Nike Espanha projeta campo de futebol à laser para quem não tem onde jogar

Achar um lugar adequado para jogar uma partida de futebol com os amigos pode ser um desafio em um cidade grande. Pensando nisso, em parceria com a agência Doubleyou, a Nike Espanha criou um projeto para facilitar esse processo: um campo de futebol projetado à laser e sob demanda.

No Nike #MiPista, os jogadores sem local para jogar na cidade podem enviar um pedido através do site da campanha (funcionando apenas em Madri). Em seguida, a equipe Nike FC247 encontra um local vazio na cidade e, então, leva seu equipamentos de projeção à laser, além de toda a linha nova da marca para ser testada, específica para se jogar nas ruas.

Com chuteiras prontas, marcação do campo feita com lasers e redes para completar o local, a Nike transforma uma área urbana inicialmente sem uso em um jogo de futebol.

A campanha – lançada recentemente sem quase nenhum budget e apenas na Espanha – abraça o conceito de experiência e ainda oferece aos fãs sem acesso à instalações apropriadas o direito e a oportunidade de jogar, ocupando um espaço vazio e transformando-o em uma arena de diversão.

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AntiCast 84 – Design e Arquitetura

Olá, antidesigners e brainstormers!
Neste programa, Ivan Mizanzuk, Marcos Beccari, Guilheme Sebastiany, Almir Mirabeau e Ricardo Cunha Lima conversam, debatem, discutem e polemizam a relação histórica e conceitual entre design e arquitetura. A partir de quando essa relação se estabelece? Sempre foi assim? Qual a importância da escolas alemãs Bauhaus (1919-1933) e Ulm (1952-1968) em tudo isso? E no Brasil, como ela se estabeleceu? Quais os erros e acertos? Ouçam e tirem suas conclusões.

0h05min18s Pauta principal
1h46min00s Leitura de comentários
1h55min20s Música de Encerramento: Soul Singing – Black Crowes

B9 TALK A divergência entre Hitler e a Bauhaus

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Zurique monta drive-in para bicicletas em cafés da cidade

A câmara municipal de Zurique lançou o projeto Velokafi, um drive-in para bicicletas em uma área externa no popular e disputado café Rathaus Cafe.

Duas estações de madeira, altas, com encaixes na parte inferior para a bicicleta e mesas na parte superior, permitem que o ciclista estacione brevemente para pegar um café, sem precisar descer da bicicleta, apenas encaixando-a na estação, pronto para fazer uma breve pausa para o café.

O projeto é parte do programa Stadtverkehr 2025 da cidade, que visa acomodar melhor a comunidade ciclista em Zurique, transformando a infraestrutura a seu favor e reduzindo o trânsito.

Lançado no início deste mês, Velokafi fica algumas semanas neste café, para depois mudar para outros locais. Uma iniciativa para influenciar novos pensamentos e mudanças nas estruturas de como vivemos e nos conectamos com o espaço.

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My Universe: design contribui com recuperação de pacientes infantis

Quantas crianças nunca sonharam em ser astronautas? Explorar o espaço, descobrir novos planetas e quem sabe até fazer amizade com seres extraterrestres… De volta ao Planeta Terra, a realidade pode ser muito mais dura para algumas delas, especialmente quando sua saúde está em risco. A medicina faz uma parte do trabalho, mas é preciso lembrar que o psicológico pode influenciar no resultado. Então, criar ambientes coloridos e artísticos que contribuam com a recuperação dos pacientes infantis, estimulando sua imaginação, tem se tornado uma missão para hospitais mundo afora, como o Chelsea Children’s Hospital, na Inglaterra.

A partir do conceito My Universe, o estúdio de design Thomas.Matthews desenvolveu um projeto para as sete alas do hospital, criando um ambiente que funcionasse também como ferramenta terapêutica.

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As ilustrações de Gilles Jourdan e Cecilie Barstad, do Giles & Cecilie Studio, e de Malika Favre foram essenciais para tornar cada uma das alas a casa de uma família de ETs, cada uma delas com características, comportamentos e expressões únicas. Destas, três já estão prontas. É o caso, por exemplo, da família de Marte, aventureira e que deseja voar a qualquer custo. Mesmo com as quedas e arranhões que colecionam, eles não desistem do sonho e continuam tentando.

