Animações revelam bastidores do escritório de design Herman Miller

Hilda Longinotti é uma simpática – e muito bem conservada – senhora de 80 anos. Em 1953, ela encontrou um anúncio de emprego no jornal The New York Times que chamou sua atenção: recepcionista. Após alguns testes e uma breve entrevista, ela foi contratada para atuar no escritório de design Herman Miller, o que fez ao longo de 20 anos.

É claro que uma experiência dessas renderia muitas histórias. Algumas delas foram transformadas em animações por Damien Florébert Cuypers, com produção da Hello Design.

“The Hilda Stories” conta, pelo menos até o momento, com quatro incríveis animações, que revelam os bastidores do mítico estúdio de design. Da contratação de Hilda, à criação de sua estação de trabalho, como surgiu o sofá Marshmallow – o que levou Hilda a servir de modelo para o estúdio, até Andy Warhol freelando para o escritório.



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Como criar um apartamento de cinco cômodos em apenas 60 metros quadrados

Projetado pelo famoso arquiteto Rem Koolhaas em 1997, o De Rotterdam é o maior edifício da Holanda. O tamanho do prédio, porém, não o impede ter apartamentos pequenos com até 60 metros quadrados. O pequeno é uma questão de perspectiva, claro, já que em São Paulo tem imóvel de 23 metros quadrados sendo vendido por quase 1 milhão de reais.

Pensando em maximizar a utilização do espaço, a 44/floors – que administra o De Rotterdam – criou uma proposta de utilização de móveis multifuncionais, permitindo viver, dormir, comer, trabalhar e receber convidados sem aperto.

Cama que se transforma em escrivaninha, cadeiras que podem ser penduradas da parede, mesas que expandem, entre outras traquitanas são úteis e decoram ao mesmo tempo. No vídeo, o autor do projeto, Wim De Lathauwer, diz que também pensou no conforto, mas essa cadeira-quadro aí não aguenta os gordinhos do Braincast’s de jeito nenhum.

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Nova coleção do IKEA aposta em jovens urbanos e nômades

IKEA irá lançar sua nova coleção de móveis em abril, projetada para uma casa de um jovem que está em constante movimento e mudanças, sempre pronta para novas situações e necessidades.

IKEA aposta nos jovens nômades com móveis multifuncionais, visando aproveitamento de espaço, praticidade e design.

Anunciando que esta, até agora, foi sua criação mais atrevida, foi criada inteiramente com um único público-alvo em mente: o jovem urbano que “vive o momento”, mora em um espaço limitado e possui a constante necessidade de estar pronto para fazer as malas, empacotar tudo e ficar fora durante um tempo.

As peças da coleção foram feitas por um time jovem de designers, que pensam e vivem da mesma forma que seu público. O resultado são móveis multifuncionais, visando aproveitamento de espaço, praticidade e design.

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Para o lançamento, o vídeo da campanha (acima) mostra jovens em movimento, percorrendo a cidade enquanto carregam móveis e empurram peças pelas ruas.

Uma personificação dessa real fatia da população – global, em constante mudança e busca por sinergia com a cidade que habita no momento. Uma fatia que tem abocanhado cada vez mais parte dos esforços das marcas, seus produtos e serviços. E que, como prova mais uma campanha, é para ser levada à sério.

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Escorregador urbano de 90 metros busca financiamento coletivo para ser montado em Bristol

Park and Slide, projeto do artista Luke Jerram, quer criar um escorregador urbano de mais de 90 metros de comprimento e colocá-lo na rua de maior subida de Bristol.

Uma resposta divertida às subidas de Bristol, que são maioria na paisagem urbana.

Segundo Jerram, o projeto é uma forma das pessoas interagirem com uma arte pública de forma diferente. O escorregador, além de brincadeira, funciona como uma intervenção urbana que explora de forma natural cada contorno da cidade, englobando suas descidas, subidas e curvas.

Além disso, sendo totalmente aberto ao público e gratuito, o projeto não deixa de repensar os meios de transportes da cidade.

