Os 35 anos de “Halloween”

Se você assistir “Halloween” hoje – o original – certamente não vai levar algum susto ou se impressionar com qualquer cena. É um filme simples, ainda mais se comparado ao volume de sangue, efeitos, cenas explícitas e ruídos excessivos das produções atuais. Porém, a criação de John Carpenter é a quintessência do cinema de horror e, até hoje, 35 anos depois, suas técnicas continuam influenciando o gênero.

“Halloween” não foi o primeiro terror do tipo. “O Massacre da Serra Elétrica”, “A Noite dos Mortos-Vivos” e “Aniversário Macabro” , por exemplo, já representavam um papel importante no cinema de baixo orçamento, mas nada perto do que Michael Myers fez em 1978. Com verba de apenas 325 mil dólares, “Halloween” levou multidões para as salas escuras, muito ajudado pelo boca a boca, arrecadando 70 milhões na época. Reajustando para hoje, seria algo como 240 milhões de dólares. É um dos filmes de horror mais lucrativos de todos os tempos.

John Carpenter tinha 30 anos quando seu “Halloween” estreou, e liderou uma avalanche de novos títulos do gênero ao longo de toda a década de 1980. Sem Michael Myers, não existiriam Freedy Krueger ou Jason, por exemplo. Carpenter tirou o terror da fantasia, e o colocou no “mundo real”. Myers não era um ser sobrenatural, era mais homem de carne e osso do que um monstro – e que adora matar gente promíscua.

John Carpenter no set

John Carpenter no set

Michael Myers nem era tão assustador, mas a trilha sonora mudou tudo

Com total controle criativo e inspirado por “Psicose” de Hitchcock, o diretor ousou visualmente. Desde a famosa primeira cena em primeira pessoa – quando o espectador ainda não faz ideia de que o assassino é apenas uma criança – até os enquadramentos que transformam todo o espaço vazio em uma ameaça. Carpenter manipula a audiência com sombras e, principalmente, som.

Halloween

A trilha sonora é, certamente, o legado mais marcante deixado por “Halloween”. Composta pela próprio John Carpenter, a inesquecível música comunica tensão como nenhuma outra já foi capaz. Ele mesmo revelou que, ao mostrar o filme para os produtores, todos foram taxativos: “Isso não é assustador”. Talvez fosse apenas uma história de adolescentes contra um homem de máscara, mas a música mudou tudo.

Além da trilha, o baixo orçamento ditou todas as outras decisões criativas da equipe. A icônica máscara custou apenas US$ 1.98. Era imitação em borracha do William Shatner, comprada em uma loja qualquer, e pintada com spray branco para o filme. Prova de que pouco dinheiro não é desculpa pra nada.

Recentemente, foi lançada uma edição comemorativa em Blu-ray de 35 anos de “Halloween. E se hoje não é capaz de impressionar os millenials, eu pelo menos tenho boas lembranças de que me diverti e perdi noites de sono quando mal tinha idade para assistir filme de terror. Já vi o original dezenas de vezes, mas evito as sequências, principalmente se tiver o nome do Rob Zombie nos créditos. Não quero estragar a magia.

Para quem é fã, vale ver o vídeo abaixo. É o primeiro take da cena inicial, quando Carpenter ainda estava testando a filmagem em primeira pessoa. O utilizado na edição final do filme foi o segundo take.

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Como teriam sido os rascunhos de slogans famosos?

Quem trabalha com a redação de textos – jornalísticos, publicitários, literários, etc – sabe que nem sempre o primeiro rascunho é aquele que chega ao leitor. Dependendo da finalidade do texto, ele vai ganhando diferentes versões, de acordo com as alterações necessárias, até finalmente atingir sua versão definitiva.  O caminho é árduo e geralmente inclui observações (demolidoras) de editores e clientes. O escritor Paul Laudiero resolveu imaginar como teriam sido os rascunhos de algumas obras conhecidas – slogans, livros e roteiros – no Tumblr Shit Rough Drafts.

No caso dos slogans, ele começou com GAP, Nike, Geico e McDonald’s.

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Na televisão, nem o roteiro de Breaking Bad escapou…

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E como escolher o nome de um livro?

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Little Print Shop of Horrors lança série de pôsteres 2013

Desde 2011, a agência Creative Spark, de Manchester, abre na época de Halloween uma loja online chamada Little Print Shop of Horrors, onde comercializa pôsteres inspirados em filmes de horror, com a renda revertida para a caridade. Este ano, a meta é arrecadar £10 mil para a Forever Manchester, que está completando 10 anos de atividades.

Entre os filmes escolhidos este ano estão Psicose, O Pesadelo, O Sexto Sentido, The Rocky Horror Picture Show, O Iluminado, À Prova de Morte, Candyman e IT. Os pôsteres tipográficos foram criados pelo diretor de criação Neil Marra e a equipe de designers da Creative Spark.

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O primeiro trailer de “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido”

A Fox acabou de revelar o primeiro trailer de “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido” (X-Men: Days of Future Past), quase sete anos depois do fim da trilogia, e dois anos depois do “X-Men: Primeira Classe”.

O filme marca o retorno do diretor Bryan Singer à franquia, e tem estreia prevista para 23 de maio de 2014. Recentemente, o estúdio iniciou uma campanha viral para promover o novo capítulo da saga nos cinemas.

X-Men

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A força da “Gravidade” de Alfonso Cuarón

Soulsearching é um termo interessante, significa “buscar a razão de ser”. O ciclo é diferente para cada um e ele começa pelas razões mais distintas; alguns encontram a resposta, outros passam a vida deslocados, sem saber ao certo porque fazem o que fazem. Invariavelmente, todo ser humano passa por isso. Mesmo que de forma inconsciente ou disfarçada como algum momento de escolha, fim de relacionamento, novo emprego, de incerteza social e medo do futuro.

