Animação celebra 5 grandes construções de São Paulo

Os traços e beleza do edifícios Martinelli, Banespa, MASP, COPAN e Unique são destacados nessa animação criada pela Monstro Filmes.

Segundo a produtora, trata-se de um simples exercício para percebermos a diversificada arquitetura da cidade. Assista acima.

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John Lewis conta a história de um urso que nunca viu o Natal

Com um ótimo histórico ao longo dos anos, as campanhas de Natal da rede de lojas John Lewis costumam criar grande expectativa entre o público. E não é para menos: a fórmula de histórias tocantes, que não precisam de palavras para serem entendidas, acompanhadas por trilhas sonoras sempre acertadas, costuma garantir o sucesso destes comerciais. Basicamente, é o que vemos em The Bear & The Hare, que estreia hoje tanto na televisão do Reino Unido quanto no canal da marca no YouTube.

Mais uma vez com criação da Adam&Eve/DDB e produção da Blinkink, o comercial tem uma pegada que lembra bastante os filmes da Disney, misturando animação feita à mão com cenários 3D. Isso tudo para contar a história de um urso que nunca viu o Natal, já que a festa sempre ocorre quando ele está hibernando. O problema é que a lebre sente grande falta do amigo, com quem gostaria de compartilhar aquele momento.

Ao som de Lily Allen interpretando Somewhere Only We Know, de Keane, o filme pode até provocar algumas lágrimas, mas consegue garantir um sorriso no final.

Além de estrelar o comercial de Natal, o urso e a lebre – ou Bear & Hare – ganharam também sua própria linha de produtos, com direito a livros nas versões física e digital, brinquedos, enfeites e pantufas, além de cenários montados em algumas unidades da rede. Well done, John Lewis.

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Anime personifica Internet Explorer em trailer da Microsoft

Apesar de estar longe de ser o browser favorito dos usuários de internet – fato tratado com bom humor em um comercial da própria marca – o Internet Explorer costuma ser foco de boas campanhas. Entre a mais recentes está um trailer de animação da Microsoft de Cingapura, criado para o Anime Festival Asia (AFA) 2013. Nele, o navegador é personificado por Inori Aizawa, uma garota mágica, capaz de lutar contra vírus.

A história por trás da adoção da personagem pela Microsoft, é bem interessante e começa com uma série de ilustrações criadas por Danny Choo, personificando diferentes navegadores, com exceção do Internet Explorer. Foi aí que o estúdio de animes Collateral Damage Studios resolveu preencher a lacuna, imaginando como seria a personificação do navegador que todos amam odiar. O processo criativo é descrito aqui, e explica o conceito do “patinho feio” que se tornou um cisne.

Ele também é citado na apresentação de Inori em sua página no Facebook: ”Olá a todos! Meu nome é Inori e você pode me ver como a personificação do Internet Explorer. Quando eu era mais jovem, eu costumava ser uma garota desajeitada, devagar e estranha. Entretanto, assim como a história do patinho feio, as pessoas me disseram que eu realmente amadureci e mudei ao longo dos anos. Me sinto confiante em minhas habilidades agora, e estou ansiosa para mostrar a você o que eu posso fazer. Por que você não tenta me conhecer um pouco melhor?”. A mensagem é seguida por um link para o download do browser.

Como a incorporação do vídeo ora é permitida, ora é proibida, você o encontra aqui.

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Pinturas clássicas ganham vida com animações nonsense

“The Elegant Gentleman’s Guide to Knife Fighting” é um programa de comédia australiano que, entre outros quadros, exibe curtas animados.

Uma das séries dá vida aos personagens de pinturas clássicas, com muito humor nonsense e politicamente incorreto que deixaria Terry Gilliam orgulhoso. Os curtas são criados pelos animadores Doug Bayne, Ben Baker e Trudy Cooper.

Assista acima uma amostra do trabalho do programa.

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Lego: o Filme [Trailer]

Com direção de Phil Lord e Christopher Miller, chega aos cinemas em fevereiro de 2014 Lego: O FilmeO primeiro longa-metragem criado com o brinquedo é uma animação 3D, produzida pela Warner Bros. e que conta a história de Emmet, um cara comum que é confundido com alguém extraordinário, aquele que tem a missão de salvar o mundo.

