Quem disse que stormtroopers não sonham?

Vida de stormtrooper não deve ser fácil. Pelo menos para a maioria, clones criados e treinados para matar e serem mortos, todos iguais e descartáveis. Mas quem disse que um stormtrooper não pode sonhar? E, mais ainda, atrever-se a ser diferente? Para promover a edição personalizável do Nissan Juke, a TBWA/Hakuhodo acertou em cheio ao criar uma cidade habitada pelos soldados do Império Galático, em um filme muito bem produzido.

Dirigido por Scott Lyon, City of Stormtroopers mostra como o Nissan Juke é capaz de inspirar até mesmo um clone a sair em busca de sua própria personalidade.

Para obter a permissão da Lucas Film, a agência enviou uma carta pessoal a George Lucas, que concordou com o projeto. Esta não é a primeira montadora que aposta na franquia Star Wars para se comunicar com o público. A Volkswagen já fez isso repetidamente, isso sem contar as outras marcas que costumam resgatar os personagens da saga. Definitivamente, a Disney fez um ótimo negócio.

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O remake de “Robocop” ganha seu primeiro trailer

O diretor brasileiro José Padilha (“Tropa de Elite”) tem nas mãos uma arriscada missão. Refazer o clássico “Robocop”, em tempos do cinema inundado por super-heróis (algo que ele nem é).

A MGM e Sony revelaram o primeiro trailer do filme, que destaque os aspectos sociais e políticos da história. Com Joel Kinnaman, Gary Oldman, Michael Keaton e Abbie Cornish no elenco, a estreia está prevista para 7 de fevereiro de 2014.

É um bom trailer, claro, mas ainda não me faz deixar de perguntar “Qual a necessidade disso?”. Veremos.

Robocop

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Site reúne pôsteres criados por Saul Bass

Dizer que Saul Bass foi um dos designers mais fodões que o mundo já conheceu é chover no molhado. Apesar de sua intensa produção criativa, são seus trabalhos para a indústria cinematográfica que costumam ser mais lembrados. Todo mundo sabe que ele fez história ao criar as sequências de abertura de filmes como Psicose, Anatomia de um Crime e Um Corpo que Cai, de Alfred Hitchcock, além de A Guerra dos Roses e da versão original de Onze Homens e um Segredo, só para citar alguns exemplos.

Assistir a qualquer um destes trabalhos é ver a arte em movimento.

Mas tem também os pôsteres… Entre o final da década de 1940 e começo dos anos 1990, Saul Bass aplicou sua filosofia de tornar as coisas belas em diversos cartazes de filmes, sendo que os mais significativos foram reunidos em uma galeria do site Film.com.

“O texto e as imagens em si foram muitas vezes tratadas de forma semelhante a um logo ou um símbolo forte, simples, memorável, metafórico, e facilmente aplicado a quaisquer outras aplicações gráficas”, diz o texto de abertura.

O site também chama a atenção que não foram incluídos nesta galeria os pôsteres que são erroneamente atribuídos a Bass, como é o caso de West Side Story. Abaixo, alguns dos cartazes reunidos pelo Film.com. A galeria completa você confere aqui.

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Um ganhador do Oscar nos pântanos da Louisiana

Se não fosse um contador de histórias, William Joyce poderia ser um James Bond, um Robin Hood, um Groucho Marx ou qualquer um dos maridos de Ava Gardner – nesta ordem, como ele mesmo colocou. Fato é que, como um contador de histórias, ele resolveu que poderia ser tudo isso e muito mais ao construir universos inteiros com sua imaginação, moldando personagens fantásticos, prontos para viver histórias inesquecíveis.

E com tantas boas histórias para se contar, ele percebeu que não poderia se prender a uma única arte ou meio. Hoje vemos suas criações em livros, aplicativos e animações, como é o caso de The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore, que em 2012 levou o Oscar de melhor curta de animação, A Origem dos Guardiões, Reino Escondido, The Numberlys, entre outros projetos.

Após trabalhar com estúdios como a Disney, Twentieth Century Fox, DreamWorks e Pixar – onde ele participou de pequenos projetos que talvez você conheça, como Toy Story e Vida de Inseto -, desde 2010 ele está à frente do Moonbot Studios, ao lado de Brandon Oldenburg e Lampton Enochs, onde diariamente coloca em prática a filosofia de desenvolver histórias para livros, filmes, aplicativos e jogos com narrativas envolventes e um visual à altura.

E tudo isso bem longe de Nova York, Los Angeles e dos grandes investidores, em Shreveport, Louisiana. William Joyce e sua equipe nos ajudam a lembrar – e também a acreditar – que talento e capacidade para realizar grandes projetos não dependem de geografia, e que não é preciso estar nos grandes centros para dar certo.

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A galera da Royalpixel teve uma oportunidade de conversar com William Joyce sobre processo criativo, imaginação e o que faz boas histórias. Confira o que ele nos disse:

Na sua opinião, o que torna uma história ótima?
Aquela sensação de desespero para descobrir o que acontece em seguida.

Acredito que aplicativos ou qualquer nova tecnologia são apenas novas formas para se contar uma história. Se isso pode interessar não-leitores e torná-los leitores, então bravo!

Você se sente mais como um escritor que ilustra ou um ilustrador que escreve?
Eu pinto. Eu escrevo. Ambas as artes contam uma história. Então, sou um contador de histórias.

O que influencia você como um artista e um autor? O que você assistia quando criança?
Eu precisaria de uma enciclopédia. Sou a primeira geração de crianças com televisão. Meu cérebro foi soldado ao circuito de nosso aparelho de TV preto e branco RCA Viewmaster. Todos os dias e noites eu via toda a polpa do passado, presente e futuro que a televisão tinha a oferecer. Também havia os quadrinhos, minha família e outros ilustradores.

Eu pinto. Eu escrevo. Ambas as artes contam uma história. Então, sou um contador de histórias.

Quem são seus heróis na animação com que você já trabalhou?
Max Fleischer. Gustaf Tenggren. Windsor McKay. Lotte Reiniger. Maurice Sendak. Steven Spielberg. Eu acredito que Hitchcock, Frank Capra e John Ford seriam diretores de animação. Seus filmes são tão estilizados. Eles são tão fora da realidade quanto os desenhos, mas eles fazem com que você acredite em suas realidades.

