Selfie, uma prática que desconhece limites

Seria a falta de noção a grande epidemia do século 21? Foi exatamente esta a pergunta que me fiz ao ler a notícia de que um jovem teria quebrado a perna de uma estátua do século 19, na Academia de Belas Artes de Brera, em Milão. O fato ocorreu quando um “estudante de intercâmbio” teria sentado no colo da imagem do “Sátiro Embriagado” para tentar fazer uma selfie, segundo informações da administração do museu. É daí que eu volto a perguntar: seria a falta de noção a grande epidemia do século 21?

Ao longo da história, o mundo foi assolado por inúmeras epidemias: varíola, Praga de Atenas, malária, lepra, peste negra, sífilis, tifo, cólera, Gripe Espanhola, Aids, Gripe Aviária… mais recentemente, até a obesidade passou a ser considerada uma epidemia, por conta do excesso de alimentos processados em nossa dieta.

E se a obesidade pode ser encarada como uma epidemia resultante dos excessos que passaram a fazer parte do nosso cotidiano, então não seria errado concluir a “falta de noção” também se encaixa nesta definição, já que sua ausência nos leva a cometer diversos excessos no dia a dia, muitas vezes levados pelas razões (?) mais absurdas.

As “noções” que temos em relação ao mundo variam muito de cultura para cultura, geração para geração, família para família, pessoa para pessoa

É claro que as “noções” que temos em relação ao mundo variam muito de cultura para cultura, geração para geração, família para família, pessoa para pessoa. Algumas coisas, entretanto, são básicas. Coisas que certamente você ouviu em algum momento da sua vida, como “seu espaço termina onde começa o meu” ou ainda “não faça com os outros o que você não gostaria que fizessem com você”. Elementar, não, meu caro Watson?

Nem tanto. Para uma pessoa conseguir aplicar esses conceitos básicos em sua vida, ela teria de ser capaz de perceber, entender e compartilhar as experiências, sentimentos e emoções das pessoas ao seu redor. Seria necessário ser capaz de exercitar a empatia.

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O “Sátiro Embriagado”, obra da Academia de Belas Artes de Brera

O que a empatia tem a ver com isso?

Digamos, então, que a empatia seria uma espécie de ponto de partida para termos um pouco de noção sobre o mundo ao nosso redor. Seria como perceber que determinadas coisas que fazemos podem afetar o outro de uma maneira muito diferente do que nos afeta. É como quando você faz algum comentário e não percebe que aquilo pode ofender alguém, porque a princípio você não considerou isso ofensivo.

Digamos, então, que a empatia seria uma espécie de ponto de partida para termos um pouco de noção sobre o mundo ao nosso redor

Infelizmente, ninguém está livre de cometer alguns escorregões ao longo do caminho – a mídia está repleta de exemplos e tenho certeza de que todos nós temos alguma história para contar sobre algo desse tipo. O problema é que nem sempre conseguimos perceber isso, talvez porque nossos níveis de empatia tenham passado por um franco declínio nos últimos 30 anos, conforme constatou um estudo conduzido por Sara H. Konrath, na Universidade de Michigan.

A pesquisadora avaliou que a empatia “auto-declarada” por 14 mil estudantes da universidade tem diminuído desde 1980, mas nos últimos 10 anos a queda registrada foi abrupta: 75% dos participantes se avaliaram como menos empáticos do que a média de três décadas atrás. Apesar de não haver uma única justificativa para esse declínio, os estudiosos têm algumas teorias, sendo uma delas o aumento do isolamento social, cada vez mais comum para muitas pessoas.

“Para piorar, durante o mesmo período o narcisismo ‘auto-declarado’ dos estudantes alcançou níveis mais altos, de acordo com uma pesquisa de Jean M. Twenge, psicóloga da San Diego State University”, aponta a matéria publicada pela Scientific American em dezembro de 2010.

No funeral de Mandela, a selfie mais criticada dos últimos tempos

No funeral de Mandela, a selfie mais criticada dos últimos tempos

Narcisismo em alta

Isolamento social, empatia em declínio, narcisismo em alta… E a palavra do ano em 2013 é “selfie”. Mas, será que dá para jogar toda culpa nessa moda?

Fotografar a si mesmo não é uma exclusividade da era digital. Vira-e-mexe aparecem imagens antigas, feitas em câmeras analógicas, e que em tempos mais recentes acabaram recebendo o nome de “selfie”. E, de tão populares, tornaram-se alvo de críticas – Barack Obama e outros políticos no funeral de Nelson Mandela é um exemplo -, mas também de oportunidades – como pudemos ver no Oscar, com Ellen DeGeneres reunindo algumas das principais estrelas da atualidade em uma selfie registrada com um Galaxy, e fazendo Samsung e Twitter rirem à toa.

Ainda assim, a lista de furadas é gigante – algumas das piores estão reunidas em uma página no Facebook chamada Selfie Gone Wrong -, razão pela qual vez ou outra sites como o Mashable reúnem dicas para não errar na hora de se fotografar e compartilhar. Coisas óbvias como olhar ao redor, ser discreto e estar preparado para as reações das pessoas estão ali.

