Aplicativo “John Lennon: The Bermuda Tapes” dá vida ao último álbum do músico

Inspirado por uma viagem que fez de barco pelo Atlântico até as ilhas de Bermuda em 1980, John Lennon criou seu último álbum, Double Fantasy, em colaboração com Yoko Ono. Recebido tanto com críticas boas quanto ruins, o trabalho acabou ganhando enorme força principalmente depois de seu assassinato, se tornando sua despedida musical.

Trinta e três anos depois, o aplicativo móvel John Lennon: The Bermuda Tapes oferece aos fãs a chance de experimentar a jornada musical por trás de suas últimas músicas.

“John Lennon: The Bermuda Tapes” está entre um álbum, um game e uma série de poemas interativos.

O aplicativo foi criado para garantir um encontro íntimo com a música e a jornada de John Lennon.

Além de ouvir o próprio músico contar suas histórias, o usuário pode acessar diferentes caminhos para conhecer todo o processo criativo do álbum, das inspirações (como a música “Rock Lobster” do B-25′s) aos rascunhos. Há até uma parte da narrativa em que é possível guiar o barco durante a viagem, enquanto Lennon, o capitão e seus tripulantes narram as histórias.

Criado em parceria com studio Design I/O e agência Eyeball – que tiveram total acesso ao material pela Yoko Ono – o aplicativo foi desenvolvido quase que inteiramente em openFrameworks, levando mais de 9 meses para ficar pronto. Durante este tempo, como processo de aperfeiçoamento, a equipe criou cerca de 100 apps que serviram para testes de design de interação e também para trabalharem capítulos diferentes da história contada.

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“Um aplicativo é genuinamente storytelling imersivo.” – Michael Epstein, líder do projeto, para Fast Company

Transformar um álbum em aplicativo não é novidade. Artistas como Björk, Jay Z, Phillip Glass e Passion Pit fazem parte desta lista. Definitivamente, o aplicativo é uma evolução lógica da plataforma digital para a indústria da música. Porém, mais do que uma forma de escutar música, o aplicativo é um meio em que o álbum pode ser reinventado.

John Lennon: The Bermuda Tapes esá disponível para iPad e iPhone por $4.99. Todos os lucros irão para o projeto WhyHunger, com o apoio de Yoko Ono.

Sadly by Your Side aumenta e transforma sua experiência de escutar música

Sadly by Your Side não é apenas um álbum. Junto com este conceito, carrega também funções de aplicativo móvel, livro, arte e até (de certa forma) game. Uma hibridização de mídias e linguagens, tudo de forma convergente em um único foco: a música.

A mecânica é simples: ao abrir o aplicativo, é só apontar o smartphone para as páginas do encarte físico do álbum e as músicas originais irão tocar automaticamente.

O álbum que o usuário estiver ouvindo será único e fruto de sua participação.

Porém, se o smartphone for apontado para outro lugar, o usuário irá ouvir remixes únicos destas mesmas músicas, com as faixas retrabalhadas dinamicamente, dependendo do espaço e dos elementos que estiverem em volta. Assim, o álbum que o usuário estiver ouvindo será único e fruto de sua participação.

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Davide Cairo, o música por trás do álbum, separou suas composições em três camadas: ritmo, melodia e harmonia. A partir destes dados, os designers Matteo Di Iorio e Claudio Fabbro desenvolveram uma linguagem visual abstrata, que comunicasse sua essência e fossem derivadas destas três fontes.

Em seguida, Angelo Semeraro desenvolveu algoritmos de reconhecimento de imagens do smartphone para, então, remixar as músicas a partir de distorções das camadas de som.

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“Como um álbum pode ser expressado em um app, e como smartphones podem aumentar e transformar a experiência de escutá-lo.” – Angelo Semeraro, para Wired

Os dispositivos móveis nos deram a oportunidade de escutar música em qualquer lugar. Então por que não se apropriar destes lugares e entregar experiências mais pessoais ao escutarmos música?

Imagina uma faixa que amplifica suas batidas de acordo com a velocidade dos seus movimentos, crescendo e seguindo o ritmo de uma corrida, por exemplo. É esse o papel e o supreendente resultado do projeto. Uma tentativa de explorar a música digital no ambiente tecnológico de hoje bem sucedida.

