E se a manhã de Natal fosse filmada através dos olhos de diferentes diretores famosos? Com “The Auteurs of Christmas”, a Fourgrounds Media responde, brincando com os estilos marcantes de cada cineasta.
Steven Spielberg, Wes Anderson, Woody Allen, Lars Von Trier, Martin Scorsese, Michal Moore, Werner Herzong, Stanley Kubrick e Baz Luhrmann estão entre os parodiados.
Todo mundo diz que Natal é tempo de compartilhar, mas isso geralmente não vale para a fila do táxi. Que o digam os passageiros de Congonhas.
Em Roma, a Coca-Cola resolveu testar a boa vontade das pessoas. Ofereceu um táxi de Natal pelas ruas da cidade, que indicava através do painel luminoso qual era o destino do passageiro que estava dentro do carro.
Já que era o mesmo caminho, qual o problema de compartilhar?
Dezembro é uma época do ano em que as pessoas estão muito mais dispostas a compartilhar e doar, mas a verdade é que há pessoas precisando de ajuda o ano inteiro. É daí que a frase de Anne Frank utilizada pela dupla Robert Glassford e Daniel Zucco – também conhecida com Mr. Kaplin – na animação Damp Spirits, a Christmas film deveria servir de lembrete para todos nós:
“Ninguém nunca se tornou pobre por doar”
A animação, muito bem executada, foi feita para ajudar a entidade Shelter a levantar doações e conscientizar as pessoas sobre o trabalho realizado por eles no Reino Unido. Além de um trabalho de enorme sensibilidade, é daqueles que enchem os olhos.
Recentemente, o Google lançou o serviço Helpouts. Funciona igual o Hangouts que você já conhece, mas aqui com a proposta de oferecer ajuda profissional para os usuários em tempo real.
É possível solicitar o auxílio de experts em diversas categorias diferentes. Apesar de algumas sessões serem gratuitas, a maioria é paga, cobradas por tempo. 20% fica para o Google, e o restante para o especialista.
Em um novo e doce comercial de Natal, o Helpouts é demonstrado com a história de um Papai Noel. Ele se conecta com o serviço do Google para conseguir costurar sua roupa, fazer biscoitos e até melhorar seu “Ho! Ho! Ho!”. Porém, esse é só o começo do desafio.
Scientifically Accurate, ou Cientificamente Preciso, é o nome de uma série de curtas de animação lançada este ano pela galera do Animation Domination High Def. A ideia é fazer uma análise científica de algumas situações mostradas na ficção, mas que nunca poderiam acontecer no mundo real. O episódio mais recente foca, é claro, no Papai Noel.
Esqueça a magia que envolve Papai Noel e pense apenas no ponto de vista científico da coisa. Enquanto a música narra coisas que poderiam ocorrer, como renas pegando fogo, um trenó viajando em uma velocidade supersônica e o bom velhinho virando mingau, as imagens mostram um rastro de destruição que tudo isso poderia deixar no mundo. Isso se o mundo não fosse completamente aniquilado, é claro…
Eu sou um entusiasta de músicas de Natal. Quando era criança era disparada a minha época preferida do ano, mas quando me tornei um adolescente-revoltado-com-o-sistema andei brigado com o velho batuta.
Depois que fui morar em países onde efetivamente neva comecei a retomar o hábito de colecionar músicas natalinas, especialmente aquelas não depressivas, não corno. (tenho até uma playlist no Spotify dedicada a essa abordagem #momentojabáabsurdo)
Só que música de Natal no Brasiu siu siu sempre foi complicado. Neve? Trenó? Boneco de neve melhor amigo de uma rena? Lareira quentinha? Aqui é verão, cara!!! Só nos sobrou a Simone, o Roberto Carlos e um monte de gente simplesmente traduzindo músicas gringas.
Por isso fiquei bem feliz quando o pessoal da Panela me contou que estavam lançando um CD (ou álbum… ou uma playlist no iTunes… ou o que quer que a garotada juvenil conectada ouça hoje em dia) com composições inéditas de músicas de Natal com a cara tropical do nosso país.
Pode preparar a luzinha colorida porque é Natal
Pode colocar a uva passa na comida porque é Natal
O disco (vendido no formato físico pra quem é de botar debaixo da árvore e digital também pra quem é de levar no bolso) fala do fim do ano em vários ritmos com sotaque brasileiro, especialmente na minha música preferida, cantada pela Lulina, no vídeo acima.