Os casos mais extremos são provocados pela dor. Pela perda. E, não importa quantos amigos e familiares estejam por perto, a jornada é sempre solitária e só termina na hora certa, quando a pessoa chega à conclusão, seja ela positiva ou não. Essa é a trajetória de “Gravidade” (Gravity, 2013, EUA), dirigido por um mexicano, estrelado por norte-americanos salvos pela tecnologia chinesa e amarrado por um tema universal.

Cercado por polêmicas científicas, longo tempo de produção e muitas idas e vindas de elenco, “Gravidade estreou com força e relevância num momento social muito interessante para os Estados Unidos. Assim como “Guerra nas Estrelas”, que redescobriu o sonho de habitar as galáxias desperto pela Corrida Espacial, “Gravidade” promove um momento de catarse coletiva perante a crise sócio-política e, por que não, de identidade vivida pelo povo norte-americano.

Alfonso Cuarón com Sandra Bullock e George Clooney no set

Alfonso Cuarón com Sandra Bullock e George Clooney no set

O espaço pode ser infinito, mas é o opressor. Todo o vazio envolve a trama, que ganha contornos claustrofóbicos

Desprovidos de uma meta clara, e coletiva, há décadas, é necessário buscar essa razão de ser e, quem sabe, sair da fossa. As promessas meio cumpridas desde a eleição de Barack Obama, o distanciamento político entre Democratas e Republicanos, o aumento da riqueza do 1% da população que detém o poder e o capital do país inteiro e, simplesmente, a incerteza foram responsáveis pela catalisação do problema recentemente. Os americanos perderam algo. A personagem de Sandra Bullock perdeu algo. Ryan Stone está perdida no espaço, o cidadão está preso num sistema que não o beneficia. Há salvação?

Gravity

Uma resposta possível, e bem clara, vem na visão de um contador de histórias mexicano, Alfonso Cuarón. Ele traz no currículo o irreparável “Filhos da Esperança”, o sensível “Grandes Esperanças” e até mesmo um dos episódios mais impressionantes de Harry Potter, “O Prisioneiro de Azkaban”. Os personagens de Cuarón têm algo em comum: eles lutam! Alguns por fé, outros por não ter outra opção. Nenhum deles aceita um destino adverso. Assim como essa é uma das respostas, também é uma das leituras.

Há adversidade na vida de personagem principal, uma médica que perdeu a filha. Algo imutável e irreversível. Ela escolhe o caminho da solidão e da insensibilidade constante, como alguém que não se importa em passar o resto da vida no modo automático. Tudo isso é muito maior que a situação norte-americana, afinal de contas, Hollywood pode ser reflexo das demandas sociais “locais”, mas Cuarón tem uma mentalidade internacional e ele fala com espectadores em todos os lugares. Como todo entendido da ficção científica, ele sabe que, no final, o que importa é a relação com o ser humano e a relevância da história.

O acidente catastrófico na órbita da Terra funciona como alerta para a mãe entristecida. A partir daquele momento, o cenário mudou e só há duas opções: fazer algo ou esperar para morrer. A alegoria é clara e, felizmente, para o bem dos espectadores, ela escolhe se mexer. No começo, guiada. Depois, por conta própria. “Gravidade” inteiro é um paralelo com esse redescobrimento pessoal, com o teste de limites, da força de vontade e de como podemos encarar a perda. E o recomeço.

"Caixa" com painéis de LEDs que simulavam o espaço

“Caixa” com painéis de LEDs que simulavam o espaço

A porrada vem sem som no espaço (parece que nunca vamos deixar essa “fixação” de lado!), com uma trilha sonora impressionante e um elenco de apenas 7 pessoas. Apenas 4 delas aparecem, algumas já mortas. Cuarón aproveitou para ensinar uma lição aos diretores: é possível fazer um blockbuster com apenas 2 protagonistas sem cair na monotonia do diálogo exagerado.

Gravity

Em “Gravidade”, menos é mais. Tudo funciona por conta de um roteiro certeiro, escrito pelo próprio Cuarón em parceria com seu filho, Jonas, que utiliza todas as cenas com extrema eficácia narrativa, valorizando a atuação e dando a impressão de liberdade suprema. É a ação de Sandra Bullock que a leva do marasmo ao renascimento (na cena mais linda e simbólica do filme), sem grandes discursos verborrágicos ou constatações metafísicas. Tudo é imediato e direto. Ou segura o último pedaço de metal da estação espacial que se desfaz ou enfrenta a solidão do espaço até o oxigênio acabar.

O espaço pode ser infinito, mas é o opressor. Todo aquele vazio envolve a trama, que ganha contornos claustrofóbicos, afinal, a vida só existe dentro dos trajes e cada respirada pode ser a última. Cuarón foi hábil ao manter o espaço em silêncio, mas enchendo as caixas de som de vida quando a câmera cruzava o visor do capacete e entrava no close up do personagem. O espaço até poderia tentar quebrar o cerco e eliminar aquele pequeno casulo renegado, entretanto onde havia vida, havia esperança. E é praticamente impossível não entrar na trama. Pela luta da mocinha.