Já a família Apollo tem uma pegada mais excêntrica e adotou todos os animais que já foram mandados para o espaço ao longo da história, enquanto a família Mercury é  formada por árvores que adoram ler e têm muito conhecimento.

Cada personagem foi pensado para interagir com visitantes e pacientes, oferecendo conforto, segurança e sabedoria.

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Também na Inglaterra, o Royal London Children’s Hospital inaugurou há algumas semanas a Woodland Wiggle, uma instalação interativa criada pelo artista Chris O’Shea e Nexus Interactive Arts, que coloca os pacientes dentro de um livro de histórias. Neste caso, o projeto conta com um cenário montado por brinquedos feitos em tecido macio, que se integra a um game interativo exibido em uma tela gigante. Todos os movimentos feitos pelas crianças no jogo foram pensados dentro de parâmetros terapêuticos.

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Para quem tem medo de escuro

Quando eu era criança cada vez que tinha que apagar a luz do corredor e caminhar até o quarto no escuro meu coração disparava. Com a popularização do sistema three-way, as crianças não devem mais sofrer com esse problema.

Porém vez ou outra todo mundo dedilha os interruptores como se fossem um piano tentando apagar a lâmpada certa. Eu mesma nunca decoro. O designer Taewon Hwang propôs uma solução: um interruptor com a imagem da planta-baixa, onde cada botão corresponde a um ambiente.

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O ABC dos Arquitetos

Essa simpática animação lista, em ordem alfabética, alguns dos mais importantes arquitetos da história – assim como um de seus edifícios. E, embora muitos nomes tenham ficado de fora, os criadores fizeram uma seleção inteligente no sentido de abranger diferentes nacionalidades. E claro: Niemeyer está lá.

Projeto de Andrea Stinga e Federico Gonzalez.

A lista completa você confere aqui:

A: AAlto, Alvar – Säynätsalo Town Hall (Finlândia)
B: Barragán, Luis – Satellite Towers (México)
C: Calatrava, Santiago – Satolas Airport (França)
D: Domènech i Montaner, Luís – Antoni Tàpies Foundation (Espanha)
E: Eduardo Souto de Moura – Casa de Histórias Paula Rego (Portugal)
F: Foster, Norman – London City Hall (Inglaterra)
G: Gehry, Frank – Guggenheim Bilbao (Espanha)
H: Herzog & De Meuron – Beijing National Stadium (China)
I: Isozaki, Arata – Palau Sant Jordi (Espanha)
J: Johnson, Philip – The Glass House (EUA)
K: Kahn, Louis – National Parliament (Bangladesh)
L: Le Corbusier – Villa Savoye (França)
M: Mies van der Rohe, Ludwig – Barcelona Pavilion (Espanha)
N: Niemeyer, Oscar – Congresso Nacional (Brasil)
O: Olbrich, Joseph Maria – Secession Building (Áustria)
P: Pelli, César – Petronas Twin Tower (Malásia)
Q: Quarenghi, Giacomo – The Smolny Institute (Rússia)
R: Renzo Piano + Richard Rogers – Pompidou Centre (França)
S: Siza, Álvaro – Fundação Iberê Camargo (Brasil)
T: Tange, Kenzo – Tokyo Olympic Stadium (Japão)
U: Utzon, Jørn – Sydney Opera House (Austrália)
V: Van Alen, William – Chrysler Building (EUA)
W: Wright, Frank Lloyd – Guggenheim (EUA)
X: Xenakis, Iannis – Philips Pavilion (Bélgica)
Y: Yamasaki, Minoru – World Trade Center (EUA)
Z: Zaha Hadid – The Pierres Vives Building – França

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História e modernidade se unem no We Hostel em São Paulo

Localizado no bairro Vila Mariana em São Paulo, o We Hostel funciona em uma antiga residência do início do século 20. A ideia partiu do empresário Guilherme Perez, que depois de viajar para o exterior, quis trazer ao país um conceito diferente dos empreendimentos na área de turismo que já haviam por aqui.

Além da parte de fora do imóvel estar absolutamente preservada, com ajuda do arquiteto Felipe Hess, o interior teve toda a decoração e mobílias da residência garimpadas em feiras como Benedito Calixto e do bairro do Bixiga, oferecendo ao hóspede uma viagem no tempo.