Após a perna quebrada do “Sátiro Embriagado”, na Academia de Belas Artes de Brera, eu incluiria na lista “não se sentar em estátuas do século 19 ou em qualquer outra obra de arte ou objeto histórico”. Mas é só uma sugestão.

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No Oscar, o sucesso da selfie de Ellen

“Você é uma doença. E eu sou a cura”

Piadinhas à parte, apesar de este texto ter sido inspirado por uma selfie, não acredito que o problema esteja na selfie em si, mas sim na falta de noção que as pessoas têm de uma maneira geral, inclusive quando estão tentando fotografar a si mesmas. A selfie é um sintoma dessa falta de noção consequente do nosso narcisismo, que é cada vez maior, e do nosso nível de empatia, cada vez menor. Para variar, tudo se resume ao ser humano, suas decisões e seu comportamento.

A selfie é um sintoma dessa falta de noção consequente do nosso narcisismo, que é cada vez maior, e do nosso nível de empatia, cada vez menor

Por mais que o museu tenha minimizado o fato, pelo menos aparentemente, dizendo que o valor da obra não era muito alto e que ela já foi encaminhada para a restauração, ela tinha a sua importância, ou não estaria em exibição no local – o que me fez lembrar daquela frase atribuída a Oscar Wilde que diz que “hoje as pessoas sabem o preço de tudo e o valor de nada”. E se isso já rolava lá no século 19, imagine o que ele não diria hoje.

Será que a partir do momento em que adota uma política de “shit happens”, o museu não está abrindo um mau precedente? Ou será que de fato não há razões para nos preocuparmos com a crescente falta de noção das pessoas e simplesmente devemos relaxar e aceitar isso como uma consequência do processo evolutivo(?) do ser humano?

Ao meu ver, acredito que o assunto merece, sim, atenção e um pouco de reflexão da nossa parte, independentemente das conclusões que possamos chegar. Afinal, estamos todos interligados e, mesmo que nossa empatia esteja em declínio, isso não quer dizer que o que os outros fazem não nos afete em algum momento. Quem sabe, assim, a gente também consegue recuperar um pouco da nossa noção perdida…

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Benefit: homens de verdade não fingem

Se você já leu ou assistiu a algum tutorial de maquiagem, já deve ter percebido que a mulherada tem uma obsessão declarada pelos chamados cílios de boneca. A maioria de nós quer ter cílios longos, volumosos e tão curvados quanto os de Betty Boop que, convenhamos, não é real. Sorte da indústria da beleza, que aproveita e até estimula esta ideia criando produtos capazes de entregar o efeito desejado de cílios falsos instantâneos. E é exatamente nesta “falsidade” que a marca de cosméticos Benefit resolveu mirar ao apresentar uma máscara que promete valorizar os cílios reais das mulheres, na campanha Real Men Don’t Fake.

Antes de apertar o play no vídeo acima, tente se lembrar de quantas vezes você já viu a mulher ser tratada como um objeto na publicidade de produtos de moda e beleza. Quantas vezes elas apareceram seminuas – quando não totalmente -, ou contracenando com homens prontos para consumi-las como se fossem um pedaço de carne? Você ficou incomodado? Agora inverta os papeis e coloque homens no lugar de mulheres e vice-versa.

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Preciso ser sincera e dizer que, na primeira vez em que assisti a este vídeo, achei simplesmente idiota. Afinal, que mulher em sã consciência usaria uma máscara para cílios guardada na cueca alheia, mesmo que fosse o pacote (hein, hein) de alguma celebridade (os famosos: quem?), como dizia a descrição. Mas isso foi até os segundos finais, quando apareceu a seguinte frase:

“Rir é o melhor cosmético”

E isso faz total sentido. Lá fui eu dar uma nova chance e tudo começou a ficar mais claro. Não é idiota, pelo contrário. A agência Portal A fez uma jogada inteligente ao inverter os papeis aos quais estamos acostumados. Só que, para que tudo isso fizesse sentido, apostou no humor ao comparar os cílios femininos ao genital masculino, que aparece diversas vezes em close. Afinal, tanto as mulheres quanto os homens parecem estar preocupados demais somente com o tamanho de seus “atributos”, o que realmente é uma grande piada.

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Uma olhada rápida nos comentários, entretanto, comprovou que a maioria está preocupada demais em levar tudo tão a sério, que preferiu ignorar a piada. Teve quem classificou o filme de horroroso, nojento, estúpido, sexista, perda de tempo, querendo criar uma controvérsia… Mas o que vale, realmente, é que por mais tosco que tenha sido o tratamento dado, ele está conseguindo chamar a atenção. Algumas pessoas vão parar e pensar a respeito, outras não.

Uma boa máscara para cílios pode até ajudar a “abrir o olhar”, como costuma-se dizer. Mas no final fica a reflexão de que nenhum padrão de beleza deve ser levado tão a sério a ponto de nos cegar para o que realmente importa.

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Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Derrubando Verdades

O meio publicitário é repleto de verdades e mentiras. Existem muitos profissionais falando o que acham sobre o mercado, como vai ser no futuro, quais vão ser as novas tendências e o que temos que fazer agora. Mas o que será que realmente é verdade? O que está realmente por vir? Será que essas teorias não são apenas regrinhas inventadas?