O álbum físico Sadly by Your Side está à venda por €13. O aplicativo pode ser baixado de graça na iTunes Store e as músicas podem ser baixadas no SoundCloud.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Teaser do novo vídeo do Queens of the Stone Age, uma experiência interativa

É quase Halloween e a banda Queens of the Stone Age não vai deixar passar em branco. Focando em projetos que conectem os fãs à essência de suas músicas, eles acabaram de soltar um teaser sobre seu próximo videoclipe.

“Tivemos vários videosclipes interativos no passado, mas nenhum que conseguisse capturar tão intensamente a essência da banda.” – The Creators Project fala sobre o projeto

Ao que tudo indica, “The Vampyre Of Time and Memory” (terceira faixa do álbum …Like Clockwork) será uma experiência interativa com o objetivo de fazer qualquer um se arrepiar.

Pelo que vemos no trailer com clima de suspensa, o vídeo é protagonizado pelos integrantes da banda e acontece em um cenário surreal. Uma mistura de casa assombrada, com animais empalhados e personagens suspeitos.

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O vídeo como uma instalação de arte: sensorial, imersa em terror e de estranha beleza.

Dirigido por Jason TruccoKii Arens e com colaboração do The Creators Project, o projeto #VampyreQOTSA estreia dia 30 de Outubro e poderá ser visto/experienciado aqui.

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Mindie, o app que está tentando revolucionar o vídeoclipe

Conheçam o Mindie, um aplicativo recém-lançado para compartilhamento de vídeos. Porém, chamá-lo apenas de mais um “vídeo app” pode não ser muito justo.

“Música traz criatividade e até transforma um vídeo ruim em mais interessante.” – Grégoire Henrion via TechCrunch

Tentando pular fora da concorrência entre Vine, Instagram e MixBit (app para criar vídeos colaborativamente), a história do Mindie é a música.

Funciona assim: você escolhe (obrigatoriamente) uma música, grava até 7 segundos de vídeo e compartilha o resultado nas redes.

Usando a API da iTunes Store, o aplicativo permite escolher qualquer música disponível dali. Essa API dá acesso aos 30 segundos de preview da Apple. O catálogo é gigantesco, incluindo exclusividades. E, pelo preview da música ser exatamente a parte principal, não é preciso editar nada, apenas gravar o vídeo.

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Mindie foi posicionado na categoria de aplicativos de música, seu foco.

Aqui, a faixa escolhida pelo usuário é o principal elemento para se compartilhar sentimentos e gostos, e o resultado acaba repensando o formato do vídeoclipe. Gastar quase 5 minutos assistindo aos vídeos super produzidos pode ser entretenimento, mas não é a melhor forma de descobrir novas músicas e artistas.

Seguindo um caminho diferente de ferramentas como Spotify, Deezer, Rdio, Last.fm e outras, Mindie está trabalhando para ser uma plataforma de descoberta de músicas usando o poder do vídeoclipe, reconfigurado-o a partir do contexto mobile e o trazendo mais parte do dia a dia do usuário.

Mindie App está disponível de graça para iPhone.

 

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BBC lança Playlister, um serviço de música

A BBC acaba de lançar o serviço Playlister, uma nova plataforma que permite que os usuários escutem música online, além de salvar, favoritar e adicionar faixas em playlists personalizadas. Estas podem ser ouvidas e armazenadas online, ou exportadas para os canais dos parceiros do projeto: Spotify, YouTube e Deezer.

O serviço também permite que os usuários sigam os DJs da BBC para escutar suas seleções, programas e também receberem recomendações de músicas do mundo todo.

Pensando nos hábitos de seu próprio público, a empresa espera facilitar a vida dos usuários em questões de armazenamento e organização de suas músicas.

Segundo a BBC, sua plataforma pretende dar acesso a mais músicas do que qualquer outra.

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“Nós temos tradição em trazer boa música para nossa audiência. Queremos novamente transformar a relação do nosso público com a música.” – BBC

Parece que a empresa começou a colocar grande ênfase em inovação e interatividade quando se trata de seus serviços digitais. Playlister é um produto internacional com parceiros de peso que, juntamente com provedores de música e ênfase no acesso, compartilhamento e agilidade, pode se transformar em mais um recurso para reter e interagir com sua audiência. Já pensando aqui nos nativos digitais, que estão muito além do rádio e da TV.