O que você acredita que estaria fazendo se não fosse um contador de histórias?
Não tenho ideia, mas gostaria de ser várias coisas, em ordem de preferência:
1. James Bond
2. Robin Hood
3. Groucho Marx
4. Qualquer um dos maridos de Ava Gardner.

De onde vem sua inspiração criativa?
De tudo. De todos. De qualquer lugar.

Quanto de sua experiência pessoal você usa nas histórias que você cria?
Mais do que eu gostaria ou do que estou consciente.

Eu acredito que Hitchcock, Frank Capra e John Ford seriam diretores de animação. Seus filmes são tão estilizados

Até aqui, você já produziu livros, ilustrações, animações, filmes, programas de TV e aplicativos. Há uma aproximação diferente para cada uma delas? Qual é a mais satisfatória?
Todas elas têm seus prazeres em particular. Todas elas têm um jeito diferente de se apresentar uma história. A questão é como cada meio pode ser melhor utilizado para envolver e encantar o público.

Como é o processo inicial de desenvolvimento e produção de um projeto para você?
É o paraíso. Você está inventando um mundo em que você gostaria de estar.

O que você acha do processo direcionado pelo storyboard?
Eu acredito que é consideravelmente mais divertido que varrer, limpar ou cavar valas.

Você pode falar sobre o processo de desenvolvimento de Reino Escondido (Epic)? É difícil ver suas ideias mexidas, adaptadas e transformadas em algo novo?
O processo foi longo. Foi bastante colaborativo. Só era difícil quando eu estava certo e eles errados. Mas com Epic e Rise of the Guardians (A Origem dos Guardiões) isso não aconteceu com muita frequência.

Qual a contribuição que a tecnologia traz para a leitura e como o Moonbot Studios a usa em seus aplicativos?
Acredito que aplicativos ou qualquer nova tecnologia são apenas novas formas para se contar uma história. Se isso pode interessar não-leitores e torná-los leitores, então bravo!

Trabalho bem-feito.

O que você aprendeu com o lançamento da Moonbot?
Que ser o chefe é muito divertido, muito satisfatório, nos faz mais humildes e é muito enriquecedor em cada experiência e emoção. E algumas vezes é também um pouco solitário.

Quais as vantagens e desvantagens de se trabalhar na Louisiana?
A comida é maravilhosa. As pessoas são deliciosamente estranhas e gentis. Shreveport é um ótimo lugar para se observar a condição humana, em toda sua glória peculiar.

Ser o chefe é muito divertido, muito satisfatório, nos faz mais humildes e é muito enriquecedor em cada experiência e emoção. E algumas vezes é também um pouco solitário.

O que vem por aí?
A curto prazo, para mim é:
No outono, um livro ilustrado chamado The Mischievians, sobre todas aquelas coisas que todo mundo se pergunta – para onde vão aqueles pé de meia perdidos, e de onde vem aqueles fiapos de algodão do umbigo? – Também será lançado o próximo livro da série Guardians of Childhood, Sandman and the War of Dreams. O Moonbot está produzindo diversos curtas, um deles baseado no aplicativo The Numberlys.

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O primeiro curta-metragem feito com Vine

É a primeira vez que o Vine é usado desta forma, com uma mecânica bastante simples e coerente, incentivando a criatividade dos usuários para um objetivo em comum.

Já vimos vários concursos e ações de marcas com objetivo de usar o Vine App de forma criativa. Mas desta vez, o Airbnb quer levar o Vine para outro nível e criar o primeiro curta-metragem filmado com o aplicativo.

Em parceria com a agência Muller, a empresa lançou o “Hollywood and Vines“, uma campanha pedindo aos usuários que contribuíssem com um vídeo de até 6 segundos via Vine, seguindo as instruções postadas.

Participantes precisam escolher uma das cenas a serem criadas, filmá-las com o aplicativo e compartilhar no Twitter usando a hashtag #airbnbhv. Os melhores Vines serão editados, construindo um curta-metragem a ser exibido no Sundance Channel. Os vencedores também ganham $100 de créditos a serem gastos em serviços Airbnb.

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Instruções para o usuário filmar cada cena

O conceito que temos de “filme” em nossas mentes está mudando.

A ideia de construir um filme através da participação dos fãs não é uma ideia nova. A ação, por exemplo, teve como inspiração o filme Life In A Day, do Riddle Scott, e outros como o The Johnny Cash Project.

Novas tecnologias e dispositivos como o smartphone fazem do filme um meio mais dinâmico, podendo ser acessado através de múltiplas “janelas”, carregando diferentes informações em um único frame. Esses caminhos podem levar para diferentes narrativas, e o filme se torna um exercício pessoal, descentralizado e participativo.

Uma ação para engajar uma plateia ocupada e multitarefa, que tem poder, sabedoria e quer participar.

Nesta ação, o filme já começa em seu processo de produção. Podemos ver futuras cenas e até partes que ficaram de fora em primeira mão, apenas acessando a hashtag do concurso.

Talvez essa possa ser uma das respostas à como engajar uma plateia ocupada e multitarefa que por vezes parece não assistir a nada, mas está ali e é extremamente observadora. Uma multidão que tem poder, sabedoria e quer participar.

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Trailer live action de “Assassin’s Creed IV: Black Flag” pode ser uma prévia do que veremos nos cinemas

A Ubisoft quase sempre investe em produção live action para promover os lançamentos da franquia “Assassin’s Creed”. Teve um trailer assim para o “III”, e na época do “II” chegaram a filmar até um curta-metragem, com meia hora de duração.

“Assassin’s Creed IV: Black Flag”, que será lançado no próximo dia 29 de outubro, também ganhou um trailer live action, destacando o cenário pirata que fará parte da trama do game. Criado pela Sid Lee, o filme tem produção da Stink.

As empresas envolvidas são diferentes, claro, mas pode servir de prévia para a estreia de “Assassin’s Creed” nos cinemas, marcada para 22 de maio de 2015. Scott Frank, roteirista de “Minority Report” e “Wolverine Imortal” está escrevendo a história, e o rumor é de que Michael Fassbender interpretará o papel de Desmond Miles.

Filmes baseados em jogos geralmente são um desastre, mas o potencial da Ubisoft é grande, levando em consideração os comerciais que produziram até agora. A 20th Century Fox comprou os direitos de distribuição, mas garante que o estúdio francês terá total controle criativo.