Adaptando a modernidade de hoje ao conceito histórico, o hostel conta com boas ideias para tornar o ambiente interativo e conectado com o viajante, que hoje carrega na mala laptops, tablets e smartphones.

Há adesivos fixados nas paredes que dão uma rápida identificação visual do que o espaço é e o que ele oferece. Todos os cômodos da casa possuem QRcodes que, ao serem lidos via smartphone, redirecionam o hóspede para músicas que falam da cidade, em mixtapes criadas no SoundCloud. Os mapas do metrô e de pontos turísticos podem ser baixados pelo celular. A casa conta ainda com instalação de aquecimento por energia solar.

Um lugar com a cara de uma São Paulo histórica e moderna ao mesmo tempo.

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Um livro-aplicativo para iPad para ajudar a construir uma cidade melhor

Em 2010, a Harvard’s Graduate School of Design publicou o Ecological Urbanism, um livro com artigos sobre cidades sustentáveis. Assim como qualquer outro projeto de uma área em que as coisas mudam e evoluem tão rápido, o projeto se encontrava desatualizado. E, em vez de lançarem uma outra edição impressa, Harvard abraçou a ideia de reconstruir o livro de uma forma em que ele nunca perdesse sua validade, e que as novidades pudessem ser adicionadas no decorrer do tempo: o livro, então, foi transformado em um aplicativo para iPad.

Com a ideia do livro-aplicativo, foi possível dar outra dimensão ao material, tornando-o interativo, imersivo, navegável e colaborativo.

Através do projeto liderado pelo Second Story, um estúdio em Portland focado em trabalhos interativos, o livro ganhou seu próprio ecossistema ao ser transformado em aplicativo. O objetivo era ir além de traduzir o livro impresso em um simples e básio ebook.

A chave do processo de transformar algo impresso e estático em digital, dimensional e interativo foi entender os múltiplos pontos de entrada na história, mapeando-a como alinear. Ao desconstruir as histórias, foram encontrados padrões e similaridades em torno de escalas, geografia e tempo. Assim, a navegação pelos artigos foi sendo reorganizada, bem como a profundidade e suas conexões. As possibilidades do touchscreen e do conteúdo multimídia deram novos olhares a cada assunto tratado, como mostra o vídeo abaixo:

 

Promovendo experiência, navegação intuitiva e design de ponta, o livro-aplicativo é uma das inspirações atuais que gostaríamos de ver mais quando falamos em ebook. O projeto, Ecologial Urbanism App, está disponível para baixar aqui, de graça.

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Coca-Cola faz homenagem a Oscar Niemeyer

Ontem a Coca-Cola postou em seu Facebook um lindo poster em homenagem à Oscar Niemeyer.

A ilustração pegou carona na curva do edifício Copan, uma das mais conhecidas obras de Niemeyer, e fez uma junção com a curva da identidade da Coca-Cola. Lindo!

“Se a reta é o caminho mais curto entre dois pontos, a curva é o que faz o concreto buscar o infinito.” Oscar Niemeyer

A criação é da JWT Brasil e da Mutato, com idéia de Pablo Lobo Filipe Cuvero.

 

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O drywall do Niemeyer

Nota do Editor: Ontem, logo após o anúncio da morte de Oscar Niemeyer, vi o glorioso Pedro Guerra contando no Twitter sobre uma breve experiência profissional e publicitária com o arquiteto. Na mesma hora pensei, essa história merece um post no B9. Enchi o saco dele, e aí está. Um belo exemplo de que nem tudo está à venda, e podemos até nos orgulhar quando um trabalho dá “errado”. [Carlos Merigo]

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O trabalho de naming (nomear, dar nome, caraio!) é dos mais ingratos. Embora tenhamos que obedecer certos critérios estabelecidos pelo brief, todo o resto é absolutamente subjetivo. Pepsi mais parece nome de enzima. Tem certeza que Picanto é um bom nome para um carro ou para qualquer outra coisa? E Cafusa? Uma bola tem que pelo menos saber para onde vai… Meu dupla e grande compadre Kleyton Mourão é exemplo vivo de que pais e mães não raramente se dão mal neste departamento.