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O objetivo é fechar a Park Street dia 4 de maio deste ano, um domingo, para a construção do escorregador com lonas de plástico, suportes e água.

Buscando recursos no site de crowdfunding Spacehive, Park and Slide precisa atingir £5,618 para sua realização até o começo de maio, faltando menos da metade!

 

 

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Construa seu próprio metrô com o game online Mini Metro

Os sistemas de metrô normalmente são frágeis e frustrantes, porém partes vitais do ecossistema da cidade. E é exatamente isso que o game online Mini Metro faz o usuário sentir na pele.

A brincadeira de ser um planejador urbano gera maior entendimento sobre as jornadas diárias de metrô e a cidade que serve como base.

Funcionando como um simulador de mapa metroviário, o jogador pode arrastar as linhas coloridas ao redor do mapa para conectá-las pela cidade virtual e suas vizinhanças.

Com cada mudança feita, observa-se pequenos passageiros irem e virem, que – como na vida real – lentamente ficam agitados e ansiosos quando o sistema de transporte público e sua malha caminham para um inevitável colapso.

Se você costuma usar regularmente o metrô, vai acabar percebendo que a tendência é copiar aquilo que vemos todos os dias. Perguntas como “uma linha grande e circular faria o sistema funcionar melhor?” e “devo tentar fazer mais linhas de transferência ao redor ou no centro do mapa?” são comuns e nos dão um senso maior de entendimento sobre nossas jornadas diárias e a própria cidade que serve como base.

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A versão atual de Mini Metro pode ser instalada em Mac OS, Windows e Linux, ou também ser jogada via browser. Como ainda está em desenvolvimento, alguns recursos podem não funcionar tão bem. Já versão final do jogo será lançada no meio deste ano para desktop, browser e mobile.

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Archist City transforma grandes artistas em prédios

Arquiteto e ilustrador, Federico Babina ganhou destaque recentemente por Archicine, uma coleção de pôsteres que usa a arquitetura para representar filmes bastante conhecidos. Agora, ele volta a chamar a atenção com Archist, nova série de ilustrações que homenageia grandes artistas transformando o estilo de cada um deles em prédios.

Ao todo são 27 nomes, entre eles Andy Warhol, Pablo Picasso, Piet Mondrian, Roy Lichtenstein, Salvador Dalí e Joan Miró, entre outros.

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Entre Archicine e Archist, há um outro projeto de Babina, que também merece atenção especial. Archiset usa a mesma ideia das demais séries, mas usando a arquitetura para representar os sets de filmagens de 17 clássicos do cinema. Aqui, selecionamos alguns exemplos, mas mais uma vez recomendamos uma olhada mais demorada no portfolio do artista.

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Piscina, restaurante, balada e outros projetos para as estações abandonadas de Paris

Uma lista de propostas para transformar estações de metrô abandonadas de Paris em espaços públicos e de lazer foi divulgada este mês, como parte de uma campanha política para a cidade.

Reapropriações que agreguem novos usos aos espaços, como uma balada, um restaurante, uma piscina, um teatro e galeria de arte.

De acordo com o site da campanha, existem onze estações “fantasmas” em Paris, algumas que nunca foram abertas outras que fecharam desde uma renovação em 1940. Hoje, tais espaços dormem embaixo dos moradores da cidade. A proposta quer fazer justamente o oposto: tornar estes locais em públicos e de lazer, como uma balada, um restaurante, uma piscina, um teatro e galeria de arte.

Para o lançamento da proposto, os arquitetos Manal Rachdi e Nicolas Laisné renderizaram o visual esperado seguindo uma linguagem futurista e, ao mesmo tempo, mantendo o aspecto subterrâneo com estruturas arqueadas, espaços abertos e luzes direcionadas.

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Paris já tem um projeto similar que obteve sucesso, no qual uma linha obsoleta de trem foi transformada em um parque em 1993. Porém, as propostas envolvendo o subterrâneo são mais ousadas, trabalhosas e de maior investimento.