Fica aqui o meu apoio para esse gesto que é pequeno pequeno — feito não só para vender disco mas também pra divulgar o trabalho da produtora de áudio — mas que é um movimento bem legal para encontrarmos nossa identidade nessa data universal que acima de tudo fala de estarmos com as pessoas que gostamos, nos preparando para o ano que vem aí — sem forçar a barra com coisas tipo “Abaixo o halloween, viva o dia do Saci!”
Um pouco de humor negro não faz mal a ninguém, especialmente na reta final do ano. Animador irlandês radicado no Canadá, Eoin Duffy resolveu criar seu próprio conto de Natal, com humor e delicadeza. Isso não significa, entretanto, que Snowflake garanta um final feliz para o protagonista.
Para quem ainda não conhece o trabalho de Duffy, vale a pena dar uma olhada em seu site. Nos últimos anos, ele tem participado de diversos festivais, e ficou bastante conhecido pela bela (e premiada) animação The Missing Scarf.
Todo ano, na véspera de Natal, o desenho Santa’s Workshopé exibido pela tevê sueca. A tradição é tão forte no país que estima-se que o clássico da Disney de 1932 chega a ser visto por cerca de 5 milhões de pessoas. Levando-se em conta que a Suécia tem aproximadamente 9 milhões de habitantes, é só fazer as contas. Daí que este ano, a Duracell resolveu prestar uma homenagem à animação com uma releitura protagonizada, é claro, pelo coelho-símbolo da marca.
Com criação da Grey London e direção de Andreas Öhman, da Acne Productions, Meanwhile in Bunny’s Workshop – A Duracell Christmas Tribute mostra que, enquanto as crianças aguardam a visita de Papai Noel, na oficina do coelho a jornada só está começando.
A Dubbelman & Dubbelman assina a re-orquestração da música original, composta por Schubert.
Vem do Reino Unido uma das ações mais bacanas deste fim de ano. Em parceria com a Abbott Mead Vickers BBDO, a Kids Company instalou uma loja pop up em Londres que está funcionando a todo vapor para atender os pedidos de Natal de crianças em situação de risco. Print Happiness é o nome do projeto que usa uma impressora 3D para criar brinquedos em tempo real, com transmissão live stream no YouTube até amanhã.
Com ajuda de doações do público, a AMV BBDO está usando seis impressoras Ultimaker 3D para oferecer às crianças atendidas pela Kids Company um presente para abrir na manhã de Natal.
O público participa via mensagem de texto, que equivale a uma doação de £5, escolhendo um entre os modelos de brinquedos disponíveis na ação.
Smartphones estão tão presentes em nossas vidas que muitos de nós não sabemos mais nem como interagir sem eles. Basicamente, o que mostra a Apple nos primeiros 40 segundos de Misunderstood, comercial que retrata um adolescente com os olhos vidrados na tela de seu iPhone o tempo inteiro que antecede a manhã de Natal. A impressão que se tem é que ele está ignorando sua família, mas nem tudo é o que parece.
É na manhã do dia seguinte, quando a família inteira se reúne para abrir os presentes, que ele liga a televisão e explica a razão de não ter largado seu iPhone um só minuto: a produção de um vídeo caseiro mostrando momentos do Natal da família Harris.
A Apple acertou em cheio ao humanizar a tecnologia, transformando um dos maiores motivos de reclamações de quem convive com pessoas que só interagem com seus smartphones em uma boa surpresa. Pena que, na realidade, o desfecho está longe de ser igual ao de Misunderstood.
Além do comercial acima, também é possível ver o filme “produzido” pelo garoto, que segundo a descrição no YouTube foi todo feito com o iPhone 5s.
Para muitas pessoas, as festas de fim de ano costumam ser uma época complicada, em que é preciso lidar com situações pouco agradáveis e cansativas. A agência The Viral Factory resolveu reunir estes episódios em um filme para a seguradora Hiscox, revelando aquelas 10 mentirinhas que em algum momento todos nós contamos no Natal, em nome da paz e da felicidade daqueles que amamos.