Pois bem, anos atrás recebemos um pedido para criar e desenvolver a programação visual para um novo serviço de um grande banco estatal, destinado a clientes do segmento que normalmente se chama de premium. O Banco Real tinha o Van Gogh, o Itaú tinha o Personalité. Esse banco queria criar o seu. E para isso pediu um nome que fosse sinônimo de brasilidade, que designasse elegância e que fosse internacionalizável, de expressão global.

Fizemos dezenas de exemplos, e dentre alguns escolhidos para apresentarmos ao cliente tinha o “Niemeyer”. Eles adoraram, aprovaram na hora. Voltamos para a agência começamos o trabalho visual. Lembro que o logo foi feito com aquelas linhas frágeis, traçadas meio sem força ou convicção, com as quais normalmente o Niemeyer desenhava os seus croquis. Eram linhas brancas num fundo azul marinho, representando uma menina tentando alcançar uma estrela. Tudo muito elegante: envelopes, timbrados, placas de sinalização, letreiros, enfim.

Meu fiapo de ligacão com o gênio se partiu como se fosse feito de drywall.

Fizemos o famoso book (livro, porra!) com todas as peças, tudo aprovado pelo cliente. Agora era apresentar para o próprio Niemeyer e ver o que um dos maiores expoentes da arquitetura moderna tinha a falar sobre o assunto. E ele respondeu assim, ó:

– Não.

Lembro até que o “til” era bem sinuoso, meio parecido com o Copan. Ficamos decepcionados. O Niemeyer disse que não queria ter seu nome associado a um banco, mesmo que fosse um banco estatal. Há outra versão para a reprovacão. Ele teria dito que não era tão importante para merecer tal distinção.

O fato concreto, sem trocadilho, é que meu fiapo de ligacão com o gênio se partiu assim, como se fosse feito de drywall. E se me perguntarem qual das duas versões da recusa do Niemeyer eu acredito, digo que é a segunda. Aí eu posso falar pros meus filhos, acochambrando um pouco a realidade, que o Niemeyer não se sentia a altura do trabalho que eu tinha feito.

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Adeus, Oscar Niemeyer

Carioca, nascido em 1907, Oscar Niemeyer foi, inquestionavelmente, sinônimo de arquitetura: não só para nós, brasileiros, mas para outras nações que tem a honra de abrigar criações desse mestre. Perspicaz, inteligente, audacioso e decisivo (chegou a mandar Gropius, fundador da Bauhaus, a merda) assinou boa parte dos mais impressionantes projetos arquitetônicos do país, não só com um grande toque de liberdade em seu traço, mas também com um estudo muito apurado nas tecnologias aplicadas: como o concreto armado. Pôde, assim, criar projetos singulares, como o MAC em Niterói, o Museu Niemeyer em Curitiba e tantos outros.

“A gente tem que sonhar, senão as coisas não acontecem.”

“Não é o ângulo reto que me atrai, nem a linha reta, dura, inflexível, criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual, a curva que encontro nas montanhas do meu país, no curso sinuoso dos seus rios, nas ondas do mar, no corpo da mulher preferida. De curvas é feito todo o universo, o universo curvo de Einstein.”

“Existem apenas dois segredos para manter a lucidez na minha idade:
o primeiro é manter a memória em dia. O segundo eu não me lembro.”

Comunista, sempre aplicou seus ideais políticos aos projetos: grandes espaços e dimensões exageradas, que mostravam preocupação com “o povo”, e não apenas “com o homem” – conceito comum na história da arquitetura que antecede Dührer. Chegou a se exilar na França durante a ditadura brasileira, aproveitando o período na Europa para conhecer a URSS e parte de seus líderes socialistas. Pouco tempo depois recebeu um convite para lecionar arquitetura na Yale, mas teve seu visto negado por conta de sua posição política. Ainda assim chegou a assinar projetos para os americanos, como a Sede das Nações Unidas, em parceria com Le Corbusier.

“Não me sinto importante. Arquitetura é meu jeito de expressar meus ideais: ser simples, criar um mundo igualitário para todos, olhar as pessoas com otimismo. Eu não quero nada além da felicidade geral.”

Primeiro brasileiro a vencer um Pritzker (prêmio arquitetônico mais importante do mundo; seguido pelo segundo e último brasileiro a vencer, Paulo Mendes da Rocha, já citado aqui no B9), Niemeyer deixa esse mundo com uma infinidade de obras a serem contempladas e estudadas.

