TED apresenta Ads Worth Spreading 2012

Com o objetivo de fazer uma curadoria de campanhas que fossem tão fascinantes quanto suas palestras, propagando ideias poderosas e provocativas, o TED criou em 2010 o Ads Worth Spreading. Na última semana, a organização anunciou os 10 escolhidos de 2012, com direito a um relatório que conta a história por trás das campanhas a partir de três diferentes perspectivas: os criativos, os grupos responsáveis pelas indicações e os consumidores.

O material traz informações importantes para quem atua ou quer entender o mercado da comunicação. Logo na introdução, a primeira constatação: anúncios devem ser guiados por ideias.

“As marcas devem criar e saber encontrar seu lugar em grandes conversas culturais. Nós também descobrimos que se anúncios vão transmitir uma mensagem, as agências devem se livrar da noção de que isso só pode ser feito em um filme de 15 ou 30 segundos”.

A integração com mídias sociais também foi apontada como imprescindível, com vídeos sendo postados no YouTube e depois compartilhados no Twitter e Facebook. Esta conversa pós-produção é considerada parte essencial da conversa entre marcas e consumidores.

“E se vai haver uma conversa, as marcas devem ter algo a dizer”.

Abaixo, as 10 campanhas selecionadas pelo Ads Worth Spreading:









Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Mito & Mensagem: O mundo é mais fácil do que se pensa e mais difícil do que se pode explicar

Mito & Mensagem é uma série de textos que analisa campanhas e comunicação de sucesso do ponto de vista mítico, e porque, dentro dessa lógica, elas funcionam.

As sociedades humanas, como as conhecemos, tiveram em algum momento mítico de suas formações a incursão disso que muitos pensadores da cultura chamam de Função Paterna.

Esse conceito, nascido em trabalhos de teóricos ligados à psicanálise, tem como premissa essencial que a paternidade biológica não tem nenhuma utilidade. Para o contrato social a função simbólica do pai é o que se presta a impor limites, guiar, orientar e punir o indivíduo cuja formação inconsciente é marcada pela agressividade, pelo caos.

O publicitário contemporâneo pode reproduzir mitos tanto para sustentar uma campanha política quanto para vender iPad

É isso a estrutura que vislumbra que os indivíduos respeitem as mesmas regras, obedeçam aos mesmos códigos e de fato vivam em sociedade.

O homem é o lobo do homem (homo homini lúpus), escreveu Thomas Hobbes (“Leviatã”, 1651), o contrato social que administra, desloca, sublima e organiza essa agressividade é a função paterna. Diversas figuras sociais (mídias, instituições, marcas, ícones da moda, do comportamento) somam-se contemporaneamente às imagens do pai (de família) para garantir a efetividade de sua função.

| A FUNÇÃO DO MITO

O mundo é mais fácil do que se pensa e mais difícil do que se pode explicar.

O paradoxo dessa afirmação reside no fato de que tudo o que podemos falar sobre o mundo, não é nada do mundo, ele mesmo. Todavia, o mais próximo que se pode chegar dessa relação entre falar e apreender o mundo, está nos mitos.

O mito surge entre os antigos analogamente ao aparecimento da linguagem. Era a maneira de dar razão aos fenômenos naturais, o nascer do sol ou a chuva que caia. O mito em sua essência é uma tentativa de explicar o homem em si. Assim, parafraseando Roland Barthes (em vários pontos de sua obra), decifre o mito e estará decifrando a si mesmo.

Um abacaxi mordido não atenderia aos desejos inconscientes que uma maçã levemente iluminada pode evocar

Os mitos resultam diferentes de uma sociedade a outra. Mas sua essência é a mesma e inteligível para todas as comunidades. Alguns temas são, portanto, recorrentes em diferentes culturas, diversos mitos.

Toda sociedade tem ou teve, por exemplo, seu mito de criação e destruição e divindades que de uma forma ou de outra desempenham papéis semelhantes. Os mitos, fazem então, a estruturação social creditada à função paterna. Dão sentido a essa função.