Se por um lado Emmet não está sozinho – para encarar esta aventura, ele terá ao seu lado super-heróis como Batman, Super-Homem, Mulher Maravilha e Lanterna Verde, entre outros -, a realidade é que ele está completamente despreparado para enfrentar o vilão Lord Business.

Para dar voz aos personagens, um elenco de primeira, formado por Morgan Freeman, Elizabeth Banks, Will Ferrell, Will Arnett, Liam Neeson, Nick Offerman, Alison Brie e Chris Pratt.

De tudo isso, uma coisa acabou me chamando a atenção – talvez apenas uma coincidência: a roupa de Emmet lembra a roupa de Marty McFly em De Volta para o Futuro, onde o cientista é um certo doutor (Emmett) Brown. Será? Por enquanto, segue o primeiro trailer.

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A evolução de logos famosos em breves animações

Com uma série de rápidas animações, o nova iorquino Nick DiLallo mostra a evolução de diversos logos famosos. Nenhuma novidade, claro, mas não deixa de ser divertido ver essas representações, com efeitos sonoros contextuais.

Tem Apple, Starbucks, NBC, UPS, American Airlines e a infame GAP.





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Fome é personificada em filmes das Nações Unidas

O mundo está repleto de monstros e tiranos que ameaçam a paz, mas é a fome um dos problemas mais sérios e preocupantes, segundo as Nações Unidas. Para transmitir esta mensagem, o estúdio Platige Image criou dois filmes que personificassem os horrores da fome.

Em Hunger is a Monster, vemos uma variação da história de Chapeuzinho Vermelho, narrada por Elle Fanning. Aqui, a fome é representada pelo lobo. No segundo curta, Hunger is a Tyrant, Dakota Fanning narra a história de um ditador que destrói tudo a sua volta. Este segundo filme, aliás, tem um apelo muito maior.

Os filmes fazem parte do Zero Hunger Challenge e valem o play.

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“Os Croods”: Uma visita ao estúdio de captura de movimento da DreamWorks

A sala é escura e espaçosa. Um telão gigante ocupa uma das paredes mais compridas; do lado oposto, uma bancada cheia de computadores e seus operadores, gente que cuida de pré-renderização, som, movimento e importação dos arquivos. Há 53 sensores de movimento mas paredes e no teto.

No centro do ambiente uma câmera e um pedaço de plástico num tripé, perto dele, dois atores caminham com collants pretos e as tradicionais bolinhas brancas. Na tela, os atores se transformam em versões rústicas de homens pré-históricos, montanhas surgem do nada, o plástico se transforma numa tocha e eu, com a câmera no ombro, estou no coração do estúdio de Captura de Movimento (Motion Capture ou MoCap) da DreamWorks, simulando o trabalho feito para as filmagens de “Os Croods”, o DVD mais vendido nessa semana nos Estados Unidos.

Essa foi minha primeira visita a um estúdio de Captura de Movimento, ou melhor, Captura de Performance (de acordo com sua finalidade) e a paixão foi instantânea. Muito deve ser por culpa dos extras de “Avatar”, nos quais James Cameron se diverte feito criança com a câmera de pre-viz (ele pode ver as interpretações dos atores contra os cenários e, sozinho, fazer todo o trabalho de enquadramento e definir as distâncias para cada tomada, por exemplo, afinal, as cenas já foram gravadas pelo elenco humano, logo, ele pode fazer o que bem entender com elas depois!).

70% do trabalho de teste, movimento em cena e pre-vizualização da animação foi feito no estúdio de MoCap

The Croods
Croods

Entretanto, em “Os Croods” as coisas funcionaram um pouco diferente, pois por ser uma animação, o conceito aplicado foi outro e a ferramenta da captura foi utilizada como instrumento de apoio para diretores e animadores. O principal uso foi o enquadramento, por razões óbvias. Nicolas Cage não precisou fazer nenhuma macaquice nessa sala (embora ele não teria reclamado, não é mesmo?), pois com a voz gravada e a visão dos diretores Kirk De Micco e Chris Sanders previamente gravada e transmitida aos animadores. Logo, quando a equipe se reunia no estúdio, o comando estava nas mãos de Yong Duk Jhun, o Head of Layout (quem coordena toda a parte visual, ou seja, o Diretor de Fotografia do filme), que trabalhou em “Shrek Para Sempre” e “Kung Fu Panda”.

