Braincast 59 – Quentin Tarantino

Apelidado de “diretor DJ”, Quentin Jerome Tarantino é um dos poucos criativos cujo nome já denota um gênero de filme. Alçado ao status de mito pop em meados da década de 1990, sua história é geralmente narrada como o “fã que chegou lá”, após construir sua cultura cinematográfica através de um trabalho como atendente de videolocadora.

Esse conto certamente é exagerado, para se encaixar melhor numa mitologia popular, mas Tarantino é sem dúvida um mestre da associação de ideias, explorando gêneros e referências do cinema, quadrinhos, música e TV como ninguém.

No Braincast 59, mais um especial, Carlos Merigo, Saulo Mileti, Guga Mafra e Alexandre Maron conversam sobre a influência do diretor nas mais variadas áreas das indústrias criativas, sua surpreendente filmografia, e como ele revolucionou a indústria do cinema independente.

E claro, não custa lembrar, tem SPOILERS de todos os filmes. Cuidado.

Faça o download ou dê o play abaixo:

> 0h02m07 Comentando os Comentários?
> 0h16m03 Pauta principal
> 1h43m40 Qual é a Boa?

W9

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Você já é fã de filmes judaicos. Apenas não sabe disso

Qual é o seu filme favorito? Você sabia que ele pode ser, em parte, um filme de origem judaica? É esse o conceito defendido pela DDB Canada/Tribal para o Toronto Film Festival, que acontece entre os dias 11 e 21 de abril. A premissa é que todos nós somos fãs de filmes judaicos – apenas não sabemos disso. Afinal, a indústria cinematográfica sempre teve uma participação maciça de criativos e artistas judeus.

A campanha foi dividida em duas frentes. A primeira delas é o hotsite J-Dar, que permite que os internautas descubram a porcentagem judia de seus filmes favoritos. Além dos dados, é possível comparar com outros títulos judaicos e aproveitar para conhecer a seleção do festival.

Eu fiz algumas buscas por lá e achei alguns dados bem curiosos. Por exemplo: Casablanca é 41,37% judeu, quase 7% a mais do que o francês As Loucas Aventuras de Rabbi Jacob – que se passa em uma comunidade judaica -, com apenas 34,46%. Agora, se compararmos algumas obras de Steven Spielberg, Munique é 69,66% judeu, seguido por A Lista de Schindler, com 51,13%, Tubarão, com 45,88%, e ET, com 40,42%.

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Para quem curte cinema, dá para passar algumas horas brincando.

A outra frente é o comercial abaixo, que eu achei um tanto preconceituoso. Mostra uma mulher chegando em casa e percebendo que várias coisas precisam de reparo. Quando ela vai até o lado de fora e encontra o faz-tudo responsável, que a cumprimenta com alguns dedos faltando. Parado ao lado de uma van onde se lê um sobrenome judeu, segue-se a frase “Existe uma razão para continuarmos fazendo filmes”.

Enfim, tudo isso é para mostrar, segundo os organizadores, que o fato de um filme ter origem judaica não significa que ele esteja ligado à religião.

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The Peanut Gallery: Google demonstra API de reconhecimento de voz com clássicos do cinema mudo

O Google continua sua série de experimentos com o Chrome, agora para testar sua API de reconhecimento de voz.

O site “The Peanut Gallery” permite a inclusão de intertítulos em cenas de clássicos do cinema mudo. Basta escolher o filme e falar em alto e bom som para ver a mágica acontecer.

Depois de criar o clipe, é possível salvar para compartilhar com amigos nas redes sociais. A Web Speech API do Google é capaz de reconhecer mais de 30 idiomas. Faz um teste: peanutgalleryfilms.com

Peanuts

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Vimeo elege os 12 melhores vídeos de 2012

Nos últimos dias, vimos a retrospectiva 2012 do YouTube, os 10 comerciais brasileiros mais populares no YouTube, os 20 comerciais mais compartilhados de 2012, no YouTube, é claro. Com tantos posts sobre o YouTube, de repente bateu uma curiosidade de saber quais seriam os vídeos do ano no Vimeo. Esta semana, o staff responsável pela curadoria do Vimeo divulgou seu Top 12 com os melhores vídeos de 2012.

