Forrest Gump by Wes Anderson

A quoi ressemblerait le film culte « Forrest Gump » si Wes Anderson l’avait réalisé ? C’est le projet du directeur artistique Louis Paquet qui a imaginé une introduction de Forrest Gump à la manière de Wes Anderson, avec ses compositions rigoureuses, à commencer par la boite de chocolat sur une musique de Mark Mothersbaugh.

Louis Paquet’s portfolio

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Spoiler alert: a culpa do “final ruim” é sua!

A humanidade escreve há pelo menos 5000 anos. E já escreveu sobre tudo o que você possa imaginar. A criação de histórias, então, é ainda mais antiga. E, de alguma forma, toda nova história contada hoje, seja uma piada numa roda de amigos ou a sua série favorita, estabelece uma relação com um texto mais antigo, seja para interpretá-lo ou copiá-lo, seja para concordar ou discordar com a ideia. Mas isso não sou eu quem diz isso (diabos, eu não sou o autor do texto?), e sim o conceito de dialogismo da linguagem, descrito por Bakhtin.

Acabada a parte acadêmica do texto, vamos logo falar sobre a cultura pop e a irritante mania das pessoas odiarem o que se chama de spoiler. E sim, este texto está recheado de spoilers. Espero que até o fim dele, você não dê a mínima para este aviso, como eu não dou.

Em uma dessas discussões de bar, comentávamos sobre “Breaking Bad”, uma série que eu considero extremamente acima da média em relação ao que se produz para TV. É óbvio que parece bobagem dizer isso depois de assistir ao capítulo final, mas convenhamos: quando foi que você descobriu que o final de Walter White seria a morte, esta inevitável vilã de toda a humanidade? Quando foi que você descobriu que todos os personagens – sem exceção – que cruzaram o seu caminho iriam acabar invariavelmente morrendo ou sofrendo e “pagando pelos seus pecados”? No momento em que morreram? Mesmo?

Essa história já foi contada antes, e isso não é desmerecer em nada o trabalho brilhante do criador da série. Um homem que constrói um império do qual só se vê ruínas? A própria série nomeia o seu antepenúltimo episódio com o título de um poema escrito no século XIX, Ozymandias, que fala justamente sobre o maior dos faraós egípcios e as ruínas que são a única evidência do que foi o seu tempo de glória.

As tragédias gregas ensinam que, mais importante que não conhecer o fim, é a condução da história e as motivações dos personagens

A estrutura de crime e castigo da série é quase tragédia grega pura: tanto aqueles que ousaram desafiar Walter White (aqui representando um rei) como aqueles que ousaram desafiar a lei (aqui representando a lei maior, a dos deuses gregos) invariavelmente morreram ou se f***ram. Uma boa tragédia grega que aponta esta inevitabilidade do sofrimento é Antígona, de Sófocles. Ao questionar a lei de seu rei, Antígona morre. Ao questionar a lei dos deuses, o rei vê sua família e seu legado ruir.

A tragédia grega tinha um intuito bastante simples: ao conduzir uma história que poderia descrever os sentimentos e motivações de quase todas as pessoas e apontar o seu fim trágico, o patrocinador das peças gregas – o estado – ensinava que aquele que desafiasse o governo ou os deuses teria um único destino óbvio. Por isso, mais importante que não conhecer o fim (aquele monte de gente morta era o resultado de toda e qualquer tragédia) era a condução da história e as motivações dos personagens. Era isso que melhor conversava com o público e suportava a lição.

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Essa história já foi contada antes, e isso não é desmerecer em nada o trabalho brilhante do criador da série

Ou seja: era possível apontar o destino dos personagens de “Breaking Bad” logo em sua primeira temporada, assim que foi possível identificar tais referências no ótimo texto de Vince Gilligan e companhia. E houve quem “não gostou” do final, como se o que importasse fosse o fim, e não o caminho percorrido pela história.

