Eco Advertainment

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Se não houver nenhuma causa por trás, o entretenimento por si só já não significa muito coisa – pois o consumidor moderno vive em busca de soluções, e sabe o que é importante para o mundo em que ele habita.

Pelo fato da sustentabilidade ser um dos assuntos que mais está em voga, muitas marcas criam campanhas baseadas em questões favoráveis ao meio ambiente.

Então, se a receita da assertividade é aliar entretenimento com uma causa popular, porque não reverenciar projetos como o Volvo C30 Drive Around the World e o  VW Tem de Tank?

Este último, lançado esta semana pela Tribal DDB de Amsterdam, é um jogo de corrida com elementos 3D em que você não precisa chegar em primeiro, mas conduzir um VW Polo de maneira mais econômica, sem desperdiçar combustível.

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Existe, sim, um incentivo promocional: Quem tiver o melhor desempenho ganha um VW Polo Blue Motion de verdade. Mas não é este o diferencial. O diferencial, na minha opinião, é a possibilidade que a marca tem em poder educar os seus consumidores sobre uma tendência, considerada cada vez mais importante para o futuro dos seus produtos/consumo, através do entretenimento.

O iPad e a necessidade de inovar

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Bem vindos a nova fase de aplicativos mobile: os iPad Branded Apps (ou aplicativo de marcas para iPad).

Assim como acompanhamos a onda de aplicativos de marcas para iPhone e iPod, um terceiro elemento chega para cumprir os planos de inovação incessante da Apple.

O incansável Steve Jobs, antônimo de acomodação, sabe da importância dos aplicativos desenvolvidos por empresas parceiras para criar a tão aguardada “mágica” desta nova plataforma.

Grande parte dos desenvolvedores de aplicativos ainda não teve nem a oportunidade de tocar em um iPad, mas isso não quer dizer que eles não estão trabalhando na criação de softwares para a mais recente criação da Apple.

Alguns deles são marcas de fama e reconhecimento internacional.

A Gap, por exemplo, uma das grifes mais importantes do mundo, mergulhou de cabeça no novo produto da Apple, lançando um aplicativo gratuito que trará informações sobre a campanha global da marca, vídeos de desfiles, informações, entrevistas com respeitados estilistas do mundo da moda, além da possibilidade de fazer compras através do device.

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Na última semana, rodou o mundo a notícia que o Netflix e a Marvel haviam sido as primeiras empresas em apostar no iPad. Ao contrário do que muitos afirmavam o Brasil não está muito atrasado em relação aos outros países. Ontem mesmo postei no Twitter a matéria informando sobre o lançamento do aplicativo do Estadão para o iPad. Já é o segundo veículo de comunicação nacional que investe nesta nova plataforma, depois do O Globo.

E por falar em O Globo, o veículo carioca comemorou a venda de sua primeira cota de patrocínio da versão para o iPad. A Fiat, através da Agência Click, foi quem esteve por trás desta parceria.

Parcerias como esta são vistas com bons olhos, principalmente nos Estados Unidos, onde o New York Times, pioneiro no lançamento de um aplicativo otimizado para iPad, anunciou que a Chase Sapphire, uma empresa de cartões de crédito, comprou o inventário de espaço comercial no iPad do título para os primeiros dois meses, enquanto que marcas como a FedEx, Buick, Unilever, Toyota e Oracle estão planejando comprar espaço nos aplicativos para iPad de jornais como Wall Street Journal, Newsweek, Time e a Reuters. Certamente, tudo isto acontece porque as empresas sentem a necessidade de inovar.

Atrair todo este desejo por um produto como o iPad, faz parte da histórica estratégia da Apple. Afinal, que outra marca consegue gerar tanto buzz em torno do lançamento de seu novo produto?

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Brand stretching: Sneaker da Volkswagen?

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É importante a gente saber que existem potenciais para uma marca exercer sua magia em novos produtos (até então não explorados).

Buscar expandir o conceito de suas causas, campanhas e ações, em produtos e/ou serviços extraordinários, torna-se uma interessante alternativa de rentabilidade.

Neste sentido, existem duas opções: Brand extension (extensão de marca) e Brand stretching (expansão ou elasticidade de marca).

No caso do VW Polo 444, temos um exemplo de Brand stretching. Ou seja, é a marca apostando em um segmento totalmente paralelo ao seu “core business”.