Eles usaram uma câmera bem leve e efetiva. Pude testá-la e o monitor sem fio conectado aos servidores e técnicos no fundo da sala permite a visualização total ao cinegrafista. Ao mesmo tempo, os “espectadores” veem o mesmo enquadramento no telão. “O uso do Motion Capture permite uma noção muito mais natural e orgânica de enquadramento e posicionamento de câmeras”, diz Jhun, um coreano simpático, sorridente e, claramente, deslumbrado com o que faz. De acordo com o animador, diretor de fotografia, especialista em efeitos especiais e “dono da câmera”, 70% do trabalho de teste, movimento em cena e pre-vizualização foi feito no estúdio de MoCap. A câmera que testei era uma cinecamera Sony, com uma lente 21 mm (estávamos fazendo uma cena bem movimentada, então, ela envolvia muitos close ups e medium shots) e pude fazer as vezes de cinegrafista.

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“O uso do Motion Capture permite uma noção muito mais natural e orgânica de enquadramento e posicionamento de câmeras”

Foi uma experiência fantástica por conta do aprendizado. Nessas horas é engraçado eu também ser cineasta, pois os outros jornalistas estavam ali pelo oba-oba e eu doido para fazer algo. O fato de o monitor apresentar um previz os objetos do cenário (nesse caso uma montanha, uma rocha grandona e uma árvore; além de dois atores e uma pessoa segurando a “tocha”. Os personagens estavam “conhecendo o fogo” pela primeira vez) e os atores saberem bem o que precisavam fazer, era questão de fazer de conta que se estava num set de verdade e filmar a cena.

A fluidez foi impressionante e, depois de uns dez segundos de adaptação, não sentia mais a diferença entre filmar com uma 5D ou com aquela Sony. Os princípios básicos eram os mesmos e foram respeitados. E essa é a maior força do MoCap sendo utilizado dessa forma: o pensamento da captação é o mesmo. Há uma cena a ser feita e essa é a ferramenta! É só filmar.

Mas, claro, há diferenças. Num set “real”, iluminação é sempre o maior aliado (pela necessidade) e inimigo (especialmente pelo tempo consumido). Durante as gravações em MoCap, uma iluminação genérica é utilizada, logo, nesse aspecto, tudo é sem graça e essa cara homogênea vai te acompanhar ao longo de todo o trabalho.

“Os técnicos podem mudar uma coisa ou outra, se a cena pedir, mas o objetivo aqui não é compor toda a cena. No caso de “Os Croods”, filmávamos uma cena e podíamos ver um resultado mais renderizado e próximo do final em 2 semanas”.

“A Lenda dos Guardiões”, outro filme da DreamWorks, teve um trabalho mais perfeccionista nesse sentido ao misturar captura de performance e referência, por isso, usou a ferramenta ao longo de seus cinco anos de produção.

A liberdade de filmagem é fantástica e a possibilidade de se refinar o resultado depois enche o sistema de novas alternativas

Outra diferença: foco. A cinelente de 21mm, com ponto focal fixo, deveria perder o foco com facilidade. Não perdeu nenhuma vez, afinal de contas, a imagem que o monitor e o telão mostravam era gerada pelos computadores, logo, foco não é um problema. Entretanto, usar lentes apropriadas continua sendo necessário, pois são elas quem definem a proximidade e as demais características de captação. Mais um ponto para a praticidade, embora seja uma diferença notória.