Aprovada ou não, a reapropriação dos espaços abandonados em novos ambientes úteis é uma mensagem poderosa, que traz inúmeros benefícios e deve ser exigida pelos cidadãos.

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Agora você pode criar construções de Lego em locais do Google Maps

Google e Lego fecharam parceira para criar o projeto Build With Chrome, uma plataforma digital onde os amantes das pequenas peças de plástico podem testar sua criatividade ao construírem prédios tendo como base localizações do mundo real, através do Google Maps.

Não há limites para as construções, que podem ser grandes, surreias e de diversos designs, dependendo apenas da imaginação do usuário.

Para começar a criar, você definir sua localização e então usar as ferramentas dispostas no canto esquerdo da tela. Ao clicar nas peças, é possível escolher variedades de formatos e cores, além de elementos como portas e janelas. Podem ser usadas, no total, 1000 tijolos virtuais para sua criação.

Em versões para web, mobile e tablets, Build With Chrome foi desenvolvido usando a tecnologia Webgl 3D, que oferece animação e gráficos de alta qualidade.

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Para aqueles que sentem falta de “colocar a mão na massa” ao brincar com Lego, o Google também desenvolveu uma versão touchscreen que aprofunda um pouco mais a sensação de trabalhar com as peças.

Todos os prédios criados ficam no sistema do projeto, que pode ser acessado por um campo de busca que filtra por características da estrutura.

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NY ganha sinais de pedestre interativos e com sentimentos

Estudantes do renomado Programa de Telecomunicações Interativas (IPT) da NYU estavam estudando uma forma de fazer com que os sinais de rua fossem mais “sencientes”, ajudando as pessoas a se sentiram mais conectadas com sua cidade e os outros habitantes.

Para uma experiência divertida e compartilhável, personificar objetos comuns da cidade foi o que deu forma ao projeto Pop Pop, “a living pedestrian signal” que está em ação em Manhattan.

Pop Pop tem seis estados de humor: feliz, atento, relaxado, pra baixo, com sono e distraído.

São duas telas, parecendo com as típicas caixas de sinais de trânsito de Nova York, porém que rodam mensagens personalizadas, baseadas nas condições de interações do momento.

Assim, se o Pop Pop está feliz com as condições da via, ele mostrará mensagens como “Today is a great day – smile!”, “NYC is a lovely city with you in it” e “Have a fun day cause you’re awesome”.

Mas se está se sentindo estressado e pra baixo com tanto caos e trânsito, espere ler coisas como “Come on folks, no jaywalking please!“, “Please be safe NYC” e “Be safe. Look up from your phone”.

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Os sentimentos do Pop Pop possuem diversas fontes. A cada cinco minutos, o sistema usa o site crowdsourcing Mechanical Turk para analisar em live feed o que está se passando nas ruas da cidade, o número de pedestres, o trânsito, etc. Além disso, o sistema também é alimentado com dados do tempo, notícias e estatísticas de crime atualizadas.

Por enquanto, Pop Pop ainda é um experimento. Mas é o sucesso de projetos como esse que levam o design urbano a um novo patamar, onde o foco está tanto no bem estar como em uma infraestrutura funcional.

O resultado, enfim, é uma cidade mais viva e conectada do que nunca.

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Archicine destaca a arquitetura de clássicos do cinema

Há alguns dias, a gente mostrou por aqui mais uma coleção reunida por Federico Mauro, que ao longo do ano mostrou como alguns objetos famosos podem criar uma identificação imediata no público. Mas nem só de óculos, guitarras e chapéus se vive, como comprova o arquiteto e ilustrados italiano Federico Babina, criador da série de pôsteres Archicine.

Nesta coleção, os filmes são representados pela arquitetura de seu principal cenário, como por exemplo, o inconfundível prédio de Janela Indiscreta, a casa de Os Incríveis ou ainda a singular construção de Star Wars.

Se a gente parar para pensar, ainda tem muitas outras casas e prédios que merecem entrar para esta série – as casas de Tony Stark e Sherlock Holmes são dois bons exemplos.

