The Phone Call”

70,7 mil compartilhamentos

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8. Mountain Dew: “Dale Call”

65,1 mil compartilhamentos

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9. Chrysler: “America’s Import feat. Bob Dylan”

51,6 mil compartilhamentos

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10. Cheerios: “Gracie”

41,5 mil compartilhamentos

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11. Microsoft: “Empowering”

39,9 mil compartilhamentos

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12. Jaguar: “British Vilains Rendez-vous”

39,8 mil compartilhamentos

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13. Bud Light: “Ian Up for whatever”

38,0 mil compartilhamentos

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14. Toyota Highlander: “The Muppets with Terry Crews”

35,6 mil compartilhamentos

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15. 24: Live Another Day: “Pistol Teaser”

34,1 mil compartilhamentos

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16. H&M: “David Beckham”

32,8 mil compartilhamentos

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17. Volkswagen: “Wings”

32,4 mil compartilhamentos

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18. Bank of America: “Invisible feat. U2”

30,0 mil compartilhamentos

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19. GoldieBox: “Toys for future Innovators”

29,7 mil compartilhamentos

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20. Metlife: “National Anthem with Peanuts”

29,3 mil compartilhamentos

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21. Chevy: “Life – #Purpleyourprofile”

26,9 mil compartilhamentos

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22. Kia: “The Truth”

20,2 mil compartilhamentos

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23. Maserati: “2014 Ghibli – Strike”

19,3 mil compartilhamentos

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24. Ford: “Nearly Double”

17,8 mil compartilhamentos

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25. Chevy: “Romance”

16,6 mil compartilhamentos

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26. The Amazing Spider Man 2

16,2 mil compartilhamentos

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27. Doritos: “Time Machine”

16,0 mil compartilhamentos

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28. Coca-Cola: “Going All The Way”

15,4 mil compartilhamentos

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29. Duracell: “Trust Your Power”

14,6 mil compartilhamentos

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30. Dannon Oikos: “The Spill”

10,7 mil compartilhamentos

BrandMagz

BrandMagz é uma revista de monitoramento das redes sociais atualizada em tempo real. Ideal para quem precisa tirar o pulso da marca a qualquer momento.

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Super Bowl Ad Meter lista comerciais que ficaram no bottom 5

Não foram apenas os Denver Broncos que foram atropelados no jogo de ontem à noite. Assim como existe um top 10 para mostrar os comerciais mais bem avaliados no Super Bowl Ad Meter, do USA Today, há também um bottom 5, ou seja, os cinco filmes que tiveram a pior pontuação final.

Dreamworks, com Need for Speed, encabeça esta lista, seguido por Bodybuilder, da GoDaddy.


Family Plan, da Sprint, e Crunch Time, da Subway, são os próximos.


A grande surpresa é que, assim como a Budweiser se consagrou com Puppy Love liderando a lista dos 57 comerciais, sua marca-irmã, a Bud Light, amargou a última colocação, com Cool Twist.


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Budweiser lidera mais uma vez o top 10 do Super Bowl AdMeter

Se alguém ainda tinha dúvidas de que a Budweiser levaria, mais uma vez, a liderança do Super Bowl AdMeter, realizado pelo USA Today, elas acabaram. Puppy Love, o fofíssimo comercial criado pela Anomaly e estrelado por um cãozinho e os cavalos Clydesdale, ficou em primeiro lugar no top 10, repetindo o feito de Brotherhood no ano passado. Foram 57 comerciais exibidos no jogo de ontem, três a mais do que em 2013.

Foi a consagração total da marca e da agência, mas também serviu para mostrar que é possível contar boas histórias sem precisar complicar, emocionar, sem ser piegas. Basicamente, o que a gente espera do maior embate do mercado publicitário: que realmente sejam os melhores entre os melhores.

Outro filme da Budweiser, Hero’s Welcome, que mostra uma cidade recepcionando um soldado que está voltando para casa, ficou em terceiro lugar.