A liberdade de filmagem é fantástica. A possibilidade de se refinar o resultado depois enche o sistema de alternativas e o lado cineasta praticamente grita de alegria ao ver como os “cachorros grandes” brincam. Foi interessante ver essa evolução direta do pre-viz – que sempre pareceu bem preso à criatividade do animador e limitado pelos recursos – sendo usada para garantir a sensação de “filme normal”, mesmo sem querer revolucionar o mundo como Cameron fez. É uma ferramenta bastante útil e, arrisco, indispensável dentro em breve.

Deu para perceber que gostei muito, não é? Fui papear sobre os detalhes da câmera e o sistema com o Jhun e o grupo de jornalistas foi embora. Só consegui reencontrá-los no labirinto de estúdios de áudio e vídeo, baias de animação e áreas de recreação da DreamWorks uns 20 minutos depois. Ficaria perdido ali dentro pelo resto da minha vida!

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DC Comics comemora os 75 anos do Superman

O Superman faz 75 anos, mas quem ganha o presente é você. OK!, Eu sei, peço desculpas. É que a DC Comics resolveu comemorar o aniversário do mais famoso super-herói do mundo – capaz de destruir todos os Avengers com um peteleco – com uma animação de dois minutos criada pelo diretor Zack Snyder.

É uma retrospectiva que relembra a evolução e os momentos marcantes da história do Homem de Aço, animada por Bruce Timm, da série “Superman: The Animated Series”. Em seu blog, a própria DC destaca 75 pontos do vídeo, com as referências ao passado do personagem.

Ah, e claro, tem a trilha sonora antológica do John Willians no começo, terminando com o tema do recente “Man of Steel”, composta por Hans Zimmer.

Superman 75
Superman 75

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Tá Chovendo Nerd!

Fiquei ansioso pelas entrevistas de “Tá Chovendo Hambúrguer 2” por uma razão: um dos diretores, Cody Cameron, foi um dos responsáveis por “The Chubbchubbs”, o único curta-metragem animado de ficção científica a ganhar um Oscar. Sentia cheiro de nerdice no ar. Descobrir que Kris Pearn, o outro co-diretor, é tão ou mais nerd que Cody, só deixou meu dia mais feliz e facilitou o trabalho. Jovens, engraçados e alimentados pelas mesmas fontes que muitos de nós fomos, nos anos 80, essa dupla entupiu a sequência dessa animação de sucesso da Sony Pictures Animation com referências pesadas e piadas nerds num filme que, essencialmente, deveria ser “apenas infantil”.

O roteiro de “Tá Chovendo Hambúrguer 2” continua imediatamente após o fim do primeiro filme e os moradores da ilha foram relocados para que a “limpeza” fosse feita. O arauto da bondade é Chester V, uma mistura de Steve Jobs, Bill Gates e todos os outros tecnogurus modernos. Se no primeiro filme, Flint Stockwood queria ser aceito pelo pai, nesse segundo, ele quer encontrar seu lugar no mundo e impressionar seu herói de infância. É o mesmo que Sheldon Cooper tentar cair nas graças de Leonard Nimoy.

Aí já cabe a primeira crítica social, pois o protagonista – que, visual e criativamente, lembra Neil Gaiman, por ser uma “metralhadora de ideias”, como diz Kris Pearn – tem tantas ideias, mas elas só serão relevantes se validadas pela mente corporativa da Live Corp, liderada por Chester V. O sujeito inventou uma máquina de criar comida usando apenas um pouco de água! Ele não precisa provar mais nada. Porém, o vazio existencial pode ser um problema e ele sofre desse mal. Claro, tudo dá errado e quem vai tentar consertar a bagunça? O próprio Flint.

Os diretores na Comic Con 2013

Os diretores na Comic Con 2013

Ao retornar à ilha, Flint entra no “Parque dos Comidossauros”. A comida criada pela máquina de Flint ganhou consciência e uma nova espécie de criaturas – em inglês batizados como Foodanimals, o Comidossauros é por minha conta – tomou conta da região. A referência a Spielberg é descarada numa das tomadas mais bonitas da animação, quando os personagens percebem que estão envoltos em novas formas de vida.