Se aproveitando deste dilema, Fernando Diniz, head de planejamento da F.biz, divulga sua campanha para o prêmio Caboré, onde ele é indicado como Profissional de Planejamento do ano. Uma campanha feita para provocar o mercado e nos fazer pensar.

De forma inovadora, a campanha segue uma alternativa diferenciada ao publicar algumas dessas supostas verdades randomicamente em um Tumblr, o www.derrubandoverdades.com.br. Além dos posts randômicos, a plataforma da campanha também nos convida a decidir e discutir se elas realmente são verdades ou mitos.

Alguns exemplos de supostas verdades encontradas no site:

As pessoas se comunicam no meio digital de forma diferente.
A classe C só está no Orkut.
Quase ninguém usa o celular para navegar na internet.
O total de fás é a principal métrica para o sucesso de uma fan page.
Usar celebridades nas redes sociais é a melhor maneira de gerar engajamento para sua marca.
Agências digitais não sabem fazer estratégia de marca.

Ainda para a campanha, um artigo muito reflexivo escrito pelo Fernando Diniz foi publicado no jornal Meio&Mensagem: “Quanto tempo dura uma verdade?” . Vale a leitura!

Para conhecer mais sobre ele, clique aqui! E para votar nele como Profissional de Planejamento no Caboré 2011, clique aqui!

Nós (Bruno Delfino e Gabriel Jacob), como planejadores da F.biz, companheiros de trabalho e amigos do Fernando Diniz, vivenciamos e aprendemos muito tudo isso no nosso dia a dia do trabalho, pensando para o negócio dos nossos clientes, e não para as plataformas digitais, guiados por uma visão estratégica que o Diniz sempre se preocupou em compartilhar com todos nós, da sua equipe. Por isso apoiamos a iniciativa e sentimos orgulho de ser um dos 20 loucos que ele mencionou no artigo do M&M. :)

O futuro dos filmes

É impressionante como é grande o número de notícias sobre o universo de filmes que tenho visto ultimamente. Não sobre os filmes em sí como Batman, Tropa de Elite ou Gigantes de Aço. Estou falando sobre a forma como assistimos filmes e seriados.

Foi-se o tempo onde íamos a locadora, alugávamos uma fita VHS, assistíamos em casa e depois disso rebobinávamos para entregar no dia seguinte. Hoje em dia existem milhares de canais e meios para se assistir filmes. E isso tem revolucionado o mercado e preocupado muitas as empresas e estúdios. A briga começou.

Quer assistir um filme? Você pode alugar na locadoras do bairro ou pela internet, assistir na TV Paga, ir ao cinema, assistir utilizando o videogame, assistir pelo streaming, baixar filmes, comprar no camelô, assistir no tablet e por aí vai.

Com a chegada da Netflix no Brasil as pessoas estão conhecendo e explorando ainda mais o serviço de streaming de filmes on-line, um mercado que está expandindo muito ultimamente. Aqui no Brasil o serviço também é oferecido pela NetMovies, que também conta com aluguel e delivery de DVDs.

Lá fora, a Netflix perdeu 800 mil assinantes depois de uma tentativa de criar outra marca para o serviço de entrega de DVDs. Isso fez com que outros serviços concorrentes ganhassem mais mercado, entre eles a Amazon Prime Instant Video, Blockbuster On Demand, Hulu e iTunes.

Além dessas grandes movimentações no mercado, duas outras notícias me chamaram a atenção essa semana.

Primeiro, o fato de que o Youtube está experimentando uma página de canais com conteúdos exclusivos, em parceria com artistas, cantores e outras empresas de entretenimento. E na minha opinião, se o Youtube entra nessa briga, ele vai destruir todo mundo com uma bomba atômica.

E já não bastasse tudo isso, os estúdios de cinema não querem ficar para trás e estão tomando medidas para não perder mercado. Os estúdios Warner Bros., Lionsgate, Universal, Miramax e Paramount estão criando aplicativos para o Facebook e distribuindo seus filmes de várias formas através da rede social.

A internet mudou a forma como nós assistimos filme. E ainda vai mudar muito. David Hsieh, VP de Marketing, Vídeo e Tecnologias Emergentes da Cisco disse que os vídeos serão responsáveis por 90% do tráfego da internet em 3 anos. Os vídeos fazem parte dos usuários de internet do mundo inteiro, e vai ser cada vez mais presente na vida deles.

Nessa nova onda de filmes, tecnologias, canais e serviços, quem não se adaptar e inovar vai ficar para trás. Acredito que muita coisa vai surgir e já está surgindo por aí.

Mas as perguntas que ficam são: qual o futuro da industria do entretenimento cinematográfico? O que será que vai acontecer? Quem vai se dar bem? Como os anunciantes podem tirar vantagem disso?

Toda essa história ainda vai dar um filme.

Obrigado, Steve Jobs!

Impossível não reservar um espaço aqui para homenagear aquele que contribuiu, e muito, para a nossa sociedade, direta ou indiretamente. Um homem simples, porém ambicioso, criativo e inovador.