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Smurfalidade: O encontro de dois mundos

Raja Gosnell esperava na porta de entrada do estúdio da Sony Animation, em Culver City, aqui pertinho de Los Angeles, quando a reportagem do B9 foi convidada a visitar o “set de filmagens” de “Smurfs 2”.

E, nesse momento, você tem razão em perguntar: Raja quem? Raja Gosnell é o diretor da segunda aventura smurfética nos cinemas, mas, possivelmente, você curte o trabalho dele sem saber. Ele foi editor “Uma Babá Quase Perfeita”, “Esqueceram de Mim” e “Uma Linda Mulher”. Ele estava ali para defender, e promover, a nova cria, afinal, Raja dirigiu o primeiro filme e repetiu a dose agora.

O sujeito é experiente e fincou o pé na Sony ao criar uma franquia de sucesso surpreendente. Pouca gente acreditava que “Smurfs”, de fato, fosse vingar. O filme virou fenômeno e “Smurfs 2” é líder de bilheteria desde a estreia. Há algo especial ali, há algo diferente.

Minha missão naquele dia era descobrir qual a força de Raja Gosnell. Descobri rapidamente, quem esperava sentado à mesa era o produtor Jordan Kerner, uma máquina de fazer dinheiro especializada no mercado infantil e com alguns filmes adultos de renome, entre eles, “Tomates Verdes Fritos” e “Íntimo & Pessoal”.

Smurfs

“É muito fácil se perder nas possibilidades da animação e se desfazer de todas as referências do que é real.”

De cara, Kerner mandou o cartão de visitas. “Conseguimos filmar em locações que mais ninguém consegue na França, entre elas a Opera House de Paris”, disse o produtor. Isso já diz muito sobre os objetivos, afinal, quando se pensa em “Smurfs 2”, crianças e filme enlatado são algumas das ideias iniciais. Entretanto, pensando pelo aspecto da criatividade, tudo fez sentido, pois a mistura da mente de um diretor que cresceu como editor e um produtor de nicho só poderia gerar algo direcionado e efetivo.

Entretanto, tantos filmes já seguiram essa onda e poucos chegaram ao topo. As perguntas ainda eram inúmeras, mas, pouca a pouco, Kerner e Gosnell provaram funcionar perfeitamente como um time criativo e produtivo. Gosnell preocupado com o resultado final; Kerner disposto a tudo para garantir que o filme fosse o melhor, tecnologicamente possível. Para tanto, ele precisou alugar alguns cacarecos especializados e um deles foi a câmera Spheron.

Basicamente, ela rastreia a área de filmagem, checa todas as fontes de luz, níveis de contraste e efeito da iluminação na cena para garantir que, quando os Smurfs sejam inseridos, não aja discrepância. “Misturar live action com animação 3D dá uma certeza ao projeto: planejamento é tudo”, diz Raja Gosnell.

Diferente da Pixar, que reinventou o engine de animação a cada novo “Toy Story”, a Sony reaproveitou muito do filme anterior

“Gastamos muito tempo no estudo de desenvolvimento da versão 3D, assim como nas decisões que permitiriam aos atores experimentarem dentro dos limites permitidos pela tecnologia. Nosso maior inimigo era trabalhar a perspectiva e a colocação adequada dos personagens”. Quem aí se lembra da Rainha Amidala olhando para a barriga de Boss Ness no final de “Episódio I”?

O resultado visual é inegável. A integração atingida entre os Smurfs e o cenário real é convincente, portanto, o espectador pode ficar ligado apenas na história, em vez de procurar falhas ou pontos de escape visuais.

De acordo com Gosnell, “dirigir um filme cheio de personagens imaginários (representados por bolas de tênis ou miniaturas de pano) é como dirigir dois filmes: um com atores reais, outro com os simulados. O trabalho de fotografia é redobrado e muitas das cenas precisam ser filmadas com precisão computadorizada para garantir a sincronia”, comenta o diretor, que usa a experiência como editor para imaginar as cenas já cortadas para a versão final.

Smurfs

“Reescrever e reorganizar a animação foram duas das tarefas mais presentes nas primeiras fases do projeto, eu simplesmente não poderia iniciar as filmagens sem ter a certeza. Precisava ser absolutamente claro para os atores fazerem o trabalho deles”.

Para evitar deslizes, além dos cacarecos, “Smurfs 2” preferiu criar duas versões do gato Cruel. Uma delas é animada em 3D e aparece em momentos específicos, enquanto o gato de verdade é usado na maioria das corridas, close ups e cenas mais “naturais”. “É muito fácil se perder nas possibilidades da animação e se desfazer de todas as referências do que é real. Aí o filme fica totalmente artificial. Não queríamos isso, o objetivo era ter algo baseado na realidade. Por isso a mistura”, comenta Kerner. “O pensamento inicial é comparar o investimento na versão animada contra o custo de treinamento do gato de verdade. Se posso usar as duas coisas, por que não?”.

Smurfs

O pensamento em custo é constante e, de acordo com Kerner, mesmo com os exageros financeiros em Paris, “Smurfs 2 custou menos do que o primeiro filme”. Algumas coisas são relevantes aqui. Diferente da Pixar, que reinventou o engine de animação a cada novo filme da série “Toy Story”, muito do que foi utilizado em Smurfs foi apenas aperfeiçoado para a segunda parte. “Estávamos felizes com o visual, não havia necessidade de grandes reinvenções. Queríamos aumentar o nível de realismo e melhorar a ambientação”, comenta Gosnell.

Falando em ambientação, a equipe da Sony resolveu garantir que a mensagem fosse transmitida e, literalmente, me colocaram no mundo dos Smurfs. Visitei um dos estúdios de dublagem e, sem ensaio nem nada, fui desafiado a redublar o trailer de “Smurfs 2”. Pagar mico faz parte do show! Assista por sua conta e risco!

“Smurfs 2” é a segunda parte de uma trilogia, que será concluída pela dupla Kerner & Gosnell. Para felicidade financeira, e criativa dos herdeiros de Peyo – que foram “duros, mas justos; e nos deixaram trabalhar em paz, depois que viram as primeiras provas”, de acordo com Kerner –, os filhotes de Papai Smurf reinventaram-se com efetividade, já estão no imaginário das crianças e lá devem permanecer por algumas gerações.

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Fábio M. Barreto é jornalista, roteirista, autor da distopia nacional “Filhos do Fim do Mundo” e tem uma esposa, e uma filha, apaixonada por Smurfs!

