Lionel Messi é “The Developer” em comercial-musical da Samsung

Em uma paisagem desolada e cinzenta, um homem misterioso aparece para mudar a vida das crianças no local. Ele é o “Developer”, mas também pode ser chamado de Lionel Messi (desculpe o spoiler).

O comercial-musical da Samsung traz garotos cantando “Royals”, da neozelandesa Lorde. A letra é apropriada para o que acontece no filme, que promove o Galaxy Note 3 e sua intenção de ser um bom companheiro para projetos profissionais.

E se a atmosfera do comercial lembra o recente “Os Miseráveis” de Tom Hooper, é culpa do figurinista Paco Delgado, que trabalhou em ambas as produções.

A criação é da Leo Burnett.

Samsung Messi
Samsung Messi
Samsung Messi

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Aplicativo encontra lugares silenciosos em meio ao caos da cidade

Selvas urbanas podem ser esmagadoras e estimular nossos sentidos além da conta,  contribuindo para o stress do dia a dia. Pense: qual foi a última vez que o som ambiente que ouviu de um espaço na cidade foi o silêncio?

A experiência sonora da cidade pode ser tão desgastante e estressante que fica difícil ter um refúgio além dos nossos espaços privados.

Stereopublic é um aplicativo móvel e plataforma que tem por objetivo fornecer um antídoto para esse fenômeno, ajudando os usuários a encontrar, documentar e compartilhar seus refúgios silenciosos na cidade.

O processo de documentação é facilitado pela geolocalização. Aqui, earwitnesses indica uma exata localização no mapa, tagueada com 30 segundos de imagens e vídeo para que os usuários possam encontrar devidamente o lugar postado. Cada espaço documentado com o aplicativo pode ser tagueado com diferentes cores, indicando o humor do usuáio, e uma música ou composição original, para acompanhar o silêncio ambiente.

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Usando a tecnologia para se desconectar de todo o barulho das informações que recebemos e compartilhamos a todo segundo.

Os mesmos recursos do aplicativo também se encontram na plataforma web, com a diferença de que, com o celular em mãos, o usuário pode descobrir novas camadas de sua cidade enquanto a explora em movimento.

O projeto foi criado pelo músico e artista Jason Sweeney, em conjunto com os especialistas de áudio Emma Quayle e Julian Treasure, além do apoio do governo australiano. Até agora o aplicativo funciona em 18 cidades do mundo – como Londres, Nova York, São Francisco, Singapura, Sydney e etc – com outras 12 a serem lançadas em breve – Barcelona, Cidade do México, Toronto, entre outras. Nada de cidades brasileiras na lista, por enquanto.

Stereopublic está disponível de graça para iPhone e iPod.

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“Hi, Hey, Hello”: Um curta musical para o Samsung Galaxy S4

A Samsung tem sido inconsistente na comunicação da linha Galaxy desde sua criação, em 2009. Já lançou virais marcantes e bons comerciais, mas muitas vezes insiste em ideias formulaicas com conceitos-template.

É compreensível a necessidade de destacar o produto por todos os ângulos em suas versões iniciais – ainda mais considerando a guerra com a concorrência – mas cinco anos depois e em sua quarta geração, acredito que a Samsung pode explorar mais do que isso ou desse humor de sorriso amarelo.

O vídeo acima, “Hi, Hey, Hello”, pode ser considerado um bom exemplo de como ir além para justificar tanta exposição de produto. Pensado como entretenimento, trata-se de um curta musical que mostra um jovem casal se apaixonando, auxiliado pelo uso da tecnologia e da atual cultura mobile.

O diretor de videoclipes Joseph Kahn conta uma história de amor moderna em cinco minutos, sem esquecer de destacar diversos recursos do Galaxy S4 e sua assinatura “Life Companion”.

Hi Hey Hello

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Musical Laser Forests

Les équipes de « The Creators Project » sont allés voir le studio Marshmallow Laser Feast qui explore de nouvelles expériences créatives et interactives avec des projections en temps réel. Des projets tels que la superbe Musical Laser Forests à découvrir dans une vidéo très intéressante dans la suite.