Playlister estará disponível nos próximos dias para desktops, browsers e mobile. Por enquanto, é possível testar em beta aqui.

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BitTorrent Bundle e o futuro do compartilhamento de conteúdo online

Ainda em beta, o projeto BitTorrent Bundle foi desenvolvido como uma plataforma de publicação online, feita por e para as pessoas. Artistas, músicas, designers, cineastas, escritores e qualquer um que queira promover e distribuir conteúdos criativos podem disponibilizá-los por lá para download. Com isso, evitam as limitações dos canais tradicionais e ganham maior liberdade artística para o conteúdo distribuído aos fãs.

Mês passado, por exemplo, a Madonna lançou seu projeto secretprojectrevolution pela plataforma. Em sua página foi disponibilizado o download de um filme de 17 minutos, dirigido por ela e Steven Klein, promovendo a iniciativa Art for Freedom, que busca a liberdade criativa e de opinião.

O projeto foi construído para retornar o poder para as mãos dos artistas – e não das ferramentas.

De forma similar, Marc Eck?, designer e fundador da revista Complex, também fechou parceria com BitTorrent para promover seu novo livro, Unlabel. Em seu Bundle, Eck? compartilhou ilustrações originais e em alta resolução, além de um vídeo com uma entrevista inédita e o primeiro capítulo do livro.

Outros grandes artistas também usaram o serviço recentemente, para promover projetos paralelos e lançamentos, como Public Enemy, Linkin Park e Pixies.

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Voltamos ao princípio da rede, descentralizada, livre, peer to peer, onde cada nó produz, consome e compartilha entre si.

Mas a internet realmente precisa de mais uma plataforma de distribuição? Fazamos upload de vídeos no Youtube ou Vimeo, compartilhamos áudio e músicas no SoundCloud, qualquer um pode ser autor na Amazon, ou financiar um projeto via Kickstarter, Catarse e tantos outros. São boas e úteis ferramentas, e afirmam como estamos em um ótimo tempo para ser artista. O que parece é que o BitTorrent Bundle não quer substituir nenhuma destas opções, e sim complementá-las, nos dando novas opções.

De acordo com seus criadores, o projeto foi construído justamente para retornar o poder para as mãos dos artistas – e não das ferramentas. No Bundle, os fãs seguem e assinam novidades dos artistas, e não da plataforma. O que compartilhar, como fazer isso, quais dados usar e quais recolher, isso é controlado pelos donos do conteúdo. Aqui, voltamos ao princípio da rede, descentralizada, livre, peer to peer, onde cada nó produz, consome e compartilha entre si.

Bundle ainda está rodando em testes, sendo só o início de uma conversa muito maior sobre como conteúdo deve trabalhar online. O futuro da criatividade digital? Se perguntarmos para quem está por trás projeto, diriam que pertence a todos. Eu também acho.

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Algorave: A rave do futuro

Algorave são festas com músicas geradas por algoritmos, fazendo com que as partes do som sejam compostas ao vivo, controladas pelas pessoas que dançam na pista.

O projeto usa o software Max/MSP e live coding seguindo regras e comandos baseados na movimentação que acontece na pista de dança. O processo de desenvolvimento é totalmente aberto e visível, com os códigos projetos em telões enquanto a festa acontece. Além disso, sons estranhos são facilmente identificadas caso um algoritmo não produza exatamente uma batida, mas um outro baralho de máquina qualquer, fora da melodia.

O foco não é no músico ou no DJ, mas em como as pessoas reagem aos sons criados.

Com grande colaboração do artista e músico Alex McLean, as Algoraves resultam em sonoridades tecnológicas que dão uma nova perspectiva à música, à dança e também à relação entre artista e público, quebrando barreiras entre programadores e músicos.

As primeiras Algoraves que se tem conhecimento aconteceram em Londres, em 2012.

A música é construída ao vivo, pela multidão.

Algorave não são feitas de algoritmos como aqueles que resultam em nossas buscas no Google. São construídos ao vivo, pela multidão.

A bola fica com as pessoas na pista, para ajudarem os músicos a fazerem sentido com suas criações enquanto se divertem e transformam um trabalho conceitual em música de verdade.

 

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Rapt.fm: Um espaço para batalhas de rap a qualquer hora, em qualquer lugar

Rapt.fm é uma plataforma online focada em aspirantes à rappers que estão buscando por competições freestyle, networking, diversão e até quem sabe serem descobertos.