Mesmo tendo que agradar crianças e adultos, o roteiro consegue manter algumas surpresas na manga

“Era preciso mostrar todo esse escopo e a grandiosidade. Foi inevitável não pensar em “Jurassic Park” e o carinho que nós, e todo mundo, temos pelo filme”, comenta Cody Cameron. “Até o visual da personagem Sam veste roupas inspiradas nas que Laura Dern usou!”, complementa Kris Pearn. Os dois batem bola com uma facilidade imensa, nascida pelos interesses semelhantes e forjada ao longo de anos de produção dos dois filmes (Pearn foi Head of Story, ou seja, cuidou dos storyboards e do encadeamento de ideias do primeiro filme).

“TÁ CHOVENDO HAMBURGER 2”

Por que dois diretores?

Muitas animações são comandadas a quatro mãos. Nunca houve uma boa justificativa e vendo esses dois trabalhando em tamanha sincronia, tentei desvendar. “Olha, nunca me perguntaram isso e nunca parei para pensar na razão”, diz Cameron. “Provavelmente é por conta do volume de trabalho. Temos que controlar a qualidade e gerenciar tantas unidades e profissionais que estar em dois lugares ao mesmo tempo ajuda”.

Pearn complementa: “O resultado do trabalho depende exclusivamente do alinhamento de ideias, então, a habilidade de transferir isso para toda a equipe, constantemente, todos os dias, sem vacilar, é vital. No fim de cada dia, nós dois sentamos para conversar e checar a evolução do trabalho e da história em si. Num set real, o diretor toma todas as decisões, mas elas acontecem ao vivo e no ambiente do set. No nosso caso, os problemas surgem ao longo de meses de dedicação, logo, muito do que fazemos é antecipar ou corrigir o curso na gênese do problema. É uma vantagem em relação ao diretor live action, mas quantidade de decisões aumenta absurdamente”.

Tá Chovendo Hambúrguer 2

Essa não é uma regra do mercado (“Madagascar” tem vários diretores, “A Lenda dos Guardiões” teve só um, por exemplo), mas parece ser a opção mais comum e ela afeta outra particularidade da animação: a inexistência de um Diretor de Fotografia. Normalmente, o Designer de Produção e o Head of Lighting cuidam dos aspectos visuais, enquanto o Head of Layout cuida da movimentação de câmera. Logo, cabe aos diretores transmitir as instruções precisamente para que o resultado final seja o vislumbrado pela dupla criativa.

“Muito do trabalho de câmera é discutido e definido na fase de storyboard, então é só questão de conferir a execução. O importante é permanecer aberto às sugestões do líder da equipe e a improvisos. Especialmente no caso de “Tá Chovendo Hamburger 2”, no qual tudo é grande e cheio de profundidade, tivemos que ir alinhando a nossa visão com a evolução visual”.

Evolução é tudo na animação. Os personagens evoluem, o estilo também e é preciso muita fé no roteiro original, especialmente nas piadas, para manter a coesão. “Algumas piadas funcionam bem. Entretanto, depois da centésima vez que você a vê, por conta das diversas fases do processo, ela se transforma em apenas mais uma linha de roteiro e cena a ser finalizada”, alerta Cameron. O mesmo vale para aqueles momentos especiais e egocêntricos dos diretores. Eles passaram anos criando os “comidassauros” – bananas velozes, elefantes de melancia, morangos simpáticos, pepinos apaixonados por sardinhas e X-burgers monstruosos, entre tantos outros –, mas nunca deixaram o lado nerd de lado.

“Tá Chovendo Hamburger 2” estreou no Brasil no dia 4 de outubro

O final do filme conta com uma menção magnífica ao primeiro filme de “Jornada nas Estrelas”. Berry é um moranguinho alucinado, mas também é um fanático religioso à espera de um momento especial. “Não podíamos incluir religião de forma direta, ou mesmo mencionar algum “deus”, mas demos um jeito de incluir esse momento no roteiro”, conta Pearn. Vou guardar a surpresa, claro. Mas nerds convictos vão poder entender. Curioso foi eu ter defendido essa teoria para vários jornalistas, antes da entrevista, e me chamaram de louco. Perguntei aos diretores e ganhei até um high five! 😀

“A leitura do roteiro foge do nosso controle. Ser óbvio é ruim, mas as dicas precisam estar lá. Acreditar que o espectador vai pensar do nosso jeito é um erro. Se você quer transmitir algo, seja claro. É preciso correr o risco da obviedade”, defende Cameron, para quem o “ser óbvio é melhor que falhar no ato de contar a história”.