Obviamente, são muitas as referências e clichês que podem ser utilizados em um mesmo texto. E referências existem para serem incorporadas ou questionadas. Em outra série muito interessante em condução de história, “True Detective” “pecou” segundo muitos fãs por um fim menos conspiratório: quando parecia que as mortes envolviam todo o alto escalão do governo estadual, chegou-se a um último, mas único, monstro. E por que a surpresa? Não se aprendeu nada com os discursos de Rust Cohle sobre a vida? Não há grand finale da vida, mas sim a aceitação de que ela acaba das maneiras mais banais. Isso ele diz logo no primeiro episódio. O homem é o lobo (ou o vilão) do homem, e não os aliens, os deuses, a natureza sobrenatural ou forças ocultas que nos governam.

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Não há grand finale da vida, mas sim a aceitação de que ela acaba das maneiras mais banais.

A gente espera um final clichê feliz ou espetacular (afinal, a felicidade não é espetacular?), mas a vida nos dá o que pode. Textos (e filmes e séries) funcionam assim. Se derem um final feliz, a gente vai reclamar que ele é óbvio. Se não derem, a gente vai reclamar que não é como esperávamos. Ainda não lhe convenci que o final não importa?

Vamos a “How I Met Your Mother”, uma série que nasceu de um questionamento central – quem é essa mãe e como eles ficam juntos – mas contou apenas as histórias paralelas: idas e vindas de Ted e Robin, Marshall e Lily consolidando um casamento com altos e baixos, Barney amadurecendo tardiamente, mas casando antes que Ted, o personagem mais tradicionalista de todos. Na trajetória, garantiu boas risadas contando situações cotidianas de um estilo de vida cosmopolita.

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“é como se então de repente eu chegasse ao fundo do fim, de volta ao começo”

A maior chateação de todos foi perceber que a mãe, no entanto, não estaria viva em 2030. Eu também fiquei chateado. Aí, fica claro que Ted contou toda a história para os filhos para justificar um possível novo caso. E por que não? Finais felizes são realmente esperados, sempre, mas são aqueles que os questionam de alguma maneira (nem ouso dizer que o final de “How I Met Your Mother” não é feliz) que nos fazem atentar para elementos que deixamos de acompanhar com mais detalhe em toda a trajetória. Exatamente: minha primeira reação ao assistir o último episódio foi querer assistir ao primeiro e pescar naquele episódio as cenas que abriram esta bem sucedida série. Como já cantava Gonzaguinha, “é como se então de repente eu chegasse ao fundo do fim, de volta ao começo”.

“Forrest Gump”, um filme que eu gosto muito, realiza uma narrativa semelhante: fica ali o Tom Hanks contando tudo o que fez pensando no grande amor de sua vida, aí ele vai correndo encontrá-la em Savannah, mas ela morre antes do filme acabar. O curioso é que o filme oferece, desta maneira, mais minutos de amor que um mero final feliz poderia dar, mas Jenny morre e só assim nós atribuímos maior valor para tudo o que eles viveram diante de grandes acontecimentos da História norteamericana. O filme, no entanto, não esconde os seus maiores clichês: o da superação do protagonista em diversos momentos de dificuldade e o da indestrutibilidade do grande amor.

Concluindo: há muito para se assistir num filme ou numa série que não seja uma linha reta para o final. Por isso, se posso deixar um conselho sincero, pare de ligar para essa rasa cultura de evitar os spoilers. Todos sabemos que um dia vamos morrer, e nem por isso deixamos de nos divertir e de nos emocionar, certo?

Icons: O filme multirreferência de The Sunday Times

The Sunday Times é um dos principais jornais do Reino Unido, publicado aos domingos. Pronto, essa informação qualquer um podia ter somente lendo o nome da publicação, certo?

Mas esse vídeo aí acima soube vender o peixe de uma maneira muito mais interessante do que qualquer manchete em destaque na banca, ou qualquer chamada na home do site. Ele mistura algumas referências culturais que, com imagens icônicas, se tornaram facilmente reconhecíveis em todo o mundo. Música, cinema, TV e pintura se mostraram ainda mais ligados do que você sempre imaginou.

Daft Punk winning big at the Grammy’s, The final series of Mad Men, and Tarantino are all over the media right now. These people and their work have left an indelible mark and we’ll probably still be talking about them in ten, twenty maybe even a hundred years years time. The TV spot is a respectful nod to it all.