As competições acontecem em vídeo e ficam rodando no fundo da tela, enquanto os usuários que estão assistindo ao vivo podem votar pelos seus artistas favoritos. Quem tem mais voto vence.

Uma comunidade online onde rappers e fãs podem se conectar e competir.

Fundado por Erik Torenberg, o site foi lançado há um ano e já possui grande audiência de rappers – tanto profissionais quanto iniciantes – e entusiastas do estilo musical, funcionando em modo de teste e beta privado. Seu lançamento oficial será hoje à noite, abrindo as portas ao público, com redesign e novos recursos. Também terão performances ao vivo de artistas como Soul Khan, Yonas, Big Pooh, Chester Watson e Evitan.

Também como parte do lançamento, Rapt.fm abriu um concurso de rap através de vídeos no Youtube. O vencedor terá seu single gravado e distribuído pela Tommy Boy Entertainment, uma das principais gravadores de hip hop do mundo, com artistas como De La Soul e Queen Latifah.

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“As gravadoras precisam continuar relevantes e ficar de olho nos talentos que surgem no contexto digital.” – Erik Torenberg

Tanto a plataforma quanto o concurso em parceria com a Tommy Boy são grandes passos para a indústria da música abraçar de forma mais relevante e oficial os novos talentos desta era. Deixar o público participar no processo de construção de um ídolo já é modelo comum e de bons resultados. Mas, aqui, o foco é dar as ferramentas certas aos jovens talentos, para que eles se divirtam, se conectem e dêem seu melhor.

Para o futuro, Rapt.fm disponibilizará uma página de perfil para os artistas poderem promover seus materiais. Além disso, a empresa irá gravar as melhores performances, para futuros álbuns e publicações.

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Camisetas feitas de música

A Electric Deluxe, um selo musical de música experimental da Holanda, criou uma forma de sair do lugar comum quando se trata de vender produtos de bandas. Sua nova linha de camisetas e bolsas é fruto de um experimento audiovisual que, ao combinar técnicas de sons analógicas e digitais, unem música, modelagem 3D e ilustração.

A ideia era visualizar as ondas sonoras fazendo o seu caminho, ao saírem do instrumento e chegarem no ouvinte. 

Em parceira com o também holandês Studio Hands, eles construíram o Audio Transmitted Merchandise, um setup com um equipamento de som, um microfone e dois computadores, um rodando Processing e o outro openFrameworks.

Usando programação para traduzir notas em traços, modelagem e reconhecimento visual, os sons seriam transformados em desenhos. Assim, imagens foram transmitidas de uma máquina para o outra, via código morse, pixel por pixel a partir de uma reconfiguração, orientada pelos sons.

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Imagens foram transmitidas de uma máquina para o outra, via código morse, pixel por pixel.

O resultado final: os logos da Electric Delux e um retrato 3D de Speedy J, o fundador da empresa, foram re-mapeados através do som. Por fim, com screen printing em tecido, os desenhos voltaram à sua forma analógica.

Os produtos estão à venda aqui.

 

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Beach Boys como você nunca viu

Graças ao Alexander Chen, Diretor Criativo do Google Creative Lab em Nova York, é possível apreciar de uma nova forma a genialidade de Brian Wilson enquanto líder dos Beach Boys, marcado pelo apurado ouvido ao criar melodias que sempre que escutadas, algo de novo é percebido.

Chen criou uma visualização dos sons com as famosas harmonias gravadas pela banda. Baseando-se no conceito de sinos, em que seu tamanho corresponde ao tom da nota que produz, Chen usou uma série de círculos para representar as notas de cada parte da música.

Uma relação matemática entre circunferência e tom, onde cada nota é um círculo e o seu tamanho varia de acordo com o tom.

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“Eu me pergunto se visualizar as diferentes camadas de música ajuda a ensinar nossos ouvidos a serem capazes de identificar as peças que a compõe de forma individual para, quem sabe, se tornar um melhor ouvinte.” – Chen

Escolhendo a música “You Still Believe in Me” como teste, por ter sido inspirada em coro de igreja, os vocais foram isolados e as harmonias foram meticulasamente transcritas, nota por nota, para posteriormente serem renderizadas e tocadas usando o software open source Processing.