Apesar de alguns dos escolhidos terem sido amplamente compartilhados, esta seleção tomou por base o gosto do staff do site, que diariamente elege seus favoritos para serem destacados na home. A diferença deste Top 12, então, é que a criatividade se sobrepõe à popularidade. É curioso, mas encontrei nesta lista alguns dos meus favoritos do ano – é o caso de Le Taxidermiste, produzido pelos estudantes da escola francesa de animação Supinfocom. Confira:

The City of Samba – Keith Loutit e Jarbas Agnelli

Moving Takahashi – Josh Soskin

Solipsist – Andrew Thomas Huang

Breezeblocks – Ellis Bahl

Holi – Variable

The Eagleman Stag – Mikey Pleas

Quick – Colin Kennedy

Always a Fire – Union HZ

Everything is Incredible – Tyler Bastian, Trevor Hill e Tim Skousen

As I Am – Alan Spearman e Mark Adams

Le Taxidermiste – Estudantes da Supinfocom

Tame Impala/Feels Like We Only Go Backwards – Becky Sloan e Joseph Pelling

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Os 20 comerciais mais compartilhados de 2012

O site Viral Video Chart, da Unruly Media, divulgou o Global Viral Video Ads Chart 2012, um ranking com os 20 filmes publicitários mais compartilhados anualmente. Kony 2012, do Invisible Children, ficou com a primeira posição após gerar mais de 10 milhões de compartilhamentos desde seu lançamento, em 5 de março. Para se ter uma ideia do impacto desta campanha nas mídias sociais, o segundo colocado, TNT: A Dramatic Surprise On A Quiet Square teve menos de 5 milhões de compartilhamentos.

Confira a lista completa abaixo:

1. Invisible Children: Kony 2012 – 10.068.928 compartilhamentos

2. TNT: A Dramatic Surprise On A Quiet Square – 4.352.283 compartilhamentos

3. Abercrombie & Fitch: Call Me Maybe – 2.435.774 compartilhamentos

4. DC Shoes: Gymkhana 5 – 2.292.354 compartilhamentos

5. P&G: Best Job – 2.227.528 compartilhamentos

6. Dancesport Studio: Two-Year-Old Dancing The Jive – 2.094.766 compartilhamentos

7. Melbourne Metro: Dumb Ways To Die – 1.217.751 compartilhamentos

8. Chevrolet: OK Go, Needing/ Getting – 1.140.769 compartilhamentos

9. Volkswagen: The Bark Side – 1.127.479 compartilhamentos

10. PBS Studios: Mister Rogers Remixed, Garden Of You Mind – 1.045.039 compartilhamentos

11. Google: One Day, Project Glass – 1.025.854 compartilhamentos

12. Go Pro: Black Edition, Smaller, Lighter and 2X More Powerful – 989.904 compartilhamentos

13. Coke: Unlock The 007 In You. You Have 70 Seconds – 933.601 compartilhamentos

14. Nike: Mercurial Vapor VIII: Cristiano Ronaldo vs Rafa Nadal – 921.039 compartilhamentos

15. Nike: My Time Is Now – 902.609 compartilhamentos

16. Sesame Street Workshop: Share It Maybe – 863.969 compartilhamentos

17. Red Bull: Athlete Machine (Red Bull Kluge) – 804.418 compartilhamentos

18. Banco Som Sabadell: Som Sabadell FlashMob – 794.749 compartilhamentos

19. Air New Zealand and WETA: An Unexpected Briefing – 753.200 compartilhamentos

20. Febelfin: Amazing Mind Reader Reveals His ‘Gift’ – 695.896 compartilhamentos

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Vimeo entra no mercado de aluguel de filmes por streaming

O Vimeo, além da sua adorada plataforma de publicação de vídeo, também vai entrar no mercado de streaming de filmes. Como não poderia ser diferente, o foco estará nas produções independentes, com a proposta de distribuir conteúdo globalmente e remunerar os cineastas pelo trabalho.