Diferente do que muitos acreditam e mesmo afirmam, Steve Jobs não mudou a tecnologia. Mudou a nossa vida através da tecnologia. Mais que um pensador, um realizador do século.

Conseguiu o que muito poucos conseguiram até então: Tornou sonhos em realidade, traduzida em produtos e serviços que, de forma mágica, transformam o modo como a gente vê e se relaciona com o mundo.

Walt Disney dizia: “Se você pode sonhar, você pode fazer“. E está é a frase que, pra mim, melhor representa Steve Jobs.

Ele hoje partiu para outro universo, mas seu legado ficará para sempre, inspirando muita gente a não temer qualquer mudança ou revolução que pode ser muito melhor para todos nós e tudo aquilo que nos envolve.

Muito orgulho de viver no seu tempo.

Obrigado, Steve Jobs!

Engajamento. Modere na expectativa

As marcas e as agências estão vivendo o período mais experimental de todos os tempos. Um bom cenário para nós que precisamos inovar para construir diferenciação e estar a frente do tempo diante das constantes inovações tecnológicas que transformam naturalmente os hábitos das pessoas.

Mas existe um equívoco enorme que ocorre nesse atual momento da comunicação quando o objetivo estratégico é conseguir o engajamento do público, que hoje não mais só recebe conteúdo como também participa dele.

Acontece que muitos profissionais de marketing e comunicação, que aprovam e criam ideias denominadas por eles mesmos como inovadoras, pecam quando crêem que o engajamento das pessoas com uma peça, campanha ou ação é simples de ser adquirido.

As pessoas participam, sim, mas isso acontece apenas quando existe um estímulo realmente interessante acompanhado de alguma recompensa, seja ela tangível ou não.

Além do mais, esse grupo de consumidores da “geração upload” é imediatista e gosta daquilo que é simples, portanto, se o call-to-action demandado envolver complexidade, mesmo que pouca, eu me arrisco em afirmar que será nula a participação, e os resultados podem ser fatais para toda a estratégia de marketing.

Mesmo gastando rios de dinheiro com mídia para levar as pessoas até aquele ambiente em que o engajamento é proposto, não será esse o estímulo que fará com que as pessoas de fato participem. Imagina quanto dinheiro pode ser desaproveitado, então, quando a (falsa) promessa feita ao cliente for gerar mais do que awareness?

O que estou falando é tático, mas muito sério. E, independente de engajar ou não, vale lembrar a comunicação precisa, acima de tudo, conscientizar as pessoas sobre os valores de uma marca empregando à essa comunicação um código que culturalmente fará a sociedade se identificar. A consequência disso será cumprir o papel que o objetivo de comunicação tem como suporte para o objetivo de negócio, que, na maioria dos casos, é conseguir bons resultados no ponto de venda. O engajamento que podemos e devemos sempre buscar, então, é outro: garantir que a comunicação estimule as pessoas a fim de conseguir como resposta o consumo daquele produto ou serviço anunciado. E, no melhor dos casos, fidelizar.

No mais e concluindo, são os objetivos de comunicação que darão sentido a vida de uma campanha ou qualquer proposta de comunicação. A serem definidos no início de tudo, esses objetivos são mais importantes do que a própria estratégia.

A superficialidade das “marcas digitais”

Os desafios presentes em todas as perspectivas da web colocam as marcas diante de um cenário social competitivo: Competir por fãs, seguidores, likes, comentários, opiniões e etc.

Ao observar os movimentos do mercado, percebo que a quantidade dessas interações parecem ser mais valorizadas do que a qualidade das mesmas. Ter muitos fãs no Facebook não significa que sua marca é legal.

Em primeiro lugar, a quantidade de pessoas envolvidas com uma marca na web, ou onde quer que seja, não significa muita coisa se ela não se relaciona bem com todas essas pessoas a ponto de construir um percepção positiva e, mais do que isso, duradoura.

O engajamento por parte do consumidor que segue ou é fã de uma marca está no nível de conexão com ela e a qualidade do conteúdo e experiências trocado por ambos: consumidor e marca. Isso sim é sinônimo de engajamento.

Em segundo lugar, as marcas precisam entender que vivem diferentes momentos e possuem diferentes posicionamentos.

São dois os cenários: o da aspiração e o da transpiração. Neste último, a marca precisa entender que demanda muito tempo e esforços estratégicos para ela construir um posicionamento capaz de gerar uma positiva identificação por parte do seu consumidor e, com isso, conquistar as pessoas de forma natural, na web.

Para uma marca aspiracional, que consegue organicamente atingir inúmeras pessoas no ambiente digital, é uma coisa. Outra coisa – muito diferente – é uma marca que deseja alcançar o mesmo volume gigantesco de interações sociais, mesmo não sendo ela aspiracional. E, assim, é que começa a surgir aquilo que eu chamo de superficialidade na presença e postura de uma marca no ambiente digital.