De qualquer maneira, vale dar uma olhada no portfolio de Babina, que tem outros projetos bem interessantes.

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Série de fotos revela partes extremas da cidade, quebrando barreiras da vida convencional

Bradley Garrett é um pesquisador da Oxford University que iniciou sua carreira como arqueólogo. Se sentindo oprimido e desconfortável com os papéis autoritários e hierárquicos do ofício, Garrett decidiu seguir um caminho mais alternativo.

“Socialmente e individualmente, a exploração urbana é uma prática muito importante para que as pessoas consigam esculpir um lugar para si na cidade.” – Bradley Garrett, para FastCompany

Como “explorador urbano”, Garrett se aproveita do ambiente urbano em que vive para experimentá-lo de formas diferentes, misturando adrenalina, documentação e liberdade. Assim, em vez de escalar uma montanha, seu projeto envolve se equipar com uma câmera, escalar um arranha-céu, pular a cerca de uma base militar ou se aventurar pelos túneis que costuram o subsolo de uma cidade.

Uma mistura de protesto contra segurança e controle sobre o espaço público com os conceitos básicos da arqueologia, os exploradores urbanos como Garrett documentam locais que as organizações de preservação histórica ignoram, e os visitam diversas vezes seguidas para registrar o processo de decadência. Alguns também buscam formas diferentes de acesso, indo contra o caos da cidade, como chegar no topo dos prédios mais altos e dormir por lá.

“Place-hacking”, que dá nome ao livro, é a recodificação do espaço urbano fechado, secreto, oculto e esquecido, com o objetivo de transformá-los em oportunidades.

Os registros feitos por Garrett durante cinco anos estão sendo lançados no livro Explore Everything: Place-Hacking the City, em passagem por Londres, Chicago, Detroit e outras cidades na Escócia e Bélgica, junto ao coletivo London Consolidation Crew.

Cada foto mostra um olhar diferente para o espaço urbano, uma cidade nova, que não estamos acostumados a ver. Suas explorações resultam em novas possibilidades que se abrem para cada indivíduo, de fato, existir e vivenciar cada canto.

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Animação celebra 5 grandes construções de São Paulo

Os traços e beleza do edifícios Martinelli, Banespa, MASP, COPAN e Unique são destacados nessa animação criada pela Monstro Filmes.

Segundo a produtora, trata-se de um simples exercício para percebermos a diversificada arquitetura da cidade. Assista acima.

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Aplicativo encontra lugares silenciosos em meio ao caos da cidade

Selvas urbanas podem ser esmagadoras e estimular nossos sentidos além da conta,  contribuindo para o stress do dia a dia. Pense: qual foi a última vez que o som ambiente que ouviu de um espaço na cidade foi o silêncio?

A experiência sonora da cidade pode ser tão desgastante e estressante que fica difícil ter um refúgio além dos nossos espaços privados.

Stereopublic é um aplicativo móvel e plataforma que tem por objetivo fornecer um antídoto para esse fenômeno, ajudando os usuários a encontrar, documentar e compartilhar seus refúgios silenciosos na cidade.

O processo de documentação é facilitado pela geolocalização. Aqui, earwitnesses indica uma exata localização no mapa, tagueada com 30 segundos de imagens e vídeo para que os usuários possam encontrar devidamente o lugar postado. Cada espaço documentado com o aplicativo pode ser tagueado com diferentes cores, indicando o humor do usuáio, e uma música ou composição original, para acompanhar o silêncio ambiente.

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Usando a tecnologia para se desconectar de todo o barulho das informações que recebemos e compartilhamos a todo segundo.

Os mesmos recursos do aplicativo também se encontram na plataforma web, com a diferença de que, com o celular em mãos, o usuário pode descobrir novas camadas de sua cidade enquanto a explora em movimento.

O projeto foi criado pelo músico e artista Jason Sweeney, em conjunto com os especialistas de áudio Emma Quayle e Julian Treasure, além do apoio do governo australiano. Até agora o aplicativo funciona em 18 cidades do mundo – como Londres, Nova York, São Francisco, Singapura, Sydney e etc – com outras 12 a serem lançadas em breve – Barcelona, Cidade do México, Toronto, entre outras. Nada de cidades brasileiras na lista, por enquanto.