O sistema pay-to-view só será lançado por completo no começo do ano que vem, mas o Vimeo já liberou uma prévia com seis filmes disponíveis, custando de US$ 4.99 a US$ 9.00, e cada um liberado para regiões específicas. Depois da compra, o filme pode ser assistido nas plataformas compatíveis com o site, como smartphones, tablets, consoles, etc.

Uma grande (e fundamental) diferença para outros serviços similares, é que o Vimeo promete manter aqui a sua já conhecida curadoria de conteúdo, escolhendo a dedo as produções que farão parte do catálogo.

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Infográfico mostra os carros de James Bond nos últimos 50 anos

Você se lembra qual foi o seu primeiro carro? O de James Bond foi um Sunbeam Alpine, lá em 1962, quando enfrentou Dr. No. Nos últimos 50 anos, entretanto, o agente 007 já dirigiu inúmeros carros em suas aventuras pelo mundo. Em Skyfall, filme mais recente da franquia, Bond se divide entre um Aston Martin DB5 – que já apareceu seis vezes na série -, e um Land Rover Defender, que aparece rapidamente.

Para fãs de James Bond, de carros ou apreciadores de bons infográficos, a concessionária Evans Halshaw apresenta em seu site o infográfico interativo Bond – Licence to Drive. A premissa é: todo mundo tem um Bond – ou Bond Girl – favorito. Então, por que não ter um “Bond car” favorito, também? Isso tudo acompanhado por informações bem legais.

Em 1964, o Aston Martin DB5 apareceu pela primeira vez, em Goldfinger. Em 1971, foi um Ford Galaxie Sedan 500, em  Os Diamantes São Eternos. Quer ver mais? Basta clicar aqui.

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Filmes de horror, a nova “dieta” da moda?

Fazer dieta pode ser um horror para muita gente, atividade física, então, nem se fala. Mas, acredite, o sofá pode ser seu amigo na luta contra a balança. Bem, o sofá e alguns filmes de terror/suspense. Pelo menos é o que diz uma pesquisa da University of Westminster, segundo o jornal Telegraph. O estudo foi encomendado pela locadora LOVEFiLM, e mediu o total de energia gasto por 10 pessoas quando eles assistiram à uma seleção de filmes – o que inclui batimentos cardíacos, consumo de oxigênio e emissão de CO2. Assim, foi possível descobrir o número de calorias gastas durante as exibições.

Quando assistimos a um filme de terror/suspense, nossos batimentos cardíacos aumentam, o sangue bomba mais rapidamente pelo corpo e a adrenalina é liberada. Nesses breves momentos de estresse, o apetite diminui, a taxa de metabolismo basal aumenta e calorias são queimadas.

Os dez filmes indispensáveis a você que está querendo seguir o que pode ser a nova “dieta” da moda, aí vai:

1. O Iluminado – 184 calorias

2. Tubarão – 161 calorias

3. O Exorcista – 158 calorias

4. Alien – 152 calorias

5. Jogos Mortais – 133 calorias

6. O Pesadelo – 118 calorias

7. Atividade Paranormal – 11 calorias

8. O Massacre da Serra Elétrica – 107 calorias

9. A Bruxa de Blair – 105 calorias

10. [Rec] – 101 calorias

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Posters mostram os melhores destinos turísticos de filmes dos anos 80

Imagine que você pudesse visitar lugares incríveis que só existem na ficção, para onde você gostaria de ir? Fazer um tour pelo submundo de Gotham City ou visitar a redação do melhor jornal de Metropolis? Um safári entre os orcs de Mordor? Pegar uma corzinha em Tatooine? Não é necessário ir tão longe, mas os artistas Tom Whalen e Dave Perillo criaram uma coleção de posters com destinos turísticos de filmes clássicos dos anos 80.