A edição limitada do sneaker inspirado no novo VW Polo, lançado na Holanda, aumenta, sim, a notoriedade da marca, assim como também a rejuvenesce junto ao público de interesse, que são os jovens.

Confiram o belo hotsite promocional do VW Polo 444, criado pela Achtung!, para divulgar o novo trabalho do designer Hing Yueng.

Na sequência, leiam o que parece ser é as melhores definições das opções na qual comentei no início do post (Brand extension e Brand stretching).

  • Brand extension

  • Brand extension refers to the use of a successful brand name to launch a new or modified product in a same broad market.
  • A successful brand helps a company enter new product categories more easily.
  • For example, Fairy (owned by Unilever) was extended from a washing up liquid brand to become a washing powder brand too.
  • The Lucozade brand has undergone a very successful brand extension from children’s health drink to an energy drink and sports drink.
  • Brand stretching.

  • Brand stretching refers to the use of an established brand name for products in unrelated markets.
  • For example the move by Yamaha (originally a Japanese manufacturer of motorbikes) into branded hi-fi equipment, pianos and sports equipment.
  • When done successfully, brand extension can have several advantages:
  • Distributors may perceive there is less risk with a new product if it carries a familiar brand name. If a new food product carries the Heinz brand, it is likely that customers will buy it
  • Customers will associate the quality of the established brand name with the new product. They will be more likely to trust the new product.
  • The new product will attract quicker customer awareness and willingness to trial or sample the product
  • Promotional launch costs (particularly advertising) are likely to be substantially lower.

Brand stretching é certamente menos caro do que construir uma nova marca a partir do zero. Se uma marca tem capital forte e uma massa estabelecida de clientes, a extensão corre menos risco de não ser bem sucedida. O problema surge quando as empresas “esticam” suas marcas de uma forma que não faz sentido. O que não é o caso do Volkswagen, na minha humilde opinião.

Crowdsourcing na produção de curta da Lacta

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Das poucas marcas que apostam em Branded Content, só algumas acreditam nas possibilidades de criar um roteiro e executar a produção com a ajuda dos consumidores. E, na verdade, são poucas as privilegiadas marcas que conseguem construir uma campanha de crowdsourcing bem sucedida.

A Lacta é uma delas. Depois do sucesso de seu curta interativo, “Love @ First Time“, a marca de chocolates mais popular da Grécia resolveu construir outra experiência envolvente: “Love in Action” – um curta-metragem colaborativo sobre a história de amor entre um jovem militar e uma cantora.

Segundo o Brand Channel, foram mais de 11.500 pessoas participando da pré-produção, que resultou neste curta de 27 minutos.

Inicialmente planejado para ser exibido apenas na web, “Love in Action” foi alvo de tanto buzz no país que, numa parceria entre a marca e uma importante rede de televisão local, fez com que o curta fosse transmitido em rede nacional, no dia dos namorados (Valentine’s Day). As estatísticas foram empolgantes: 335.000 gregos assistiram na televisão, 20 mil participaram ativamente da página do projeto no Facebook, e mais de 150 mil assistiram pela mesma rede social. Ainda de acordo com o Brand Channel, a trilha sonora de “Love in Action” foi e é um sucesso no país.

Advertainment através do teatro

Otimistas e pessimistas divergem opiniões sobre o futuro da publicidade. Para uns ela está morrendo; para outros, mais pessimistas, ela já morreu. Mas, cá entre nós, o que morreu ou vai morrer não é a publicidade propriamente dita, mas a sua antiga formula de convencer o consumidor a mudar seu comportamento.

A irrelevância ainda impera nessa atmosfera de mensagens comerciais abusivas e sem nenhuma graça.

Ainda assim, novos meios acabam criando novos hábitos, e novos hábitos acabam criando novos meios.

Entre estes ‘novos meios’, está o advertainment, um conceito que se propõe a fazer um mix entre publicidade e entretenimento. Indo além do óbvio que a palavra remete, o advertaiment surge num momento em que o mundo é cada vez mais interativo e o consumidor precisa ser cativado de forma mais profunda

Cases interessantes surgem a todo momento, como é o caso da campanha “Historias de Campo” da Ford, criada pela JWT Argentina.

O teatro foi uma opção de advertainment em que a Ford se apoiou para comunicar o relançamento do seu off-road Ranger.