Stereopublic está disponível de graça para iPhone e iPod.

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Casa das Histórias

A Casa das Histórias Paula Rego é um museu dedicado à pintora portuguesa que dá nome ao edifício. Localizado em Cascais, Portugal, o projeto foi feito pelo quinto nome da lista “ABC dos Arquitetos”. Eduardo Souto de Moura, ganhador do Pritzker, o Oscar da arquitetura, de 2011.

Souto de Moura iniciou a carreira trabalhando com Álvaro Siza (outro que faz parte do “ABC dos Arquitetos” e responsável pelo projeto da Fundação Iberê Camargo). O arquiteto iniciou sua carreira no começou da década de 1980. Podemos notar que sua obra de influência dos princípios modernistas: valorização da forma geométrica, sobriedade, volumes sólidos.

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Esse projeto, de 2008, mantêm o partido das formas geométricas. Poderia ser descrito como dois troncos de pirâmides apoiados em prismas retangulares. As fachadas cegas dão ao volume um aspecto monolítico.

Porém, diferente do que se viu na maior parte da produção modernista, branca e acinzentada, a Casa das Histórias Paula Rego foi tingida de vermelho. O tom terracota contrasta com o céu anil e o verde do jardim, uma bela combinação cromática entre arquitetura e paisagem.

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A cafeteria está dentro de um dos troncos-de pirâmide e possui iluminação zenital. O programa do museu inclui 750 m² de áreas de exposição, uma loja, uma cafetaria com esplanada aberta para o frondoso jardim e um auditório com 200 lugares.

A boa arquitetura acontece nos detalhes. No caso de um espaço público, além da preocupação com a proposta arquitetônica é importante pensar em como os usuários irão se localizar e deslocar no espaço. Para esse museu foi contratado o escritório Antônio Queiroz Design para elaborar o projeto de sinalização. Vi isso no blog Sinalizar, quem quiser pode conferir as peças lá.

Por último, deixo vocês com um vídeo do museu, desenvolvido para ser visualizado em iPad, no formato vertical.

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Casa das Histórias

Casa das Histórias

/fotos por Pedro Kok

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Londres ganha praça móvel e portátil

“Cricklewood é uma área bastante ocupada, mas não tem biblioteca, nem praças ou bancos nas ruas.” – Tom James (Spacemakers)

A agência Spacemakers, focada em ambientações e intervenções na cidade, criou uma praça móvel que será transportada de bicicleta por Cricklewood, no noroeste de Londres, durante as próximas semanas. O objetivo é discutir a falta de espaço público nesta área da cidade.

Junto com a estrutura de dez metros quadrados e uma base de cinco rodas – com design do Studio Kieren Jones – uma série de eventos gratuitos como shows, filmes open air e bate-papos sobre arquitetura e urbanismo irão passar pela praça, tudo em prol de uma cidade mais inteligente e aproveitável.

O projeto, financiado por Outer London Fund, é parte da iniciativa de rejuvenecer o centro de Cricklewood. Spacemarkers, que já tinham trabalhado na regeneração do Brixton Village, inicialmente entraram com o trabalho de transformar lojas vazias na área em espaços melhores aproveitados pelos habitantes.

Deixar os moradores decidirem como o espaço deve ser e definirem suas próprias regras é essencial.

Mas a ideia acabou se desenvolvendo em uma praça móvel após estudos sobre o local, quando descobriram a falta de espaços públicos na area. Como os proprietários das áreas não permitiram a transformação deste espaço, a opção foi criar algo portátil e móvel.

A estrutura conta com uma torre do relógio feito à mão, e vai abrigar bancos e assentos feitos por fornecedores locais, utilizando materiais reciclados.

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Uma solução prática e lúdica, que proporciona um cenário vivo e ajuda a enquadrar os espaços.