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Nada Será Como Antes: O musical emocionante que homenageia Milton Nascimento

Se você é fã de Milton Nascimento, leve uma caixa de lenços para o teatro quando for ver “Nada Será Como Antes“, o musical que homenageia a obra de Bituca, em cartaz em São Paulo.

Eu não levei, e fui pego de surpresa. Na verdade, eu nem sabia o que esperar. E fiquei simplesmente extasiado com o que se sucede em cima daquele palco: um dos mais bonitos, criativos, apoteóticos e emocionantes tributos à obra monumental de Milton.

Já achei sensacional a iniciativa de se homenagear alguém que ainda está vivo. A peça, pra mim, serviu pra ficar ainda mais encantado com cada uma daquelas músicas que povoa minha vida desde pequeno, e eu espero que o musical desperte o gosto pela música dele em novos ouvintes.

Milton

Um palco que exala a “mineirice” de um carioca que é patrimônio cultural universal

São canções tão históricas, tão ousadas, tão fortes e fundamentais para a nossa cultura que fica impossível não sentir milhares de arrepios na espinha a cada releitura que a peça faz. Esses novos arranjos – e o orgulho com o qual seu elenco os interpreta – só reforçam a importância da música do Milton. E este espetáculo não seria possível se as músicas não fossem tão ricas a ponto de permitir essa nova roupagem. E, claro, se elas não fossem, simplesmente, tão tão boas.

Vá preparado. A peça é um baque emocional atrás do outro. “Minas”, “Maria Maria”, “Clube da Esquina 2″, “A Lua Girou”, “Travessia”, “Milagre dos Peixes”, “Para Lennon e McCartney…” É hino atrás de hino, é soluço atrás de soluço.

Todos esses clássicos atemporais do Milton são como velhos amigos. Ver o espetáculo é sentir o conforto e o abraço de bons companheiros, num daqueles encontros que acontecem pouco mas que trazem a sensação de que a amizade continua a mesma, intacta e com a mesma força.

Milton

É muito reconfortante redescobrir todas essas pérolas nas vozes desses novos talentos. Eles cantam tudo com tanta paixão que fica impossível não se emocionar. E a imensidão da música carrega você para os mais longínquos espaços no pensamento, na beleza, na emoção e na riqueza do nosso passado. Tudo isso brilhantemente recriado em cenas e coreografias lindas e ousadas num palco que exala a “mineirice” de um carioca que é patrimônio cultural universal.

Um dos maiores gigantes da nossa música ganhou uma homenagem à sua altura

O talento do elenco impressiona e surpreende quando eles revisitam as músicas em que Milton desfilava seus falsetes, suas notas mais potentes e suas melodias mais sinuosas. Todo mundo canta tudo, e canta alto, forte, potente, bonito, poderoso. As músicas são poderosas. Elas despertam a musicalidade dentro de cada um, e o espetáculo conta sua história sem precisar de um diálogo sequer. Tudo está dito nos movimentos, nas danças, nas notas que saem escancaradas de cada garganta.

Milton

A iluminação é precisa. Cada música ganha um ambiente próprio, uma textura nova que enriquece os olhos enquanto as melodias arrebatadoras confortam os ouvidos. Os novos arranjos são ousados e densos, carregados de camadas sonoras que exploram ao máximo as nuances dos arranjos originais. Se é uma música mais calma, a delicadeza impera. Se é um rock, ele é explorado, aumentado e se agiganta com múltiplas guitarras e distorções, mostrando como é prazeroso se trabalhar com uma matéria-prima tão abrangente.

A única “falha” (note as aspas) que encontrei foi na duração do espetáculo. Mesmo para mim, que sou fã incondicional de Milton, foi um pouco longo. Fora isso, a peça é um primor. Ah, e quem for esperando ouvir exatamente o que está nos discos pode se decepcionar um pouco. O espetáculo é um musical, e por isso as músicas ganharam uma leitura nova, teatral, que faz todo o sentido quando é levada para o palco.  Quem entender isso vai ganhar seu dia e sair do teatro como eu saí: extasiado, desmoronado de tanto se emocionar. Com a certeza de que um dos maiores gigantes da nossa música ganhou uma homenagem à sua altura.