Apesar de não ser uma ideia nova, acaba criando uma identificação com o público – afinal, quem nunca se viu tentando convencer uma criança de que Papai Noel existe ou fingindo que gostou de um presente, só para não magoar o outro? E mesmo com tantas mentirinhas, a verdade – nada surpreendente – sempre acaba prevalecendo no final.
Se você já ouviu o Braincast 94 (O Ano das Polêmicas), certamente está sabendo do recado dado pelo Guga Mafra, pedindo que as pessoas doem sangue. Apesar de os hemocentros necessitarem de sangue o ano inteiro, é nesta época do ano que os estoques precisam ser reforçados, em função do aumento do risco de acidentes em estradas, por conta das férias. O fim de ano também é propício para que a gente dê um passo além do consumismo e ofereça, neste Natal, um presente essencial para muitas pessoas, como define a NHS Blood and Transplant.
No ar desde meados de novembro, This Year’s Must-Have Gift tem criação da DLKW Lowe, com produção da Independent Films. O filme mostra diversas crianças contando o que gostariam de ganhar neste Natal – brinquedos, dinheiro, gadgets…
O pedido mais importante, entretanto, é feito por uma garotinha de 5 anos, que necessita de transfusões de sangue a cada quatro semanas. Realmente, não tem como negar que doar sangue é o presente mais incrível para este Natal….
Em algum momento, todos sabiam que isso acontecer: Papai Noel finalmente se rendeu à tecnologia. E, na campanha criada pela UM London para a Windows do Reino Unido, é claro que este foi o sistema operacional escolhido pelo Bom Velhinho para gerenciar os preparos para o Natal, tudo registrado em uma websérie de três episódios, cada um com pouco menos de 5 minutos.
Com direção de Ian Curtis e produção da Rockabox, Santa’s Christmas Story aposta no bom humor para mostrar Papai Noel usando um tablet com Windows e aproveitando os recursos dos aplicativos como Bing, Skype, Microsoft Office e Xbox Music para se organizar. Na hora em que ele precisa de uma ajudinha dos amigos, nada melhor do que usar redes sociais.
Apesar de em alguns momentos lembrar bastante algumas campanhas do Google ao mostrar a tecnologia sendo aplicada em situações reais (ou quase, neste caso), os dois episódios de Santa’s Christmas Story que estão no ar estão muito bem feitos e divertidos.
Ian Curtis optou por humanizar Papai Noel, mostrando que ele também enfrenta alguns problemas nesta época do ano (como por exemplo a greve dos elfos), e que em se tratando de gatinhos fofos na internet, nem ele resiste.
A Oreo mandou muito bem este ano com Wonderfilled, campanha criada pela The Martin Agency que soube combinar música original com animações simples, mas belas. Agora, a mesma agência assina Oreo Cookie Balls, mais um videoclipe animado para marcar as festas de fim de ano.
A música natalina em ritmo de hip hop tem interpretação de Jinx, um artista pouco conhecido que conseguiu deixar a sua marca na trilha sonora.
Pra variar, marca e agência mandaram muito bem. De novo.
Christmas in LA é o nome do novo single natalino da banda The Killers, com videoclipe estrelado por Owen Wilson e a participação especial de Harry Dean Stanton. Produzido em apenas três semanas por estudantes da Brigham Young University, de Utah, o vídeo mistura live action e animação para contar a história de um ator tentando ganhar a vida em Los Angeles. Por conta disso, entretanto, ele sacrifica a convivência com as pessoas que ama.
O resultado ficou bastante interessante, sem contar que o projeto é de especial importância. Christmas in LA dá continuidade à tradição do The Killers de lançar, sempre na época do Natal, uma música que tem a renda revertida para a RED, que mantém um fundo global para a luta contra a Aids. A parceria teve início em 2006, quando a entidade foi fundada. O single é vendido com exclusividade na iTunes, mas não está disponível na loja brasileira.
Não importa o quanto a gente seja (ou esteja) conectado. Em algum momento, sempre bate aquela solidão. No caso de muitas pessoas, isso costuma acontecer durante as festas de fim de ano, razão pela qual a Ikea lançou a plataforma online No Empty Chairs at Christmas. Criada pela BBDO de Zurique, a ferramenta se propõe a unir pessoas que estão sozinhas neste fim de ano, com dois tipos de perfil: anfitriões e convidados.