E pelo sorriso conquistador do herói. George Clooney é simplesmente fantástico como Matt Kowalski, o mais próximo de Buzz Lightyear que o cinema já mostrou. No controle, divertido e certeiro, ele carrega a primeira tanto Ryan quanto a primeira parte do filme sem esforço, mesmo perante a tragédia iminente. Ele é o mestre, o Obi-Wan Kenobi da Dra. Ryan. Ele é o cara que tem as respostas, o sujeito que já encerrou seu ciclo de soulsearching e está apenas aproveitando a vida com um sorriso no rosto.

Cuarón substituiu a contemplação de Kubrick pela emoção pura e uma jornada mais próxima do espectador

Bullock e Clooney são as atrações do filme. Eles valorizaram demais o visual fantástico, as imagens da Terra, as destruições em massa e todo o drama contido no roteiro. Por isso “Gravidade” foi recebido com críticas bombásticas e criou algo que há muito não se via nos Estados Unidos: uma discussão nacional sobre cinema. Claro, muito por conta dos “erros científicos” (a distância entre as estações espaciais sendo a maior delas), mas a mensagem permeou toda a conversa e o público encontrou algo que precisava ouvir, ver e sentir.

O filme também abriu a temporada de candidatos às principais premiações do ano que vem. E, se levar, vai ser por mérito e por ter entrado para a história da Ficção Científica sem forçar a barra. Cuarón substituiu a contemplação de Kubrick pela emoção pura e uma jornada mais próxima do espectador. Talvez, por isso, para muitos, “Gravidade” passe a ocupar o lugar de Melhor Filme Espacial já feito.

Os elementos estão lá. Basta encontrar o espectador certo que a magia acontece e a busca termina. Decifrar as respostas e dar o primeiro passo da nova vida fica a critério de quem chegou ao fim da jornada sem precisar escapar do frio do espaço onde ninguém ouve seus gritos. Nem vê suas lágrimas.

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Fábio M. Barreto é especialista em Ficção Científica, autor de “Filhos do Fim do Mundo” e editor do site US Reporter.

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Páginas em branco no The New York Times comprovam que menos realmente pode ser mais

A sabedoria popular costuma dizer que palavras valem prata, mas o silêncio vale ouro. E se, um dia, as palavras sumissem e restasse somente o vazio preenchido por um espaço em branco? Hoje, os leitores do The New York Times se encontraram nesta situação, ao se deparar com duas páginas do jornal praticamente em branco, a não ser pelo cabeçalho, número da página e, no rodapé de uma delas, uma URL, wordsarelife.com.

A ação, realizada sem explicação alguma, pegou muita gente de surpresa e criou enorme buzz. A resposta ao mistério estava na tal URL, que se apropriou do silêncio criado pelo vazio para nos lembrar que, apesar de tudo, palavras são vida.

Basicamente, esta é a principal mensagem de A Menina que Roubava Livros, romance de Markus Zusak que ganhou versão cinematográfica produzida pela Fox e que estreia nos EUA em novembro (no Brasil, a previsão é fim de janeiro).

Foi para divulgar o filme que o estúdio convocou a agência 42 West, que resolveu mostrar na prática a importância da palavra escrita, e como as pessoas se sentiriam se um dia abrissem os jornais e descobrissem que elas desapareceram.

Apesar de todo o zum-zum-zum em torno do livro – que eu li e não gostei -, a ação foi muito bem sacada e mereceu toda a atenção recebida. Só imagino quanto não deve ter custado esta brincadeira. No final, o silêncio vale ouro, sim, mas não podemos nunca nos esquecer de que palavras são vida.

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“Os Croods”: Uma visita ao estúdio de captura de movimento da DreamWorks

A sala é escura e espaçosa. Um telão gigante ocupa uma das paredes mais compridas; do lado oposto, uma bancada cheia de computadores e seus operadores, gente que cuida de pré-renderização, som, movimento e importação dos arquivos. Há 53 sensores de movimento mas paredes e no teto.

No centro do ambiente uma câmera e um pedaço de plástico num tripé, perto dele, dois atores caminham com collants pretos e as tradicionais bolinhas brancas. Na tela, os atores se transformam em versões rústicas de homens pré-históricos, montanhas surgem do nada, o plástico se transforma numa tocha e eu, com a câmera no ombro, estou no coração do estúdio de Captura de Movimento (Motion Capture ou MoCap) da DreamWorks, simulando o trabalho feito para as filmagens de “Os Croods”, o DVD mais vendido nessa semana nos Estados Unidos.

Essa foi minha primeira visita a um estúdio de Captura de Movimento, ou melhor, Captura de Performance (de acordo com sua finalidade) e a paixão foi instantânea. Muito deve ser por culpa dos extras de “Avatar”, nos quais James Cameron se diverte feito criança com a câmera de pre-viz (ele pode ver as interpretações dos atores contra os cenários e, sozinho, fazer todo o trabalho de enquadramento e definir as distâncias para cada tomada, por exemplo, afinal, as cenas já foram gravadas pelo elenco humano, logo, ele pode fazer o que bem entender com elas depois!).

70% do trabalho de teste, movimento em cena e pre-vizualização da animação foi feito no estúdio de MoCap

The Croods
Croods

Entretanto, em “Os Croods” as coisas funcionaram um pouco diferente, pois por ser uma animação, o conceito aplicado foi outro e a ferramenta da captura foi utilizada como instrumento de apoio para diretores e animadores. O principal uso foi o enquadramento, por razões óbvias. Nicolas Cage não precisou fazer nenhuma macaquice nessa sala (embora ele não teria reclamado, não é mesmo?), pois com a voz gravada e a visão dos diretores Kirk De Micco e Chris Sanders previamente gravada e transmitida aos animadores. Logo, quando a equipe se reunia no estúdio, o comando estava nas mãos de Yong Duk Jhun, o Head of Layout (quem coordena toda a parte visual, ou seja, o Diretor de Fotografia do filme), que trabalhou em “Shrek Para Sempre” e “Kung Fu Panda”.