Diferente daquelas animações que saltam na tela de forma descoordenada, o resultado do experimento mostra de fato o que você está ouvindo, e somente o que você está ouvindo, nota por nota.

Especialmente no final desta música, múltiplas camadas de harmonias entram em ação e vemos coisas que nem sequer nos damos conta de que estamos ouvindo – como todas aquelas vozes distintas se fundindo em uma só no final.

Em uma era obcecada por dados, este é um dos projetos que melhor cuida para relacionar o campo da visualização com a música, em uma busca por traduzi-la visual e fisicamente, oferecendo novos olhares sobre cada nota.

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Red Bull desafia equipes a inventarem novos instrumentos musicais

Red Bull Creation voltou ao Brooklyn para a sua terceira edição da maratona criativa que une engenheiros, programadores e artistas para desenvolverem trabalhos frente à um desafio específico. Este ano, 6 equipes foram selecionados via Internet para criarem um novo tipo de instrumento musical, em apenas 72 horas.

“Os juízes ficaram deslumbrados em como os intrumentos foram re-imaginados. As possibilidades de usá-los no futuro são infinitas.” – Greg Needel, Júri

A empresa disponibilizou todos os tipos de materiais para a construção de protótipos, de madeira e metal à motores e eletrônicos, passando até por telas de plasma, impressoras 3D e cortadores à laser.

A abordagem para criar o instrumento variou de equipe para a equipe. Alguns adaptaram e modificaram instrumentos tradicionais para serem tocados de novas formas. Outros criaram instrumentos a partir de objetos comuns como tubos plásticos e jarras de vidro. Duas da equipes até usaram sons criados digitalmente, através de interfaces únicas.

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The Erte-tronic Deco Decoder

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Whirly Turbulator

Participants - Lifestyle

Autoloop

A equipe 1.21.Jigawatts, de Mineápolis, foi a vencedora da maratona em 2011. Este, criaram o The Erte-tronic Deco Decoder, que traduzia graffiti em música. Com um rolo de papel que funcionou como tela, ao ser passado por uma série de sensores de leitura, os desenhos de spray engatilhavam sinos e tocavam sons. Eles ganharam o prêmio do Júri Popular.

Já a equipe I3, de Detroit, levou o prêmio de Melhor Equipe pelo seu instrumento Whirly Turbulator, uma máquina que gera som através de tubos plásticos giratórios, modificados por furadeiras elétricas e com cordas.

Por fim, o MB Labs levou o grande prêmio pelo seu projeto Autoloop, que deixa os usuários controlarem uma bateria através de uma mesa separada, que usam sensores para determinar os ritmos, variando dependendo dos objetos escolhidos e posicionados na mesa.

Todos os projetos podem ser vistos aqui. Misturando objetos comuns do dia-a-dia com tecnologia criativa, a maratona aponta tendências na indústria da música e do design, que vai da adaptação da famosa gambiarra à transformação do que parecia complexo em algo simples, como criar sons a partir da combinação de movimentos e objetos.

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Mapa interativo mostra todos os locais mencionados nas músicas do Bob Dylan

No final de Maio a Slate Magazine comemorou o 72º aniversário de Bob Dylan lançando um mapa interativo, o Bob Dylan’s World, que contempla todos os locais já mencionados nas canções do artista, tornando-as geolocais.

Ao cliclar em cada pin, é possível ver à qual música aquele lugar se refere. O usuário tem acesso não apenas à letra, mas ao nome da música e informações sobre o álbum, além de poder ouví-la através do Spotify.

O mapa inclui músicas como a que Dylan escreveu para Johnny Cash, citando Ohio, além muitas outras espalhadas por todos os continentes. O Brasil é citado na música Union Sundown.

“A música de Bob Dylan acontece num mundo próprio, percorrendo estradas, esquinas e bares à quilômetros de distância de casa, mas sempre em lugares comuns a todos.” – Slate Magazine

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O projeto evidencia como Dylan canta sobre o nosso mundo, mencionando lugares com que as pessoas se identificam. As cidades e seus espaços se tornam personagens, caracterizando não só a vida de Dylan mas nossas próprias relações  com os lugares por onde vivemos e passamos. Lugares percebidos não apenas com os sentidos, mas de fato vivenciados, ao nos projetarmos neles e nos ligarmos a eles por laços emocionais.