Pelo microsite www.historiasdecampo.com.ar, a Ford convidava os usuários a enviar histórias de mitos e verdades do campo. Ao todo foram mais de mil. Três delas foram eleitas para se converter em peças teatrais.

As apresentações estavam prevista para quatro localidades do interior do país, mas o êxito da campanha levou a Ford a ampliar a rota de seu ‘teatro itinerante’. (Confira o primeiro vídeo case da campanha “Historias de Campo“, no vídeo acima).

Um tempo atrás, em Toronto, a Dove também formulou uma peça de teatro. Sob o tema da campanha “Real Beleza“, a peça da Dove obteve um sucesso tão grande que a CBC, a maior emissora de televisão local, produziu um documentário especial baseado no enredo da peça “Body & Soul“.

O Rap da Procter&Gamble

Outra marca que apostou em conteúdo diferenciado é a P&G.

Nos Estados Unidos, a multinacional recorreu à música para promover sua marca de rolos de papel Bounty.

Foi colocado no YT um videoclipe protagonizado por dois cantores cômicos de rap que “entoam” uma canção chamada “Bring It“. Entre os dois minutos de rimas e gírias, eles mostram a qualidade e a resistência do produto, colocando bolas de bilhar e água sobre uma fina folha de papel Bounty. É tudo tão fora do convencional que você dificilmente associa com uma “peça publicitária”.

De acordo com brand manager da P&G para os EUA, o rap “Bring It” é apenas o primeiro de uma série de vídeos que a marca pretender colocar no Youtube a fim de ensinar o público, de maneira irreverente, sobre os benefícios de Bounty.

Em poucos dias de publicação, o vídeo já alcançou a faixa de 370 mil acessos.

:: Via The Big Fat Marketing

“The Fleet”, o sitcom da Fiat

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Para destacar a sua linha de vans no Reino Unido, a Fiat decidiu focar na produção de conteúdo próprio, com uma websérie chamada “The Fleet“.

Inspirada no famoso sitcom “The Office“, a websérie traz situações hilárias sobre o dia a dia de uma equipe de profissionais numa empresa de logística fictícia, a Lightfoot Logistics.

Confira o primeiro episódio abaixo:

Prévias de alguns episódios são transmitidas durante intervalos comerciais de uma emissora de televisão local.

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Em parceria com o MSN, a Thierry Mugler, marca feminina do Clarins Fragrance Group, lançou o Womanity, um belo site disponível em seis idiomas, inclusive português-BR, que propõe a troca de idéias sobre o que é ser mulher nos dias de hoje.

Aliando conteúdo e interatividade, parece ser uma estratégia interessante para essa marca que quer se aproximar do público jovem.

Toyota Conversations

Antes vistas como uma “pedra no ctoyotaconversations.jpgaminho”, as redes sociais agora entram no grupo de meios estratégicos para as marcas estabelecerem um contato direto e transparente com seus consumidores.

Atenta a isso, a Toyota resolveu recorrer ao Twitter para reforçar a sua imagem corporativa, sofrida após um escândalo provocado pela descoberta de falhas de segurança em seus carros – um problema que ameaça a imagem da marca.

Em colaboração com a Federated Media, a montadora desenvolveu para o serviço Tweetmeme o canal Toyota Conversations. Através dessa página a companhia publica notícias, imagens e vídeos da atualidade.

Todo conteúdo postado é filtrado para poder captar as opiniões e os conteúdos mais plausíveis para o atual  momento da marca.

No mês passado, Jim Lentz, COO da Toyota, começou a tirar dúvidas do público, utilizado o sistema de comentários do Digg Dialog.

A Louis Vuitton e o futuro do Branded Content

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Existem muitas vantagens quando se investe em Branded Content. Mas a principal delas é fazer com que o consumidor tenha o controle sobre sua experiência com a marca.

Em uma tentativa de acabar com a barreira entre o comercial, o conteúdo e o entretenimento, a disciplina surgiu em uma época onde já havia necessidades de se criar novos meios para impactar as pessoas.

Com o passar do tempo veio a popularização e o avanço da internet e dos meios interativos. Desde então, as marcas não pensam apenas em construir conteúdos relevantes, mas ampliar as possibilidades de interação e colaboração. Se o futuro da disciplina caminha no sentido da interação obrigatória, é difícil dizer, até porque não tenho uma bola de cristal. Mas é o que parece após analisar o contexto das últimas ações.