O projeto quer mostrar o que os espaços públicos podem oferecer à comunidade, e como pequenos pedaços de terra podem ser usados para criar novos sentidos para a região. Mas mais do que isso, pretende-se instigar as pessoas locais a fazerem uma pergunta: “que tipo de espaço queremos, e onde podemos encontrá-lo?”

A praça, mesmo que temporária, espera encorajar mudanças de longo prazo em Cricklewood.

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Dobras urbanas

Somos urbanos. Mas enxergamos a cidade como um objeto plástico? Existe beleza em qualquer cidade? Maceió é uma cidade geralmente vendida por sua paisagem natural. Sim, as praias de Maceió são umas das mais lindas do Brasil. Mas apesar de pequena, com pouco mais de 1 milhão de habitantes Maceió também tem sua expressão urbana. Quem captou essa potencial estético foi Alice Jardim, arquiteta alagoana e artista audiovisual.?

Em 2011, Alice produziu uma série de três vídeos com o sugestivo título “Dobra”. São imagens noturnas da cidade tornadas abstratas, que se dobram e desdobram na tela ao compasso de uma música instrumental.

O vídeo 01 começa com pontos de luz em movimento suave, à medida que a música se desenvolve e a intensidade aumenta, as imagens ganham definição. O segundo vídeo permanece abstrato até o fim, somente nos créditos é que o segredo das imagens é revelado, com uma breve filmagem da cidade. O último vídeo, talvez o mais psicodélico dos três, traz a perspectiva de quem dirige o carro em dia de chuva.

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Ano passado, Alice criou outro vídeo que parece dar sequência à série Dobra. Mantendo a ideia de retratar a cidade por meio de imagens espelhadas, Alice lançou o vídeo Todavia. Só que esse traz imagens gravadas durante o dia, com cores tão vívidas quanto permite a iluminação tropical.

Na verdade foi esse vídeo que me deu a ideia de escrever o post. Eu acordei pensando em falar do trabalho da Alice aqui no B9, quando me deparei com o post “Mirror City: timelapse transforma paisagem urbana em caleidoscópio”. A ideia dos dois vídeos (“Todavia” e “MirrorCity”) é semelhante, mas o resultado completamente diverso.

O trabalho de Michael Shainblum, mostra metrópoles com prédios acinzentados, suas imagens lembram circuitos elétricos. Já Todavia capta uma cidade com telhados de barro, coloridas barracas de sol e um ritmo mais suave. “Todavia” foi o primeiro premiado do Festival Vivo Arte.Mov em 2012.

As trilhas sonoras são de bandas brasileiras que valem a pena conhecer: Constantina e Labirinto.

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As garrafas de Steven Holl

Steven Holl (1947-) é um aquarelista e arquiteto americano graduado pela Universidade de Washington. Atualmente além de possuir um escritório com seu nome é professor na Universidade de Columbia (Nova Iorque). Possui projetos espalhados pelo mundo, dentre esses estão: um prédio multifamiliar ao sul de Fukoka (Japão), o Escritório Sarphatistraat em Amsterdan (Holanda) e o Museu de Arte Contemporânea em Kiasma (Finlândia).

Steven Holl

O método de projeto de Holl incorpora reflexões da fenomenologia e uma das suas referências é o filósofo francês Merleau-Ponty, que escreveu o título “Fenomelogia da Percepção”. Para o arquiteto o espaço arquitetônico deve provocar os sentidos do usuário. Não bastam os estudos técnicos, a arquitetura nessecita ser experimentada e percebida pelos nossos diversos sentidos.

Steven Holl

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“O teste é a experiência da arquitetura. Qual é a questão fenomenológica? É quando o corpo se movimenta pelo espaço.Ou quando o espaço e o corpo atuam juntos, aceitando a elevação de diferentes ângulos, vistas, cheiros, texturas e detalhes”.