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Honda lança projeto para salvar drive-ins nos EUA

Diferentemente do Brasil, onde sua fama não é das melhores, nos Estados Unidos os drive-ins são considerados um ícone da cultura norte-americana. Considerado um programa familiar, este tipo de cinema a céu aberto foi criado na década de 1930, alcançando enorme popularidade nos anos 1950/60, quando havia mais de 4 mil unidades espalhadas pelos EUA. No século 21, entretanto, os drive-ins estão em vias de extinção, razão pela qual a Honda resolveu criar uma campanha para tentar salvá-los.

Em breve, muitos cinemas terão de fechar as portas porque não têm condições de investir em projetores digitais. É aí que entra o Project Drive-In.

O primeiro passo da campanha é divulgar o problema nas redes sociais e convidar os internautas a votarem em cinco drive-ins que receberão o equipamento necessário para continuar em atividade. Também será possível doar para um fundo criado para ajudar outros cinemas – foi criado um projeto de crowdfunding no site Indiegogo com o objetivo de levantar US$ 100 mil.

A parte da experiência fica por conta do Pop-Up Drive-In Tour, que irá percorrer diversas cidades do país com a exibição do filme Tá Chovendo Hambúrguer 2.

O mais interessante disso tudo é que é uma marca de origem japonesa que está preocupada em salvar um símbolo da cultura americana. É um projeto legal, com grandes chances de engajamento e que, a julgar pelas informações do site, já está dando resultados.

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All Action Films at Once

Focus sur « Eterna » : une fausse bande-annonce réalisée par Vadzim Khudabets réunissant des images issues de nombreux films d’action comme Thor, Watchmen, Tron Legacy, Pacific Rim, Avatar, 300, ou encore Spiderman. Un rendu réussi, très complet et dynamique à découvrir en vidéo dans la suite de l’article.

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O trailer imperdível de “The Secret Life of Walter Mitty”

The Secret Life of Walter Mitty

Esqueça o hype, com muita gente dizendo que Ben Stiller será um grande concorrente ao Oscar em 2014, e aprecie esse belo e criativo trailer de “The Secret Life of Walter Mitty”. Se o filme todo seguir essa linha, talvez o hype tenha razão.

O filme não só é protagonizado, como também dirigido por Ben Stiller. Conta a história de Walter Mitty, um fotógrafo da TIME que usa a imaginação, com aventuras heróicas e românticas, para fugir de sua vidinha mundana.

Baseado em um conto clássico de James Thurber, publicado originalmente na revista The New Yorker em 1939, essa não é a primeira vez que a história é adaptada para as telonas. Intitulado no Brasil como “O Homem de 8 Vidas”, Walter Mitty estreou aos cinemas em 1947.

A nova produção tem também Kristen Wiig, Shirley MacLaine, e Sean Penn no elenco, com lançamento marcado para 25 de dezembro nos EUA. Veja o trailer acima e, claro, não deixe de notar a referência a “Matrix” no final.

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Imagens revelam estágios iniciais da criação de personagens famosos

Imagine se Yoda, o sábio mestre Jedi, tivesse a aparência de um gnomo de jardim, parecido com aqueles que a Ikea usou em um de seus comerciais. Ou que a simpática aparência de Shrek desse lugar a um ser com a cabeça desproporcional, em formato de cone? Chewbacca se pareceria mais com um monstro e menos com um cachorro, enquanto Síndrome, o vilão de Os Incríveis, seria uma mulher. Se tudo isso parece absurdo para você, saiba que essas ideias passaram, sim, pela cabeça dos criadores destes personagens, ainda que lá no começo do processo.

É o que nos mostram as imagens reunidas (já há algum tempo, é verdade, mas que se encaixa em Imagens revelam estágios iniciais da criação de personagens famosos) pelo site ScreenCrush. A equipe foi atrás das artes conceituais de conhecidos personagens do cinema, ainda nos estágios iniciais das produções. Algumas raridades – caso de Buzz Lightyear – são apenas rascunhos, enquanto outras já são mais bem acabadas.

É curioso perceber neste material como alguns personagens ficaram melhores no resultado final, enquanto outros não conseguiram sair bem como o imaginado. De qualquer maneira, é uma coleção bacana de imagens, tanto para quem curte cinema, quanto para quem se interessa pelo design de personagens.

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Yoda – Star Wars

Chewbacca – Star Wars

Jabba – Star Wars

Gênio – Aladdin

Hopper – Vida de Inseto

Sulley – Monstros S/A

Ralph – Detona Ralph

Shrek – Shrek

Buzz Lightyear – Toy Story

Síndrome – Os Incríveis

Whiplash – Homem de Ferro 2

Pinhead – Hellraiser

Bane – O Cavaleiro das Trevas Ressurge

Loki – Thor

Thor – Thor

Homem-Aranha – O Espetacular Homem-Aranha

Emma Frost – X-Men Primeira Classe

Fera – X-Men Primeira Classe

Azazel – X-Men Primeira Classe

Lagarta Azul – Alice no País das Maravilhas

Chapeleiro Maluco – Alice no País das Maravilhas

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Campanha viral de “X-Men: Days of Future Past” explora conteúdo sobre a Trask Industries

As corporações fictícias do entretenimento já foram, muita vezes, protagonistas de extensas campanhas virais para o lançamento de filmes. Assim aconteceu com “Prometheus”, “Jogos Vorazes”, “Robocop”, “Elysium”, “Distrito 9″, “Super 8″, “Homem de Ferro”, só para citar alguns exemplos.

Agora é a vez de “X-Men: Days of Future Past”, com 20th Century Fox revelando um site completo e vídeo da Trask Industries. A empresa armamentícia, que desempenha papel fundamental na clássica HQ e assim também será no filme, é a responsável por desenvolver as Sentinelas, um exército de robôs com a missão de destruir os mutantes.

O filme dirigido por Bryan Singer, que retoma as rédeas da série, tem estreia marcada para 23 de maio de 2014. Ou seja, ainda muito tempo para a campanha explorar conteúdo sobre a Trask Industries e seu fundador, Bolivar “Tyrion” Trask.

X-Men
X-Men

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Braincast 74 – O colapso de Hollywood

A discussão sobre a obsessão por franquias, sequências e remakes não é nova em Hollywood, mas o tema ganhou novo destaque por duas vozes que recentemente se juntaram ao coro: Steven Spielberg e George Lucas.