Bob Dylan’s World reconstrói o mundo com base em experiências e ideias de um ídolo, agora tangíveis, nos fazendo aprender a olhar de novas formas o mapa em que vivemos.

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Phoenix pede aos fãs que remixem sua nova música “Trying to be cool”

O remix representa uma sociedade acostumada a compartilhar, transformar e editar criações já conhecidas, independentes de serem protegidas por direitos autorais ou não.

Depois do single “Entertainment” do Phoenix – lançado em seu último álbum Bankrupt! – ser reinterpretado por vários artistas como Dirty ProjectorsGrizzly Bear e Dinosaur Jr, a banda francesa resolveu continuar trilhando pelo caminho iniciado da democratização da música na cultura digital.

No início do mês, eles anunciaram a criação de um canal no Soundcloud, em parceria com o Creators Project, para que os usuários baixassem todas os arranjos, instrumentos e efeitos que compõe a música Trying to be cool, do novo álbum, e criassem um remix.

Com a ação ainda no ar, qualquer usuário pode se logar no Soundcloud, ir até a página da banda e subir seu remix, ficando acessível para todos.

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“A cultura digital cria mundos virtuais que enriquecem e percorrem coletivamente qualquer criação. Assim, o remix se torna um ponto de encontro e um meio de comunicação entre a comunidade.” – Pierre Lévy

Ao mesmo tempo em que o conceito de remix aponta por diminuir ou ausentar o autor original da música pelas modificações, ainda assim o ato de compartilhar, recriar e compartilhar novamente envolve etapas, atores e laços sociais que viralizam ainda mais a música, da fonte ao produto final.

É possível escutar todos os 84 remixes criados até agora aqui, sendo que alguns deles já possuem mais de 10 mil likes. O que mostra ser uma boa estratégia para fazer circular e ser ouvida uma nova faixa, numa era em que se clica mais em next song do que em play.

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Daft Punk na Fórmula 1

Como parte da campanha para o novo álbum Random Access Memory, o Daft Punk participou da última corrida de Fórmula 1, no Grande Prêmio de Mônaco.

Em parceria inédita com a equipe Lotus, a dupla francesa passeou pelos boxes vestindo seus famosos capacetes característicos, sendo a primeira vez que Guy-Manuel de Homem-Christo e Thomas Bangalter aparecem publicamente desde o recente lançamento.

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Além da discreta campanha, os carros da Lotus, pilotados pelo filandês Kimi Räikkönen e pelo francês Romain Grosjean, tinham alguns detalhes em dourado, além de “Daft Punk” e “#GetLucky” escritos na lataria.

Ainda não se sabe se a parceria da banda com a escuderia britânica vai se estender até o final da temporada.

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Apesar de Kimi Raikkonen ter terminado a corrida em 10º e Romain Grosjean ter abandonado a prova, foi mais uma ação inusitada para a indústria da música e para todo o guarda-chuva de campanhas que vimos aqui e aqui, continuando a agregar bons substantivos ao duo, dessa vez como tecnologia, design e performance.

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Aplicativo transcreve o que você canta ou toca em partitura musical

Um time de músicos pesquisadores desenvolveu um aplicativo que capta a música que você está cantando ou tocando ao microfone do celular e a transcreve em partitura musical.

“Achamos que o processo de uma ideia musical à partitura deve ser o mais curto possível.” – ScoreCleaner Notes, no site

Desenvolvido pelo KTH Royal Institute of Technology, na Suécia, ScoreCleaner Notes “escuta” a melodia e então a escreve em partitura, para que o usuário compartilhe em suas redes sociais ou por email, sem nem precisar saber nada sobre teoria musical.

Tudo o que o usuário precisa fazer é abrir o app, clicar no botão “gravar” e começar a cantar. Logo em seguida, o aplicativo irá traduzir os ritmos e melodias em partitura musical. Outra coisa interessante é que você não precisa somente cantar, pois a mesma função também funciona se você tocar algum instrumento.

A tecnologia do ScoreCleaner Notes é baseada em uma pesquisa realizada no KTH, sobre como as pessoas interpretam música.
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O aplicativo está disponível para iPhone por $0,99.

Como vemos na campanha de divulgação (abaixo) – um usuário que canta no chuveiro no fim é um grande compositor – a ferramenta é coisa séria e pode significar uma revolução, mesmo que lenta e silenciosa, não somente na forma de compor, mas de quem irá compor músicas.