E provavelmente uma mente que nunca será compreendida, graças ao seu brilhantismo e sua visão única. Um gênio.

Que viveu mais do que se esperava.
Criou mais do que o possível.
E desse forma, reinventou também o sentido de viver.

Adeus, Oscar Niemeyer.
(1907 – 2012)

“A vida é um sopro.”

Listamos abaixo algumas de suas criações mais importantes, que merecem ser recordadas:

Museu de Arte Moderna de Niterói

Museu de Arte Moderna de Niterói

Museu Oscar Niemeyer

Igreja São Francisco de Assis

Edifício Niemeyer

Esplanada dos Ministérios

Museu Nacional da República

Memorial da América Latina

Ponte Juscelino Kubitschek

Palácio da Alvorada

Edifício Copan

Catedral de Brasília

Auditório Ibirapuera

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Porsche Pavilion chega ao Autostadt

Junto ao terreno da fábrica da Volkswagen em Wolfsburg na Alemanha, o Autostadt é um parque onde funciona uma espécie de museu-showroom para as marcas do grupo da montadora. Cada montadora tem seu pavilhão exclusivo.

A Porsche, uma das mais famosas marcas alemãs, inaugurou neste verão (europeu) o seu pavilhão com um primor de arquitetura e design. Em mais de 400 metros quadrados o espaço terá uma exibição com novos modelos da marca e também clássicos como o trator “Super 308″ e o clássico “Porsche 356″, de 1948, além de oferecer uma área com um test drive de carros elétricos para crianças.





Desenhado pela Henn Architekten, o pavilhão tem a estrutura do telhado feito com uma belíssima concha que é brilhante, porém fosca, inspirada no design do modelo mais famoso da Porsche, o legendário “911″. Mais uma obra de arte da arquitetura moderna alemã.

 

 

Assista abaixo ao timelapse gravado durante os 10 meses de construção da obra:

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A loja de quadrinhos da Tokyo’s Tokyo

Já falei aqui sobre como a falta de imaginação pode ser ruim para criar um bom projeto de Retail Design, e como usar elementos óbvios podem prejudicar bastante a identidade da marca. Mas não me parece que seja o caso da Tokyo’s Tokyo (em Tóquio, claro) projetado pelo escritório Ryo Matsui Architects.

Sim, usar o universo HQ como referência para uma loja de HQ’s é bastante óbvio, mas nesse caso as próprias referências parecem pedir por essa estética, digamos, caricata. Boa reinterpretação do tema, materias certos, cuidado com os detalhes e execução perfeita. Belo projeto.


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Londres 2012: A incrível estrutura da pira olímpica

A cerimônia de abertura das Olimpíadas de Londres 2012 impressionou o mundo, em uma produção incrível do Danny Boyle. Porém, tem um “detalhe” ainda mais importante: o acendimento da pira olímpica mais legal de todos os tempos.

204 pétalas de latão – cada uma representando um país participantes dos Jogos – foram acesas e se levantam formando uma espécie de flor de fogo ao som de “Eclipse” do Pink Floyd.

A criação da estrutura foi responsabilidade do Heatherwick Studio de Londres, especializado em arquitetura, escultura e projetos urbanos extraordinários.

Uma ideia original, engenhosa e que pegou todo mundo de surpresa na última sexta-feira.

/via Fubiz

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E se brincar de FarmVille tivesse consequências reais?

Para seus sonhos tornarem-se reais, você precisa competir ou colaborar com seus futuros vizinhos. VOCÊ, em conjunto com os outros habitantes, farão o plano diretor de Oosterwold

Os administradores da cidade holandesa Almere Oosterwold em parceria com o escritório de arquitetura MVRDV estão propondo algo nessa linha. Cansados de um urbanismo “certinho demais”, resolveram adotar um modelo inovador e lúdico de planejamento urbano, com participação direta da população. Além da “democratização” do processo, os responsáveis pelo projeto acreditam que as pessoas se sentirão mais responsáveis pela cidade ao terem contribuído ativamente com o seu desenho. A “brincadeira” foi viabilizada pelo site, também holandês, “Play the City”.