Em evento na Universidade do Sul da California, ambos criticaram o atual esquema de produção de blockbusters multi-milionários, com investimentos massivos em marketing, e que pasteurizam a criatividade na intenção de atrair um público mais amplo possível em todo o mundo.

No Braincast 74, conversamos sobre o que Spielberg chamou de “implosão de Hollywood”, já que muitos desses filmes não estão atraindo a audiência imaginada pelos estúdios. Carlos Merigo, Saulo Mileti, Guga Mafra e Cris Dias falam das atuais franquias do cinema, os pontos em comum desses filmes criados em salas de reunião, a ditadura do pré-teste, e como isso prejudica a descoberta de novos talentos.

Faça o download ou dê o play abaixo:

> 0h01m34 Comentando os Comentários?
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> 0h55m35 Qual é a Boa?

Workshop9

WORKSHOP9: >SP >RJ >POA

Críticas, elogios, sugestões para braincast@brainstorm9.com.br ou no facebook.com/brainstorm9.
Feed: feeds.feedburner.com/braincastmp3 / Adicione no iTunes

Quer ouvir no seu smartphone via stream? Baixe o app do Soundcloud.

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“World War Z”: A Guerra de Todos Nós

Pensar no fim é algo transformador, por isso, talvez, Gene Roddenberry não tenha acertado ao descrever a fronteira final, afinal, mesmo desbravando o espaço, continuaremos reféns da inevitável data de expiração de todo ser humano. A ficção científica, o cinema e a literatura adoram esse assunto por uma questão muito simples: ele redefine questões morais, mostra o cerne de cada indivíduo e testa limites como nenhum outro. É nisso que “Guerra Mundial Z” e Brad Pitt apostam ao jogar um sujeito no rodamoinho catastrófico de um levante zumbi. Há correria, há insegurança, mas, acima de tudo, há um homem colocado entre a perda da família e a única esperança do mundo todo.

Lembrar do trabalho de Vincent Price em “Mortos Que Matam”, Charlton Heston em “A Última Esperança da Terra” e Will Smith em “Eu Sou A Lenda”, a trilogia de adaptações da obra do recentemente falecido Richard Matheson, é de bom tom ao ponderar sobre o fim dos tempos e os últimos resquícios da Humanidade. Por isso a obra foi, justamente, adaptada três vezes. Há algo especial ali. Há algo assustador. Um homem só perante um mundo no qual ele é a ameaça, ele é o agressor, no qual ser humano significa ter os dias contados.

O personagem de Brad Pitt em “Guerra Mundial Z” não foge disso. Ou ele encontra uma salvação, ou todos morrem. Sua família morre. Não há opção e é disso que adaptação do livro de Max Brooks trata. Distante da estrutura em forma de depoimentos póstumos de sobreviventes da tragédia presente no romance, o filme dirigido por Marc Foster aposta no encadeamento direto de ações e a escalada da seriedade da situação, tudo acontecendo ao redor do personagem, claro, até o sacrifício final.

O diretor Marc Foster e Brad Pitt

O diretor Marc Foster e Brad Pitt

WWZ

Mas quais as razões desse fascínio com o fim mesmo depois da passagem do Fim do Calendário Maia? E por que da fixação por zumbis ou criaturas oriundas de erros da própria Humanidade? Arrisco uma sugestão: queremos sobreviver à maior de todas as provações; queremos dizer a nós mesmos que, mesmo quando há mais esperança, algo de bom pode acontecer. É uma questão que mistura auto-estima com uma resposta à cada vez mais ínfima contribuição de cada um à sociedade. O mundo ficou maior, portanto, nossos atos são mensurados em maior escala, incluindo diversos países e povos. Aqui cabe uma analogia de “Peixe Grande”: podemos ser peixes gigantescos em nossos lagos locais, mas perdemos a relevância quando, pela primeira vez, mergulhamos no oceano.

Para responder à segunda pergunta, lembro de algo dito por James Cameron a este repórter, quando conversamos sobre a tendência mais terráquea a da última onda da ficção científica. Cameron falou sobre, depois de anos de exploração de ideias alienígenas e distantes da realidade, podemos ter resolvido voltar a olhar para nós mesmos, nossos limites internos (como os sonhos de “A Origem”) ou a enfrentar medos com invasões à Terra (“O Dia Em Que a Terra Parou” e “Battle LA”, por exemplo).

Se ele está certo e cansamos de olhar para fora, o inimigo está aqui dentro. Em tudo que fazemos e no que almejamos para, quem sabe um dia, vencer a última barreira. Logo, mutações criadas em laboratório, doenças descontroladas ou experimentos falhos letais são as bolas da vez. O roteiro de “Eu Sou a Lenda” foi sutil ao atrelar uma eventual cura do cancer com a mutação que assolou o planeta. Entretanto, as razões não devem ser tratadas como o ponto-chave dessa discussão, afinal, elas são as mais arbitrárias possíveis especialmente por se tratar de extrapolação. Esses personagens funcionam pela junção “medo dos erros dos humanos + necessidade de sobreviver”.

Zumbis digitais

Zumbis digitais

E é dessa forma que grandes histórias apocalípticas são montadas. Sobreviver, normalmente, é o objetivo e todo o resto gira em torno dessa possibilidade, causando empatia, desespero e a torcida pelo protagonista. Brad Pitt já é carismático ao extremo, então, a coisa mais fácil do mundo é acreditar que ele vai salvar todo mundo! O trabalho do roteiro – que foi pontuado por problemas, diversos roteiristas envolvidos e re-redações de emergência – foi colocar essa norma em cheque enquanto ele monta um quebra-cabeças impossível em um mundo em colapso.

Distante da estrutura com depoimentos póstumos de sobreviventes presente no livro, o filme aposta no encadeamento direto de ações e na escalada da situação

O resultado é uma boa mistura entre tensão, catástrofe, política e, acima de tudo, família. Teoricamente, é fácil se envolver; é fácil esperar por uma salvação incerta; e é mais fácil ainda nunca mais entrar num avião do mesmo jeito depois de ver uma das cenas mais malucas do filme. Colocaria os zumbis de “Guerra Mundial Z” no mesmo patamar que as criaturas alucinadas de “Eu Sou a Lenda”, mas com um agravante: eles se movem como um vírus, espalhando-se velozmente, criando novos zumbis (cujo tempo de conversão é mostrado brilhantemente logo no início do filme); e envolvendo tudo em seu caminho. Imagine um homem tentando lutar contra as ondas. O resultado é o mesmo. Esse elemento, inclusive, ajuda muito na narrativa da história, já que o comportamento da turba infectada é outra dica sobre o que, de fato, está acontecendo.