Em cartaz em Santa Monica, Califórnia, a mostra Around The World in an 80s Daze reúne 21 trabalhos da dupla, como o Walley World, de Férias Frustradas, a Los Angeles de O Exterminador do Futuro, a Delta City de Robocop ou ainda a Val Verde de O Predador. Springwood, de O Pesadelo, está lá, também.


Para conferir todos os posters, basta acessar o site da Gallery1988 e planejar sua viagem. Ah, caso você esteja se perguntando para onde a autora deste post iria se pudesse escolher, a resposta é: Dagobah. Explicações desnecessárias…

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Infográficos mostram trajetória de Star Wars em filmes e animações

Se só por curiosidade você buscar na Biblioteca do B9 tudo o que já postamos sobre o Star Wars, perceberá o quanto já foi feito a partir dos filmes. Se expandir a busca para o Google, então, nem se fala. Ações, campanhas, ilustrações, filmes, animações… E, não importa o quanto esta história já tenha sido utilizada, alguém (geralmente um fã apaixonado) encontra uma maneira de mostrar sua visão. Marc Morera é um desses caras, com a série Star Wars Infographics.

São 9 infográficos que mostram a trajetória Star Wars cronologicamente, inclusive a série animada. Os personagens são facilmente reconhecíveis e estão interligados por linhas que revelam os principais conflitos ao longo da história. 

Clique aqui ou na imagem abaixo para ver todos os infográficos.

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Ethan Hunt, Bella Swan e outros personagens do cinema em modalidades olímpicas

O e-commerce sul-africano Kalahari.com promove sua seção de filmes aproveitando o momento Olímpico mundial.

Cenas do cinema são transformadas em provas das Olimpíadas, com Ethan Hunt disputando corrida de 200m, Bella Swan saltando da plataforma, Jonny Castle e Baby se equilibrando no cavalo e luta greco-romana com Jack Twist e Ennis Del Mar.

A criação é da JWT Cape Town.

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As referências do cinema em “Os Simpsons” [Tumblr]

Em seus 25 anos no ar, “Os Simpsons” já fez piada com muita gente, país, credos e convicções. Também já fez referência de muita coisa, principalmente do cinema.

O Tumblr moviesimpsons.tumblr.com reúne – em GIF’s animados – diversos momentos assim, incluindo a cena original.

Ainda tem pouca coisa, mas material não falta.


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Oscar 2012: Só faltou gritar “Comprem ingressos, por favor!”

Tornou-se comum dizer que a cerimônia do Oscar em 2012 seria um olhar nostálgico para o cinema, depois de a Academia de Hollywood muito tentar, em vão, rejuvenescer a sua audiência com apresentadores, atrações e indicados mais aptos ao paladar jovem adulto nos últimos anos. A mudança na categoria mais importante, que aumentou de 5 para 10 indicados (9 nesse ano) com o intuito de incluir alguns blockbusters na salada dramática, marca o movimento maior nessa direção.

A nostalgia desse ano foi representada principalmente pelos filmes indicados: obras tradicionais e/ou homenagens ao cinema em si, alguns praticamente uma metalinguagem. Os 5 merecidos prêmios para “O Artista” comprovam isso, e mesmo “Hugo” de Scorsese, com o melhor 3D que já vi no cinema e seu punhado de prêmios técnicos, também é uma ode ao passado.

Sem nenhuma surpresa, a distribuição dos homenzinhos de ouro foi bem feita. “O Artista” mereceria primeiramente pela ideia audaciosa e coragem de fazer – o próprio diretor Michel Hazanavicius admite que enfrentou risos e piadas quando falou em fazer um filme mudo e preto e branco. E as escolhas para atores, atrizes e categorias técnicas também foram barbadas – exceto pela boa surpresa de ver “The Girl with the Dragon Tattoo” levar o prêmio de Montagem.