O problema é que são muitas as marcas que não entendem a existência desses dois cenários bastante distintos, o que as fazem criar estratégias que, a primeira vista, parecem geniais mas, no fundo, apenas geram buzz sem construir marca. Por outro lado, alguns consumidores curtem e seguem páginas por motivos banais e realimentam a ilusão de que aquele número é importante. Pensando nisso, até que ponto vale a pena continuar sendo mais uma marca que procura ter um milharal de fãs no Facebook?

Os profissionais de marketing das empresas estão vendados pela inovação. E isso os fazem querer competir por aquilo que não significa quase nada para a sua empresa, enquanto branding.

Por exemplo: Se o seu concorrente está no Twitter, não significa que você também precisa estar. Às vezes, você não nem deve estar ali.

Enquanto não houver um objetivo claro e bem definido (briefing), que colabore com posicionamento, as atuações de uma marca na web realmente não terão significado.

McLanche Infeliz

Post do leitor Bruno Mastrocolla.

Você compraria um carro batido ou um livro faltando páginas? Ou quem sabe se interessaria por um pastel de feira estragado ou por um pote de nutella pela metade?

Tenho certeza que qualquer ser humano em condições normais diria não as perguntas acima.

Na ultima sexta feira, dia 22, tive uma experiência um tanto quanto infeliz em uma grande rede mundial de restaurantes, o Mcdonalds. Tenho que confessar que, como estudioso e apaixonado pelo marketing moderno, essa dolorosa experiência me trouxe algumas reflexões.

Decidi fazer uma rápida refeição no McDonalds com a minha família, e como todo bom pai (mantendo a tradição familiar mundial), solicitei um McLanche Feliz (objetivando o brinquedo, é claro). É ai que a história começa, meus amigos. Qual nao foi a minha surpresa quando, ao abrir sanduíche, encontrei nada mais nada menos do que um sanduiche mordido.

Como defensor do Marketing de Guerrilha, minha mente logo sugeriu: Não seria uma forma genial de divulgar o novo filme dos Smurfs? Mas logo voltei à realidade de choque e me dirigi à loja. Logo que o gerente tomou conhecimento, não vacilou soltando um “Meu Deus”. Trocou o sanduíche em poucos instantes.

A grande motivacão deste post não é gerar discussão sobre o fato absurdo de receber um sanduiche mordido, porque sinceramente acredito que isso é um consenso coletivo. A questão aqui é discutir quais são as reais obrigações de uma empresa perante o consumidor em um momento de crise (se é que elas existem).

Recebi um email no sábado questionando a ocorrência, e 3 dias após a minha resposta recebi uma ligação de uma operadora de telemarketing pedindo desculpa (de forma não muito amistosa) e mencionando que este não era o padrão McDonalds (como se eu nao soubesse). Quando questionei se isso era tudo, ela rapidamente retrucou: “o que mais o sr. esperava?” Essa pergunta fez meu mundo parar por alguns segundos.

Segundo a Wikipedia, a marca McDonald’s existe em mais de 120 países, tem mais de 31.000 lojas ao redor do mundo que servem quase 50 milhões de clientes por dia.

Como uma marca que constuiu um império, apostando basicamente no estímulo ao consumo desenfreado das novas gerações por “junk food”, oferecendo brinquedos como a grande recompensa, não possui um plano estruturado para, em momentos de crise, oferecer pelo menos um profissional que tenha a competência de conversar de forma satisfatória e coerente com um consumidor que já é cliente há 2 décadas?

Eu ainda não estou convencido que a maior motivação da ligação e do contato não foi minha insatisfação, e sim os mais de 120 retweets conquistados no Twitter. E isso gera uma outra dúvida: Será que a satisfação não precisa ser mais do que uma medida provisória?

Tudo isso me fez lembrar de uma recente entrevista do Seth Godin para a revista Época Negócios, onde ele diz:

“Nenhuma empresa gostaria de ser classificada como uma almôndega. Mas muitas são, e precisam estar cientes disso. Essas companhias não conseguem adotar o conceito do novo marketing, que não é baseado em publicidade. Ele é organizado por meio do boca a boca, das conexões digitais e das histórias. O verbo do consumidor de hoje é mais querer e menos precisar. Ele compra experiências em vez de coisas. Mais do que isso, fala com os amigos sobre suas escolhas.”

Minha opinião é que uma empresa reconhecida mundialmente como dona de um império, quando toma decisão de protagonizar um espaço nas redes sociais, tem a obrigação de ir além da simples divulgação de novos sanduiches ou a evolução do cardápio. Ela precisa efetivamente estar preparada e capacitada à ouvir, assumir erros e oferecer nada mais do que uma atenção coerente com o apreço que ela diz ter pelos seus consumidores. Caso contrário está na hora de incluir em seu cardápio o McAlmôndegas. Talvez isso seja uma atitude coerente.

Burger King converte engajamento em moeda

Quando eu falo que os meios digitais concedem oportunidades incomparáveis de engajar um consumidor, é porque existem provas. E estas provas ajudam a compreender as utilidades deste benefício no marketing.

Um ano atrás, o Burger King causou rebuliço nos Estados Unidos depois da campanha “Whopper Sacrifice“, na qual era necessário “sacrificar” amigos do Facebook para conseguir um sanduíche da rede. A polêmica foi tanta que a promo criada pela CP+B teve que ser encerrada.