Mesmo tendo que agradar crianças e adultos, o roteiro de “Tá Chovendo Hamburger 2” consegue manter algumas surpresas na manga, que, ao lado de momentos de fofice pura (Berry é algo inexplicável!), garantem um filme competente. Nada extraordinário, mas efetivo no ato de entreter, mesmo ficando um passo atrás do primeiro filme em termos de originalidade e coragem.

Assista e descubra o segredo de “eee… muuuuu”.

———
Fábio M. Barreto é jornalista, cineasta e autor da ficção brasileira “Filhos do Fim do Mundo”, publicada em 2013 pela editora Fantasy/Casa da Palavra, integrante do Grupo LeYa. Mora em Los Angeles e está escrevendo seu segundo romance, “Snowglobe”.

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KLM faz sessão de cinema para crianças dentro de um avião

Em parceria com a Disney, a KLM transformou um avião em uma experiência cinematográfica (apesar das micro-telas). O filme era apropriado, a animação “Aviões”, e os convidados também, mais de 300 crianças.

Pipoca, refrigerante e estar dentro de um avião já deixaria qualquer uma delas bem feliz, mas a ação simulava – do lado de fora – tudo o que acontecia com o protagonista do desenho através de efeitos visuais.

KLM
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Buck mostra o lado esportivo de Nova York

Nova York é uma cidade fantástica, que parece nunca dormir. Palco de histórias marcantes – seja na ficção, como em King Kong, ou na realidade, como alguns escândalos recentes -, a metrópole que cheira a lixo no verão conta com nove times profissionais em diferentes modalidades. É aí que entra o canal SPORK New York, que se dedica a cobrir tudo o que interessa aos 7 milhões de fãs nova-iorquinos. Para divulgar este trabalho, coube à sempre incrível Buck criar uma série de animações.

A campanha teve início em junho, com três comerciais, e agora ganhou mais um filme que compara a quantidade de eventos esportivos da cidade ao número de cores do Empire State Building.

Com ótimo ritmo, informações interessantes e um traço mais solto, a Buck conseguiu criar uma campanha divertida, que funciona muito bem ao levar em conta o espírito descontraído dos fãs de esportes.

Abaixo, os três primeiros filmes:

Ah, e caso você esteja se perguntando… desde 2012, o Empire State Building conta com um sistema de iluminação LED, que permite criar 16 milhões de combinações de cores e efeitos em sua fachada.

 

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Pulp Fiction contado em 60 segundos

A gente já mostrou por aqui o trabalho dos criativos do 1A4 Studios, que entre outros projetos em animação, costumam criar speedruns de grandes sucessos do cinema. Já tiveram suas histórias contadas em 60 segundos filmes como Star Wars – Uma Nova Esperança, Matrix, O Grande Lebowski e De Volta para o Futuro I, entre outros. Agora, é a vez Pulp Fiction, o grande clássico de Quentin Tarantino, ser resumido em um minuto.

Desta vez, o desafio foi transformar as histórias de Pulp Fiction em uma sequência mais linear, mas sem matar a graça do filme. O resultado ficou bacana, à altura de outros speedruns feitos pela trupe.

E se você quer saber qual é o próximo, uma votação pública realizada no canal do 1A4 Studios no YouTube elegeu Clube da Luta. Agora é aguardar para ver o que vem por aí.

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Guillermo Del Toro dirige abertura de Halloween de “Os Simpsons”

No próximo domingo, vai ao ar o milionésimo episódio de “Os Simpsons”. Digo, mais um episódio especial de Halloween da infinita série da Fox.

A grande e especial diferença é que a famosa abertura do desenho foi dirigida por Guillermo Del Toro. Além de auto-referências, com personagens de seus próprios filmes, Del Toro brinca com outros clássicos do terror e do suspense.