Mas o problema da Academia não foi com justiça, e começou bem antes da noite de ontem: Nenhum dos indicados a Melhor Filme conquistou o público. Apenas “Histórias Cruzadas” (The Help) – baseado num livro já best-seller – ultrapassou a marca de US$ 100 milhões em bilheteria.

Isso pôde ser visto até aqui no Brasil na semana passada. Com uma porção de filmes indicados ao Oscar nas salas de cinema – teoricamente a seleção daquilo que teve de melhor no ano – as pessoas preferiram assistir “O Motoqueiro Fantasma 2″ ou mais uma bobagem do Adam Sandler. Esse tipo de situação escancara a sempre gritante diferença de “gosto” dos votantes da academia – brancos com mais de 60 anos em sua maioria – com o público.

Não estou dizendo que a mediocridade precisa vencer, mas alguma teimosia precisa acabar. Achei que estava se resolvendo quando indicaram “O Cavaleiro das Trevas”, “A Origem” e, mesmo detestando, “Avatar” em categorias principais – óbvios chamarizes de público para a cerimônia – mas cadê o Andy Serkis indicado por “Rise of the Planet of the Apes”, por exemplo? O TOP 10 de bilheteria de 2011 é sim rídiculo, mas o único que merecia algum reconhecimento foi completamente esnobado.

A situação então está instalada: O filmes que Hollywood quer premiar não tem apelo popular; A competição pela atenção das pessoas é cada vez mais brutal na indústria do entretenimento, e, com tantas opções, é natural que os números passado não se repitam mais; E se falarmos em pirataria aí é que a indústria chora de vez.

Com esse quadro pintado, eu não me espantei quando comecei a notar em cada movimento da cerimônia do Oscar, um quase desespero para nos mostrar como o cinema e toda o mercado é importante. No momento mais óbvio, vinhetas com atores dizendo qual o primeiro filme que se lembram de ter assistido promoviam, quase num tom choroso de despedida, como aquela experiência na sala escura era única e marcante.

Eu concordo – assistir filme no celular é uma babaquice sem tamanho – mas o problema vai bem além da tela em que se vê, e passa a ser simplesmente não ver. Dessa forma, passaram as 3 horas e 8 minutos da premiação gritando para o mundo – inclusive com a Sandra Bullock arriscando um mandarin – porque você deveria gastar o seu dinheirinho com ingresso de cinema.

E teve até a política da pena, com a valorização e holofotes para os profissionais da indústria, principalmente daqueles que nunca aparecem. No anúncio dos indicados, víamos cenas e depoimentos de cada um em relação ao processo criativo daquele trabalho em si. Algo sempre mostrado, é verdade, mas com um tom ainda mais sóbrio e centrado no talento artístico que você não verá em mais lugar nenhum.

Eu vou no cinema praticamente toda semana, e apesar da distribuição brasileira não colaborar em nada me emprenhei para assistir todos os filmes indicados. E, ainda assim, não consigo ser tocado por esse apelo. O trabalho criativo deve ser valorizado e premiado sempre, mas a indústria que o comercializa patina para tentar se adaptar.

A audiência da cerimônia em si é outro problema para a Academia, mas isso é algo que eu me importo bem menos. A ironia do Oscar nesse ano é que, mesmo sendo um dos mais curtos da última década, faltou ritmo, e praticamente nada que o Billy Crystal tenha feito funcionou – o retorno dele aliás foi outra nostalgia da noite.

A única luz de que tudo poderia ser melhor foi quando Chris Rock pegou no microfone e, se a Academia for um mínimo esperta, já o fez sair dali com o contrato assinado para apresentar a festa em 2013. Em 2005 poucos gostaram dele como host, mas já que esses parecem tempos de medidas desesperadas, eu não me surpreenderia. Uma coisa é certa: a perna da Angelina Jolie deveria voltar.