Agora, na Noruega, o Burger King implantou uma idéia parecida, só que mais “positiva”, convidando os amantes de hambúrguer a pagar pelo novo sanduíche Salsa Hot (vendido por cerca de USD 300) usando uma nova moeda: ‘Likes‘ do Facebook. Ou seja, ao invés de pagar os USD 3,00 pelo sanduíche, a pessoa pode conseguir 10 cliques no botão “Like” na Fan Page do BK (Noruega), o que ajuda a aumentar a reputação da marca na rede social, para adquirir o tal Salsa Hot.

Achei simples e divertido a ponto de gerar o buzz necessário em torno do lançamento do produto. E você, o que achou?

O skate, a piscina e o “viral”

Não se pode chamar um conteúdo de “viral” sem antes conhecer o impacto que ele causou. Mas, infelizmente, ainda tem gente que denomina qualquer vídeo engraçadinho de “viral”. E este erro é muito comum. Uma pena, porque tem gente aprendendo errado o conceito dessa tática, e aplicando rotineiramente. Afinal, o que de fato faz um “viral” é o potencial criativo e emocional da idéia. Simples (?)

O vídeo acima, feito para divulgar uma marca de desodorantes, conseguiu mais de 25 mil views em menos de 10 dias de publicação. É um resultado satisfatório. Claro, não é o maior viral da história; Longe disso. Só que ele é uma boa referência de que a idéia – criativa – aliada com o conceito da marca/produto, pode interessar muita gente.

Next Generation Media

Mais um vídeo super interessante revela no que as constantes transformações da mídia implicam na vida das pessoas, no conteúdo e nas tecnologias a nível mundial.

O vídeo foi produzido pela Aegis Media em parceria com a Carat, Isobar e a britânica Vizeum.

Ford: Your Ideas

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Após mergulharmos na era do intangível (mudança proporcionada basicamente pelo advento da web) emergiu a democratização da informação e a transferência de poder para o consumidor. Essa “revolução” transformou as relações no mundo das marcas.

Como base principal destas novas práticas de relacionamento, está a importância da transparência.  Transparência entre marca x consumidor.

Dia após dia, essa tendência só se solidifica, ganhando cada vez mais adeptos.

Numa estratégia similar ao My Starbucks Ideas (uma referência de sucesso), a Ford dos Estados Unidos resolveu estreitar o contato com seus consumidores ao apostar em uma nova ferramenta social online: Your Ideas.

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Visitando o portal da montadora americana, os consumidores podem enviar sugestões de tópicos livres, ou participar de enquetes pré-determinadas. (O Autoblog listou alguns dos temas na qual a Ford espera receber feedbacks de seus consumidores engajados em contribuir com soluções para um futuro mais sustentável e menos problemático, nos mais diversos âmbitos).

Transparência também é sinônimo de prevenção. Portanto, para a Ford dos Estados Unidos, uma marca que está sempre pronta para conversar com seu público-alvo através das mídias sociais, este tipo de tática só enaltece sua reputação, a troca de confianças e a previne de problemas que futuramente poderão surgir. Hoje, transparência é premissa.

A tecnologia não substitui as idéias

A tecnologia não substitui as idéias. Ela traz novas formas de envolver os consumidores. Portanto, é necessário ser criativo o bastante para fazer a tecnologia valer a pena. Não é usar a tecnologia só por usar.

Realidade Aumentada, por exemplo. Quantas marcas já usaram? Muitas, né? Mas são poucas as que conseguiram perpetuar a relação dos usuários com a plataforma.

Exemplos como o aplicativo recém lançado pela O’Neill, marca de artigos de surf, na qual o usuário que permanecer mais tempo em cima da prancha, ganha uma viagem ao Campeonato Mundial de Surf, são interessantes. Uma tecnologia um pouco saturada, mas bem utilizada. Pense nisso! ;-)

O iPad e a necessidade de inovar

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Bem vindos a nova fase de aplicativos mobile: os iPad Branded Apps (ou aplicativo de marcas para iPad).

Assim como acompanhamos a onda de aplicativos de marcas para iPhone e iPod, um terceiro elemento chega para cumprir os planos de inovação incessante da Apple.

O incansável Steve Jobs, antônimo de acomodação, sabe da importância dos aplicativos desenvolvidos por empresas parceiras para criar a tão aguardada “mágica” desta nova plataforma.

Grande parte dos desenvolvedores de aplicativos ainda não teve nem a oportunidade de tocar em um iPad, mas isso não quer dizer que eles não estão trabalhando na criação de softwares para a mais recente criação da Apple.

Alguns deles são marcas de fama e reconhecimento internacional.

A Gap, por exemplo, uma das grifes mais importantes do mundo, mergulhou de cabeça no novo produto da Apple, lançando um aplicativo gratuito que trará informações sobre a campanha global da marca, vídeos de desfiles, informações, entrevistas com respeitados estilistas do mundo da moda, além da possibilidade de fazer compras através do device.