E “com o coração doendo de tanta felicidade”. Obrigado, Milton, por todas as canções. Eternamente.

Milton

| Serviço:
Teatro GEO
Rua Coropés, 88
Pinheiros – São Paulo/SP
Sessões sexta, sábado e domingo

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Os Miseráveis: Profundo, relevante e belo demais para ser ignorado

“Procurei pela minha alma, mas não pude vê-la. Procurei meu Deus, mas ele se esquivou. Procurei meu irmão e encontrei todos os três”. Emprestar as palavras de William Blake parece justo perante a tarefa de destrinchar a alma por meio da obra de Victor Hugo. Entre as lágrimas provocadas por “Os Miseráveis” – 6 indicações ao Oscar, incluindo Melhor Filme – só pude pensar nessa postulação sobre onde procuramos, e, eventualmente, encontramos não a redenção, mas a absolvição. Essa é a jornada de Jean Valjean (Hugh Jackman), esse é o dilema capaz de tocar o coração dos homens em poucas notas e em questão de segundos, essa é razão de ser de um dos maiores dramas da arte humana e um dos filmes mais arrebatadores desse ano.

Por ser naturalmente avesso a musicais e, confesso, nunca ter assistido a uma adaptação de “Os Miseráveis”, assisti ao novo filme de Tom Hooper (“O Discurso do Rei”) com grandes esperanças e muitas reservas, mas, talvez por conta do trailer ou pelo conhecimento do teor da obra, pressentia uma empatia inevitável. E aconteceu por conta da habilidade do diretor, que não perdeu tempo e definiu seu protagonista com tanta precisão, emoção e carga dramática que foi impossível não sofrer com Jean Valjean, não sentir sua dor, ponderar os questionamentos e chegar junto à decisão de deixar o passado para trás e reescrever os rumos da própria vida. Tudo isso realizado com uma camera subjetiva e inquieta, tão intensa e indecisa quanto o personagem, que dançou pelo set de filmagem e captou cada detalhe do show de Hugh Jackman.

Tour de force de Hugh Jackman no set

Tour de force de Hugh Jackman no set

Les Miserables

Tanto elogio tem razão de ser: a cena do mosteiro reúne o que há de melhor no entretenimento – interpretação, direção, canção, emoção e envolvimento. Errar a mão ali seria muito fácil, para mais ou para menos. E não foi o caso. Hooper precisava destrinchar quem somos por meio do sofrimento de um único personagem. Erros, esperança, arrependimento, iluminação, devoção, tudo isso se mistura ali, num raro momento da Hollywood moderna, tão tristemente tomada pela superficialidade. Ver um filme ser tão impactante lembra a passagem de um cometa que, provavelmente, deve demorar para retornar.

A dualidade é marcante na trama de “Os Miseráveis” [em tempo, analiso apenas o filme, sem utilizar o livro como referência], mas são dois lados de uma mesma moeda. Valjean encontra a salvação na fé e na certeza de que seus atos traram redenção e pagarão pela caridade que recebeu, enquanto o Inspetor Javert (Russell Crowe, a pior das vozes de todo o elenco) cre no caminho da lei e da justiça divina para punir os infratores e criar um mundo mais puro. Essencialmente, os dois homens acreditam na missão de Deus e na sabedoria de seus atos. Dele é a mão que salva, dele é a mão que pune.

“Os Miseráveis” é inspirador e tem um ritmo capaz de te fazer torcer, sofrer e festejar, não necessariamente nessa ordem.

É nessa hora que se percebe o trabalho de um bom roteiro e a sabedoria do diretor, capaz de manobrar em meio a tantas camadas de compreensão, tantas leituras do texto original e um elenco com estilos bem distintos. Minha maior crítica a musicais sempre é a falta de profundidade nos personagens, que cantam por não ter opção e sem transmitirem aquilo que suas palavras informam. Por isso “Across The Universe” funciona tão bem, por conta das canções e atitudes do elenco se completarem e criarem novas leituras. É o mesmo caso nesse filme.