Visitando o The Moodie Report, neste domingo, acabei conhecendo uma nova iniciativa da LVMH (Louis Vuitton Möet Hennessy). A marca de luxo está decidida em apostar em conteúdo sem esquecer-se de entregar uma experiência mais democrática, mais livre aos seus consumidores.

O www.nowness.com é uma plataforma de inspiração e visualização online das últimas informações sobre moda, arte, cinema, música, design e luxo (temas relacionados à identidade da marca) no formato de slides, curtas, documentários, artigos e ferramentas interativas. Tudo alimentado por importantes artistas, criativos, designers e especialistas, uma curadoria alinhada globalmente que agrega profissionais de dentro e de fora do grupo LVMH.

Aos que visitam o novo site da LVMH, será permitida uma experiência personalizada, graças a um software adaptado ao site que detecta os maiores interesses dos usuários.

Serviço, conteúdo, relevância e ponto final

Estratégias de marketing que enupliv_nyt.jpgvolvem o relacionamento com os consumidores, só se tornam efetivas quando há relevância.

Apesar de ela estar um pouco desgastada, a palavra ‘relevância‘ continua desempenhando um papel fundamental.

Vejamos uma boa idéia implantada pela Johnson & Johnson.

Trata-se de uma plataforma de conteúdos especializados para auxiliar no combate ao stress, criado exclusivamente para mulheres (residentes nos Estados Unidos).

O Upliv fornece artigos escritos por especialistas de renome, dicas e exercícios práticos, além de uma linha exclusiva de cosméticos com propriedades relaxantes.

As interessadas em obter um apoio para melhorar seu bem-estar, precisam apenas se inscrever no site e definir os pacotes de acesso ilimitado ao serviço.

Em tempos onde o marketing e a publicidade tradicional não tem a mesma força e importância de antes, se apoiar em três pilares, como serviço, relevância e conteúdo, concede à marca novas chances de fortalecer sua presença na vida das pessoas.

Neuromarketing é a nova arma da Campbell’s

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As ciências e os estudos em torno do cérebro humano vêm avançando em ritmo acelerado, o que parece ser benéfico para nós, que trabalhamos com marketing e, consequentemente, com a percepção dos espectadores de nossas mensagens e consumidores de nossas marcas.

Felizmente, encontrei um exemplo bem novo e muito interessante para ilustrar a real utilidade do “neuromarketing“, considerado uma chave para o entendimento da lógica de consumo, que visa entender os desejos, impulsos e motivações das pessoas.

Os cientistas da Campbell’s, conhecida marca de sopas e enlatados, passaram dois anos pesquisando mudanças microscópicas na hidratação da pele, no batimento cardíaco e em outros indicadores biométricos para descobrir como as pessoas reagem a todo tipo de coisa, de fotos de tigelas de sopa ao desenho do logotipo.

O resultado gerou algumas mudanças significativas no posicionamento de seus produtos e da própria marca, como você pode conferir na imagem acima, divulgada pelo The Wall Street Journal.

Após essas mudanças, a marca descobriu que há possibilidades de impulsionar as suas vendas, o que fará também com que esta tendência seja mais explorada e popularizada.

Eu acredito que, com tantas mudanças na forma de consumir, o “neuromarketing” seja percebido como uma ferramenta altamente eficaz para detectar razões e emoções dos consumidores.

Se buscamos a preferência deles, temos que, no mínimo, conhecê-los cada vez melhor.

Smint e o “Branded Fashion”

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Em parceria com o estúdio de ilustração Stylr, a Smint apresenta um projeto fashion batizado de Smint Mode by Stylr.

O objetivo maior da marca de balas e chicletes é associar a sua imagem com a criatividade em todos os âmbitos.

Para presentear o público consumidor, a Smint pediu para que a ilustradora espanhola desenhasse uma coleção de camisetas com uma pegada super “cool”. As camisetas desenhadas pela Stylr traduzem valores referentes ao conceito da marca Smint. E quem estiver a fim de customizar a sua própria camiseta, pode utilizar desenhos pré-prontos, feitos pelo estúdio.