Eles usaram uma câmera bem leve e efetiva. Pude testá-la e o monitor sem fio conectado aos servidores e técnicos no fundo da sala permite a visualização total ao cinegrafista. Ao mesmo tempo, os “espectadores” veem o mesmo enquadramento no telão. “O uso do Motion Capture permite uma noção muito mais natural e orgânica de enquadramento e posicionamento de câmeras”, diz Jhun, um coreano simpático, sorridente e, claramente, deslumbrado com o que faz. De acordo com o animador, diretor de fotografia, especialista em efeitos especiais e “dono da câmera”, 70% do trabalho de teste, movimento em cena e pre-vizualização foi feito no estúdio de MoCap. A câmera que testei era uma cinecamera Sony, com uma lente 21 mm (estávamos fazendo uma cena bem movimentada, então, ela envolvia muitos close ups e medium shots) e pude fazer as vezes de cinegrafista.

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“O uso do Motion Capture permite uma noção muito mais natural e orgânica de enquadramento e posicionamento de câmeras”

Foi uma experiência fantástica por conta do aprendizado. Nessas horas é engraçado eu também ser cineasta, pois os outros jornalistas estavam ali pelo oba-oba e eu doido para fazer algo. O fato de o monitor apresentar um previz os objetos do cenário (nesse caso uma montanha, uma rocha grandona e uma árvore; além de dois atores e uma pessoa segurando a “tocha”. Os personagens estavam “conhecendo o fogo” pela primeira vez) e os atores saberem bem o que precisavam fazer, era questão de fazer de conta que se estava num set de verdade e filmar a cena.

A fluidez foi impressionante e, depois de uns dez segundos de adaptação, não sentia mais a diferença entre filmar com uma 5D ou com aquela Sony. Os princípios básicos eram os mesmos e foram respeitados. E essa é a maior força do MoCap sendo utilizado dessa forma: o pensamento da captação é o mesmo. Há uma cena a ser feita e essa é a ferramenta! É só filmar.

Mas, claro, há diferenças. Num set “real”, iluminação é sempre o maior aliado (pela necessidade) e inimigo (especialmente pelo tempo consumido). Durante as gravações em MoCap, uma iluminação genérica é utilizada, logo, nesse aspecto, tudo é sem graça e essa cara homogênea vai te acompanhar ao longo de todo o trabalho.

“Os técnicos podem mudar uma coisa ou outra, se a cena pedir, mas o objetivo aqui não é compor toda a cena. No caso de “Os Croods”, filmávamos uma cena e podíamos ver um resultado mais renderizado e próximo do final em 2 semanas”.

“A Lenda dos Guardiões”, outro filme da DreamWorks, teve um trabalho mais perfeccionista nesse sentido ao misturar captura de performance e referência, por isso, usou a ferramenta ao longo de seus cinco anos de produção.

A liberdade de filmagem é fantástica e a possibilidade de se refinar o resultado depois enche o sistema de novas alternativas

Outra diferença: foco. A cinelente de 21mm, com ponto focal fixo, deveria perder o foco com facilidade. Não perdeu nenhuma vez, afinal de contas, a imagem que o monitor e o telão mostravam era gerada pelos computadores, logo, foco não é um problema. Entretanto, usar lentes apropriadas continua sendo necessário, pois são elas quem definem a proximidade e as demais características de captação. Mais um ponto para a praticidade, embora seja uma diferença notória.

A liberdade de filmagem é fantástica. A possibilidade de se refinar o resultado depois enche o sistema de alternativas e o lado cineasta praticamente grita de alegria ao ver como os “cachorros grandes” brincam. Foi interessante ver essa evolução direta do pre-viz – que sempre pareceu bem preso à criatividade do animador e limitado pelos recursos – sendo usada para garantir a sensação de “filme normal”, mesmo sem querer revolucionar o mundo como Cameron fez. É uma ferramenta bastante útil e, arrisco, indispensável dentro em breve.

Deu para perceber que gostei muito, não é? Fui papear sobre os detalhes da câmera e o sistema com o Jhun e o grupo de jornalistas foi embora. Só consegui reencontrá-los no labirinto de estúdios de áudio e vídeo, baias de animação e áreas de recreação da DreamWorks uns 20 minutos depois. Ficaria perdido ali dentro pelo resto da minha vida!

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Danny Trejo. Precisa mais?

Eu tenho uma confissão a fazer: eu simplesmente amo Danny Trejo. De verdade. E vou além: faço parte daquela parcela de fãs que acredita que a simples presença do ator torna todo o resto desnecessário, mais ou menos como na campanha criada pela Casanova Pendrill para a Miller Lite. São dois filmes estrelados pelo bad ass, e tudo o que ele precisa fazer é aparecer.

“Quando tudo parecia perdido, a vida deu a ele uma segunda chance. O mundo deu as costas a ele, apenas seus verdadeiros amigos ficaram ao seu lado. Seu chamado se tornou proteger a amizade, os bons amigos…”, diz o narrador no primeiro comercial, Mission.

A ideia é que Danny Trejo não poupará esforços para proteger a amizade e os momentos que você compartilha como seus amigos – no bar, tomando uma cerveja, por exemplo. A história segue com El Protector, quando um destes momentos está ameaçado por, é claro, celulares, e ele é obrigado a entrar em ação. Sem precisar falar nada, sem precisar fazer nada, ele domina o ambiente com um olhar. Detalhe para o constante vento batendo nos cabelos do ator.