Doritos também se deu bem mais uma vez, e dois comerciais do Crash the Super Bowl ficaram em segundo e quarto lugares – Cowboy Kid e Time Machine, respectivamente. A invasão dos personagens dos anos 1980 no comercial da RadioShack garantiu à rede a quinta colocação, enquanto a Hyundai ficou em sexto com Sixth Sense.

A fofíssima Gracie, de Cheerios, Technology, da Microsoft, e Going All the Way, da Coca-Cola, ficaram com a sétima, oitava e nona posição. Soundcheck, da Pepsi, encerra o top 10.

top10

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Microsoft celebra o poder da tecnologia em comercial no Super Bowl

Em sua estreia no intervalo publicitário mais caro do mundo, a Microsoft traz casos reais da tecnologia colaborando e mudando a vida das pessoas, com foco naquelas com algum tipo de deficiência.

Começa com o ex-jogador do New Orleans Saints, Steve Gleason, que atualmente enfrenta uma doença degenerativa. Ele utiliza uma tablet Surface Pro controlada através dos olhos, e que se transformou na sua voz.

A marca detalha nesse site todos os casos mostrados no comercial.

Microsoft

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Bob Dylan estrela comercial da Chrysler no Super Bowl

Depois de Clint Eastwood e Eminem nos anos anteriores, a Chrysler trouxe Bob Dylan como seu porta-voz no comercial para o Super Bowl.

É o mesmo papo patriótico de sempre, se orgulhando de um carro feito na América: o novo Chrysler 200. Dylan aparece e narra frases como: “Deixe a Ásia fazer o seu smartphone. Nós construiremos o seu carro”.

Há quem ainda se assuste com um cara que foi tão contra-cultura protagonizando campanhas publicitárias, mesmo ele já tendo feito isso várias vezes. Apenas que, certamente, essa é a mais marcante delas.

Bob Dylan

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Smart tenta vencer terrenos íngremes em comercial no Super Bowl

Em mais um comercial com (bom) humor auto-depreciativo neste Super Bowl, a Mercedes-Bens faz piada com o seu Smart, na versão elétrica. Mostra o carro tentando subir “montanhas” e ultrapassar terrenos comuns em filmes de modelos off-road.

Finaliza dizendo que imaginar um carro elétrico nesses locais, é tão ridículo quanto ter uma SUV na cidade.

Smart

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Coca-Cola e o comercial patriota menos detestável de todos os tempos no Super Bowl

Em seu segundo comercial para o Super Bowl (esse foi o primeiro) a Coca-Cola demonstrou patriotismo – como tantas outras marcas fazem – mas não do jeito que estamos acostumados.

O filme diz que os Estados Unidos é belo, assinando com a hashtag #AmericaIsBeautiful, mas por causa das pessoas que o fazem assim. São cenas com famílias de diversas etnias, e a música cantada em idiomas como espanhol, árabe, hindu, francês, mandarim, hebraico e tagalo.

A criação é da Wieden & Kennedy. Confira abaixo o making of:

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Personagens dos anos 1980 saqueiam RadioShack

Com humor auto-depreciativo, a RadioShack anuncia a renovação de suas filiais. Um atendente desliga o telefone, e avisa o colega ao lado: “Os anos 80 ligaram, querem sua loja de volta”.

Em seguida, dezenas de personagens da época invadem o local e levam tudo. No fim, o comercial apresenta a RadiShack modernizada.

RadioShack

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Chevrolet celebra os sobreviventes do câncer em comercial no Super Bowl

Em um de seus comerciais no Super Bowl, a Chevrolet promove uma ação social – enquanto exibe seu Silverado em belas paisagens, é claro.

A marca celebra o World Cancer Day, que acontece no dia 4 de fevereiro, através da campanha Purple Roads. Prometem doar 1 dólar para a American Cancer Society para cada pessoa que deixar roxa sua foto de perfil no Facebook e Twitter.

Traz como trilha a música do “Don’t Leave”, de Ane Brun.

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Fiat-Chrysler surpreende com comercial para Maserati no Super Bowl

A Chrysler – agora completamente controlada pela Fiat – surpreendeu ao utilizar um de seus espaços de mídia no Super Bowl para anunciar o modelo Ghibli da Maserati.