“O que identifica a personalidade de Stylr é, acima de tudo, a audácia e a forma como ela aproxima as pessoas, capturando a atenção para determinadas cenas da vida cotidiana e intervir, de forma diferente, na vida delas”, explica Smint em seu hostiste promocional.

Como vimos neste post sobre “Branded Fashion“, que inclusive se tornou inspiração para a leitora @laurakrebs desenvolver seu TCC, a moda pode contribuir com a percepção de algumas marcas que, por essência, tem uma “pegada” mais jovem e audaciosa.

P&G e Walmart produzem filme

brandedcontent.jpgO velho e bom Branded Content continua sendo uma valorosa alternativa.

Em busca de transformar a comunicação cada vez menos “comercial”, algumas marcas apostam na transmissão de histórias e conteúdos relevantes.

Neste quesito, a Procter & Gamble (P&G) é a principal “expert” no assunto, começando pela sua própria produtora de conteúdo.

Em abril deste ano, ela e a gigante do varejo, Walmart, irão, juntas, veicular um filme de 2 horas na rede de televisão norte-americana, NBC.

O filme “Secrets of the Mountain” terá foco na família e na generosidade, valores fortemente pregados por ambas as marcas.

Além disso, “Secrets of the Montain” vai servir como uma vitrine para as marcas e seus produtos. Fora o “product placement“, as duas gigantes irão anunciar nos intervalos comerciais, durante o filme.

Nunca fui contra o uso da televisão como meio para transmitir a mensagem de uma marca, apenas acredito que, cada vez menos, o meio deve ser usado para veicular propagandas com cara e forma de “propaganda”, por inúmeros motivos que incluem a mudança nos hábitos dos espectadores/consumidores.

Neste caso, não importa os custos, tanto a P&G, quanto a Walmart, vão oferecer um conteúdo de qualidade, pertinente para o “momento família” em lares dos Estados Unidos.

O bom marketing, se é assim que podemos chamar, tende a caminhar neste sentido, acredito eu.

:: Dica da Emilia Camargo, com fonte do Business Courier e The Wire.

Brand experience em um mercado “commoditizado”

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Robin Hood Flour é uma marca canadense de farinhas e fermentos que está fortemente associada ao carinho e as tradições familiares. Tentando se conservar com mais de 100 anos de história, a marca conseguiu capturar o seu patrimônio de “generosidade” através da criação de experiências de cozimento que ajudam pessoas a criar receitas com facilidade e confiança.

Uma das alternativas foi o lançamento de lojas sazonais (pop-up stores) da marca em Toronto. Os visitantes dessas lojas podem decorar biscoitos, bolinhos e abusar da criatividade.

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Para ampliar essa sua “experiência” de marca, a Robin Hood Flour também enriqueceu o seu site com ferramentas especiais voltadas para adultos e crianças, afim de provar que o ato de cozinhar é muito divertido.

Documentário colaborativo promove Honda CR-Z

Na Europa, a Honda deu largada para uma campanha envolvendo a colaboração dos consumidores.

Trata-se da produção de um documentário feito com pessoas comuns convidadas para dirigir e experimentar o novo Honda CR-Z, o primeiro esportivo híbrido da montadora.
Câmeras colocadas em torno do carro irão registrar a viagem dos participantes por todo “velho continente”.

Hospedado em www.liveeverylitre.com, internautas serão convidados a apresentar propostas em vídeo, imagens ou por escrito ajudando a moldar a obra e o enredo do documentário.

Uma comunidade de blogueiros influentes da Europa serão os responsáveis por julgar as idéias vindas dos internautas.

Quando as cenas e o roteiro estiverem pré-definidos, o premiado diretor de documentários, Claudio von Planta, vai começar a produção oficial.

Confira acima o vídeo-introdução do projeto “Live Every Litre“.

Rádio Skol

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Música é um ativo super importante para algumas marcas, principalmente para aquelas que carregam um DNA mais jovem.

O brand entertainment contemporâneo, amarrado com música, não é só mais organizar/patrocinar um evento musical, mas criar modernas plataformas de música (colaborativas, interativas e personalizadas). Seguindo o exemplo da Oi (ou não), a Skol resolveu partir para o universo da música lançando a Rádio Skol, um novo aplicativo para internet, iPhone e iPod Touch, que já pode ser acessado em www.skol.com.br/radio ou baixado de forma gratuita na Apple Store.