Assista acima.

Os Simpsons
Os Simpsons
Os Simpsons

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B9 entrevista Chris Wedge, diretor da Blue Sky Studios

Encontros com profissionais da área de animação costumam ter uma cara bem específica. A imprensa é convidada a visitar o estúdios, vemos algumas cenas do filme (ou a obra completa, caso já esteja pronta), enchemos a pança num belo almoço temático e, inevitavelmente, visitamos baias de animação e salas de reunião onde os diretores, animadores e atores conversam com a gente. Não que isso seja ruim, mas parecia inevitável, afinal, não há sets reais na animação.

Bem, alguém resolveu fazer algo, no mínimo, inusitado. Há pouco mais de uma semana, fui discutir cinema no Jardim Botânico de Los Angeles! Pois é, o pano de fundo para as entrevistas de “O Reino Escondido” (Epic) foi a bela vegetação e, claro, os animais do Los Angeles Arboretum.

Tudo fez sentido, afinal, “O Reino Escondido” é todo ambientado na floresta, num mundo mágico e natural no qual os honrados leafmen lutam contra os melequentos boggins para manter a putrefação arbórea em xeque. A ideia da Fox, que está lançando o filme em Blu-Ray, DVD e formatos digitais, foi boa e até gerou momentos engraçados, como, por exemplo, um bando de jornalistas de diversas partes do mundo visitando a “Viela do Beija-Flor” esperando pela invasão dos passarinhos e nenhum deles resolveu aparecer!

O ponto alto do dia – que contou com exposição de aranhas, besouros, baratas, centopeias e outros insetos ligados ao filme – foi a entrevista com Chris Wedge, o diretor dessa animação, que sempre será lembrado por comandar “Era do Gelo”. Ele também dirigiu “Robôs” e faz a voz do esquilo Scrat na série pré-histórica.

Bati um papo com ele para falar sobre criatividade, animação independente e tecnologia. Clique no player abaixo para assistir à entrevista exclusiva com Chris Wedge.

Gostou da ideia de entrevistas em vídeo? Deixe seu comentário!

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Animação da Anesvad alerta sobre a exploração infantil

Em 2009, o preço mínimo de um iPod Touch – lançamento daquele ano – era US$ 199. Estamos falando de 2009 porque foi neste ano que muitas pessoas ficaram chocadas com uma cena de Bruno, filme de Sacha Baron Cohen, em que o protagonista “troca” uma criança africana por um iPod. De volta a 2013, a Anesvad – uma ONG de direitos humanos da Espanha – informa que no Sudeste Asiático, o preço médio para se comprar uma pessoa é US$ 90.

Sim, você leu direito: comprar. É difícil dizer o que foi mais chocante de se escrever no parágrafo acima: se foi o fato de o comércio de pessoas ainda ser uma realidade em pleno século 21 ou se foi a constatação de que hoje em dia, a vida de um ser humano custa muito menos que um iPod. Fato é que há pessoas lutando contra o tráfico de seres humanos e esta é a mensagem de Don’t let Anyone Make Up Their Smile, animação da Hopper-ink, de Bilbao, para a Anesvad.

Segundo a ONG, mais de 27 milhões de pessoas vivem em regime de escravidão atualmente. Deste número, mais de 25% são crianças, obrigadas a se prostituir. A meta é, com a ajuda de doações, evitar a exploração infantil, oferecendo  às famílias abrigo e cuidados médicos e psicológicos.

É uma animação singela, bem-feita e com uma mensagem importante.

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62 ilustradores, 14 músicos e um Doodle Project

A gente já viu por aqui alguns projetos coletivos, reunindo artistas do mundo inteiro, alguns com resultados mais interessantes que outros. É o caso de The Doodle Project, experimento organizado pelo animador argentino Dante Zaballa, que reuniu 62 ilustradores e 14 músicos para criar uma animação pouco mais de cinco minutos.

Em seu site, Dante explica que o projeto começou pequeno e despretensiosamente, quando ele resolveu animar um de seus desenhos. “Pensei em mandar alguns quadros individuais para amigos, para que eles pudessem desenhar um personagem neles. Também tive a ideia de mandar para algumas pessoas que eu admiro, mas não conhecia pessoalmente”, conta.