São, por isso, vetores totêmicos de aglutinação dos grupos humanos submetidos à civilização. Entende-se totem aqui como uma representação simbólica da função paterna que só existe porque há um mito que explica sua razão de estar lá. Entender isso é começar a sacar como o mundo funciona; como funcionamos nele, como nos articulamos com ele.

| MITO É A PÓS-MODERNIDADE

Na pós-modernidade temos uma falência de grandes estruturas totêmicas que nos explicavam o mundo. Instituições como igreja, a família como constituição tradicional, escola, Estado, partidos políticos, o fim das grandes utopias. Com isso o que se tem são outras entidades fazendo esse papel de forma mais contundente, sendo as marcas um grande exemplo disso.

Mais flutuante do que o acadêmico, o publicitário contemporâneo pode tanto reproduzir mitos para sustentar uma campanha política quanto para a popularização do iPad 2.

No primeiro caso, Sarah Palin, por exemplo, tem a imagem pública desdobrada competentemente de sua vida pessoal – simultaneamente ex-modelo e líder administrativa livre da influência masculina; não é difícil identificar aí uma articulação do mito de Atlanta, a corredora bela que nunca se deixava vencer pelos homens. Shakespeare utiliza a mesma estrutura em sua obra “A Megera Domada” (The Taming of the Shrew). Crentes de que poderão eventualmente domá-la, alguns machos se permitem seduzir por ela.

No terceiro, como explicar que um tablet é desejável antes mesmo de serem conhecidos seus recursos, apenas porque há nele o logo de uma maçã?

Comunicação eficiente que em ambos os casos articulam desejos inconscientes para todos. Articulam os mesmos mitos essenciais com os quais Claude Lévi-Strauss pode – sem falar português ou qualquer língua indígena – conviver, conversar e ser admirado pelos povos nativos que conheceu. Os mitos têm linguagem universal. Algo das publicidades, também.

A construção da marca contemporânea consiste então, em dar significados particulares a estes valores universais.

| JOHNNIE WALKER E PROMETEU

Os mitos pensam os homens antes que estes saibam dos mitos. Isso serve também para as marcas. Por isso, um abacaxi mordido não atenderia aos desejos inconscientes que uma macã mordida, levemente iluminada sempre pode evocar. A maçã seduziu Eva, Hera, Vênus e Atena, os homens vieram depois da primeira mordida. Quem não desejaria, então, possuir tal maçã? Freud perguntou: O que quer a mulher? Steve Jobs deu a melhor resposta: Uma maçã que capture os desejos masculinos. É mais do que o hardware. É publicidade capturando o mito.

A Vitória de Samotrácia (do gr. NIKÉ) é o exemplo mais óbvio. Símbolo de que a batalha é apenas para os fortes, suas asas terminam por constituir o logo estilizado da empresa de artigos esportivos.

A Coca-Cola ao relacionar um estado de espírito (felicidade, vida) com o ato de ingerir sua bebida re-cria o rito bacante do entusiasmo (do gr. Enthousiasmós = colocar um deus dentro de si).

A boneca Barbie permite que cada criança re-viva a origem mítica da Guerra, aquela de Tróia, por Homer, quando uma maçã foi dedicada “para a mais bela”. Todas querem ser a mais bela. Sendo Barbie, todas podem ter – ludicamente – esta experiência inconsciente. An apple strikes again…

Quando Johnnie Walker passou seu legado ao filho, Alexander e este aos sucedâneos, o mantra “Keep Walking” estava já inscrito à marca. O mito do herói que morre mas passa seu legado vem desde os gregos. Prometeu foi o primeiro, o jovem Feidípedes (???????????) ao correr na batalha de Marathôn / Marathónas; (???????, transl. ) e pagar com a vida por isso, já mostrou que o homem teme a morte, mas teme mais a vergonha de ser esquecido.

Prometeu, na mitologia grega, foi aquele que criou o homem e também foi aquele que lhe ensinou o fogo.

Fogo é uma simbologia para conhecimento e com o conhecimento o homem foi capaz de coisas incríveis. Foi capaz primeiramente de andar em pé, sair do chão e olhar para frente. E olhando para frente foi capaz de inventar coisas, aperfeiçoar ferramentas, ou seja, progredir.

O mito de Prometeu é um dos mais emblemáticos para nossa cultura. Ele é poderosíssimo no sentido que é na sua essência o desejo universal de todos nós, sermos melhores do que somos hoje. De não nos conformarmos com o bom e procurarmos o ótimo.

Os criativos da BBH pensaram em Prometeu quando criaram essa campanha? É provável que não, porém a essência do mito está incrustada em todos nós, eles tiveram a sensibilidade de captar isso. E claramente havia a incrível coincidência de que o nome em si já era um signo de progresso.

Fácil? Claro que não. Saber qual mito tem maior aderência com determinada marca e até mesmo momento de nossa cultura é um trabalho dificílimo, porém o mito como território para posicionamento ainda está longe de começar a ser explorado. Até lá, aos interessados nas relações entre os mitos, sua função paterna e seus desdobramentos nas marcas, fica a assertiva de que as pesquisas estão ainda engatinhando mas, keep walking.

{por Thiago Bersou e Clovis Pereira}

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Derrubando Verdades

O meio publicitário é repleto de verdades e mentiras. Existem muitos profissionais falando o que acham sobre o mercado, como vai ser no futuro, quais vão ser as novas tendências e o que temos que fazer agora. Mas o que será que realmente é verdade? O que está realmente por vir? Será que essas teorias não são apenas regrinhas inventadas?

Se aproveitando deste dilema, Fernando Diniz, head de planejamento da F.biz, divulga sua campanha para o prêmio Caboré, onde ele é indicado como Profissional de Planejamento do ano. Uma campanha feita para provocar o mercado e nos fazer pensar.

De forma inovadora, a campanha segue uma alternativa diferenciada ao publicar algumas dessas supostas verdades randomicamente em um Tumblr, o www.derrubandoverdades.com.br. Além dos posts randômicos, a plataforma da campanha também nos convida a decidir e discutir se elas realmente são verdades ou mitos.

Alguns exemplos de supostas verdades encontradas no site:

As pessoas se comunicam no meio digital de forma diferente.
A classe C só está no Orkut.
Quase ninguém usa o celular para navegar na internet.
O total de fás é a principal métrica para o sucesso de uma fan page.
Usar celebridades nas redes sociais é a melhor maneira de gerar engajamento para sua marca.
Agências digitais não sabem fazer estratégia de marca.

Ainda para a campanha, um artigo muito reflexivo escrito pelo Fernando Diniz foi publicado no jornal Meio&Mensagem: “Quanto tempo dura uma verdade?” . Vale a leitura!

Para conhecer mais sobre ele, clique aqui! E para votar nele como Profissional de Planejamento no Caboré 2011, clique aqui!

Nós (Bruno Delfino e Gabriel Jacob), como planejadores da F.biz, companheiros de trabalho e amigos do Fernando Diniz, vivenciamos e aprendemos muito tudo isso no nosso dia a dia do trabalho, pensando para o negócio dos nossos clientes, e não para as plataformas digitais, guiados por uma visão estratégica que o Diniz sempre se preocupou em compartilhar com todos nós, da sua equipe. Por isso apoiamos a iniciativa e sentimos orgulho de ser um dos 20 loucos que ele mencionou no artigo do M&M. :)

A vending machine conceitual da Lay’s

As melhores ativações não são aquelas que conseguem apenas bons resultados, mas que também estejam muito alinhadas com o real posicionamento do produto.

Quem conseguiu desenvolver uma ativação estratégica assim foi a marca de batatinhas Lay’s, da PepsiCo, em Buenos Aires, Argentina.

O posicionamento global da marca a coloca como uma fabricante que produz batatas de forma natural. E isso a comunicação consegue resolver tranquilamente, destacando, graficamente e textualmente, os diferenciais presentes nos ingredientes e etc.

Na mesma linha, uma vending machine foi colocada em um supermercado que, ao invés de receber uma moeda, pede para que a pessoa deposite ali uma batata crua e veja todo o processo de industrialização, com os ingredientes naturais usados no processo: as próprias batatas 100% naturais, óleo vegetal e uma pitada de sal.

Ao final do processo, o produto é entregue pronto, como aquele do ponto de venda.

É uma forma criativa de transparecer a procedência de um produto que garante um diferencial pouco crível de naturalidade, em uma categoria pouco percebida como saudável.

Via AdLand

Burberry lança perfume exclusivo para os mais de 7 milhões de fãs no Facebook

Mais uma marca está apostando suas fichas no engajamento de fãs no Facebook para ativar a experimentação por meio do lançamento de produto.

A marca em questão é a Burberry, grife que conquista milhões de brand lovers no mundo todo pela sofisticação e qualidade que só fortalece a aspiração.

O sucesso também entre os mais jovens é tanto que a fanpage da marca chega a ultrapassar os 7 milhões de fãs. Não é pouca coisa para uma grife nada democrática.

Para estabelecer uma relação mais íntima com essa legião de brand lovers, a Burberry lança em primeira mão a nova linha de perfume Body no Facebook, com direito a vídeo do CCO da marca convidando os fãs a experimentar a novidade.

No começo do ano foi a vez da marca de catchup Heinz ativar o sampling exclusivo de produto na sua fanpage. Foi uma das primeiras marcas a realizar este tipo de ativação online.

Quer um case no Instagram? Então toma!

Muito se discute sobre o uso de plataformas e ferramentas emergentes em ações de marketing, principalmente pelo fato de que podem não representar um meio potencial para atingir alcance e frequência desejável. Mas, como tudo na vida, o sucesso do uso delas depende de diversos fatores.

Entre essas ferramentas emergentes que chamam atenção do mercado ao mesmo tempo que também proporcionam essa desconfiança por ainda serem incipientes e segmentadas demais, está o Instagram.

Em Cingapura, país onde a maioria dos jovens são conectados e possuem smartphones, independente da classe social deles, a Johnson & Johnson não recusou ativar sua marca Neutrogena no hypado aplicativo de fotos. E se deu bem.

Na ocasião de conscientizar os jovens do país asiático sobre a importância dos cuidados com a pele em dias de sol – por meio da linha Neutrogena Ultra Sheer, que protege 3 vezes mais da radiação UV – foi selecionado o famoso usuário do Instagram, @AikBengChia, dono de mais de 600 mil seguidores, para engajar o maior número de pessoas.

A campanha, então, aconteceu sob o tema: “Let your skin have a little more fun in the sun” (“Deixe sua pele se divertir um pouco mais ao sol”).

Foram fotografadas pelo @AikBengChia miniaturas em forma de pessoas colocadas sobre uma pele humana, criando a ilusão de que aquilo seriam pessoas na praia em um dia ensolarado.
Durante três dias, 32 fotos como essa foram enviadas para a sua timeline. E, somente no final, foi adicionada a hashtag #Neutrogena_Ultra_Sheer que, ao ser clicada, direcionava para uma única montagem que simulava a imagem de um sol.
A imagem era seguida da mensagem: ”Deixe a sua pele se divertir um pouco mais no sol. Neutrogena Ultra Sheer com 3x mais proteção UV”.
Também foi convocado um popular blogueiro de Cingapura para amplificar a campanha.
Os resultados mostram que a campanha conseguiu alcançar o sucesso desejado: Somente no Instagram, foram 6.792 likes nas fotos e cerca de 500 comentários positivos. Além dos mais de 800 mil usuários do mesmo aplicativo impactados.
Com o uso do Instagram como centro e hub da campanha, me surpreende ver tamanho sucesso.
Talvez seja a primeira vez que vejo resultados nesse nível de uma campanha de marca que se apropriou desse aplicativo mobile. Mas não podemos ignorar que o uso do blogueiro, que amplificou a campanha através de suas redes sociais, foi muito importante para o alcance da mensagem.
Anyway, essa campanha se consagra como case em plataformas emergentes. Inovar é arriscar mesmo.
A criação foi da agência Tribal DDB.

Sampling e envolvimento no Facebook

É perceptível o avanço das estratégias de F-Commerce. Algumas mais ousadas, outras menos: Vendas diretas, compras coletivas e até Tryvertising aparece por lá. São provas de que esse novo modelo de varejo online já é uma realidade.

Mas o que vale compartilhar aqui sãs as boas ideias, como esta da promo lançada pela rede de fast-food libanesa B2B (Breakfast to Breakfast), de Beirute.

No mural da página da B2B no Facebook, eram postadas fotos de lanches e os fãs da página eram convidados a “marcar” as fotos. Os que primeiro “marcavam” as fotos, ganhavam a oferta. Essa é a razão do nome da promo: “Tag & Win”.

Enquanto realizava a promo, que há pouco foi encerrada, as pessoas ajudavam a viralizar a marca e promover a FanPage da B2B para seus amigos, naturalmente.

Assim que eu gosto! Por isso costumo dizer que a simplicidade é a melhor amiga do engajamento.

Carlsberg: Unbottle Yourself

A Carlsberg da Suécia está com uma missão para “desengarrafar” a coragem que está dentro das pessoas. Não é qualquer tipo de coragem, mas aquela que as pessoas precisam em situações sociais.

Geralmente, o povo da Suécia é muito cauteloso e reservado, por isso a agência Akestam Holst, de Estocolmo, criou para a Carlsberg uma competição por meio de um aplicativo móvel para iPhone e Android que pode mudar tudo isso. O objetivo é encontrar e premiar o mais corajoso da Suécia.

O aplicativo contém mais de 500 missões. Cada uma representa um desafio social. Muitas missões requerem a utilização de recursos do próprio celular e mídias sociais para um melhor desempenho.

A competição começa no dia 5 de abril e vai até 17 de abril de 2011. Em seguida, a pessoa poderá continuar a usar o aplicativo e desafiar seus amigos em um divertido jogo social.

Assista o trailer abaixo:

Aproveito para parabenizar o Diretor de Criacão da Akestam Holst, Martin Cedergren, que me enviou a dica.

Grattis!

Projeção 3D para a BMW

Quando a arte, a tecnologia e a publicidade se encontram, um espectáculo surge para dar aos espectadores uma nova percepção daquilo que é apresentado.

Em Cingapura, a Publicis Asia parece ter a resposta de como envolver e surpreender o público ao promover o conceito, os features e todo line up oferecido por uma multinacional da indústria de automóveis.

No centro de uma importante cidade do país, uma projeção da BMW, realizada com a utilização de técnicas 3D, chamou a atenção todo mundo que estava por perto. Não foi à toa. O resultado é mesmo muito bacana.

Branded Content promove novo VW Polo entre a “Geração Y”

Não é de hoje que a gente comenta sobre a efetividade dos meios interativos entre os jovens, aqueles que nasceram conectados e cheios de criatividade e intuição.

Por conta disso, algumas marcas mais expertas recorrem à internet (e outros meios digitais) para promover produtos e serviços que se posicionam com um DNA mais jovem.

Também não é de hoje que estratégias assim refletem experiências de pessoas comuns, como os consumidores, para humanizar a comunicação, tendo o conteúdo pertinente como principal ferramenta.

Para chegar a esse público, também chamado de “Geração Y“, a Volkswagen da Espanha lançou uma curiosa ação de Branded Content na web.

Com o intuito de promover o novo Polo, a Volkswagen ofereceu a dois jovens a oportunidade de viajar pela Espanha a bordo do automóvel e cumprir uma lista de 25 experiência, reportando todas elas na internet.

O mote da campanha, “25 cosas que hacer antes de los 25“, é apoiada por um blog criado especialmente para a ocasião.

Outdoor interativo ao vivo alerta contra a agressão

Fazia tempo que eu não via uma ação de mídia exterior tão criativa e inovadora.

Em alguns países da Europa, como na Holanda, é comum ver funcionários públicos sendo desrespeitados e até mesmo agredidos nas ruas. Os espectadores, infelizmente, não interferem com bastante frequência quando se deparam com estas situações. Então, a fim de alertar o público, um outdoor interativo ao vivo foi usado para colocar as pessoas em situação semelhante, mas com uma proposta de inatividade.

Sem dúvida nenhuma, a reação emocional das pessoas deve fazer com que elas repensem no valor da generosidade.

Pringles: Help the Overshares

Embora seja uma marca com bons atributos para poder ousar no marketing, a Pringles é uma marca que não tem muito costume de inovar na comunicação. Mas, dessa vez, nos Estados Unidos, ela protagoniza uma inteligente campanha digital: Help the Overshares.

Todos nós, que vivenciamos as mídias sociais, sabemos que existe muita gente (amigos, inclusive) que abusa e compartilha coisa demais, principalmente aquilo que é desnecessário e irrelevante.

Pensando nisso, foi desenvolvido um botão para Facebook, que eles, da Pringles, chamaram de “overshare” – um alerta a esses colegas chatos e desocupados.

No site da campanha a pessoa consegue baixar o botão “overshare” para o Facebook (ele ficará ao lado do botão de comentar as atividades dos amigos). Assim, é possível avisar os “malas” que eles estão exagerando no compartilhamento e uso da rede social.

Entre um aviso e outro, dá para criar camisetas com frases irônicas, além da possibilidade de enviar um manual virtual com dicas como: “pensar antes de digitar”, “arrumar coisas legais para fazer”, enfim.

A simpatia pela marca é tão grande, que a página oficial da Pringles no Facebook já conta com mais de 3 milhões de fãs.

Magnun: As Good As Gold

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Antes, o Branded Content servia somente para oferecer entretenimento ao invés de interferir de forma impertinente na vida dos consumidores – o que sempre foi uma boa alternativa. Com o passar do tempo, principalmente com o advento da internet, as práticas de Branded Content ganharam um novo aliado: a colaboração.

Participar dos roteiros parece ser a grande tendência do ‘novo’ Branded Content.

O exemplo de Lacta, em que o sucesso de participação foi enorme, só comprova a bem sucedida arma do conteúdo colaborativo.

Em sua recém lançada estratégia de marketing, a marca de sorvetes Magnun apostou numa alternativa “cinematográfica”.

Sustentado por uma equipe de primeira (Benicio del Toro e a brasileira Caroline de Souza Correa, dirigidos por Bryan Singer) o conteúdo do filme para promover o novo Magnun Gold em vários países, abre espaço para que os consumidores façam parte da história. E tudo acontece no www.mymagnum.com.

Abaixo, um exemplo do trailer com a participação de um consumidor:

Explorar novas tecnologias para sair do “arroz com feijão”

A tecnologia esta cada vez mais inteligente e preparada para estimular a participação do usuário.

Algumas empresas antecipam alguns avanços, aproveitando as novas tecnologias em suas próprias plataformas.

Para acompanhar o lançamento de uma nova linha de perfumes da francesa Biotherm, a Next Idea criou um hotsite pra lá de interativo que reinventa os hábitos de navegação na web. Algo muito similar ao “Virtual Touch Experience” da Nikon, onde o reconhecimento dos gestos do usuário (através da webcam) possibilita uma diferente interação com o conteúdo do site.

Se a presença digital já é o “feijão com arroz”, o que fazer para se destacar entre os demais?

Harley-Davidson aposta no Chatroulette

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Não é nenhuma novidade que as ferramentas da websocial tem garantido a atenção de muitas marcas pelo mundo a fora. São praticamente infinitos os argumentos do porquê anunciar em meios interativos e mídias sociais, que nem daria para listar neste post.

O sucesso de um anúncio, campanha ou ação, dentro de um ambiente social, não necessariamente digital, pode alcançar bons resultados graças ao nível de simplicidade e o satisfatório alinhamento do seu conceito.

Não é porque é “Big” que a idéia não pode ser simples.

Vejam o bom exemplo desta ação da Harley-Davidson no Chatroulette.

Via @rmerel e @mfedrizzi

Mais Product Placement no Farmville

farmvillenuts.jpgA Saatchi Interactive de Tel Aviv, Israel, está trabalhando na campanha de lançamento da Elite Taami Nutz, uma variante de barras de chocolate com recheio de amendoim.

Sua estratégia chave vai ser utilizar um dos games sociais mais populares do planeta, o Farmville, dando aos usuários a chance de cultivar e comercializar amendoins.