Sério, tem como não amar?

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Booking.com destaca hotéis mal-assombrados em campanha

Em janeiro, a gente mostrou por aqui a primeira – e muito divertida – campanha do Booking.com nos Estados Unidos, assinada pela Wieden+Kennedy Amsterdam. Os filmes brincavam com o maior medo dos usuários do serviço: o que iriam encontrar pela frente depois de fazer suas reservas pelo site. Agora, marca e agência voltam a brincar com o medo dos norte-americanos, mas de uma maneira um pouco diferente, focando no Dia das Bruxas e destacando sete hotéis considerados mal-assombrados.

Entre os hotéis que entraram na brincadeira estão o Queen Anne Hotel, de São Francisco – Califórnia, o 1886 Crescent Hotel, em Eureka Spring – Arkansas, o Gettysburg Hotel, em Gettysburg – Pensilvânia, Hotel Galvez, em Galveston – Texas, o Historic National Hotel, em Jamestown – Califórnia, Stanley Hotel, em Estes Park – Colorado, e o Vinoy Renaissance Hotel, em St. Petersburg – Flórida.

Coube à ilustradora Akiko Stehrenberger – que já assinou pôsteres de inúmeros filmes, entre eles Spring Breakers e We Need to Talk About Kevin – criar as ilustrações para a parte impressa da campanha. É cada cartaz mais legal que o outro, com textos divertidos (ou assustadores, depende da interpretação de cada um) que desafiam os usuários do Booking.com a encarar uma estadia em hotéis habitados por fantasmas.

Vale lembrar que um dos melhores filmes de horror já feitos se passa em um hotel. E aí, que se arrisca?

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“The Grand Budapest Hotel” [Trailer]

Toda vez que eu assisto um filme do Wes Anderson, termino desejando ter apenas uns 5% de seu apuro visual e estético. Com o trailer do novo “The Grand Budapest Hotel”, divulgado hoje, é certeza que esse sentimento vai se repetir.

O filme tem um elenco estelar: Ralph Fiennes, F. Murray Abraham, Edward Norton, Adrien Brody, Willem Dafoe, Jeff Goldblum, Jason Schwartzman, Jude Law, Tilda Swinton, Harvey Keitel, Tom Wilkinson, Bill Murray (óbvio), Owen Wilson (claro), entre outros. E conta uma história que se passa no hotel que dá nome ao filme, acompanhando seu concierge ao longo do período das duas grandes guerras.

“The Grand Budapest Hotel” foi filmado em três diferentes aspectos (1.33, 1.85, e 2.35), distinguindo assim o três períodos de tempo em que a trama se passa.

No começo do ano, publiquei aqui o roteiro interativo de “Moonrise Kingdom”, provavelmente o primeiro filme com coração de Anderson. Nele podemos conferir as anotações e processo criativo de diretor. Na época, o trabalho foi indicado ao Oscar de Roteiro Original, mas acabou perdendo para “Django Livre” do Tarantino.

“The Grand Budapest Hotel” tem estreia prevista para algum dia de 2014.

The Grand Budapest Hotel

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Cinema inspira obras de arte em Crazy 4 Cult

Dedicada à arte focada na cultura pop, a Gallery1988 foi fundada em 2004 por Jensen Karp e Katie Cromwell. Apesar de todas as expectativas, a dupla não esperava que o projeto sobrevivesse por mais de um ano, já que na época o estilo de arte apresentado por eles não era dos mais populares. Hoje, quase uma década depois, incontáveis exposições, artistas lançados e até mesmo parcerias com Stan Lee e Beastie Boys, o cenário é bastante diferente. É neste momento que ocorre o lançamento do livro Crazy 4 Cult: Cult Movie Art 2, uma coletânea que reúne obras inspiradas pelo cinema, com a assinatura de diversos artistas.

A temática cinematográfica, inclusive, não chega a ser uma novidade nas obras apresentadas pela Gallery1988. Aqui no B9 mesmo, a gente chegou a mostrar uma incrível série de trabalhos que destacavam os melhores destinos turísticos de filmes como Robocop e Férias Frustradas. Neste livro, Alien e Donnie Darko se misturam com Bill & Ted e De Volta para o Futuro.

Ao The Verge, Jensen Karp fez uma observação bastante interessante:

“Acredito que nossa geração, tanto de artistas quanto de compradores, não são influenciados exclusivamente por mestres como Picasso e Degas. Agora, eles são influenciados pela Nintendo e filmes de Bill Murray”.

Abaixo, algumas das obras que fazem parte da coletânea.

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Tá Chovendo Nerd!

Fiquei ansioso pelas entrevistas de “Tá Chovendo Hambúrguer 2” por uma razão: um dos diretores, Cody Cameron, foi um dos responsáveis por “The Chubbchubbs”, o único curta-metragem animado de ficção científica a ganhar um Oscar. Sentia cheiro de nerdice no ar. Descobrir que Kris Pearn, o outro co-diretor, é tão ou mais nerd que Cody, só deixou meu dia mais feliz e facilitou o trabalho. Jovens, engraçados e alimentados pelas mesmas fontes que muitos de nós fomos, nos anos 80, essa dupla entupiu a sequência dessa animação de sucesso da Sony Pictures Animation com referências pesadas e piadas nerds num filme que, essencialmente, deveria ser “apenas infantil”.

O roteiro de “Tá Chovendo Hambúrguer 2” continua imediatamente após o fim do primeiro filme e os moradores da ilha foram relocados para que a “limpeza” fosse feita. O arauto da bondade é Chester V, uma mistura de Steve Jobs, Bill Gates e todos os outros tecnogurus modernos. Se no primeiro filme, Flint Stockwood queria ser aceito pelo pai, nesse segundo, ele quer encontrar seu lugar no mundo e impressionar seu herói de infância. É o mesmo que Sheldon Cooper tentar cair nas graças de Leonard Nimoy.

Aí já cabe a primeira crítica social, pois o protagonista – que, visual e criativamente, lembra Neil Gaiman, por ser uma “metralhadora de ideias”, como diz Kris Pearn – tem tantas ideias, mas elas só serão relevantes se validadas pela mente corporativa da Live Corp, liderada por Chester V. O sujeito inventou uma máquina de criar comida usando apenas um pouco de água! Ele não precisa provar mais nada. Porém, o vazio existencial pode ser um problema e ele sofre desse mal. Claro, tudo dá errado e quem vai tentar consertar a bagunça? O próprio Flint.

Os diretores na Comic Con 2013

Os diretores na Comic Con 2013

Ao retornar à ilha, Flint entra no “Parque dos Comidossauros”. A comida criada pela máquina de Flint ganhou consciência e uma nova espécie de criaturas – em inglês batizados como Foodanimals, o Comidossauros é por minha conta – tomou conta da região. A referência a Spielberg é descarada numa das tomadas mais bonitas da animação, quando os personagens percebem que estão envoltos em novas formas de vida.

Mesmo tendo que agradar crianças e adultos, o roteiro consegue manter algumas surpresas na manga

“Era preciso mostrar todo esse escopo e a grandiosidade. Foi inevitável não pensar em “Jurassic Park” e o carinho que nós, e todo mundo, temos pelo filme”, comenta Cody Cameron. “Até o visual da personagem Sam veste roupas inspiradas nas que Laura Dern usou!”, complementa Kris Pearn. Os dois batem bola com uma facilidade imensa, nascida pelos interesses semelhantes e forjada ao longo de anos de produção dos dois filmes (Pearn foi Head of Story, ou seja, cuidou dos storyboards e do encadeamento de ideias do primeiro filme).

“TÁ CHOVENDO HAMBURGER 2”

Por que dois diretores?

Muitas animações são comandadas a quatro mãos. Nunca houve uma boa justificativa e vendo esses dois trabalhando em tamanha sincronia, tentei desvendar. “Olha, nunca me perguntaram isso e nunca parei para pensar na razão”, diz Cameron. “Provavelmente é por conta do volume de trabalho. Temos que controlar a qualidade e gerenciar tantas unidades e profissionais que estar em dois lugares ao mesmo tempo ajuda”.

Pearn complementa: “O resultado do trabalho depende exclusivamente do alinhamento de ideias, então, a habilidade de transferir isso para toda a equipe, constantemente, todos os dias, sem vacilar, é vital. No fim de cada dia, nós dois sentamos para conversar e checar a evolução do trabalho e da história em si. Num set real, o diretor toma todas as decisões, mas elas acontecem ao vivo e no ambiente do set. No nosso caso, os problemas surgem ao longo de meses de dedicação, logo, muito do que fazemos é antecipar ou corrigir o curso na gênese do problema. É uma vantagem em relação ao diretor live action, mas quantidade de decisões aumenta absurdamente”.

Tá Chovendo Hambúrguer 2

Essa não é uma regra do mercado (“Madagascar” tem vários diretores, “A Lenda dos Guardiões” teve só um, por exemplo), mas parece ser a opção mais comum e ela afeta outra particularidade da animação: a inexistência de um Diretor de Fotografia. Normalmente, o Designer de Produção e o Head of Lighting cuidam dos aspectos visuais, enquanto o Head of Layout cuida da movimentação de câmera. Logo, cabe aos diretores transmitir as instruções precisamente para que o resultado final seja o vislumbrado pela dupla criativa.

“Muito do trabalho de câmera é discutido e definido na fase de storyboard, então é só questão de conferir a execução. O importante é permanecer aberto às sugestões do líder da equipe e a improvisos. Especialmente no caso de “Tá Chovendo Hamburger 2”, no qual tudo é grande e cheio de profundidade, tivemos que ir alinhando a nossa visão com a evolução visual”.

Evolução é tudo na animação. Os personagens evoluem, o estilo também e é preciso muita fé no roteiro original, especialmente nas piadas, para manter a coesão. “Algumas piadas funcionam bem. Entretanto, depois da centésima vez que você a vê, por conta das diversas fases do processo, ela se transforma em apenas mais uma linha de roteiro e cena a ser finalizada”, alerta Cameron. O mesmo vale para aqueles momentos especiais e egocêntricos dos diretores. Eles passaram anos criando os “comidassauros” – bananas velozes, elefantes de melancia, morangos simpáticos, pepinos apaixonados por sardinhas e X-burgers monstruosos, entre tantos outros –, mas nunca deixaram o lado nerd de lado.

“Tá Chovendo Hamburger 2” estreou no Brasil no dia 4 de outubro

O final do filme conta com uma menção magnífica ao primeiro filme de “Jornada nas Estrelas”. Berry é um moranguinho alucinado, mas também é um fanático religioso à espera de um momento especial. “Não podíamos incluir religião de forma direta, ou mesmo mencionar algum “deus”, mas demos um jeito de incluir esse momento no roteiro”, conta Pearn. Vou guardar a surpresa, claro. Mas nerds convictos vão poder entender. Curioso foi eu ter defendido essa teoria para vários jornalistas, antes da entrevista, e me chamaram de louco. Perguntei aos diretores e ganhei até um high five! 😀

“A leitura do roteiro foge do nosso controle. Ser óbvio é ruim, mas as dicas precisam estar lá. Acreditar que o espectador vai pensar do nosso jeito é um erro. Se você quer transmitir algo, seja claro. É preciso correr o risco da obviedade”, defende Cameron, para quem o “ser óbvio é melhor que falhar no ato de contar a história”.

Mesmo tendo que agradar crianças e adultos, o roteiro de “Tá Chovendo Hamburger 2” consegue manter algumas surpresas na manga, que, ao lado de momentos de fofice pura (Berry é algo inexplicável!), garantem um filme competente. Nada extraordinário, mas efetivo no ato de entreter, mesmo ficando um passo atrás do primeiro filme em termos de originalidade e coragem.

Assista e descubra o segredo de “eee… muuuuu”.

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Fábio M. Barreto é jornalista, cineasta e autor da ficção brasileira “Filhos do Fim do Mundo”, publicada em 2013 pela editora Fantasy/Casa da Palavra, integrante do Grupo LeYa. Mora em Los Angeles e está escrevendo seu segundo romance, “Snowglobe”.

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Alternative Movie Posters e o retorno ao design clássico em cartazes de filmes

Alternative Movie Posters: Film Art from the Underground, novo livro de Matthew Chojnacki,  apresenta 200 posters que celebram filmes de Tron e Bladde Runner à Código DaVinci e Bambi. Porém, estes não são posters que você veria em campanhas pelos cinemas. Aliás, o principal critério para a seleção da publicação foi justamente prestiar artes que não foram usadas para promover os filmes comercialmente.

“Eu queria incluir um grande leque de estilos artísticos, gêneros de filmes e nacionalidades dos artistas nesta seleção.” – Chojnacki, para The Verge

Os posters vão de fan art à ilustrações editoriais, resultado do trabalho de mais de 100 artistas e designers de mais de 20 países ao redor do mundo.

De certa forma, o livro retoma uma discussão de como os posters usados hoje para promover filmes já não são tão interessantes como costumavam ser. Diferente do típico enfoque nas celebridades, os posters clássicos frequentemente usavam técnicas de design, ícones marcantes e estilos artísticos para abordar pontos-chave dos filmes em uma composição inteligente.

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Labyrinth, por Joshua Gilbert

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Robocop, por Tim Doyle

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Iron Man, por Jesse Philips

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Beetlejuice, por Anthony Petrie

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Bambi, por Rowan-Stocks Moore

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Blade Runner, por Kako e Carlos Bela

“Este livro funciona como uma rede de designers que estão reinventando posters de filmes e trazendo a “arte” de volta ao cartaz.” – Chojnacki

Unindo artistas interessados, ferramentas como Tumblr e DeviantArt, e publicações independentes como essa, as características do design clássico de poster tem tido um retorno celebrado, fazendo até com que essas artes não-oficiais de filmes gerem mais repercussão e valor de mercado aos colecionadores e entusiastas do que as peças comerciais.

O livro começa a ser vendido dia 28 de outubro. Enquanto isso, Chojnacki liberou uma prévia aqui.

Imagens via Matthew Chojnacki.

 

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Série reúne comidas e bebidas famosas da cultura pop

Federico Mauro é um designer italiano que teve uma ótima sacada quando iniciou um projeto pessoal reunindo itens icônicos relacionados com a cultura pop. Óculossapatos, guitarras, armas, lâminas…. teve até uma edição especial dedicada aos objetos famosos de Breaking Bad. Todas estas peças, reunidas aqui e ali, acabaram chamando atenção para o diretor de arte, que de uma forma muito simples conseguiu mexer com a memória afetiva de muita gente. E o projeto continua, desta vez com Famous Food & Drinks.

Desta vez, Federico Mauro nos conquista pelo estômago, reunindo algumas delícias (ou não) da ficção. A maçã de Branca de Neve, os donuts de Homer Simpson, os bombons de Forrest Gump, o creme brulée de Amélie Poulain, as lembas de O Senhor dos Anéis… Tem também as bebidas… O Cosmopolitan, de Sex and the City, o milk-shake de Pulp Fiction… mas tem também o cérebro de Hannibal e os ovos de Violência Gratuita.

A lista ficou bem bacana, mas não teve como não perceber a ausência do Dry Martini. Batido, não mexido.

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Braincast 84 – Película vs. Digital

A captação de fotografia e cinema passou e ainda passa por uma fase de transição. Películas sendo substituídas por formatos digitais, com avanço rápido da tecnologia, e que muda a imagem que está na nossa tela. O debate é polêmico, mas sem dúvidas representa a reinvenção de uma mídia e democratização da arte.

No Braincast 85, Carlos Merigo, Saulo Mileti, Guga Mafra e Leo Giannetti batem um papo sobre o impacto dessas mudanças. Realmente dá para perceber a diferença? Quais são as vantagens para os produtores de conteúdo? O filme morreu?

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iStock by GettyImages

Esse episódio do Braincast é um oferecimento de iStock

A iStock é uma das maiores comunidades criativas de crowdsourcing do mundo, com quase 100% do seu conteúdo gerado pelos usuários. São de 125 mil artistas de diversos países. A iStock reúne mais de 12 milhões de arquivos e, é hoje uma fonte fácil e acessível de arquivos royalty-free, com milhões de fotos, ilustrações, vídeos, áudios e animações em Flash.

– Em todo o mundo, 6 milhões de pessoas assinam algum serviço de internet móvel. Todos os dias são enviadas 250 milhões de fotos no Facebook e 40 milhões no Instagram. A iStock tem um acervo só de imagens feitas por celular.