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Na última semana, rodou o mundo a notícia que o Netflix e a Marvel haviam sido as primeiras empresas em apostar no iPad. Ao contrário do que muitos afirmavam o Brasil não está muito atrasado em relação aos outros países. Ontem mesmo postei no Twitter a matéria informando sobre o lançamento do aplicativo do Estadão para o iPad. Já é o segundo veículo de comunicação nacional que investe nesta nova plataforma, depois do O Globo.

E por falar em O Globo, o veículo carioca comemorou a venda de sua primeira cota de patrocínio da versão para o iPad. A Fiat, através da Agência Click, foi quem esteve por trás desta parceria.

Parcerias como esta são vistas com bons olhos, principalmente nos Estados Unidos, onde o New York Times, pioneiro no lançamento de um aplicativo otimizado para iPad, anunciou que a Chase Sapphire, uma empresa de cartões de crédito, comprou o inventário de espaço comercial no iPad do título para os primeiros dois meses, enquanto que marcas como a FedEx, Buick, Unilever, Toyota e Oracle estão planejando comprar espaço nos aplicativos para iPad de jornais como Wall Street Journal, Newsweek, Time e a Reuters. Certamente, tudo isto acontece porque as empresas sentem a necessidade de inovar.

Atrair todo este desejo por um produto como o iPad, faz parte da histórica estratégia da Apple. Afinal, que outra marca consegue gerar tanto buzz em torno do lançamento de seu novo produto?

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A culpa é do Ronald McDonald?

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Você sabia que uma em cada três crianças americanas corre o risco de desenvolver diabetes?

Esse é um dos argumentos do movimento iniciado a poucos dias, que pede a “aposentadoria” do mais icônico mascote do mundo: Ronald McDonald.

De acordo com a organizadora do movimento Retire Ronald, faz mais de 50 anos que o palhaço tem atraído e influenciado crianças e jovens para hábitos alimentares com consequências terríveis ao longo da vida. Então a Corporate Accountability International, a mesma que empurrou Joe Camel para o calabouço, também quer colocar um ponto final na trajetória do mascote feliz e sem graça.

Protestos nas ruas e na internet (aqui e aqui) só alimentam a seriedade desta mobilização, e sensibilizam mais e mais pessoas em favor dessa causa (?)

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Eu poderia me estender muito com este post, mas prefiro deixar na mão de vocês.

O que vocês acham disso tudo? Ronald McDonald é um produto de marketing inofensivo, ou ele pode, sim, ser considerado o novo “palhaço assassino”?

Brand stretching: Sneaker da Volkswagen?

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É importante a gente saber que existem potenciais para uma marca exercer sua magia em novos produtos (até então não explorados).

Buscar expandir o conceito de suas causas, campanhas e ações, em produtos e/ou serviços extraordinários, torna-se uma interessante alternativa de rentabilidade.

Neste sentido, existem duas opções: Brand extension (extensão de marca) e Brand stretching (expansão ou elasticidade de marca).

No caso do VW Polo 444, temos um exemplo de Brand stretching. Ou seja, é a marca apostando em um segmento totalmente paralelo ao seu “core business”.

A edição limitada do sneaker inspirado no novo VW Polo, lançado na Holanda, aumenta, sim, a notoriedade da marca, assim como também a rejuvenesce junto ao público de interesse, que são os jovens.

Confiram o belo hotsite promocional do VW Polo 444, criado pela Achtung!, para divulgar o novo trabalho do designer Hing Yueng.

Na sequência, leiam o que parece ser é as melhores definições das opções na qual comentei no início do post (Brand extension e Brand stretching).

  • Brand extension

  • Brand extension refers to the use of a successful brand name to launch a new or modified product in a same broad market.
  • A successful brand helps a company enter new product categories more easily.
  • For example, Fairy (owned by Unilever) was extended from a washing up liquid brand to become a washing powder brand too.
  • The Lucozade brand has undergone a very successful brand extension from children’s health drink to an energy drink and sports drink.
  • Brand stretching.

  • Brand stretching refers to the use of an established brand name for products in unrelated markets.
  • For example the move by Yamaha (originally a Japanese manufacturer of motorbikes) into branded hi-fi equipment, pianos and sports equipment.
  • When done successfully, brand extension can have several advantages:
  • Distributors may perceive there is less risk with a new product if it carries a familiar brand name. If a new food product carries the Heinz brand, it is likely that customers will buy it
  • Customers will associate the quality of the established brand name with the new product. They will be more likely to trust the new product.
  • The new product will attract quicker customer awareness and willingness to trial or sample the product
  • Promotional launch costs (particularly advertising) are likely to be substantially lower.

Brand stretching é certamente menos caro do que construir uma nova marca a partir do zero. Se uma marca tem capital forte e uma massa estabelecida de clientes, a extensão corre menos risco de não ser bem sucedida. O problema surge quando as empresas “esticam” suas marcas de uma forma que não faz sentido. O que não é o caso do Volkswagen, na minha humilde opinião.

Advertainment através do teatro

Otimistas e pessimistas divergem opiniões sobre o futuro da publicidade. Para uns ela está morrendo; para outros, mais pessimistas, ela já morreu. Mas, cá entre nós, o que morreu ou vai morrer não é a publicidade propriamente dita, mas a sua antiga formula de convencer o consumidor a mudar seu comportamento.