Como uma espécie de rede social, os usuários fornecem algumas informações básicas, para que seja possível encontrar as melhores combinações: idioma, localização, com ou sem crianças… A criação do perfil permite que os participantes também façam o upload de suas fotos e escrevam um pequeno texto.
A ideia, entretanto, não é criar casais, mas grupos de pessoas com algo em comum que possam compartilhar alguns momentos no Natal, preenchendo aquelas cadeiras que normalmente ficariam vazias…
Apesar de ser uma iniciativa bacana, não deixa de ser um risco ir sozinho à casa de alguém que não se conhece. É por isso que há um disclaimer nos termos e condições, alertando que a Ikea não se responsabiliza pelas decisões dos usuários de receber ou ir à casa de alguém. As inscrições vão até 26 de dezembro. Quem sabe depois disso, a agência não lança um video-case contando os resultados…
O Greenpeace já tinha se aproveitado desse expediente no ano passado, quando colocou a casa do Papai Noel à venda. Em 2013, A ONG repete a mensagem sobre o derretimento do Ártico, agora com um vídeo do “próprio” Santa pedindo ajuda e revelando que colocou o presidente Obama e Putin na lista das crianças que não merecem presente.
O apelo direciona para o site savesantashome.org, onde as pessoas podem assinar uma petição cobrando medidas para salvar o Pólo Norte. Pode não ser uma ideia original, mas certamente é particularmente efetiva nessa época do ano.
Se você já assistiu à Família Soprano ou Os Bons Companheiros (talvez Rizzoli & Isles) no original, sem dublagem, provavelmente vai reconhecer de imediato a voz rouca de Lorraine Bracco, a narradora de Holiday Tree Topper, o simpático filme de Natal da Netflix. Em 60 segundos, somos apresentados à família McDermont e passeamos por alguns momentos dos 34 natais vivenciados pela ponteira da árvore e toda a loucura, brincadeiras, bagunça e peças pregadas pelos donos da casa.
Mas no final das contas, é claro que tudo acaba compensando – até mesmo quase ser esmagada por uma bola de boliche, que as crianças encontraram no sótão, ou ainda sufocar com a fumaça do inhame queimado da tia Ruth -, porque em algum momento, a família se une para compartilhar a programação do Netflix (o que lembra um pouco a proposta do Canal+). É isso que faz o enfeite sorrir – apesar de o sorriso já estar pintado em sua cara.
Em março deste ano a Three apostou em um pônei de Shetland dançante para conquistar o público na internet, em uma campanha criada pela Wieden+Kennedy. O resultado é que #DancePonyDance se tornou um dos comerciais mais compartilhados do ano, segundo o Viral Video Chart. É claro que, levando todo esse sucesso em conta, não é surpresa que o personagem está de volta para alegrar o fim de ano dos fãs com uma edição natalina.
The Pony at Christmas é praticamente igual ao filme original, mas tem por objetivo divulgar o hotsite The Christmas PonyGifter. Nele, os usuários podem escolher um dos três filmes abaixo e enviá-los com uma mensagem para os amigos, como se fosse um cartão de Natal.
Mesmo sendo uma dessas bobeirinhas da internet – afinal, este é o propósito da campanha -, não deixa de ser engraçadinho.
O que é o Natal, para você? Para cada pessoa, assim como para cada marca, a festa tem um significado diferente. No caso do Canal+, Natal é a época de se ficar com a família, de preferência em frente à televisão, compartilhando a “irresistível programação de fim de ano” do canal. Pelo menos é a mensagem proposta por The Wise Man, filme criado pela BETC Paris que traz uma nova versão para a Natividade.
Com produção da The Glue Society/Wanda e direção de Gary Freedman, o comercial mostra um dos reis magos perdido no deserto, tentando encontrar o caminho para Belém. Ao anoitecer, entretanto, a Estrela de Belém finalmente aparece no céu e ele consegue se localizar. Ao chegar ao estábulo, entretanto, a história é um pouco diferente daquela contada tradicionalmente.
O filme entrou no ar hoje, mas é difícil prever como ele será recebido pelo público. Pode ser que algumas pessoas se sintam ofendidas com o tratamento dado ao assunto, enquanto outras encarem tudo com humor. Uma coisa é certa: tanto o cliente quanto a agência não tiveram medo de se arriscar com uma ideia. É esperar para ver.
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Post originalmente publicado no Brainstorm #9