É interessante escrever sobre esse filme, pois, com certeza, tive os mesmos questionamentos que Max Brooks teve enquanto escrevia “Filhos do Fim do Mundo”, por conta das semelhanças estruturais e do personagem principal. As discussões são outras, o livro de Brooks não tem nada a ver com o meu e o cenário também é bem diferente, mas o processo criativo parece ter passado pelos mesmos percalços e perguntas para se criar um mundo em colapso. Também interessante é a semelhança da linguagem visual e o dinamismo moderno. Esse foi um dos grandes diferenciais de “Filhos”, afinal, apostar numa linguagem direta e praticamente jornalística foi garantia de choque literário em muitos leitores. Provocar é necessário.

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E Marc Foster faz isso, ao concentrar seus esforços no protagonista, mostrando o aspecto global aos poucos, conforme ele se movimenta, e sem usar muitas muletas. A comunicação moderna é mais pessoal, nos acostumamos a consumir informações por pontos de vista e a neutralidade (sempre utópica) do jornalismo desapareceu, então, acompanhar tudo dessa maneira faz sentido e tem uma vantagem: gera mais perguntas, mantendo o público curioso.

Considerando tantos problemas de produção, WWZ é efetivo, mas cria arcos emocionais de forma preguiçosa

Há muitos pontos positivos. Bons efeitos especiais. Ótima atuação de Pitt. O uso de atores fortes (Matthew Fox, David Morse e James Badge Dale) em papéis coadjuvantes bem simples. E uma história efetiva. Porém, houve desleixo em alguns momentos e um deles pode colocar tudo em cheque – provavelmente por um erro de edição – em uma cena no terceiro ato. Considerando tantos problemas de produção, o filme é efetivo, mas criar arcos emocionais de forma preguiçosa é um problema grave. Fica difícil falar sem dar spoilers, mas imagine prometer que algo vai acontecer só para aumentar a tensão e, do nada, a ameaça ser sumariamente descartada e ignorada. Deus Ex Machina em ação!

As perguntas sobre nossos limites sempre vão continuar. As redes sociais mostram que o maior desafio humano atual é sobreviver à exposicão exagerada da timeline alheia; e, pelo jeito, estamos perdendo a briga. Então, imaginar situações realmente extremas, definitivas e capazes de afetar a vida de todos aqueles que amamos ainda vão pontuar centenas de roteiros, livros e histórias. Afinal, Ser Humano é a fronteira final.

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Fábio M. Barreto é roteirista e escritor da distopia “Filhos do Fim do Mundo”, que foi publicada antes do filme estrear! 😀

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“The Fifth Estate”, primeiro trailer do filme sobre a WikiLeaks

A Dreamworks revelou o primeiro trailer de “The Fifth Estate”, filme que vai contar do WikiLeaks, com Benedict Cumberbatch no papel de Julian Assange.

Cercado de polêmica desde o início da produção, a obra tem estreia marcada para 18 de outubro nos EUA. O próprio Assange já declarou que o filme é apenas uma “peça de propaganda”, e mais cedo o perfil oficial do WikiLeaks no Twitter alertou: “Não seja enganado”

Em entrevista ao Vulture, o diretor Bill Condon afirmou que “The Fifth Estate” de forma alguma é um filme anti-WikiLeaks, e que pretende fazer mais perguntas do que dar respostas.

O roteiro é baseado em dois livros igualmente controversos, também rechaçados pro Julian Assange.“Inside WikiLeaks: My Time with Julian Assange and the World’s Most Dangerous Website” foi escrito por Daniel Domscheit-Berg, ex-parceiro de Assange na criação do site. E “WikiLeaks: Inside Julian Assange’s War on Secrecy” dos jornalistas do Guardian David Leigh e Luke Harding. É bom ir assistir já de sobreaviso.

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Braincast 72 – Fotografia no Cinema

Se a fotografia é um trabalho quase solitário, a fotografia no cinema é uma força tarefa. O Diretor de Fotografia trabalha em conjunto com o Diretor de Arte e mais uma equipe (ou não, dependendo do orçamento) para colocar na telona aquilo que o Diretor imaginou.

No Braincast 72 discutimos como funciona a cinematografia, os equipamentos, como trabalhar na área, os principais profissionais do ramo, e os grandes filmes celebrados pela sua fotografia. Carlos Merigo, Saulo Mileti e Guga Mafra conversam com o diretor e diretor de fotografia Júlio Taubkin, que explica o dia a dia e curiosidades da profissão.

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iStockphoto

Esse episódio do Braincast é um oferecimento de iStockphoto.

A iStockphoto não só é um dos maiores banco de imagens do mundo, como também disponibiliza vídeos, com royalty free, que passaram pelo crivo de Diretores de Fotografia. Venha fazer parte da nossa comunidade de colaboradores. Convidamos todos os videomakers, cineastas e artistas de animação a criar e trabalhar conosco: istockpho.to/sejacolaborador

Desafio Criativo

Seja você o diretor de arte da imagem de destaque do próximo Braincast sobre fotografia, com o tema “Profissão: Diretor de Arte. Se a sua criação for a escolhida, você ganha 400 créditos na iStockphoto e tem seu trabalho divulgado no B9.

A imagem precisa ter 1920 x 1080 pixels, e usar até 4 fotos dessa lightbox da iStockphoto. Feito isso, envie para o email: braincast@brainstorm9.com.br

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Man of Steel: O Homem da Matrix

A América existe e persiste por causa de seus heróis. Lincoln, os responsáveis pela independência, os milhares de soldados perdidos em tantas guerras, o sujeito capaz de se sacrificar pelo ideal primordial do país: a liberdade. Ser herói é algo simples e de fácil alcance; não é preciso se tornar um empresário de sucesso ou inventar algo complicado, basta uma ação e pronto.

Um remake piorado de uma trilogia que redefiniu os conceitos do cinema de ficção científica

A América adora seus heróis; tanto que lhes deu superpoderes. E os transformou em ideias capazes de eternizar esses valores. Nenhum deles faz isso melhor que o Super-Homem. Especialmente em momentos de dúvida e reafirmação é ele quem sai em defesa de um povo dividido e uma indústria em busca da reinvenção. Assim surge “O Homem de Aço”, sem cueca por cima da calça, mas com a maior responsabilidade da longa trajetória cinematográfica.