Foi assim que The Doodle Project começou a crescer até chegar ao número impressionante de pessoas envolvidas, criando o que o animador descreveu como um abraço em grupo. Cada artista ficou encarregado de customizar uma sequência de 18 segundos, e o resultado ficou demais. Confira.

 

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Deutsch LA usa técnica de Take on Me em novo filme da Volkswagen

Em 1985, o A-Ha lançou Take on Me, um videoclipe completamente fora dos padrões da época. A combinação de stills, sequências animadas e live action rendeu ao grupo seis estatuetas no MTV Music Awards. Rendeu também um reconhecimento que dura até hoje, afinal, independentemente de se gostar ou não do trio norueguês, é preciso admitir o clipe é um clássico. Tão clássico que até serviu de inspiração para a Deustch LA, que usou as mesmas técnicas em Feeling Free.

Assim como o protagonista do filme, é capaz de em algum momento você já ter se imaginado dentro do clipe do A-Ha, enquanto cantarolava a música despreocupadamente. É mais ou menos assim que segue a ação deste divertido comercial.

Com direção de David Shane, Feeling Free utilizou a mesma técnica de filmagem de Take on Me: primeiro, os atores e os veículos foram filmados – sem a preocupação com detalhes de iluminação ou som -, para depois serem transformados em animação. O resultado vale o play.

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Thriller ganha versão em stop-motion feito com Lego

Lá se vão quatro anos desde que Michael Jackson morreu, mas o cantor continua sendo notícia. Há algumas semanas, por exemplo, o Felipe Cotta contou aqui que os membros remanescentes do Queen estão trabalhando em gravações de duetos com Freddie Mercury feitos há 30 anos. Mas o fato é que grandes estrelas como Michael Jackson nunca deixarão de ser lembrados – para o bem e para o mal – e até homenageados, como neste stop-motion assinado pela animadora Annette Jung, da Talking Animals.

Utilizando peças de Lego, ela recriou as cenas iniciais de Thriller, com direito até à transformação de MJ em lobisomem. O resultado ficou bem legal, mas é impossível não pensar no trabalho que essa brincadeira deve ter dado.

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No começo do ano, Annette já havia arriscado uma outra homenagem ao cantor, também utilizando peças de Lego em um stop-motion que destaca os principais passos de dança do artista. Vale o play.

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Chipotle retorna com nova campanha sobre a cruel industrialização da comida

A Chipotle fez de novo. Após um dos grandes comerciais do nosso tempo, “Back To The Start”, que rendeu inclusive GP de Film em Cannes Lions, a rede de restaurantes apresenta uma nova campanha.

A peça principal é um jogo para iOS chamado “The Scarecrow”download gratuito – que, repetindo o tema anterior, aborda a industrialização da comida, onde as pessoas financiam o abuso e crueldade de forma invisível. Você controla um espantalho em uma fábrica controlada por corvos, a Crow Foods.

Chipotle

Para acompanhar o aplicativo, uma incrível e tocante animação criada pela Moonbot – a mesma do Oscarizado “The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore” – que começa em um cenário sombrio e sem esperanças para apresentar a solução sustentável e conceito trabalhado pela Chipotle.

Novamente, a trilha é destaque. Uma versão da música “Pure Imagination”, do filme “A Fantástica Fábrica de Chocolate”, feita pela Fiona Apple. Para quem não se lembra, em “Back To The Start” tivemos um cover “The Scientist” na voz de Willie Nelson, e repetindo a estratégia, a música estará a venda na iTunes Store, com parte da renda revertida para a Chipotle Cultivate Foundation.

Chipotle

Dá gosto de ver esse assunto ser finalmente abordado de forma ampla, ainda que cheio de eufemismo e sem a solução ideal. Mas já é um caminho para conscientizar as pessoas, estimulando que procurem marcas e produtos éticos.

Assista abaixo o trailer do jogo, e acima a animação. Criação da agência CAA Marketing.

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