Tom Hopper comanda sua versão de "Os Miseráveis"

Tom Hopper comanda sua versão de “Os Miseráveis”

Les Miserables

A jornada de Jean Valjean é gigantesca, assim como suas realizações. E, embora devesse ser algo espantoso, encaramos com naturalidade o constante peso sobre seus ombros; não importa o quanto Bem ele faça, nunca é capaz de expurgar o passado, praticamente aceitando o rótulo estipulado por um Estado despota e intransigente. Cada novo capítulo evolui essa história e apresenta um pouco mais da França desigual do século XIX, com toda a beleza da direção de arte acertada e consciente da natureza musical do longa – que valorizou muito as canções solo.

Trata-se de um mundo de extremos e assim são as decisões dos personagens, afinal, naquela estrutura social, tentar viver num meio termo beirava a implausibilidade. Instintivamente, não seria engano associar a miséria social com os miseráveis do título, porém, há muito mais implícito aí. A miséria é da alma, presa num mundo sem esperanças, numa sociedade injusta e letal. Valjean e Fantine (Anne Hathaway) têm mentes marcadas pela miséria, pela impossibilidade de se libertar, mentes tão destruídas desde a juventude que, não importa pelo que lutem ou como o façam no presente, jamais vencem a luta.

É nessa miséria que o filme se apoia ao quem questionar quem somos, se devemos demonstrar misericórdia ou até mesmo acreditar num mundo melhor. Hooper encontrou meios muito interessantes de questionar a fé, suas formas e provações sem parecer piegas ou defender uma causa específica. Ou melhor, ele optou por uma causa sim, a causa de todas aquelas pessoas dispostas a lutar, a tentar sempre ser melhor e a espalhar boas ações. Por conta disso, “Os Miseráveis” é inspirador e tem um ritmo capaz de te fazer torcer, sofrer e festejar, não necessariamente nessa ordem.

Le Miserables

Grandes histórias ainda encontram espaço entre continuações sem alma, remakes desnecessários e roteiros que se esforçam para ser engraçados ou profundos

Le Miserables

Um destaque musical para Samantha Barks, uma das integrantes do musical da montagem em West End, que entorpece com sua voz e presença de cena. Trabalho fantástico! E quanto às críticas? Sinceramente, fui arrebatado. Gostei da edição, do som e, se há algo a ser dito, Russell Crowe é a vítima.

Javert fica num meio termo incômodo entre vilão e redentor, e na cena mais transformadora deixou um pouco a desejar perto do tour de force de Hugh Jackman. Na batalha do Gladiador contra o Wolverine, deu Carcaju na cabeça! Crowe tem presença nata de tela, mas pode não ter sido a melhor escolha para o papel e não impressiona.

Caí de amores pela história, pelo filme e pela felicidade ao ver que grandes histórias ainda encontram espaço entre continuações sem alma, remakes desnecessários e roteiros que se esforçam para ser engraçados ou profundos. “Os Miseráveis” simplesmente é profundo, relevante e belo demais para ser ignorado. E olha que não morro de amores nem pela França e nem por musicais.

A estreia no Brasil está marcada para 1 de fevereiro.

P.S.: Minha lista de musicais favoritos agora é a seguinte: “Moulin Rouge”; “A Noviça Rebelde”; “Les Miserables”; “Across the Universe”; “Dr. Horrible Sing Along” (just for the fun!).

Original do poema de William Blake:

I sought my soul, But my soul I could not see. I sought my God, But my God eluded me. I sought my brother, And I found all three.

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Intel: Me The Musical

“Me The Musical” é um simpático derivado do famoso e premiado “Museum Of Me” da Intel.

Como diz o nome, dessa vez a sua timeline do Facebook é transformada em um musical, começando desde o seu nascimento e a integrando a suas informações na rede social com importantes acontecimentos da tecnologia.

A criação é da Projector. Testa lá: intel.com/musical

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