Zack Snyder deve ter respondido a essa pergunta milhares de vezes e, a exemplo do que disse sobre os paralelismos políticos de “300”, deve ter dito se tratar apenas de um filme de superherói. Mas o Super-Homem nunca foi tão político como em “O Homem de Aço”; político, não partidário.

O roteiro de David S. Goyer bate constantemente em duas teclas: questionamento da função do indivíduo na sociedade e no mundo, e o que define a América moderna. Até por questões de nome, e de carga patriótica, o Capitão América deveria ser convocado numa hora dessas, entretanto, Steve Rogers é suspeito. Ele veste a camisa por ser parte da identidade norte-americana, ele não sabe ser outra coisa, é fruto de séculos de doutrinação. Ele não pode ser outra coisa.

Henry Cavill e Zack Snyder no set

Henry Cavill e Zack Snyder no set

Man of Steel

Clark Kent pode. Clark Kent pode subjulgar o mundo todo e não o faz justamente por optar pelo pacote oferecido pelos Estados Unidos (inicialmente), se mostra um ser superior e faz de tudo – inclusive dar a vida – para defender esses ideais. Ele promove um tipo de ligação direta com os fundadores da nação, um imigrante em busca de uma segunda chance. Para ele, tudo isso vale a pena, nós valemos a pena, acreditar no conceito da democracia e etc é algo digno. Tanto é que, recentemente, ele causou polêmica ao se colocar contra os norte-americanos numa disputa humanitária (mostrando a evolução histórica do personagem). Bem, isso é como nós, estrangeiros, vemos. Para os norte-americanos, a coisa é diferente.

É aí que o questionamento do filme entra. O que fazer perante esse novo mundo com o iminente fim das guerras atuais dos Estados Unidos? Onde estão os inimigos? O governo assumiu ter sistemas de vigilância nacionais, o que fazer? Tudo isso foi assimilado. Mas, claro, ninguém espera a solução dos problemas sociais e partidários dos norte-americanos por conta de um blockbuster. Entretanto nada impede que os reflexos sejam sentidos, externados e, de certo modo, solucionados.

Todo mundo sabe como o Super-Homem vai reagir a tudo, mas os vilões sempre causam transtornos e testam os limites. A bola da vez é o General Zod (assim como em “Star Trek”, reaproveitado dos filmes clássicos, porém, de forma mais criativa). Mas também levanta a pergunta: quantas vezes veremos as mesmas histórias, com os mesmos vilões, sendo recontadas? No próximo filme, claro, será a vez de Lex Luthor!

Christopher Nolan e Zack Snyder

Christopher Nolan e Zack Snyder

Man of Steel

Zod é o velho sistema. Representa a queda de um povo, suas falhas e presunções. Ele é uma doença cujo objetivo é se espalhar e replicar os mesmos erros de uma civilização punida com a extinção. Em “O Homem de Aço” vemos a melhor retratação de Krypton já feita. Ponto.

O pouco visto na introdução do longa é suficiente para maravilhar e justificar o argumento, amplificado por armaduras fantásticas, combates ferozes e uma atuação marcante de Russell Crowe, que rivaliza o de Marlon Brando como Jor El. Krypton vale a pena, aliás, recomendo o romance “Os Últimos Dias de Krypton”, de Kevin J. Anderson, que entrevistaremos em breve! E também cria o maior problema estrutural e conceitual do filme.

Se Zod é a perpetuação do sistema, ou pior, a criação de uma versão mais radical e igualmente terrível do que destruiu Krypton (uma sociedade na qual todos os indivíduos são criados com funções sociais e profissionais pré-definidas no código genético), Zod tem apenas uma nota. Essa missão a cumprir. Ele é obstinado, ele quer transformar tudo ao redor em algo agradável a ele mesmo, cópias de sua visão, para acabar com o exílio ao qual foi condenado. Ele quer refazer tudo por acreditar ser capaz de ter mais discernimento que os antecessores, ele precisa cumprir seu propósito, ele precisa escapar da Matriz e, para isso, precisa destruir Neo. Oops.

Em “O Homem de Aço” vemos a melhor retratação de Krypton já feita. Ponto.

Já vimos essa história antes e a sensação de replay de “Matrix Revolutions” é gigantesca, tanto pelo argumento quanto pelo infindável combate aéreo entre Super-Homem e Zod. É destruição gratuita, sem a menor razão narrativa. Levanto uma questão: qual o ponto em se ter dois super-seres se esmurrando, destruindo prédios por quase dez minutos, se, todo mundo sabe, nada vai acontecer por se tratarem de forças iguais? Talvez o objetivo seja subjulgar o oponente.

Não importa, corte tudo isso e não faz falta. Claro, mas é isso que o público do blockbuster procura. A ação, a grande batalha, os efeitos especiais maravilhosos (nesse aspecto, Matrix parece brincadeira de criança). A única razão plausível para isso é descuido, puro e simples. Para completar, Morpheus e Locke estão no elenco!

Man of Steel

Mas tudo isso para um remake piorado (por não trazer novidades) de uma trilogia que redefiniu os conceitos do cinema de ficção científica. Alias, “O Homem de Aço” tem tantas semelhanças assim justamente por se tratar de um filme de ficção científica, não um filme de super-heróis.

O maior fiasco é o roteiro em si, com situações, por falta de argumento melhor, bobas

Uma decisão interessante perante todo o pano de fundo da história de Clark Kent e seus paralelos com a política atual. Como toda grande ficção científica, ele usa a roupagem fantástica para expor aspectos reais. Isso sem contar referências diretas a “O Enigma de Outro Mundo”, “John Carter” e ao primeiro filme do Super-Homem.

Encontrar os limites é outro conceito. O ótimo Jonathan Kent de Kevin Costner faz isso por Clark, ao construir-lhe caráter e fazer de tudo para justificar seus próprios atos. Todos os personagens são testados, muitos falham. O maior fiasco foi o roteiro em si, com situações, por falta de argumento melhor, bobas; uma ou duas piadas boas queimadas no trailer e a constatação de que os kriptonianos são as pessoas inteligentes mais burras da galáxia. Qual o melhor jeito de punir o pior criminoso do planeta? Colocá-lo numa prisão que vai salvá-lo da tragédia planetária, claro!