– Você sabia que existem muitos colaboradores da iStock que têm em seus portfólios imagens escaneadas e até mesmo materiais impressos? Aos aficionados pela Leica, Kiev ou Hasselblad, a iStock preparou algumas dicas para escanear filmes. Confira, é só acessar o Manual de Treinamento do Banco de Fotografias da iStock e ver o passo 5.

Desafio Criativo: Todo mundo que participar ganha 10 créditos! Basta mandar sua arte junto com o seu username na iStock para o e-mail: istockphoto@brainstorm9.com.br

A imagem precisa ter 1920 x 1080 pixels, e usar até 4 fotos dessa lightbox da iStockphoto.

Mais informações: Instruções | Regulamento

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Faça o download ou dê o play abaixo:

> 0h02m45 Comentando os Comentários?
> 0h19m26 Pauta principal
> 1h09m05 Qual é a Boa? – qualeaboadobraincast.tumblr.com

Críticas, elogios, sugestões para braincast@brainstorm9.com.br ou no facebook.com/brainstorm9.
Feed: feeds.feedburner.com/braincastmp3 / Adicione no iTunes

Quer ouvir no seu smartphone via stream? Baixe o app do Soundcloud.

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Pegadinha com telecinese assusta clientes de uma cafeteria

Lembra do fantasma no espelho para promover “O Último Exorcismo: Parte II”? A Sony Pictures repetiu a fórmula de pegadinha assustadora, dessa vez como parte da campanha de “Carrie, a Estranha”, remake do clássico de 1976.

Em uma cafeteria de NY, clientes são surpreendidos por uma mulher raivosa, que com telecinésia “levanta” uma vítima pela parede. Ensaiado ou não, deve fazer sucesso no YouTube.

A nova versão de “Carrie, a Estranha” estreia no Brasil no próximo dia 15 de novembro.

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Assista o trailer:

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Pôsteres homenageiam 80 anos de King Kong

Em 1933, chegava aos cinemas uma história de amor bastante fora dos padrões estabelecidos até então. Dirigido por Ernest B. SchoedsackMerian C. Cooper, King Kong encantou o público na década de 1930, tanto por sua envolvente trama quanto pelos efeitos especiais, avançadíssimos para aquela época. O resultado é que King Kong se tornou um clássico quase que instantaneamente, ocupando lugar especial no coração dos fãs de cinema até hoje.

Para marcar os 80 anos do filme, o estúdio La Boca criou duas deslumbrantes séries de pôsteres, nas cores prata, dourado e vermelho, para homenagear a data. O projeto, disponível com exclusividade na Dark City Gallery, destacou exatamente o lado romântico do gorila gigante, que se apaixona por uma atriz, apesar de toda sua ferocidade.

Para estender a homenagem, publicamos aqui também os pôsteres originais da época, atribuídos aos diretores de arte Carroll Clark e Alfred Herman.

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“O Hobbit: A Desolação de Smaug” [Trailer]

A Warner liberou hoje cedo o novo trailer de “A Desolação de Smaug”, a parte do meio da trilogia “O Hobbit” de Peter Jackson. A estreia está marcada para 20 de dezembro no Brasil.

O terceiro e último filme, “Lá e De Volta Outra Vez”, só no fim de 2014.

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Querido JJ Abrams: por favor, não f*** com Star Wars

Se você é fã de Star Wars e ainda tem pesadelos com Jar Jar Binks, Hayden Christensen como Anakin Skywalker ou qualquer coisa relacionada aos episódios I, II e III, e ainda sente calafrios só de pensar no que pode vir por aí no Episódio VII, tenha certeza de uma coisa: você não está sozinho. Na verdade, a agência Sincerely Truman,  de Portland, criou uma campanha endereçada ao diretor JJ Abrams com um pedido bastante singelo: por favor, não f*** com Star Wars.

Na verdade, os criativos conseguiram unir o útil ao agradável, prestando um serviço de utilidade pública aos fãs da franquia criada por George Lucas ao mesmo tempo em que divulgam mundialmente nome da agência.

A campanha conta com um vídeo em que são listadas quatro regras básicas essenciais para que JJ Abrams retome a grandiosidade de Star Wars. Resumidamente: como todo bom western, a ação de verdade ocorre longe da civilização, na fronteira. O futuro é velho, não tem nada de moderno ou limpo. A força é misteriosa e não precisamos de uma explicação para tudo. E provavelmente a mais importante de todas: Star Wars não é bonitinho ou fofinho. Entrar em um bar pode custar seu braço. E Han Solo sempre atira primeiro.

Há, ainda, um hotsite, o Dear JJ Abrams, onde os fãs podem assinar uma petição online apoiando a campanha. Por enquanto são pouco mais de 10 mil, mas se o número chegar a 1 milhão, a equipe da Sincerely Truman irá ao escritório da Disney para entregar o documento pessoalmente, munidos de uma câmera, é claro. Com a hashtag #dearjjabrams, qualquer pessoa pode participar nas redes sociais.

Se vai dar certo ou não, é difícil saber. Se por um lado JJ Abrams tem condições de fazer um ótimo trabalho, é preciso lembrar que a Disney tem uma agenda e dificilmente irá ignorá-la. Os Vingadores é uma prova disso. Agora, é torcer. E muito.

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Gravity – Falling Montage

Plot Point Productions propose un montage vidéo de scènes de chute issues de plus de 60 films sur une musique de John Murphy tiré du film 28 jours plus tard. De Matrix, à Vanilla Sky en passant par DIe Hard ou King Kong, les références sont variées. A découvrir en images et en vidéo dans la suite.

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