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Google Chrome Speed Tests


Para mostrar que o Google Chrome é rápido ‘bagarai’, o Google produziu esse filme comparando velocidades de coisas reais com velocidades de navegação/processamento.

São traquitanas ao melhor estilo Mythbusters que disparam o clique do mouse e os experimentos em sincronia. A montagem e edição do filme são fantásticos e o destaque vai para os efeitos sonoros. Algumas micro sequencias até me lembraram a edição de Requiem for a Dream.

Como todo experimento cientifico ou pseudo cientifico, existem critérios para a comparação. Todos muito bem explicados no descritivo do video lá no Youtube: http://www.youtube.com/watch?v=nCgQDjiotG0

Enfim. São 3 situações:
– Chrome abrindo site de receitas X Tiro de batata
– Chrome abrindo Pandora X Ondas sonoras
– Chrome abrindo Weather.com X Raios

Assista e aumente o som do seu fone.

Tem também o making of:

via @peruche

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O efeito Oscar na bilheteria dos filmes indicados

O gráfico abaixo, realizado pelo Hollywood.com, mostra como as indicações ao Oscar influenciou na bilheteria dos ganhadores da estatueta de Melhor Filme, durante os últimos 10 anos.

Em alguns casos, a ajuda é pequena, como em 2004 com “O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei” ou “Os Infiltrados” em 2007. Em outros, como “Menina de Ouro” e “Quem Quer Ser Um Milionário?”, a arrecadação pós-Oscar chega a representar 90% do total.

“Titanic”, a segunda maior bilheteria do cinema (sem a correção inflacionária), teve quase metade de seus ganhos após as 14 indicações ao Oscar em 1998.

É a prova de que além de prestígio e o nome marcado na história do cinema, o Oscar rende dinheiro. Milhões de dólares que passariam longe se o filme tivesse sido esnobado pela Academia.

No próximo domingo, dia 7, acontece a 82º cerimônia do Oscar. Eu torço por uma vitória bastante improvável de “Distrito 9″, “Up” ou “Um Homem Sério”.

Oscar Bilheteria Box Office


Uma breve retrospectiva do cinema interativo

Com nosso post de ontem sobre o filme interativo “The Last Call”, do canal de terror 13Th Street, surgiram vários comentários e emails sobre qual seria o real “primeiro filme interativo”. E diversas mensagens lembraram do brasileiro “A Gruta”, de 2008, que passou por festivais de cinema e pode ser visto/jogado no YouTube.

A verdade é que cinema com participação do público não é algo completamente novo, apesar de a tecnologia estar permitindo formas diferentes de interação, tirando inclusive a necessidade de distribuição em salas físicas. Seja por controle remoto, SMS ou cliques, todas são inspiradas em conceitos utilizados há décadas em videogames. Quem já jogou “Phantasmagoria” ou “Gabriel Knight”, sabe do que estou falando.

Sem citar as iniciativas publicitárias, mais voltadas para games do que cinema, como as recentes ações da MSNBC, Volvo, Cultura Inglesa, Fiat, entre outras, um recente filme interativo é o canadense “Late Fragment”, de 2007. E apesar de ter ganho distribuição comercial, veio depois de produções de baixo orçamento como “Point Of View”, de 2001, e o dinamarquense “Switching”, de 2003.

Mas vamos mais para trás, e temos “Mr. Payback” de quase uma década antes. Passou em 1995 por diversos cinemas norte-americanos, e as pessoas escolhiam como as cenas continuavam através de joysticks instalados nas poltronas. As sequências disponíveis eram apresentadas pelas cores vermelha, azul e verde, definidas por um dos três botões do joystick e com a contagem exibida na tela em tempo real.