“O Homem de Aço” traz nova roupagem visual, encontra um bom rosto em Henry Cavill e cria uma nova dinâmica para novos filmes por conta do segredo sobre a identidade de Clark Kent. É um bom blockbuster, mas não passa disso. Zack Snyder, e seu guru no projeto, Christopher Nolan, pedem que acreditamos no homem capaz de voar. Mas o fazem sem respeitar as regras do jogo.

“Superman – O Filme” continua ocupando o cargo de maior aventura do Super-Homem nos cinemas

Ficção científica precisa ser inovadora, exige arrojo e provocação. Nolan já decepcionou absurdamente a reciclar as próprias ideias no cada vez pior “O Cavaleiro das Trevas Ressurge” (nada mais que um remake preguiçoso do ótimo “O Cavaleiro das Trevas”) e escorregou novamente. Um dos melhores avanços da obra é a identidade do vôo do personagem. Tantas perguntas, tanto potencial e, em termos narrativos, tanta repetição.

Esse é o legado de “O Homem de Aço”, que segue o padrão Batman do Nolan para se estabelecer por conta própria, sem arriscar na construção de universo mais amplo como faz a Marvel. O sucesso de bilheteria é incontestável por conta da mistura da força do personagem com seus lados positivos. Entretanto é inevitável pensar nele sem aquela amarga sensação de que poderia ter sido tão melhor, tão inesquecível. “Superman – O Filme” continua ocupando o cargo de maior aventura do Super-Homem nos cinemas. Ajoelhem-se perante Richard Donner!

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Fábio M. Barreto é jornalista, autor da distopia “Filhos do Fim do Mundo” e quer morar em Krypton!

Participe da Book Tour de “Filhos do Fim do Mundo”, com tardes de autógrafos que passarão por São Paulo, Campinas, Santo André, Fortaleza e Rio de Janeiro.

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“Guerra Mundial Z” e a Pepsi

O entretenimento está cheio de product placement, seja no cinema, televisão, games e até mesmo música. Convivemos com isso há tanto tempo, que se tornou uma prática não apenas tolerável, mas natural. As marcas, muitas vezes, colaboram com o senso de realidade e inserem o cotidiano do espectador dentro do filme.

Claro, estou falando de product placement bem feito, o que infelizmente não é a regra. Não existe um padrão para a inclusão de marcas em uma história. Pode ser uma simples aparição ou menção subjetiva pelos personagens, ou o sonho dourado dos anunciantes: ver seu produto fazendo parte do contexto da trama. Não é novidade que muitos roteiros são escritos e adaptados pensando em contratos de publicidade, incluindo até aprovação do cliente. Se os grandes blockbusters já são criatividade encomendada, incluir propaganda é o menor dos problemas. Porém, tudo isso custa mais caro, obviamente.

Ford, Apple, Coca-Cola, Chevrolet e Mercedes-Benz, na ordem, são as cinco empresas que mais investem no formato, mas vamos pensar em números: Em 2012, os 34 filmes que atingiram o primeiro lugar nas bilheterias americanas somam 397 marcas ou produtos identificáveis. Uma média de 11,7 product placements por título.

Filmes de fantasia ou de época, como “O Hobbit”, por exemplo, não podem contar com isso, mas são compensados por comédias e thrillers de ação. A comédia “Ted”, de Seth McFarlane, mostrou nada menos do que 38 marcas. É até pouco comparado aos 71 produtos que fizeram ponta em “Transformers: O Lado Oculto da Lua” em 2011.

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397 marcas apareceram nos filmes líderes de bilheteria em 2012

Com tanta propaganda, não é difícil imaginar o imenso e arriscado território de “vai dar merda” que se cria na tentativa de encaixar as marcas e produtos dentro de uma narrativa. Algumas vezes funciona, muitas outras não. E é aqui que eu chego no filme que estreou nesse fim de semana no Brasil, “Guerra Mundial Z”, novo concorrente do product placement mais sem noção da história do cinema.

É um bom filme, com um eficiente Brad Pitt, que apesar de não trazer nenhuma novidade para o genêro zumbi, é capaz de gerar tensão e entreter sem insultar nossa inteligência. Vai tudo muito bem, até que aparece a Pepsi.

É o clímax do filme – que eu não vou detalhar aqui para não dar nenhum spoiler – o momento de epifania depois de quase duas horas de sofrimento e fim do mundo iminente, mas algum infeliz decidiu que essa seria a hora ideal para o protagonista parar e tomar uma Pepsi. Só faltou o Brad Pitt olhar para a camera e fazer “Ahhhhhh…”. Pegue a cena igualmente patética de “Thomas Crown – A Arte do Crime” abaixo, e coloque o Senhor Angelina mais zumbis na cena. É isso. Os olhares encabulados são dos espectadores.

Eu não diria que isso coloca “Guerra Mundial Z” a perder, mas não é exagero afirmar que, em poucos segundos, o refrigerante exerce um papel extremamente nocivo na tela. Alguns podem argumentar que contextualmente a inserção faz até sentido, mas para mim isso é quebrar a quarta parede da pior maneira possível e atirar o espectador para fora da trama.

No começo desse texto eu falei em naturalidade, e é tudo o que a Pepsi, o diretor Marc Foster e a Paramount Pictures não fizeram com o briefing na mão. A cena é tão incluída a fórceps no filme, que o público no cinema ri, o que na minha opinião só pode ser por constrangimento.

Estúdio e marcas celebram contratos milionários, e isso é bom para a indústria e para os consumidores, mas a eficácia só vem com sutileza. Fora isso, só se você estiver em “Wayne’s World”.

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Stairway Cinema

Stairway Cinema est un projet monté par le collectif néo-zélandais OH.NO.SUMO. Installé dans un coin de rue à Auckland, cette mini salle de cinéma en plein air a pour but de recréer un espace de socialisation et de communication en projetant des court-métrages issus d’Internet. Un projet séduisant à découvrir.

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Cars We Love Series

Focus sur le photographe turc Cihan Unalan qui rend hommage à quelques-unes des plus belles voitures présentées au cinéma, dont le design a fortement influencé notre façon de percevoir l’innovation. Une superbe série pour un très bel éloge avec « Cars We Love » à découvrir en images dans la suite de l’article.

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