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SoundTracking lança integração com Instagram

Temos visto muitas novidades na indústria da música junto à cultura digital. O lançamento do Twitter #Music, o novo Myspace, as atualizações do Spotify e outros apps e ferramentas tem tornado a atividade de ouvir música muito mais simples e social.

Dentre as novidades, o aplicativo mobile SoundTracking – para compartilhar a trilha sonora do momento – anunciou recentemente uma integração ao Instagram, com o objetivo de tornar o compartilhamento de música mais visual, compatível às emoções e ao momento íntimo que nos agarramos quando postamos uma música nas redes.

Com esse novo recurso, o usuário do app de música pode compartilhar momentos musicais em seu feed do Instagram como uma ‘foto musical’. O inverso também vale, podendo o usuário compartilhar fotos do Instagram em seu feed do SoundTracking. A única dificuldade é que você não consegue abrir a música diretamente no Instagram.

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Essa integração permite “ver” os momentos musicais além de ouví-los.

A ideia veio a partir do olhar apurado que a equipe do app mantém sobre sua comunidade. Eles recebiam feedbacks constantes de usuários querendo colocar fotos do Instagram em suas músicas do SoundTracking e também dando print screen em seus posts do app e postando no Instagram.

Além desse processo natural, o posicionamento do Instagram não somente como uma ferramenta para compartilhar fotos, mas de uma rede social focada em comunicação visual e não-verbal, foi essencial para a aceitação da comunidade musical do app.

O SoundTracking teve várias atualizações recentemente. Uma delas, o botão “Smart Play“, permite tocar músicas do Youtube, Spotify e Rdio com um toque. Com isso, o app cresceu em mais de 2 milhões de usuários ativos mensalmente, criando mais de 1.75 milhões de atividades sociais diárias em volta do mundo da música (incluindo visualizações, plays, curtir, comentários, seguir, etc).

“Nós queremos pegar todos os momentos emocionais quando compartilhamos uma música e os conectá-los entre nossa rede” – Jang, do SoundTracking, para Fast Company
O app acabou por criar um sistema que beneficia todos a sua volta: os fãs com cada vez mais opções de artistas, músicas e atividades sociais; o próprio app, evoluindo com os insights gerados pela comunidade; e a indústria da música – artistas, gravadoras e marcas – que podem se beneficiar com a tamanha quantidade de dados por trás de cada recurso e informação disponível.

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Lively.fm: serviço de streaming de música usa como fonte mais de 50 milhões de blogs

Já falamos aqui de vários aplicativos relacioados à música, desde novidades no Spotify, passando pelo álbum-app do Philip Glass e do Blur, até o Turnplay, que revive o realismo de tocar vinil. Mas na música sempre tem espaço para novidades.

O serviço de streaming Lively.fm permite que usuários descubram novas músicas usando como fontes cerca de 50 milhões de blogs. O site é atualizado a cada 10 minutos com novas faixas e artistas. Com uma interface bem simples, para começar a ouvir, é só fazer uma busca ou clicar em uma das capas de álbum que aparecem na home.

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Similar ao Hyper Machine e ao We Are Hunted, a diferença está na diversidade de faixas e rapidez do streaming. Apesar de seus concorrentes também usarem o método crowdsourcing para se alimentar, cobrindo mil blogs que postam músicas, o Lively.fm não se limita a nenhum padrão ou nicho musical, usando mais de 50 milhões de blogs para ampliar e diversificar sua base.

Recentemente, além da página na web, é possível usar o serviço – também gratuito – via aplicativo para iPhone.

Com design simples, a página inicial é também repleta de capas de álbuns em que você pode clicar para começar o streaming das músicas instantaneamente. É possível buscar por faixas específicas ou as mais ouvidas, no “top charts”. Você pode seguir os artistas, curtir músicas e compartilhar a trilha sonora com suas redes via Facebook e Twitter.

 

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Beck e seus projetos que repensam a experiência da música

O recém lançado álbum do Beck, Song Reader, desencadeia uma série de experimentos do artista, repensando a forma como interagimos com a música.

Em vez de um álbum comum, Song Reader é na verdade um livro com as partituras de suas novas canções. Nenhuma delas foi gravada pelo músico, o que relembra o início da história da música, onde era possível escutá-la somente quando a tocavam ao vivo.