Com produção impecável, o making of é uma atração à parte. Algumas das imagens que dispensam qualquer apresentação ou legenda:

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Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Best Visual Effects Oscar Winners

Une compilation impressionnante du réalisateur Nelson Carvajal afin de présenter l’évolution des effets spéciaux au cinéma de 1978 à 2013 à travers le trophée des Oscars : Best Visual Effects. Un clip de 4 minutes avec une sélection de visuels des films E.T., Matrix, Forrest Gump, Inception, Titanic ou Jurassic Park.

La liste des films récompensés aux Oscars pour le « Best Visual Effects » :

– Star Wars, épisode IV : Un nouvel espoir (1978)
– Superman (1979)
– Alien, le huitième passager (1980)
– Star Wars, épisode V : L’Empire contre-attaque (1981)
– Les Aventuriers de l’arche perdue (1982)
– E.T. l’extra-terrestre (1983)
– Le Retour du Jedi (1984)
– Indiana Jones et le Temple maudit (1985)
– Cocoon (1986)
– Aliens, le retour (1987)
– L’Aventure intérieure (1988)
– Qui veut la peau de Roger Rabbit ? (1989)
– Abyss (1990)
– Total Recall (1991)
– Terminator 2 : Le Jugement dernier (1992)
– La mort vous va si bien (1993)
– Jurassic Park (1994)
– Forrest Gump (1995)
– Babe, le cochon devenu berger (1996)
– Independence Day (1997)
– Titanic (1998)
– Au-delà de nos rêves (1999)
– Matrix (2000)
– Gladiator (2001)
– Le Seigneur des anneaux : La Communauté de l’anneau (2002)
– Le Seigneur des anneaux : Les Deux Tours (2003)
– Le Seigneur des anneaux : Le Retour du roi (2004)
– Spider-Man 2 (2005)
– King Kong (2006)
– Pirates des Caraïbes : Le Secret du coffre maudit (2007)
– À la croisée des mondes : La Boussole d’or (2008)
– L’Étrange Histoire de Benjamin Button (2009)
– Avatar (2010)
– Inception (2011)
– Hugo Cabret (2012)
– L’Odyssée de Pi (2013)

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Um passeio pela História das Aberturas dos Filmes (e séries)

Incrível vídeo-apresentação que rolou no SXSW (toma essa, @crisdias), que mostra uma série de Aberturas de Filmes (e séries) de uma forma evolutiva. Rápido, inspirador e interessante. :)

O editor é o Ian Albinson. E se você quiser saber a lista dos filmes, leia logo abaixo.

Intolerance, Phantom of the Opera, King Kong, Modern Times, My Man Godfrey, Make Way For Tomorrow, Citizen Kane, The Maltese Falcon, Gun Crazy, The Treasure of the Sierra Madre, Lady in the Lake, Fallen Angel, The Thing, Singing in the Rain, The Man with the Golden Arm, Anatomy of a Murder, Psycho, North by Northwest, Vertigo, Grand Prix, To Kill A Mockingbird, Dr. No, The Pink Panther, Goldfinger, Dr. Strangelove, Bullitt, Barbarella, Soylent Green, Mean Streets, Star Wars, Saturday Night Fever, Superman, Alien, Raging Bull, The Terminator, Brazil, The Untouchables, Do The Right Thing, Forrest Gump, The Naked Gun, Cape Fear, Reservoir Dogs, Delicatessen, Natural Born Killers, Freaked, Se7en, The Island of Dr. Moreau, Mimic, Donnie Brasco, Mission Impossible, Dawn of the Dead, Fight Club, Catch Me If You Can, Lemony Snicket’s A Series of Unfortunate Events, The Fall, Casino Royale, Six Feet Under, Carnivale, Dexter, Mad Men, Iron Man, Juno, The Kingdom, WallE, Sherlock Holmes, Up In The Air, Zombieland, Scott Pilgrim vs the World, Buried, Robin Hood, Machete, The Social Network & Enter The Void.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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