O comercial, aliás, aborda isso. De esperar o momento certo para atacar, trazendo narração da atriz-mirim Quvenzhané Wallis.

Tanto a presença dela como o próprio discurso, torna impossível não lembrar do excelente filme “Indomável Sonhadora” (Beasts of the Southern Wild), o que torna tudo bem bizarro. A história de Hushpuppy nada combina com carros de luxo.

Maserati

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Pepsi transforma marcos de Nova York em instrumentos musicais

A Pepsi é a principal patrocinadora da NFL e, pela segunda vez consecutiva, e a responsável pelo show do intervalo (não aquele da rede Globo) com apresentação de Bruno Mars.

Em um comercial de aquecimento, que será veiculado antes do halftime, mãos gigantes tratam diversos marcos de New York e New Jersey como instrumentos musicais.

A criação é da Mekanism.

Pepsi

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Bud Light promove a noite mais maluca de todos os tempos

Há alguns dias, a gente mostrou por aqui o teaser do comercial da Bud Light para o Super Bowl. Criado pela BBDOWhatever is Coming está finalmente no ar, para matar a nossa curiosidade sobre wtf Arnold Schwarzenegger, Don Cheadle e Reggie Watts estariam fazendo nessa encenação que ainda contou com 58 câmeras escondidas, 412 atores e cinco estrelas da música.

Com quase quatro minutos, o comercial segue o estilo atrás das câmeras, para mostrar um cara chamado Ian que resolve embarcar em uma aventura ao lado de uma garota que ele conhece em um bar, logo depois de ganhar uma Bud Light dela e topar qualquer coisa que acontecer a seguir. E o que vem, claro, não é pouca coisa.

Apesar dos 3:45 minutos do vídeo acima, no Super Bowl o filme ganhará versões reduzidas. Relaxe, dê o play e acompanhe Ian na noite mais maluca de todos os tempos. Com certeza, esse cara se divertiu muito e dificilmente vai esquecer a experiência.

budlight

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GoPro relembra o salto de Felix Baumgartner em seu comercial para o Super Bowl

Já acostumada a produzir conteúdo de forma consistente para a internet, a GoPro fará sua primeira incursão no intervalo comercial mais caro do mundo.

Para tanto, a marca relembra outra ação publicitária: o salto espacial de Felix Baumgartner para Red Bull, em 2012. No evento, sete cameras GoPro HERO2 documentaram o pulo.

O comercial é apenas um resumo de 30 segundos do vídeo abaixo, que conta a história do ponto de vista da GoPro, e tem 8 minutos de duração.

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Ellen DeGeneres busca a música perfeita no comercial da Beats para o Super Bowl

Na fábula de Cachinhos Dourados, uma menina experimenta diferentes mingaus e camas de uma família de ursos até encontrar uma que lhe agrade. A história acabou servindo de inspiração para The Right Music, comercial criado pela R/GA para o serviço de streaming Beats Music. Nesta versão criada para o intervalo do Super Bowl, Ellen DeGeneres está em busca da música perfeita para cada momento.

Enquanto fala das qualidades de personalização do serviço, Ellen aproveita para dançar um pouco – prática que se tornou uma marca registrada em seu programa. E ainda conta com uma companhia especial no final.

beats

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Heinz leva mais “felicidade” ao Super Bowl

Para algumas pessoas, felicidade é ir a uma lanchonete e descobrir que o ketchup que eles usam é Heinz. Especialmente se elas têm o hábito de usar o produto em quase tudo que consomem. E é um pouco dessa felicidade que a marca resolveu levar ao intervalo do Super Bowl, em seu retorno ao grande jogo após 16 anos. Happy tem criação da Cramer-Krasselt e, apesar de sua simplicidade, tem tudo para conquistar o público.

O filme coloca o produto em diferentes situações que fazem parte do cotidiano dos consumidores, que ao som de If You’re Happy (Se você está contente bata palmas), mas substituindo a batida de palmas por uma batidinha no fundo do vidro de ketchup. É o tipo de comercial simpático, que gruda na nossa cabeça e até te faz cantar.

Abaixo, a versão mais longa.

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