Além de retornar ao passado, o projeto também agrega a internet, ao convidar os fãs ao redor do mundo a enviarem suas versões tocadas das partituras e compartilhá-las no site do álbum.

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Seguindo a mesma linha de experimentar a música de diferentes formas, Beck se uniu ao especialista em projetos interativos, Chris Milk, para criar uma performance inovadora de seu cover do David Bowie, ”Sound and Vision”.

Para quem não conhece, Chris Milk foi o criador do palco do show do Arcade Fire no Coachella de 2011, com balões brancos que piscavam de forma interativa e caíam por toda a plateia durante a música “Wake Up”, transformando o festival em uma incrível e enorme pintura de luz.

Para este projeto, Beck 360, foi criada uma performance online e interativa do músico tocando o cover de Bowie ao vivo. Filmada usando câmeras de 360 graus em um palco circular, é possível assistir ao show em diferentes perspectivas, impossíveis de serem atingidas a olho nu.

Essa mudança de olhar pode ser feita tanto com o mouse quanto com os olhos, a partir de uma conexão do usuário com tecnologias de reconhecimento de face via webcam. O resultado é uma performance psicodélica e interativa.

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Abaixo, o making of dessa colaboração entre Beck e Chris Milk:

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Avicii x You: Ericsson lança projeto para criar o primeiro hit musical via crowdsourcing

A Ericsson lançou um projeto em colaboração com o DJ e produtor Avicii para criar um hit musical crowdsourced, a partir da contribuição de fãs com seus próprios sons. Com o nome de Avicci x You, o projeto busca mostrar como a sociedade conectada abre caminhos para a inovação e a transformação nos negócios, neste caso, na indústria musical.

Avicii, um artista jovem que ganhou fama através das redes sociais e foi considerado a segunda pessoa com menos de 30 anos mais influente no mundo da música pela revista Forbes, vai atuar como produtor executivo, fazendo a curadoria dos efeitos, melodias, ritmos e vozes dos participantes, lançando o resultado dia 26 de fevereiro de 2013.

“Com o projeto ‘Avicci x You’ estamos mais uma vez tentando mudar um paradigma e fazer com que ele se torne o primeiro de muitos que vão usar as possibilidades de hoje por meio da tecnologia social.” – agente e parceiro de Avicii, no site da Ericsson

Para iniciar o projeto, Avicii disponibilizou o acorde inicial, conceito e chave para ser trabalhado pelos participantes, que pode ser baixado no site oficial do projeto.

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Focando no conceito de sociedade conectada, a Ericsson já lançou dois curtas no passado, um sobre cidades inteligentes, e outro sobre o futuro do aprendizado, falando de um mundo mundo no qual a conectividade em tempo real entre as pessoas, lugares e negócios permite novas maneiras de fazer negócios e acessar entretenimento.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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The Valtari Mystery Film Experiment, projeto da banda Sigur Rós, chega a São Paulo

Desde o lançamento do seu último àlbum, Valtari, a banda inslandesa Sigur Rós tem trabalhado no projeto The Valtari Mystery Film Experiment, no qual convidou 16 artistas/cineastas para dirigir cada uma das músicas do novo disco.

Além de divulgar o álbum, a ideia era ignorar o processo normal de aprovação artística que envolve grande parte dos trabalhos, sejam eles conceituais ou comerciais, e permitir aos envolvidos total liberdade criativa.

“Nunca foi nossa intenção que nossas músicas viessem com uma resposta emocional pré-programada. Nós não queremos falar a ninguém o que sentir e o que tirar de cada música.” – Sigur Rós

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Em setembro, a banda deu aos fãs a oportunidade de participarem do projeto, abrindo uma competição para que enviassem um vídeo para uma das músicas do álbum. No fim, duas produções foram escolhidas como vencedoras, uma pela banda e a outra pelo público. Confira abaixo:

O projeto foi finalizado em dezembro, dando vida à curtas experimentais, atores renomados, danças hipnóticas, fotografias impactantes e temáticas mais que subjetivas.

Como resultado, os vídeos estão em uma “tour” ao redor do mundo. A exibição do projeto passará por São Paulo, dia 10, às 16h no Museu da Imagem e do Som, com entrada gratuita.

 Enquanto isso, você pode assistir aos vídeos aqui.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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