Diante dessa acurada sensibilidade, Holl cria em um ritmo próprio. Quem procurar Steven para contratar um projeto deve estar ciente de que ele não atende a clientes apressados. O arquiteto diz que não participa de um concurso se não tiver 6 ou 7 semanas para trabalhar, assim define criteriosamente em quais projetos se envolver:

“As pessoas definem meu trabalho como o de um artista não por aquilo que eu escolho fazer, mas por aquilo que eu me recuso a fazer”

No começo desse mês seu escritório de arquitetura anunciou que haviam sido contratados para projetar o Museu da Ecologia e do Planejamento da Eco-Cidade de Tiajin na China. O projeto monumental (com 40.000 m²) seria inspirado no símbolo do Yin-Yang. Um volume é o “negativo” do outro. Os croquis (abaixo) prometem um edifício escultórico, porém não é desse projeto que falarei.

Steven Holl

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“O Museu do Planejamento é um espaço ‘de subtração’, enquanto o Museu da Ecologia é um complemento ‘de adição’, um espaço reverso daquele esculpido no Museu do Planejamento.”

Apesar desse recente anúncio, fiquei mais encantada com a Capela de Santo Inácio, construída em Seattle (Washington) no ano de 1997. É o edifício correspondente ao croqui mostrado na abertura desse texto. Assim como o projeto do museu, tem uma volumetria escultórica.

O partido arquitetonico inspirado em “garrafas dentro de uma caixa de concreto” resultou em uma composição fragmentada, característica da arquitetura desconstrutivista contemporânea. O maior mérito que enxergo no projeto se refere, no entanto, ao uso da iluminação natural como recurso cênico.

“A metáfora da luz é moldada em diferentes volumes que emergem do telhado cuja irregularidades visam diferentes qualidades de luz”

Fazer com que o Céu pareça ter descido à Terra é um artifício inaugurado pela arquitetura gótica. Desde então esse recurso tem sido usado por grandes mestres. São famosas a capela em Rochamp de Le Corbu, a Catedral de Brasília de Niemeyer e a Igreja da Luz de Tadao Ando. Apesar da similaridade conceitual, os efeitos plásticos são bem diversos e sempre encantadores.

No caso da Capela de Santo Inácio, cada volume luminoso corresponde a um item do programa de uma igreja católica. Quando a iluminação zenital transpassa as “garrafas coloridas” um ambiente étereo surge.

O cenário muda de acordo com o movimento do sol e a depender da hora do dia diferentes composições cromáticas refletem nas paredes e piso da capela. Captar essa dinâmica, apenas é possível adetrando o espaço. Para quem está longe, restam os registros fotográficos que mais se assemelham a pinturas abstratas.

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Instalação pública em Londres cria a ilusão de pessoas suspensas em uma casa

Que tal escalar as paredes de uma casa, magicamente se pendurar de cabeça para baixo ou pular de janela em janela como o Homem-Aranha?

Leadron Erlich celebra a ilusão e a percepção dos habitantes da cidade como papel principal para criar novas ideias que revivam o capital histórico de Londres.

Esta nova instalação do artista argentino Leandro Erlich, Dalston House, deixa os visitantes se deslocarem por uma fachada horizontal enquanto enxergam seus reflexos capturados por um gigante espelho, pendurado na parte de cima em um ângulo de 45 graus.

Uma ação patrocinada pela Barbican em Londres, a instalação cria a ilusão de uma casa com pessoas suspensas, num efeito visual de leveza instantânea, como se não houvesse gravidade.

A casa, de estilo vitoriano, foi erguida em Hackney em um terreno vazio que permaneceu em desuso desde que foi bombardeado durante a Segunda Guerra Mundial.

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O projeto tem por objetivo revelar potencialidades latentes dentro da cidade, em particular as suas áreas públicas e em desuso, aumentando o acesso da população e sugerindo usos alternativos e positivos, que tragam benefícios aos que vivem nos arredores.

A instalação é parte do London Festival of Architecture 2013 e continuará aberta até 4 de agosto, acompanhada por bate-papos, workshops e performances ao vivo que exploram o tema do projeto, incluindo arquitetura histórica, urbanismo e percepção.