Desenvolvida em três canais de áudio: Rádio Skol, Rádio Skol Folia e Rádio Skol Beats, a ferramenta permite acompanhar as últimas tendências do cenário pop, conferir agendas de eventos e personalizar playlists.

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Meu subconsciente diz que a brincadeira ainda vai parar em uma radio (Dial FM). Dúvida?

A nova aposta é uma criação das agências Aorta Entretenimento e F/Nazca.

Laboratórios farmacêuticos continuam a inovar

panadolfb.jpgOutro dia comentei (aqui) sobre a possibilidade existente de inovar em um mercado tão fechado e conservador como o de laboratórios farmacêuticos. Embora pareça difícil criar uma comunicação diferenciada, algumas empresas do ramo estão se saindo bem no quesito criatividade. Uma delas é a Bayer, com o seu Bayer Didget.

A outra é a GlaxoSmithKline, fabricante do Panadol, um analgésico de ação rápida que alivia as dores de cabeça, permitindo que a pessoa nunca perca momentos especiais por causa da indisposição.

Seguindo esse conceito, a OgilvyOne de Dubai, Emirados Árabes, criou uma ativação de marca bem bacana, baseada em um aplicativo no Facebook (”Tag your Moment“), que convida os usuários a marcarem suas fotos com ícones divertidos, músicas entre outras coisas, que resultam em mini-histórias que podem ser compartilhadas.

Se a sua marca faz parte de uma categoria ‘commodity’ como a de analgésicos, por exemplo, então você vai ter ainda mais razão para buscar uma diferenciação. Afinal de contas, é a inovação que vai garantir o destaque e uma percepção mais marcante para a sua marca.

Como o iPad pode revolucionar a mídia e o marketing

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Escreve aí. O iPad, assim como outros e-readers, vai permitir novas formas de marketing para atingir consumidores cada vez mais envolvidos com uma publicidade mais interativa e menos interruptiva.

Os anunciantes estão mais otimistas em 2010. Uma das razões, segundo o IAB (Interactive Advertising Bureau), tem a ver com o surgimento constante de novos meios e plataformas oferecidas a eles. Um conforto para quem não pretende perder seus consumidores de vista.

Enquanto os veículos de mídia mais conservadores não abrem mão de um modelo de negócio já ultrapassado, outros, como é o caso do The New York Times, enxergam ricas oportunidades de estabelecer, com essas novas tecnologias, uma positiva relação [notícia x leitor].

O mais tradicional ‘jornalão’ dos Estados Unidos foi o 1º do mundo a anunciar uma parceria com a Apple, e criar um aplicativo customizado especialmente para o iPad. E fez o mesmo com o Kindle, o pioneiro neste ‘neo market’. Está claro que o NYT não perde tempo, aproveita novidades e experimenta inovações a fim de lutar contra a queda brutal de circulação do seu jornal impresso e o número de assinantes do mesmo.

Hoje, dia em que o mundo congestionou a internet para acompanhar o lançamento do novo device, a Apple não só escreveu um novo capítulo na história da tecnologia, como também reescreveu o capítulo de um marketing e de uma mídia onde, até então, era o conteúdo que reinava sobre qualquer outra coisa.

Assim como a revolução no mobile marketing, obtida graças aos branded apps de iPhone e iPod, a Apple continua construindo novos caminhos para as marcas. Talvez sejam os mais pertinentes desde o início do século XXI.

Legends of Akhtamar: Branded History

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Produzido na Armênia, Ararat é uma marca de conhaques conhecida em boa parte da Europa Oriental. Mais recentemente, ela foi comprada pela gigante Pernod-Ricard, um grupo internacional sempre alerta com as novas formas de comunicação.

Tão alerta que, ao invés de investir em uma publicidade tradicional para celebrar a tradição da Ararat, encomendou um curta-metragem de 20 minutos, produzido pelos premiados irmãos Shammasian.

O filme “Legends of Akhtamar” – inspirado em um antigo conto armênio – foi exibido inicialmente em uma turnê por cinemas da Europa Oriental, exclusivo para um público seleto de celebridades influentes, jornalistas, formadores de opinião e blogueiros. Após o sucesso nas telonas, o curta-metragem chegou a internet. Está disponível em um site criado especialmente para abrigar a produção.

Nos primeiros 14 dias, o vídeo chegou a ter cerca de 150 mil visualizações no site. Assista o trailer: