Capitão América: Heróis em crise de identidade

O gênero dos super-heróis tenta encontrar lugar no mainstream da cultura pop há coisa de 20 anos. Falhou miseravelmente nas series live action de Homem-Aranha, Capitão América e o melhor representante foi o Hulk, de Bill Bixby. De acordo com Stan Lee, à reportagem do B9, “a virada de mesa só foi possível por causa da mistura entre efeitos especiais capazes de replicar as histórias em quadrinhos e uma geração de diretores criados em ambientes ricos em HQs e que assistiram às series fracassadas”.

Eles vieram, patinaram em alguns casos, mas desde “X-Men – O Filme”, os acertos vem se acumulando, culminando com o fenômeno de “Os Vingadores”. Com uma pipeline de várias adaptações e continuações a caminho – entre elas o reboot do “Quarteto Fanta?stico”, um filme solo da Viúva Negra, o tiro no escuro com “Guardio?es das Gala?xias” e o segundo “Os Vingadores” – não há mais dúvida na habilidade técnica ou na preferência do público.

Agora, a briga é outra: o que eles tem a dizer é relevante e pode ultrapassar o ambiente da ação desenfreada e da luta contra vilões canastrões ou maquiavélicos ao extremo? “Capita?o Ame?rica – O Soldado Invernal” é o mais novo capítulo dessa batalha.

Capitão América

Capitão América

Christopher Nolan carregou a bandeira do herói pé no chão, soturno e atribulado durante toda a trilogia de Batman. O Homem-Morcego começou como um paladino, foi transformado em vilão e precisou reencontrar a própria identidade – e as razões que o motivavam – para salvar o dia. Ou seja, Batman, eu e você passamos a ter os mesmos problemas. Se ele deu um passo em direção à Humanidade ou fomos permitidos nos aproximar dos heróis, o futuro vai dizer. O fato é que a aproximação aconteceu. E deixou marcas.

Quando o “Man of Steel”, de Zack Snyder, pousou na Terra, a temática continuou enquanto Kal-El buscava razões para confiar na Humanidade e pagou o preço por suas escolhas. Entretanto, diferente de Nolan, Snyder foi um pouco além com a última cena do filme. Nolan flertou com temas como invasão de privacidade, uso da força e a índole das pessoas, enquanto Snyder resolveu peitar o governo. Afinal, o Super-Homem foi construindo força política e consciente ao longo dos últimos 20 anos de maneira bem interessante. Não havia mais o embate entre dois lados fictícios: o herói e o vilão. Ao derrubar o drone norte-americano, ele abre a galeria de tiro municiada por críticas políticas e sociais declaradas.

É aí que “Capitão América – O Soldado Invernal” entra, pois carrega a bandeira levantada por Zack Snyder e vai pra cima dos assuntos mais polêmicos, problemáticos e relevantes dos últimos 4 anos: privacidade, segurança nacional e a própria identidade norte-americana. Precisamos lembrar que, embora filmes de Hollywood sejam consumidos mundialmente, o primeiro alvo é, e sempre será, o público dos Estados Unidos.

Logo, o roteiro de Christopher Markus e Stephen McFeely desce a lenha nesses temas usando a SHIELD com escudo (trocadalho do carilho!) para não atacar o governo diretamente, mas transmitindo a mensagem com clareza. Para isso, eles fazem uso de algumas artimanhas batidas, tentam transformar assuntos tão sérios em elementos de uma trama simplória de espionagem e “quem confia em quem”. Tudo isso serve apenas para despistar.

Capitão América

Steve Rogers é o catalizador perfeito para transmitir essa mensagem: ele viveu na época do Sonho Americano, deu “a vida” pela pátria, foi herói de guerra e, de quebra, é um super-soldado. Ou seja, a consolidação máxima do norte-americano perfeito. Quando esse cara não sabe mais em quem confiar, precisa de um caderninho com uma longa lista para se atualizar do que é viver no mundo moderno, está sendo usado para fins escusos e, não foi reintegrado ao Exército, mas sim a uma empresa paramilitar “acima do Bem e do Mal” é sinal de que tudo foi para o brejo.

“Capitão América – O Soldado Invernal” carrega a bandeira levantada por Zack Snyder e vai pra cima dos assuntos mais polêmicos, problemáticos e relevantes dos últimos 4 anos

Se o americano entende de uma coisa é da crise cultural que enfrenta há um tempo e do descaso do governo com os veteranos de guerra. Curiosamente, onde é que Rogers encontra apoio e razão para continuar na luta? Assistindo a uma palestra no VA (Veteran’s Administration, ou qualquer coisa que envolva veteranos, sejam encontros, peças teatrais, grupos de apoio e etc.)!

As relações de confiança estão em crise e ao ver dois melhores amigos colocados em rota de colisão é a alegoria mais descarada possível. E foi proposital. Os Estados Unidos estão enfrentando uma divisão política tremenda e a polarização só aumenta. Esse é o cenário perfeito para que, com a paranóia adequada, fique até fácil acreditar na existência de algo como a Hydra no mundo moderno. Há uma eterna briga do americano – especialmente os republicanos – contra o papel do governo e seus exageros.

Hoje em dia, só se fala em drones e postura mais reservada de Obama, que opta pela diplomacia na maioria dos casos e é até mesmo acusado de “agir de forma tão fraca, que os inimigos fazem o que bem entendem” (no caso da crise na Ucrânia), mas alguns medos antigos não se dissiparam completamente, assim como a mentalidade controladora. Rogers, porém, viveu na época que gerou todas essas ideias e, por não ter sido afetado pela doideira da Guerra Fria, só se lembra das verdadeiras razões, dos amigos que perdeu e por aquilo que lutou. É um sentimento mais puro, virgem. Sem o cinismo atual.

Capitão América

Steve Rogers é o catalizador perfeito: ele viveu na época do Sonho Americano, deu “a vida” pela pátria, foi herói de guerra e, de quebra, é um super-soldado

A todo momento, o Capitão América parece abrir mão do que lhe faz excepcional para divulgar essa mensagem. É como se algo tivesse se perdido no caminho e ninguém mais saiba onde está o mapa certo. Nesse contexto, é extremamente justo dizer que o tema central de “Capitão América – Soldado Invernal” cruzou a barreira do filme de super-herói e pretendeu ser algo mais sério e crítico.

Mas Batman, não fez isso? Sem criar polêmica, mas Bruce Wayne é um ricaço bom de briga e cheio de boas intenções, enquanto o Bandeiroso tem, de fato, poderes extraordinários; além de fazer parte de um projeto pontual da DC/Warner, enquanto Capitão América se encaixa na complexa estrutura narrativa da Marvel, que agora também envolve a TV com a série “Agents of SHIELD”.

E é justamente aí que aparece um elemento digno de debate. Como filme de super-herói e ação, “O Primeiro Vingador” funciona bem, define o personagem e esbanja correlações do filme com o universo da Marvel, já “Soldado Invernal” se apoia nas fraquezas da SHIELD, no caráter (e falhas) de seus líderes e depende, única e exclusivamente, da bússola moral de Steve Rogers para se guiar. É, basicamente, a estrutura de um daqueles filmes de policial que descobre as falcatruas na corporação e tenta, com ajuda de amigos de fora, resolver a parada.

É o primeiro filme da Marvel que ousou quebrar o formato e tem colhido frutos fantásticos nas bilheterias, embora seja apenas interessante e sem nenhuma surpresa

É uma boa estrutura, mas denota uma quebra de paradigma interessante nos filmes da Marvel. Até agora, eram heróis contra vilões. Heróis sendo heróis. Ainda é difícil dizer se essa mentalidade vai mudar, e afetar os próximos filmes, ou se foi pontual pelo fato de Capitão América permitir essa discussão (os X-Men também seriam ideias, mas estão nas mãos da Fox e, felizmente, estão mergulhando na mitologia dos quadrinhos e ganhando força graças ao reboot com “Primeira Classe”).

Mas fica fácil entender as razões de tanto entusiasmo no fandom. Foi o primeiro filme da Marvel que ousou quebrar o formato e tem colhido frutos fantásticos nas bilheterias. Embora os irmãos Anthony e Joe Russo tenham entregue, de fato, um filme apenas interessante e sem nenhuma surpresa.

Mas, como a voz do povo deve ser ouvida, as decisões certas superaram a obviedade do roteiro (estruturalmente previsível de ponta a ponta) que, embora provocativo, ficou um pouco perdido entre a ficção e a realidade. E isso nos traz de volta à pergunta inicial: o que os super-heróis tem a dizer é relevante?

Parece que sim, entretanto, o mesmo processo de aprimoramento necessário para tirá-los da obscuridade das adaptações ruins vai precisar acontecer para que mensagem, visual e formato casem perfeitamente. O primeiro passo já foi dado. Quando eles se encontrarem e essa crise de identidade acabar, os heróis vão transcender barreiras.

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8-bit Ghibli

Le graphiste Richard J.Evans a voulu rendre hommage à l’œuvre du réalisateur de films d’animation Hayao Miyazaki en transposant les personnages majeurs de sa filmographie sous la forme d’œuvres en pixel-art. Un rendu magnifique jouant sur la nostalgie des graphismes 8-bits et l’univers du Studio Ghibli.

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A metodologia por trás da criação dos efeitos especiais de “O Espetacular Homem-Aranha 2”

CULVER CITY, CA – Dois dias antes da finalização dos efeitos especiais para “O Espetacular Homem-Aranha 2 – A Ameaça de Eletro”, a Sony convidou um pequeno grupo de jornalistas para conhecer os meandros da produção e entender a metodologia por trás da criação dos efeitos especiais do novo filme de Marc Webb. O B9 foi o único veículo brasileiro no evento e o que vimos foi tão maravilhoso quanto assustador.

Há uma mentalidade interessante liderando a construção de cenas em CGI e os demais efeitos especiais na Sony: sempre ter um pé na realidade. Esse é o código de honra dos animadores, desenhistas e finalizadores dos efeitos liderados por Jereme Chen e David Schaub, que, inclusive, ministra um curso interno da “Física dos Super-Heróis”.

Basicamente, ele ensina a toda a equipe os princípios do mundo real a serem aplicados nos filmes. Claro, há elementos fantásticos na trama, afinal, Peter Parker aguenta o tranco de balançar de uma teia a outra sem estourar os braços, por exemplo, mas a maioria das circunstâncias tem que ser real.

O pensamento é válido, pois o grande desafio dos filmes de super-heróis é, de fato, mesclar o mundo fantástico com a realidade e possibilitar a crença na veracidade dos protagonistas. Por conta disso, especialmente o movimento do Homem-Aranha é estudado nos mínimos detalhes e criado para reproduzir um ser humano realizando tais ações, o que é uma vantagem, afinal, todo mundo lembra do aspecto de videogame criado pelo Neo falsificado em “Matrix Reloaded”. Anos-luz separam a falha dos Wachowski da primazia de Homem-Aranha, mas, conforme a tecnologia evolui e o público exige mais, é preciso manter o ritmo e evitar o distanciamento do espectador.

O software Katana, criado pela Sony Pictures Imageworks

O software Katana, utilizado pela Sony Pictures Imageworks

Spiderman

O resultado é impressionante. Na edição, Marc Webb percebeu que precisava de uma pequena transição com o Homem-Aranha. Em vez de chamar Andrew Garfield, ou seu dublê, para refilmar, a equipe técnica pediu a bola.

Quem entrou em cena foi a versão digital do personagem, que fez os movimentos necessários – utilizando motion capture – e executou a cena, com custo menor e, na prática, o mesmo resultado. Especialmente por conta da roupa do herói, a diferença é imperceptível. É uma situação bem parecida com a obtida em “Homem de Ferro” por conta da roupa. Mas a coisa muda de figura quando rostos “expostos” entram em jogo.

O lado negro surge rapidamente, pois o vilão do filme, Eletro, não tem fantasia e, para ajudar, é composto por inúmeras camadas de eletricidade, cor, vibração e movimento constantes. A Sony criou um software proprietário para trabalhar a eletricidade e transformar qualquer traço feito no programa em, bem, raios elétricos, o Mesch Light. Veio bem a calhar para manter um personagem tão presente no filme.

Jamie Foxx fez o trabalho habitual de atuação com as marcações para inserção posterior dos efeitos e, visualmente, ficou fantástico. É como se Eletro fosse uma mescla de carne com energia numa troca de energia sem fim. Mas aí veio o alerta vermelho: modelos em CGI.

Spiderman

A maior realização do filme foi a reconstrução de Times Square ao ponto em que é impossível dissociar a versão real da versão em CGI

Com tamanha presença de efeitos, todos os personagens ganharam modelos realistas em CGI, incluindo Gwen Stacy, para facilitar a transição entre tomadas, ou sets, reais e fictícios. Inevitavelmente, aquele pequeno momento que serviu bem ao Homem-Aranha, foi expandido com Eletro e Jamie Foxx, na maior parte das cenas, foi inteiramente substituído por seu modelo CGI. Isso explica a boca um pouco esquisita e algumas reações não-convincentes provocadas pelo personagem.

Para a equipe de produção, essa decisão possibilitou retirar as falhas da maquiagem, garantir a fidelidade dos efeitos e não alterou o resultado final, afinal, os animadores fizeram uma “mímica de absolutamente tudo” que Jamie Foxx fez.

A coisa não é tão simples assim, pois o exagero pode levar ao estranhamento. Se em “Tron Legacy”, o Flynn virtual teve alguns instantes de realismo, o Eletro CGI tem vários momentos de falsidade. No fim das contas, pode causar o mesmo estrago, pois coloca a experiência em risco.

Spiderman

Spiderman

Esse não é um problema definitivo para “O Espetacular Homem-Aranha 2”, mas leva a uma discussão na indústria. Já chegamos ao ponto em que um ator pode ser substituído facilmente. O MoCap fez isso pelo cinema.

Agora, quanto falta para que, de fato, atores deixem de poder mostrar o rosto em filmes de ação e super-heróis por conta da tremenda evolução de seus “modelos em CGI”? Tecnologicamente, não há problema algum. Entretanto isso pode tirar um pouco do charme do cinema, afinal, é através das nuances do ator e suas reações que nos envolvemos, ou não, com um personagem.

Ficaremos, então, à mercê não de bons atores, mas de bons animadores, mesmo nos filmes com “gente real”?

É uma pergunta válida, pois, embora o filme continue sendo feito e os efeitos melhorem a cada dia, tirar aquele sorriso delicado, uma piscadela reveladora ou algo mais mágico que alguns atores conseguem fazer pode, infelizmente, se perder por descuido do replicador… ou melhor, animador.

Spiderman

Recriando mundos

Outro aspecto do trabalho em “O Espetacular Homem-Aranha 2” foi a construção de cenários. E, nesse assunto, não há dúvidas ou críticas. Foi fenomenal. A maior realização desse filme foi a reconstrução de Times Square ao ponto em que é impossível – sem uso de framegrab e zoom – dissociar a versão real da versão em CGI.

A Sony mapeou toda a área, com diversas câmeras portáteis e até telefones celulares, reconstruiu cada prédio, cartaz, letreiro, placa de trânsito e efeito visual, para, então, recriar o que fosse necessário em estúdio. Nenhuma cena foi, de fato, filmada em Manhattan.

Esse é um dos melhores cenários fictícios que já vi, e foi feito pela mesma equipe que realizou “Eu Sou a Lenda”, entretanto, a adaptação de Richard Matheson foi mais “simples”, pois a área estava vazia e apenas iluminada pela luz do Sol.

Dessa vez, o desafio foi recriar Times Square em toda sua glória, de noite e, de quebra, destruir tudo no fim de uma das lutas entre Homem-Aranha e Eletro. Apenas as áreas e extras imediatamente próximas à cena foram recriadas em estúdio, cercado por gigantescos painéis de tela verde, todo o resto foi adicionado posteriormente.

Se o objetivo era ser realista, nesse aspecto, “O Espetacular Homem-Aranha 2 – A Ameaça de Eletro” promete um espetáculo à parte.

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Fábio M. Barreto é jornalista baseado em Los Angeles, autor de “Filhos do Fim do Mundo” e tem um canal de entretenimento no YouTube, o Barreto Unlimited

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“Divergente”: Massificação disfarçada de excepcionalidade

Não é segredo que o público jovem determina os rumos do cinema comercial. Desde a explosão do “Verão Americano” com as filas quilométricas para “Guerra nas Estrelas” e “Tubarão”, a mentalidade de agradar o principal cliente tem norteado as decisões de Hollywood e outros núcleos cinematográficos. As adaptações literárias, que já eram numerosas no final da década de 70 – uma realidade do mercado, não uma tendência como muitos apontam, aliás – foram um pouco apagadas por um grande surto criativo nas duas décadas seguintes, mas sempre estiveram por aí.

Foi preciso outro grande transformador cultural e comercial para virar a balança: “Harry Potter”. A porteira foi aberta pela razão mais óbvia: filmes com base de fãs pronta a ser explorada eram garantias de sucesso. “Crepúsculo” reforçou o modelo, assim como os livros que seguiram o mesmo caminho: “Jogos Vorazes” e, a mais nova estreia, “Divergente”. A chamada “crise criativa de Hollywood” não existe, pois, de fato, mascara o monstro do medo do fracasso. E nada como uma heroína pré-fabricada para salvar o dia.

Por conta disso, as grandes disputas da bilheteria trocaram “o filme mais surpreendente” pela “adaptação menos problemática”. Se bem feito, o longa-metragem em questão vai agradar aos fãs mais moderados (os radicais vão odiar de qualquer jeito, mesmo) e romper a barreira do nicho, arrecadando mais e se sustentando por mais tempo nas bilheterias. Caso contrário, desaparece rapidamente e sepulta eventuais continuações (quem lembra de “Coração de Tinta”, de Cornelia Funke? Um bom livro com execução questionável. Ou mesmo “A Bússola de Ouro”, o fracasso que matou a New Line?).

O diretor Neil Burger com a atriz Shailene Woodley

O diretor Neil Burger com a atriz Shailene Woodley

Divergente

É bem nesse cenário que Bella Swan, e suas herdeiras, mudaram o jogo. Quando os livros mais ousados ou provocadores fracassaram, a história de amor adolescente impossível ou de revolta ao sistema opressor ganharam força e a fórmula mágica caiu nas graças dos produtores, do público e dos jovens escritores, que, prontamente, se prostituíram ideologicamente em troca da promessa de sucesso, fama e fortuna.

Tudo nisso é ruim? Não. Os estúdios encontraram a jogada de segurança para guia-los através da tempestade da mudança de modelo de negócios (que ainda está longe de ser concluída), das perdas causadas pelos downloads e o novo perfil de consumidor, que prefere ver o filme em casa e tem se afastado dos cinemas por diversas razões (preço, público problemático, filas, preguiça, comodismo e desinteresse puro e simples).

Logo, a proporção para cada “Ela” é de cinco “Jogos Vorazes”; e o produtor do “Ela” ainda entra na jogada com todo o receio do mundo, enquanto quem trabalha no outro lado sabe que vai poder explorar todo o licenciamento por meses a fio, tem um mínimo garantido de bilheteria e, inevitavelmente, vai ter uma estreia lotada. São dois exemplos extremos, mas que convivem no mesmo mercado, sendo produzidos pelas mesmas pessoas e disputando as mesmas salas de cinema.

As grandes disputas de bilheteria trocaram “o filme mais surpreendente” pela “adaptação menos problemática”

Também existe a outra conta: um sucesso comercial pode financiar até 10 filmes menores, que vão girar o catálogo do estúdio, manter o pessoal empregado e sustentar as finanças no longo prazo. Logo, eles são necessários e muito bem-vindos.

Mas qual o custo? Muito alto. Um dos maiores problemas é amplificar vozes sem conteúdo ou mensagens contraditórias geradas pela obrigatoriedade da fórmula mágica. As heroínas pré-fabricadas mostram que é preciso lutar, literalmente, até descobrir que cada garota é a única capaz de derrotar regimes autoritários, revolucionar sociedades e garantir a individualidade independente das consequências.

Divergente

Claro, tudo isso se origina na mensagem válida da independência feminina e na, bem-vinda, mudança de paradigma social moderno e tais conceitos devem ser reforçados. Mas, de certa forma, isso se transformou numa desculpa para histórias ruins serem elevadas a dramas relevantes.

A mensagem se contradiz com as circunstâncias da criação da personagem, uma mera resposta comercial a um gênero que fez sucesso

Tris, a heroína de “Divergente”, é uma alusão clara à luta contra os rótulos, uma mulher capaz de encontrar seu próprio lugar na sociedade e disposta a tudo para não se conformar com imposições externas. Entretanto a mensagem se contradiz com as circunstâncias da criação da personagem, uma mera resposta comercial a um gênero que fez sucesso: adolescente feminina + sociedade autoritária + teste que vai definir seu futuro + habilidade especial + luta pela sobrevivência + papel fundamental na subversão do sistema.

É só inventar novas possibilidades para cada um desses moldes e a história se mantém. É a cópia da cópia da cópia. Talvez, tentar entender as razões sociais e a presença da força feminina seja ir além do que a proposta original sugere, o que só piora a análise e enfraquece a relevância da história.

Qual a lição de tanta “luta contra o governo e em prol da individualidade?” Estamos cercados por “comunistas bobos e feios”? E, se fazer parte de algum rótulo é tão ruim, por que as fãs andam todas juntas, vestem as mesmas roupas inspiradas nas personagens e repetem as mesmas frases de efeito? “Sou Divergente!”, ouvi uma garota dizendo com orgulho. Não, querida. Você é massa. Você e todas as outras.

A fórmula está pronta e significa algo bem ruim para roteiristas e autores criativos

Embora tenha uma direção com dois ou três bons momentos, “Divergente” é desinteressante até mesmo dentro de sua proposta. A personagem principal não se encaixa na sociedade, logo, deve ser exterminada. Há um golpe militar em andamento, para “salvar a sociedade”, que, aparentemente, se recuperou muito bem de uma guerra distante.

Divergente

Se ser diferente é um problema tão grande no futuro proposto (e algo amplamente aceitada hoje), qual a razão de tudo isso? Continue sendo você mesma? Como se as novas gerações não soubessem o que querem e como querem.

As liberdades sociais, as milhares de carreiras que surgem com a inovação tecnológica e o acesso a informação faz isso por elas, permite que se encaixem onde quiserem ou vivam vidas distantes de grupos sem se privarem dos benefícios modernos. É tudo uma questão de opção.

“Divergente” fala um pouco disso, da responsabilidade na escolha e talvez seja seu único ponto positivo, mas que se dissipa em meio a tantos estereótipos, sacrifícios pouco dramáticos e uma sociedade que não dá ao espectador razões para torcer por sua continuidade ou lutar por sua destruição. Tudo tão artificial quanto os efeitos questionáveis, a trilha ineficaz e um romance que dói de tão previsível.

Nada disso, porém, impediu “Divergente” de abrir liderando as bilheterias norte-americanas e já acumula mais de US$ 125 milhões. A fórmula está pronta e significa algo bem ruim para roteiristas e autores criativos. Quer vender? Escolha um público, entregue algo de fácil digestão, faça de conta que está ensinando algo, mas, na verdade, massifique ainda mais. Não se esqueça da história de amor e de sugerir que TODOS os seus leitores/espectadores podem ser algo especial, único e mágico. A fortuna te espera. E a fila anda.

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Fábio M. Barreto gosta de bons autores, aprendeu muito com Alan Moore, se divertiu com J.K. Rowling, quer ver mais filmes de Chuck Palahniuk nos cinemas e sabe que seu próprio livro, Filhos do Fim do Mundo, não se encaixa na fórmula mágica!

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Wish I Was Here Trailer

« Wish I Was Here » raconte l’histoire d’un père qui ne peut plus payer l’éducation de ses enfants et qui leur fera cours à domicile. Plein d’imagination, ce film a été réalisé par Zach Braff à l’aide de Kickstarter : la sortie est prévue prochainement dans nos salles. Le teaser est à découvrir dans la suite.


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Game of Thrones Death Illustrations

Beautiful Death, représente une série d’illustrations réalisées par Robert M. Ball et le studio 360i pour HBO. Ces posters représentent toutes les morts de Game Of Thrones, de chaque épisodes au cours des 4 dernières saisons. Plus de détails et d’images dans la suite de l’article.

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Best-of Timelapse on Fubiz

Pour ce deuxième best-of du mois d’avril, nous avons réuni, pour vous, le meilleur du timelapse : cette jolie technique qui permet d’accélérer le temps pour le voir passer et qui permet aux paysages, aux fleurs, aux gens et aux villes de se mouvoir. La sélection est disponible dans la suite.


Infra Red Timelapse by Glen Ryan & James van der Moezel.

Malaria Illustration by Edson Oda.

Mauna Kea Heaven Timelapse by Sean Goebel.

Melancholia Timelapse by Enrique Pacheco.

Mirror City Timelapse by Michael Shainblum.

Beyond Nature Iceland by AprilGarden.

City Lights by Colin Rich.

Dan Black – Hearts by Chic & Artistic.

Death Valley Dreamlapse by Sunchaser Pictures.

Dreamscapes by Jonathan Besler.

Family Portraits Timelapse by Anthony Cerniello.

First Footprints by Murray Fredericks.

Flowers Timelapse by Katka Pruskova.

Heild Timelapse Trailer by Trailperpark Studios & Petur K. Gudmundsson.

Landings by Cy Kuckenbaker.

Limitless Graffiti Timelapse by Selina Miles.

Radiance by LakeSuperiorPhoto.

Rumble and Sway NY Timelapse by The Seventh Movement.

Into The Atmosphere by Michael Shainblum.

Supercell Thunderstorm Time Lapse by Mike Olbinski.

The World Outside my Window by David Peterson & Random Photons Productions.

The Making Of Design Fu Mural by YIU Studio.

This is Shanghai by Rob Whitworth.

Welcome Home Timelapse by Michael Shainblum.

White Noise Movie by TimeLine Films.

Cityscape Chicago by Eric Hines

Yosemite Timelapse II by Colin Delehanty & Sheldon Neill.

Adventure Is Calling by Shane Black.

Alchemy Nature by Evosia Studios.

Disneyland Timelapse by Matt Givot & Dan Douglas

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29-DisneylandTimelapsebyMattGivotAndDanDouglas
28-AlchemyNaturebyEvosiaStudios
27-AdventureIsCallingbyShaneBlack
26-YosemiteTimelapseIIbyColinDelehantyandSheldonNeill
26-Cityscape-ChicagobyEricHines
25-WhiteNoiseMoviebyTimeLineFilms
24-WelcomeHomeTimelapsebyMichaelShainblum
23-ThisisShanghaibyRobWhitworth
22-TheMakingOfDesignFuMuralbyYIUStudio
21-TheWorldOutsidemyWindowbyDavidPetersonAndRandomPhotonsProductions
20-Supercell ThunderstormTimeLapsebyMikeOlbinski
19-Rumble and Sway NYTimelapsebyTheSeventhMovement
18-RadiancebyLakeSuperiorPhoto
17-LimitlessGraffitiTimelapsebySelinaMiles
16-LandingsbyCyKuckenbaker
15-HeildtimelapsetrailerbytrailperparkstudiosandPeturKGudmundsson
14-FlowersTimelapsebyKatkaPruskova
13-FirstFootprintsbyMurrayFredericks
12-FamilyPortraitsTimelapsebyAnthonyCerniello
11-DreamscapesbyJonathanBesler
10-DeathValleyDreamlapsebySunchaserPictures
9-DanBlackHeartsbyChicAndArtistic
8-CitylightsbyColinRich
7-BeyondNatureIcelandbyAprilGarden
6-MirrorCityTimelapsebyMichaelShainblum
5-MelancholiaTimelapsebyEnriquePacheco
4-MaunaKeaHeavenTimelapsebySeanGoebel
3-MalariaIllustrationbyEdsonOda
2-InfraRedTimelapsebyGlenRyanAndJamesvanderMoezel
1-Into The AtmospherebyMichaelShainblum.

Europe in 8 Bits

« Europe In 8 Bits » est une vidéo réalisée par Device qui explore le monde du chiptune (ou 8 bits-music) en Europe. Le concept de cette musique est de reprendre les sons de jeux vidéos de Game Boy, NES, Atari ST et Amiga pour en faire de la musique et un mouvement musical innovant.


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Swiss Style Design reúne pôsteres cinematográficos ao Estilo Suíço

Um projeto sem fins lucrativos, que se propõe a ser uma vitrine para todos os apaixonados pelo Estilo Suíço. Esta é a proposta do Swiss Style Design, que reúne uma interessante coleção de pôsteres cinematográficos criados segundo  os “grids” do estilo internacional, com foco na leitura, objetividade e no aspecto clean.

A ideia é reunir trabalhos de designers ao redor do mundo, que desejem enviar suas obras. De “Titanic” a “O Iluminado”, passando por “Superman”, “Cães de Aluguel” e “Transformers”, vale acompanhar este projeto. Confira alguns deles:

"Os Vingadores", por Adriana Gonález Gil

“Os Vingadores”, por Adriana Gonález Gil

 

"Taxi Driver", por Brett Elvidge

“Taxi Driver”, por Brett Elvidge

"Transformers", por Xisco Barceló

“Transformers”, por Xisco Barceló

"Titanic", por Natalia

“Titanic”, por Natalia

"O Iluminado", por Tom Freese

“O Iluminado”, por Tom Freese

"Toy Story", por Natalia

“Toy Story”, por Natalia

"Superman", por Xisco Barceló

“Superman”, por Xisco Barceló

"Pulp Fiction", por Tom Freese

“Pulp Fiction”, por Tom Freese

"Cães de Aluguel", por Xisco Barceló

“Cães de Aluguel”, por Xisco Barceló

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“Noé”: Filme grande, fé, magia e… Transformers!

Superação é uma constante na obra de Darren Aronofsky que atinge seu ápice em “Noé”, uma lenda atemporal utilizada para estudar o sujeito moderno e sua obstinação. Mesmo cercado pela magia divina, ao se considerar as decisões de Noé, vivido por Russell Crowe, é impossível não olhar o homem e suas limitações. E essa é a proposta do diretor, aparentemente tão obstinado quando seu protagonista e tão fiel à arte como Noé a Deus.

Mas as duas línguas são compatíveis? A pergunta é para a posteridade, mas baseada num fato: entrar para assistir “Noé” para julgar verossimilhança ou a lógica bíblica é um tiro no pé, pois fé e magia – além dos transformers/ents! – são peças fundamentais do universo criado pelo diretor, no qual a presença do Deus judaico-cristão é tão latente e palpável quanto a água dos rios.

“Noé” é o maior “projeto ego” de Darren Aronofsky, começando pela fixação pela passagem bíblica desde a juventude e terminando com a retomada dos épicos religiosos, dez anos depois da controversa estreia de “A Paixão de Cristo”, de Mel Gibson. Aronofsky utilizou uma leitura judaica que prevê a inserção de outros trechos relevante ao assunto para a complementação e interpretação da história do dilúvio, que não tem mais de três páginas na bíblia cristã.

Mas, embora ele tenha ganhado a guerra para lançar a sua versão nos cinemas, precisou incluir alguns elementos claramente hollywoodianos para gerar drama e motivar a história ao longo da longa jornada vivida pela família de Noé desde o sonho divino até a chegada do dilúvio.

Darren Aronofsky no set

Darren Aronofsky no set

Noé

E por que tudo isso é relevante? Noé faz as vezes do homem atribulado e perante uma sequência de escolhas fundamentais, entretanto apenas duas serão de fato transformadoras em escala histórica (pelo aspecto bíblico). Todos vivemos cercados por decisões, por dilemas e muitas dúvidas, e Aronofsky transferiu todas essas características para o mito.

Por mais que a missão e o incentivo para as decisões de Noé sejam originadas do criador, o livre arbítrio se faz valer e a decisão é dele. Só dele. Curiosamente, é isso que mais atribula o personagem de Russell Crowe. Qual é a escolha certa? Qual a vontade do criador? Vida ou morte? Fé espiritual ou fé na força do homem? Muitas dessas perguntas, que ecoam na obra de J.R.R.Tolkien, por exemplo, se fazem presentes na leitura de Aronofsky.

Entretanto, “Noé” também tem sua cota de respostas e reações previsíveis, afinal, ele segue a lógica de que os descendentes de Noé repovoaram o mundo após o dilúvio divino. Há elementos interessantes ali, como a tentativa de conciliar as teorias criacionistas com a ciência moderna, mas falha justamente por precisar do maior Deus Ex Machina do cinema para justificar o surgimento do homem.

Outro ponto é a raiz da desavença entre Noé e o filho a quem é atribuída a origem dos povos africanos (que seria improvável por conta de um erro narrativo do filme). E é justamente aí que a tentativa de julgar o roteiro pelo que é lógico e o que não é fica problemático.

A sequência dos anjos caídos, transformados em transformers recalcados de pedra, testa a disposição do espectador. Quem resiste a essa, vai superar todas as outras invenções ou adaptações bíblicas. Pelo menos oferece uma teoria de como 8 pessoas teriam construído uma arca gigantesca e mantido milhares de animais em cativeiro durante um bom tempo.

Darren Aronofsky e Russel Crowe

Darren Aronofsky e Russel Crowe

É forte, no aspecto cinematográfico, a impressão de que Aronofsky ficou tão obcecado por Noé quanto o personagem por sua missão

A impressão de que Aronofsky ficou tão obcecado por Noé quanto o personagem por sua missão, é forte no aspecto cinematográfico. A obra é quase um grande ponto de vista, tentando compreender as decisões das pessoas à sua volta, contanto que elas ajudem o protagonista a ter forças para realizar a tarefa hercúlea. Noé se transforma em alguém tão industrial (elemento maléfico, de acordo com o roteiro) quanto os homens maus que justificaram essa carnificina bíblica.

Mas até que ponto ele é melhor apenas por estar seguindo os ensinamentos do Jardim do Éden e de seus antepassados? A questão é deixada em aberta em boa parte da trama e tanta criar uma ponte entre o arquétipo bíblico com o homem moderno, que carrega o mal dentro de si, mas pode optar pela bondade. É um jeito interessante de tratar a velha luta entre Bem e Mal, mas centrada num único personagem que, na mão de um diretor menos obstinado, teria sido apenas um arauto silencioso do criador.

O mesmo não pode se dizer da maioria dos demais personagens, que tem pouca variedade dramática e se mantém os mesmos durante toda a exibição. Logan Lermann acaba sendo o ponto mais fraco ao antecipar seu desfecho logo na primeira cena. Lembrou Sméagol vendo Um Anel pela primeira vez, corrupção instantânea.

É um filme grande e revelador sobre Aronofsky, mas não um grande filme inesquecível, distante dos grandes trabalhos do diretor

Jennifer Connely tem bons momentos, mas estava ali apenas para apoiar o marido, tendo apenas uma oportunidade de brilhar, que aproveita bem. O destaque mesmo fica por conta da “estranha” da família, vivida por Emma Watson, num papel impressionante e que, sozinha, justifica a ida ao cinema.

É estranho analisar uma história seminal que, sejamos religiosos ou não, moldou o caráter humano em tantas maneiras distintas e, por si, reflete as dúvidas e atribulações que enfrentávamos há mais de 5 mil anos. Algumas coisas parecem não mudar, mas o desejo de escolher a opção correta nunca vai nos abandonar.

Era preciso um filme desse tamanho para uma discussão tão “simples”? Não, mas os épicos religiosos sustentaram Hollywood por tanto tempo e, quando bem feitos, marcam o cinema para sempre, imortalizando contos, enaltecendo personalidades e realizações que, independente da crença, são seminais para a Humanidade (vide a presença de dilúvio em pelo menos três das grandes religiões atuais). É um filme grande e revelador sobre Aronofsky, mas não um grande filme inesquecível, distante dos grandes trabalhos do diretor.

The Adventures of Star Wars Figurines in Nature

Le photographe malaisien Zahir Batin met en scène les aventures ses figurines de la saga « Star Wars » dans la nature : leurs rencontres régulières avec des poussins ou dans l’espace, le deuil, la dépression, les combats et les promenades dans l’herbe. Des photos décalées et très amusantes, à découvrir dans la suite.

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Newport Beach Film Festival homenageia o projecionista

Quando falamos em cinema, tanto na arte quanto no entretenimento, costumamos esquecer de um importante profissional desta indústria: o projecionista. Não que ele nunca tenha sido homenageado – Giuseppe Tornatore fez isso lindamente em “Cinema Paradiso” -, mas são raras as oportunidades em que isso acontece. Como agora, em “Bedtime Story”, filme que promove o Newport Beach Film Festival.

Criado pela RPA e produzido pela Tool of North America, o comercial tem direção de Tom Routson. A história gira em torno de uma garotinha que, antes de dormir, pede que o pai leia uma história. Ele atende ao pedido mas, ao começar a leitura, decide tomar outros rumos, criando uma história repleta de referências a outros filmes.

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Spoiler alert: a culpa do “final ruim” é sua!

A humanidade escreve há pelo menos 5000 anos. E já escreveu sobre tudo o que você possa imaginar. A criação de histórias, então, é ainda mais antiga. E, de alguma forma, toda nova história contada hoje, seja uma piada numa roda de amigos ou a sua série favorita, estabelece uma relação com um texto mais antigo, seja para interpretá-lo ou copiá-lo, seja para concordar ou discordar com a ideia. Mas isso não sou eu quem diz isso (diabos, eu não sou o autor do texto?), e sim o conceito de dialogismo da linguagem, descrito por Bakhtin.

Acabada a parte acadêmica do texto, vamos logo falar sobre a cultura pop e a irritante mania das pessoas odiarem o que se chama de spoiler. E sim, este texto está recheado de spoilers. Espero que até o fim dele, você não dê a mínima para este aviso, como eu não dou.

Em uma dessas discussões de bar, comentávamos sobre “Breaking Bad”, uma série que eu considero extremamente acima da média em relação ao que se produz para TV. É óbvio que parece bobagem dizer isso depois de assistir ao capítulo final, mas convenhamos: quando foi que você descobriu que o final de Walter White seria a morte, esta inevitável vilã de toda a humanidade? Quando foi que você descobriu que todos os personagens – sem exceção – que cruzaram o seu caminho iriam acabar invariavelmente morrendo ou sofrendo e “pagando pelos seus pecados”? No momento em que morreram? Mesmo?

Essa história já foi contada antes, e isso não é desmerecer em nada o trabalho brilhante do criador da série. Um homem que constrói um império do qual só se vê ruínas? A própria série nomeia o seu antepenúltimo episódio com o título de um poema escrito no século XIX, Ozymandias, que fala justamente sobre o maior dos faraós egípcios e as ruínas que são a única evidência do que foi o seu tempo de glória.

As tragédias gregas ensinam que, mais importante que não conhecer o fim, é a condução da história e as motivações dos personagens

A estrutura de crime e castigo da série é quase tragédia grega pura: tanto aqueles que ousaram desafiar Walter White (aqui representando um rei) como aqueles que ousaram desafiar a lei (aqui representando a lei maior, a dos deuses gregos) invariavelmente morreram ou se f***ram. Uma boa tragédia grega que aponta esta inevitabilidade do sofrimento é Antígona, de Sófocles. Ao questionar a lei de seu rei, Antígona morre. Ao questionar a lei dos deuses, o rei vê sua família e seu legado ruir.

A tragédia grega tinha um intuito bastante simples: ao conduzir uma história que poderia descrever os sentimentos e motivações de quase todas as pessoas e apontar o seu fim trágico, o patrocinador das peças gregas – o estado – ensinava que aquele que desafiasse o governo ou os deuses teria um único destino óbvio. Por isso, mais importante que não conhecer o fim (aquele monte de gente morta era o resultado de toda e qualquer tragédia) era a condução da história e as motivações dos personagens. Era isso que melhor conversava com o público e suportava a lição.

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Essa história já foi contada antes, e isso não é desmerecer em nada o trabalho brilhante do criador da série

Ou seja: era possível apontar o destino dos personagens de “Breaking Bad” logo em sua primeira temporada, assim que foi possível identificar tais referências no ótimo texto de Vince Gilligan e companhia. E houve quem “não gostou” do final, como se o que importasse fosse o fim, e não o caminho percorrido pela história.

Obviamente, são muitas as referências e clichês que podem ser utilizados em um mesmo texto. E referências existem para serem incorporadas ou questionadas. Em outra série muito interessante em condução de história, “True Detective” “pecou” segundo muitos fãs por um fim menos conspiratório: quando parecia que as mortes envolviam todo o alto escalão do governo estadual, chegou-se a um último, mas único, monstro. E por que a surpresa? Não se aprendeu nada com os discursos de Rust Cohle sobre a vida? Não há grand finale da vida, mas sim a aceitação de que ela acaba das maneiras mais banais. Isso ele diz logo no primeiro episódio. O homem é o lobo (ou o vilão) do homem, e não os aliens, os deuses, a natureza sobrenatural ou forças ocultas que nos governam.

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Não há grand finale da vida, mas sim a aceitação de que ela acaba das maneiras mais banais.

A gente espera um final clichê feliz ou espetacular (afinal, a felicidade não é espetacular?), mas a vida nos dá o que pode. Textos (e filmes e séries) funcionam assim. Se derem um final feliz, a gente vai reclamar que ele é óbvio. Se não derem, a gente vai reclamar que não é como esperávamos. Ainda não lhe convenci que o final não importa?

Vamos a “How I Met Your Mother”, uma série que nasceu de um questionamento central – quem é essa mãe e como eles ficam juntos – mas contou apenas as histórias paralelas: idas e vindas de Ted e Robin, Marshall e Lily consolidando um casamento com altos e baixos, Barney amadurecendo tardiamente, mas casando antes que Ted, o personagem mais tradicionalista de todos. Na trajetória, garantiu boas risadas contando situações cotidianas de um estilo de vida cosmopolita.

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“é como se então de repente eu chegasse ao fundo do fim, de volta ao começo”

A maior chateação de todos foi perceber que a mãe, no entanto, não estaria viva em 2030. Eu também fiquei chateado. Aí, fica claro que Ted contou toda a história para os filhos para justificar um possível novo caso. E por que não? Finais felizes são realmente esperados, sempre, mas são aqueles que os questionam de alguma maneira (nem ouso dizer que o final de “How I Met Your Mother” não é feliz) que nos fazem atentar para elementos que deixamos de acompanhar com mais detalhe em toda a trajetória. Exatamente: minha primeira reação ao assistir o último episódio foi querer assistir ao primeiro e pescar naquele episódio as cenas que abriram esta bem sucedida série. Como já cantava Gonzaguinha, “é como se então de repente eu chegasse ao fundo do fim, de volta ao começo”.

“Forrest Gump”, um filme que eu gosto muito, realiza uma narrativa semelhante: fica ali o Tom Hanks contando tudo o que fez pensando no grande amor de sua vida, aí ele vai correndo encontrá-la em Savannah, mas ela morre antes do filme acabar. O curioso é que o filme oferece, desta maneira, mais minutos de amor que um mero final feliz poderia dar, mas Jenny morre e só assim nós atribuímos maior valor para tudo o que eles viveram diante de grandes acontecimentos da História norteamericana. O filme, no entanto, não esconde os seus maiores clichês: o da superação do protagonista em diversos momentos de dificuldade e o da indestrutibilidade do grande amor.

Concluindo: há muito para se assistir num filme ou numa série que não seja uma linha reta para o final. Por isso, se posso deixar um conselho sincero, pare de ligar para essa rasa cultura de evitar os spoilers. Todos sabemos que um dia vamos morrer, e nem por isso deixamos de nos divertir e de nos emocionar, certo?

A Girl Named Elastika in Stop Motion

Le réalisateur canadien Guillaume Blanchet a réalisé une vidéo en stop-motion « A Girl Named Elastika » racontant l’histoire d’une jeune rêveuse qui conduit beaucoup trop vite et qui est aussi yamakasi. Elle aime l’aventure, les feux d’artifices et la mer. Cette fille est spéciale : elle est entièrement faite en élastique.


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O climão de “RoboCop”: Padilha mentiu no Roda Viva?

Em fevereiro desse ano, o Roda Viva realizou uma entrevista extensa e aprofundada com o cineasta brasileiro José Padilha, que dirigiu “RoboCop”, “filme brasileiro de US$ 130 milhões”, de acordo com ele.

Pude acompanhar boa parte do papo na época, graças à transmissão ao vivo disponibilizada pela TV Cultura, e gostei bastante do resultado, mesmo perante uma bancada não tão preparada e com um péssimo “especialista de cinema”. Inclusive, o programa é extremamente recomendado e está disponível, em 4 partes, no canal do Roda Viva. Mas nem tudo que foi dito ali pode ser considerado verdade absoluta.

No primeiro bloco, por volta de 15m48s, alguém pergunta sobre o “clima no set”, partindo daquela premissa deslumbrada de quem nunca pisou num estúdio norte-americano. Em vez de falar sobre o mito das entourages dos atores, José Padilha optou por explicar a importância do ensaio com o elenco e da preparação antes das filmagens.

“Depois de aborrecer muito o estúdio, consegui ensaiar [assim como diz ter feito em Tropa de Elite]”, diz Padilha ao programa, também afirmando que ensaios são raros nos Estados Unidos por causa do custo; algo já questionável. “Estávamos numa sala, com sofás, algumas mesas, o Gary Oldman, o Joel Kinnaman e todo mundo. O roteirista sentava ao lado, o Josh Zetuman, e a gente ia ensaiando e mudando a cena. Isso foi criando uma intimidade e a gente foi entendendo a história cada vez mais”.

Como consequência desses ensaios, Padilha diz ter sido capaz de filmar “Robocop” como um “filme brasileiro”, no qual cenas são reescritas no set, diálogos alterados e novas cenas filmadas no improviso. Mas nem todo mundo do elenco concorda com essa visão e a resposta ao Roda Viva é colocada em xeque.

Jay Baruchel

Duas semanas depois, tive a oportunidade de entrevistar o ator Jay Baruchel, que interpreta um gerente de marketing em “RoboCop”. Ele faz a voz de Soluço, o protagonista do ótimo “Como Treinar Seu Dragão” e é fã declarado de Padilha. “Quando soube que Padilha estava filmando no Canadá, pertinho da minha casa, fui com tudo atrás da produção e queria participar”, diz Baruchel, em entrevista exclusiva ao B9. “Assisti aos dois Tropa de Elite no Netflix e gostei demais do trabalho dele”.

Vendo um ator tão empolgado, e dedicado à direção – que será o futuro de Baruchel no cinema – acabei perguntando sobre os ensaios. Curiosamente, há alguns anos, Gary Oldman havia reclamado sobre “diretores que ensaiam na câmera” para a reportagem do B9. Logo, Padilha enaltecendo o trabalho, Oldman concordando, uma resposta muito legal estava por vir, não? Mas algo inesperado aconteceu! Vou colocar o diálogo na íntegra para expor:

Fábio Barreto: – Gary Oldman havia reclamado de diretores que ensaiam na tela e José Padilha falou bastante sobre a importância do ensaio outro dia. Como foi…?

Jay Baruchel: – Ele falou isso? (gargalhadas absurdamente altas)

FB: – Sim, falou.

JB: – Okay. (com cara de “então tá, então!”)

FB: – Então não rolaram ensaios?

JB: – Não, pois quando sentamos para a primeira, e única, “table read” [quando o elenco lê o roteiro junto], ele ficou repetindo “Não fazemos isso no Brasil”. Ele me disse isso várias vezes, que ninguém ensaia no Brasil. E ele repetia “Isso é fantástico!” [imitando Padilha em deslumbre], então é estranho vê-lo falando sobre a importância dos ensaios.

Bizarro, não? Ele pode ter confundido os termos? Table read é um elemento inicial na preparação e pode até ser considerado ensaio, mas o ensaio propriamente dito acontece quando a cena é encenada, com movimentação, num cenário similar ou espaço aberto. Muitos diretores ensaiam antes e durante a produção, pouco antes da cena ser rodada, já com iluminação sendo definida e movimentos de câmera.

De qualquer forma, a contradição soou estranha e me fez questionar outras explicações dadas por Padilha durante o Roda Viva, afinal, ninguém ali estava pronto a contrapor suas explicações, pois, infelizmente, o painel tinha caráter mais curioso do que investigativo, especialmente por se tratar de um cineasta tão engajado e informado sobre violência, política e, claro, cinema.

A reportagem do B9 procurou José Padilha para comentários, ou alguma explicação sobre a contradição, mas ele não estava disponível para entrevistas sob alegação de que “o período de divulgação de Robocop acabou e ele não fala mais sobre o assunto”.

Festival de cinema destaca a importância de se tomar decisões independentes

Para filmar “Psicose”, Alfred Hitchcock foi obrigado a hipotecar sua casa, já que ninguém acreditava no potencial daquela trama. O problema é que, no meio do caminho, a produção passou por inúmeros problemas, inclusive a falta de verba. Poderia ter sido o fim da carreira do cineasta, conforme mostra o filme “Hitchcock”É claro que ele poderia ter escolhido um caminho mais fácil, como imagina “Psycho”, comercial da Leo Burnett de Lisboa que divulga o 11º Festival Internacional de Cinema Independente.

Aqui, vemos Hitchcock sendo comunicado por um de seus produtores que ele descobriu uma forma de arranjarem mais dinheiro para o longa-metragem. O preço? A destruição de uma das sequências mais icônicas da história do cinema… Isso se o cineasta não tivesse mantido suas decisões independentes.

“Donnie Darko” também poderia ter sido muito menos sombrio…

O conceito para o IndieLisboa, que acontece entre os dias 24 de abril e 4 de maio, é “Realizadores independentes. Decisões independentes”, e também conta com três peças impressas. Mais um bom trabalho dos criativos portugueses.

01_Tarantino - Pulp Fiction

02_SofiaCoppola - Lost in Translation
03_Kubrick - 2001 - A Space Odyssey

Game of Thrones in Pixels

Après la série des chefs pour Fricote, LeBlox revient avec une série de miniatures consacrée aux personnages de la série Game of Thrones. Les familles et les personnages ont été fait sur plusieurs semaines courant Février-Mars et l’intégralité est maintenant révélée en exclusivité sur Fubiz dans la suite.


Stark Family.

Daenerys.

Arya Stark.

Cleagane.

Cleagane & Arya.

Cersei Lannister.

Catelyn Stark.

Bron.

Brienne.

Brandon Stark.

Bran & Hodor.

Barristan.

Baelysh.

Baelysh & Varys.

Samwell.

Robert Baratheon.

Rob Stark.

Renly Baratheon.

Melisandre.

Margeary.

Mance Rider.

Lannister Family.

Khal Drogo.

Jorah Mormont.

Jon Snow.

Joffrey Lannister.

Jaime Lannister.

Jaime & Brienne.

Igritte.

Hodor.

Eddard Stark.

Davos.

Yara Greyjoy.

White Walker.

Varys.

Tywin Lannister.

Tyrion Lannister.

Tyrion & Bron.

Theon Greyjoy.

Stannis Baratheon.

Sansa Stark.

Site officiel Leblox

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Realistic Pop Celebrities Illustrations

Basé en Pennsylvanie, l’illustratrice autodidacte Euclase a fait une série d’illustrations hyperréalistes à partir de photos d’acteurs, de célébrités et de personnages issus de la pop culture qu’elle a numérisées pour dessiner par-dessus. Les illustrations numériques sont à découvrir dans la suite.

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Assista ao primeiro trailer do remake de “As Tartarugas Ninja”

Michael Bay – dessa vez como produtor – resolveu botar suas mãos explosivas numa das nossas franquias preferidas da infância, e o resultado já pode começar a ser visto no trailer acima.

O reboot de “As Tartarugas Ninja” trará uma nova explicação para o surgimento dos quelônios adolescentes mutantes, mas o cenário nova iorquino continuará o mesmo.

Megan Fox, mantendo a mesma expressão que fez em “Transformers”, assume o papel da repórter April O’Neil. Will Arnett será o cameraman e William Fichtner interpreta o Destruidor.

A direção é de Jonathan Liebesman, e a estreia está marcada para 8 de agosto nos EUA.

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Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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FilmmakerIQ conta a história dos trailers cinematográficos

Quem diria, lá em 1913, que a ideia de colocar algumas chamadas e pequenas sequências para outros títulos no intervalo/início de um filme se tornaria uma verdadeira instituição cinematográfica. Pois é, ainda hoje, muita gente faz questão de chegar um pouco mais cedo no cinema só para assistir aos trailers – tradição que nem a internet foi capaz de abalar. Afinal, ir ao cinema é uma experiência repleta de particularidades, sejam elas boas ou ruins.

Voltando aos trailers, o site FilmmakerIQ acabou de lançar um vídeo – em inglês, sem legendas – para contar a centenária história dos trailers cinematográficos. Desde a Era de Ouro de Hollywood até os blockbusters, essa web-aula mostra como estes filmetes passaram de simples publicidade à pura arte – muitas vezes considerado até um gênero à parte.

Hoje, os trailers têm de funcionar não só como um preview ou uma chamada para um filme, mas também como um conteúdo que possa ser compartilhado em redes sociais.

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Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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