Interactive Movie Mr. Payback

“Mr. Payback” tinha 115 minutos de cenas filmadas pelo diretor Bob Gale, mas apenas 20 deles eram exibidos na tela do cinema. Todo resto servia para cobrir as outras possibilidades de continuação da história. A responsável pela produção foi a Interfilm Technologies, que desenvolveu uma cabine de projeção exclusiva para o formato, tudo comandado por um “poderoso” PC 486.

Até com Christopher Lloyd no elenco, o eterno Dr. Emmett Brown, muita gente se divertiu com a novidade, mas a tecnologia não vingou. Provavelmente, porque pouco tempo depois “Mr. Payback” ganhou a fama de “pior filme do ano”. Prometiam os produtores, que era preciso assistir o “longa” cerca de 25 vezes até que começasse a ficar repetitivo. Nunca ninguém tentou.

Agora voltando ainda mais, bem mais, chegamos em 1967 com a produção que realmente pode carregar o título de “primeiro filme interativo”. É o tcheco “Kinoautomat”, apresentado na Expo 67 em Montreal, traduzido para “One Man and his House” em inglês.

A sala do evento foi construída especialmente para o filme, com dois botões em cada poltrona, um vermelho e outro verde. As decisões eram simples, como decidir se o personagem, Mr. Novak, deveria ignorar ou não um policial na estrada, abrir ou não a porta para uma mulher, etc.

Interactive Movie

Se a escolha era feita ao apertar o botão, as cenas interativas eram apresentadas mesmo no grito. Um moderador entrava na sala, explicava a situação e pedia para que as pessoas decidissem o futuro do personagem.

Acontece que “Kinoautomat” tinha um truque. O que deveriam ser duas tramas paralelas, na verdade convergiam após cada ponto de decisão do público, ou seja, era apenas uma história, com um final que não podia ser alterado de fato pela audiência. Isso só foi descoberto décadas mais tarde, quando o filme foi exibido simultaneamente nos canais tchecos ?T1 e ?T2, com as duas diferentes opções de cenas.

O próprio diretor, Radúz ?in?era, que morreu em 1999, admitiu em entrevista que considerava “Kinoautomat” um completo desastre, já que estavam enganando o público. O filme foi restaurado pela filha do diretor, Alena Cincerova, e no ano passado circulou novamente por diversos festivais de cinema na Europa e Estados Unidos.

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The Union Cares | Repo Men


Recebi agora de manhã o link desse site, The Union apresentando uma linha de Artiforg Products. Uma breve passeada pela página, e um pouco de atenção aos vídeos e vejo que é obviamente o site fake de uma empresa que produz orgãos robóticos para substituição em seres humanos.

Já somos escolados nesse tipo de coisa. O site tem toda pinta de ação pra lançamento de filme, que fica totalmente entregue na seção de oportunidades de emprego, onde há uma vaga para Repo Man, com salário de 401K + benefícios, e uma foto do Jude Law como Repo Man Level 5.

Lá embaixo, obviamente tem um link que leva para o site do filme. O trailer, restrito em virtude da violência e sanguinolência do filme, pode ser visto depois de um cadastrinho e verificação de idade.

O filme é mais do que venda de orgãos artificiais. É a história dessa empresa, The Union, que vende esse orgãos por preços absurdos, e os financia pra quem está a beira da morte. Depois que a pessoa sobreviveu, ela precisa pagar, senão os cobradores vão atrás. Até que um dos cobradores (Jude Law) sofre um acidente e acaba precisando de um novo coração. Aí é que o bicho pega.

No site da The Union, além das infos sobre os orgãos e a empresa, tem um ótimo comercial de uma promoção, também fake, onde a Jack Cola dá dois rins pelo preço de um. Vale assistir.

A ação é aparentemente da própria Universal Pictures, mas isso é um chute.

| Via Pepino

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A Alma do Negócio

Será que uma família perfeita, daquelas de propaganda de TV, pode entrar em crise?

O curta é Alma do Negócio, de José Roberto Torero, premiado em Gramado no distante ano de 1996.

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