A irrelevância ainda impera nessa atmosfera de mensagens comerciais abusivas e sem nenhuma graça.

Ainda assim, novos meios acabam criando novos hábitos, e novos hábitos acabam criando novos meios.

Entre estes ‘novos meios’, está o advertainment, um conceito que se propõe a fazer um mix entre publicidade e entretenimento. Indo além do óbvio que a palavra remete, o advertaiment surge num momento em que o mundo é cada vez mais interativo e o consumidor precisa ser cativado de forma mais profunda

Cases interessantes surgem a todo momento, como é o caso da campanha “Historias de Campo” da Ford, criada pela JWT Argentina.

O teatro foi uma opção de advertainment em que a Ford se apoiou para comunicar o relançamento do seu off-road Ranger.

Pelo microsite www.historiasdecampo.com.ar, a Ford convidava os usuários a enviar histórias de mitos e verdades do campo. Ao todo foram mais de mil. Três delas foram eleitas para se converter em peças teatrais.

As apresentações estavam prevista para quatro localidades do interior do país, mas o êxito da campanha levou a Ford a ampliar a rota de seu ‘teatro itinerante’. (Confira o primeiro vídeo case da campanha “Historias de Campo“, no vídeo acima).

Um tempo atrás, em Toronto, a Dove também formulou uma peça de teatro. Sob o tema da campanha “Real Beleza“, a peça da Dove obteve um sucesso tão grande que a CBC, a maior emissora de televisão local, produziu um documentário especial baseado no enredo da peça “Body & Soul“.

Currículo no Google Maps?

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Um currículo é o seu principal meio de “promoção pessoal”. É nele que você agrega todas as informações pertinentes sobre sua vida pessoal e carreira, numa tentativa de convencer alguém que você é o melhor a ser contratado.

Nesse meio em que trabalhamos (publicidade e marketing), mostrar os nossos diferenciais é o fator mais importante.

Um redator britânico se mostrou bastante criativo, não por criar qualquer campanha surpreendente, mas por ter pensado em um meio inovador de se promover.

Ed Hamilton criou um currículo baseado no Google Maps, colocou seus dados pessoais e pontuou todos os pontos no mapas por onde ele já percorreu.

A idéia é tão original que a estratégia de Hamilton está circulando pela internet. Quanto tempo será que vai demorar para ele ser contratado novamente?

O futuro dos jornais, segundo o El Mundo

Veículos de comunicação do mundo inteiro estão reinventando seus modelos de negócio para, pelo menos, atingir uma aceitação positiva por parte dos leitores deste século XXI.

As formas de consumir conteúdo mudaram muito, principalmente após a democratização e a “commoditização” da informação por meio da internet.

Nesta semana, o periódico El Mundo, da Espanha, anunciou o lançamento de uma inovadora plataforma de conteúdo digital e interativa.

O Orbyt será um produto adicional que trará um maior valor agregado aos conteúdos fornecidos pelos editores, jornalistas e articulistas do El Mundo.

Todos os serviços adicionais servirão como argumento para que o El Mundo cobre pelo acesso ao Orbyt (€ 14,99 por mês ou 0,60 por dia).

O próprio jornal afirma que este modelo será perpetuado e futuramente adaptado para suprir todas as novas demandas dos usuários do serviço.

No mais, o El Mundo afirma que, por enquanto, não vai mexer em nada no seu tradicional meio impresso e online.

Assista no vídeo a apresentação oficial do Orbyt.

:: Com fonte do Yorokobu

A Louis Vuitton e o futuro do Branded Content

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Existem muitas vantagens quando se investe em Branded Content. Mas a principal delas é fazer com que o consumidor tenha o controle sobre sua experiência com a marca.

Em uma tentativa de acabar com a barreira entre o comercial, o conteúdo e o entretenimento, a disciplina surgiu em uma época onde já havia necessidades de se criar novos meios para impactar as pessoas.

Com o passar do tempo veio a popularização e o avanço da internet e dos meios interativos. Desde então, as marcas não pensam apenas em construir conteúdos relevantes, mas ampliar as possibilidades de interação e colaboração. Se o futuro da disciplina caminha no sentido da interação obrigatória, é difícil dizer, até porque não tenho uma bola de cristal. Mas é o que parece após analisar o contexto das últimas ações.

Visitando o The Moodie Report, neste domingo, acabei conhecendo uma nova iniciativa da LVMH (Louis Vuitton Möet Hennessy). A marca de luxo está decidida em apostar em conteúdo sem esquecer-se de entregar uma experiência mais democrática, mais livre aos seus consumidores.

O www.nowness.com é uma plataforma de inspiração e visualização online das últimas informações sobre moda, arte, cinema, música, design e luxo (temas relacionados à identidade da marca) no formato de slides, curtas, documentários, artigos e ferramentas interativas. Tudo alimentado por importantes artistas, criativos, designers e especialistas, uma curadoria alinhada globalmente que agrega profissionais de dentro e de fora do grupo LVMH.

Aos que visitam o novo site da LVMH, será permitida uma experiência personalizada, graças a um software adaptado ao site que detecta os maiores interesses dos usuários.