Mas, espera um pouco! O que uma marca extremamente regional quer com uma rede social global, como o Farmville, que tem mais de 80 milhões de usuários oriundos dos quatro cantos do mundo? Muito diferente disso aqui, né não?

Via Farmville Freak

Eco Advertainment

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Se não houver nenhuma causa por trás, o entretenimento por si só já não significa muito coisa – pois o consumidor moderno vive em busca de soluções, e sabe o que é importante para o mundo em que ele habita.

Pelo fato da sustentabilidade ser um dos assuntos que mais está em voga, muitas marcas criam campanhas baseadas em questões favoráveis ao meio ambiente.

Então, se a receita da assertividade é aliar entretenimento com uma causa popular, porque não reverenciar projetos como o Volvo C30 Drive Around the World e o  VW Tem de Tank?

Este último, lançado esta semana pela Tribal DDB de Amsterdam, é um jogo de corrida com elementos 3D em que você não precisa chegar em primeiro, mas conduzir um VW Polo de maneira mais econômica, sem desperdiçar combustível.

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Existe, sim, um incentivo promocional: Quem tiver o melhor desempenho ganha um VW Polo Blue Motion de verdade. Mas não é este o diferencial. O diferencial, na minha opinião, é a possibilidade que a marca tem em poder educar os seus consumidores sobre uma tendência, considerada cada vez mais importante para o futuro dos seus produtos/consumo, através do entretenimento.

“Very Good Trip” com a Renault

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Gostei tanto da campanha online do Ford Fiesta, que boto fé nessa estratégia de online reality game da Renault.

Apesar do formato não ser nenhuma grande novidade, eu sempre acredito pra caramba no sucesso de campanhas que possibilitam a participação ativa dos consumidores, sempre com foco no engajamento e no maior envolvimento deles com as marcas e seus produtos.

Neste caso, oito equipes de duas pessoas (selecionadas por um concurso online) vão percorrer a Europa a bordo de dois novos modelos da montadora Renault: Coupé Cabrio e Renault Wind. Todo percurso será filmado e publicado no site da campanha “Very Good Trip“.

Toda a campanha é baseada na Europa e apoiada por várias redes sociais. Sem contar as divulgações na emissora de televisão proprietária, RenaultTV.

Nestlé: Chocolate Insurance

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Por ter sido lançada bem na véspera do “Dia da Mentira” (April Fool’s), até que esta promo tinha muito potencial para ser considerada só mais uma brincadeira, mas não.

Acontece que a Nestlé dos Estados Unidos fechou parceria com uma importante empresa de seguros, para garantir a “integridade” das barras de chocolate com creme de amendoim, Butterfinger.

É isso mesmo que você leu.

Caso aconteça alguma ameaça, do tipo ter a barrinha roubada, ou simplesmente tocada por alguém, a pessoa pode registrar uma reclamação formal, no site: www.butterfinger.com/barinsurance. Sendo assim, ela poderá receber uma barrinha extra, novinha. Além disso, se o site alcançar 100 mil reclamações serão sorteados muitos prêmios entre os participantes.

Eu não quero entrar nos méritos da ação em si. Se ela vai vingar, eu não sei. Só fiz este post por admirar a coragem de uma marca em criar uma iniciativa tão incomum como essa.

No mais, vale lembrar que não é de hoje que a Nestlé trabalha uma comunicação diferenciada para promover Butterfinger. Ano passado, por exemplo, ela pediu para os jovens irem até as barbearias desenhar, com um spray, no couro cabeludo, o logo da marca (veja aqui).

Citröen se rende ao conceito “Video in Print”

A tecnologia adaptada para a nova campanha da Citröen é de total responsabilidade da Americhip, a mesma que em 2009 apresentou ao mundo o primeiro uso do conceito “Video in Print”, numa criação para a Pepsi.

A Amerchip se autodenomina “líder em marketing multisensorial”, e está disposta a surpreender anunciantes e veículos de comunicação com seus constantes desenvolvimentos.

No caso do “Video in Print“, está é a segunda montadora a utilizar a tecnologia, depois da Renault.

Via Culture Buzz