 

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Projeto interativo e imersivo no aeroporto de LA traz de volta a magia de se viajar

Viajantes passando pelo novo Tom Bradley International Terminal (TBIT), no aeroporto de Los Angeles (LAX), talvez mudem de ideia sobre o stress dessa fase da viagem. Programado para abrir em agosto, o novo prédio terá enormes telas e um sistema multimídia interativo que prometem aos passageiros uma experiência única e imersiva, unindo arquitetura, narrativa e branding.

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“Hoje em dia, a única parte mágica de viajar é quando olhamos a cidade do avião ou quando chegamos em casa. Queríamos criar sensações assim no aeroporto e trazer de volta essa magia.” – Sakchin Bessette, diretor da Moment Factory

Desenvolvido pelas agências Digital KitchenMoment Factory, de Montreal, o projeto conta com 4 horas de vídeo, sendo 40 curtas-metragem interativos que capturam os sentimentos e experiências maravilhosas de se viajar, e também a essência de Los Angeles. A intenção é tratar a cidade como marca, gerando uma expressão do que o turista pode esperar, sem pré-julgamentos e clichês.

Ao entrar no terminal, os viajantes são recebidos logo de cara com os vídeos rolando nos telões, junto à outras animações representando destinos populares e a urbanidade da cidade. Ao percorrer os corredores, há colunas de telas de LED que reagem e mudam em resposta aos passos de quem passa próximo à elas.

Para terminar, há uma torre com um relógio digital, reaproveitada de um antigo elevador, que resgata o visual dos relógios tradicionais das antigas estações de trem. A torre é interativa e, ao tocá-la, é possível observar a mudança de épocas.

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O projeto quer trazer de volta aos viajantes aquela animação e romantismo de arrumar as malas, percorrer o aeroporto e embarcar no avião. Rituais que desde então se perderam em meio aos aeroportos lotados, hoje sinônimos de horas desperdiçadas, preços exorbitantes, longas distâncias e muito stress.

Alcançar tal objetivo vai muito além de telas gigantes e interativas, mas investir em ambientes de passagem – que ironicamente são onde mais gastamos nosso tempo – já é um começo para se obter boas surpresas.

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Instalação In Orbit deixa o visitante flutuar por redes e nuvens

Quem nunca desejou sentar e andar pelas nuvens? In Orbit, nova instalação de  Tomás Saracenoconvida os visitantes à entrarem em uma cidade de nuvens.

Suspensa em mais de 24 metros acima do chão, a estrutura de redes se expande pelo grande museu de arte moderna de Dusseldorf, Kunstsammlung NRW. A construção de arame de aço pesa mais de 200kg, mas mesmo assim as esferas flutuam como leves nuvens de algodão-doce, deixando os visitantes moverem-se livremente entre os arranjos.

Saraceno passou 3 anos trabalhando neste projeto, em colaboração com engenheiros, arquitetos e até biólogos. Interessado na beleza e na força supreendente das teias de aranha, a instalação aborda e interage com o mundo natural através de inovação tecnológica.

Conhecido por quebrar as barreiras entre arte e ciência, Saraceno se refere às suas instalações interativas como “organismos vivos”.

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“Descrever esta instalação é descrever as pessoas que interagem com ela e suas emoções.” – Saraceno

Os corajosos que subirem para o nível mais alto provavelmente irão descobrir um “mini-mundo” abaixo deles, enxergando miniaturas de pessoas movendo-se pelas nuvens. E aqueles que estiverem abaixo, encontrarão um mar de pessoas flutuando pelos ares acima deles.

O mais interessante é que o projeto não se trata apenas da grandiosa estrutura, mas também de quem a habita. Quando várias pessoas entram de uma só vez na grande rede, elas alteram a tensão dos cabos de aço e enviam as vibrações que se irradiam para o lado de fora, alterando o espaço e se comunicando com os outros habitantes da “cidade de nuvem”.

Assim, os visitantes podem coordenar suas atividades dentro do espaço, e são capazes – não muito diferente de aranhas – de perceber o espaço por meio de vibrações e conexões.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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