Outro ponto em comum entre a virtual FarmVille e Almere é a agricultura urbana. Algo que não tenho visto ser explorado nas cidades brasileiras, mas que parece ser bem interessante: além de permitir uma “agricultura de subsistência” contribui para uma bela paisagem urbana


(Fonte)

Almere Oosterwold é um dos casos apresentados na V Bienal Internacional de Arquitetura de Roterdã, cujo tema é justamente Making City. A bienal não se limitou a discutir às cidades holandesas: Istambul e São Paulo também estão em foco. Istambul já adotou o jogo, é só conferir no site Play the City.

Entretanto, ainda não consegui descobrir os resultados dos debates sobre São Paulo, mas eles serão exibidos a partir de 19 de junho no Museu da Casa Brasileira, aguardemos.

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The Third & The Seventh

“The Third & The Seventh” é um projeto, desenvolvido em CG, que apresenta diversos trabalhos arquitetônicos por um ponto de vista fotográfico (e extremamente artístico). Fiquei tão impressionado ao ver, que me senti na obrigação de compartilhar.

E mais: depois do jump tem um segundo vídeo, com o making off (do 3d, etc).
Vale, e muito, ver. Ótima inspiração para uma segunda-feira. :)

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Time-lapse resume 8 anos de construção do One World Trade Center

O One World Trade Center ainda nem está pronto, mas já é, desde esse semana, o edifício mais alto de Nova York.

Esse time-lapse resume em 2 minutos um período de quase 8 anos, desde o primeiro dia da construção até o último 30 de abril.

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Um salto alto perdido na rua

 

Dia desses, recomendando livros à amigos, percebi que não lembrava praticamente nenhuma linha inteira de nenhuma obra. O que eu lembrava dos livros eram as pequenas cidades, do frio que fazia no inverno, o pé direito da sala do protagonista e até mesmo a textura das cortinas. Mas não vi nos livros essas coisas. Talvez, essas coisas, as páginas dos livros não tenham nem mesmo me sugerido. Mas essa foi a história que criei pra mim, e pra mim é a história real.

É recorrente: Quando ouço “High and Dry” eu me lembro perfeitamente de voltar pra casa de skate no fim de tarde de um sábado chuvoso, quando eu ainda morava na Califórnia. Acontece que eu nunca andei de skate, muito menos morei na Califórnia.

Não entra ciência nesse tema, que pouco tem a ver com razão. Não vem ao caso explicar por que acontece, mas acontece, e todo designer deveria levar isso em consideração: o universo que a gente inventa é mais real do que o universo em que a gente vive. E é dele que iremos lembrar no futuro.

Já dizia o Professor Martens*:

“Não existe em nenhuma mulher toda a mulher que existe em um salto alto perdido na rua”.


E o Retail Design com isso?

Andar pelo Brasil pesquisando ponto de venda é, em geral, decepcionante, e na maioria das vezes o motivo é o mesmo: parece que ninguém quer convidar o consumidor pra participar. É um monólogo.

Até pouquíssimo tempo atrás éramos um país relativamente pobre, e tudo leva a crer que nosso complexo de inferioridade e raro acesso ao que outros tinham em abundância, tenham feito com que buscássemos ingenuamente uma auto-afirmação de sessão da tarde, de Disney e Beverly Hills. Crescemos achando que um conto de fadas pode (e só pode) ser real se houver um enorme castelo.

Recentemente um amigo europeu, arquiteto, veio nos visitar no Brasil e passeando por um ponto turístico de Florianópolis constatou: “isso tudo parece o cenário faroeste de um parque de diversões”.
É mais ou menos assim: Se for restaurante Mexicano, tem mariachi. Se for moda Brasileira, tem calçada de Copacabana. Se for loja de artigos esportivos, é assustador: tem pista de corrida, quadras e vendedores com apitos (!).

Querer replicar perfeitamente uma realidade externa, seja ela qual for, em um projeto de design, acaba com tudo que o projeto deve ter de mais precioso: a autenticidade. Até porque, no final das contas, se estamos falando de retail design, estamos falando – ou deveríamos – de construção de marca.

Assim como em um livro ou em uma música, a história real de um projeto de design é a história que criamos pra ele. É Gestalt. É Ganzfeld. A nossa mente é viciada em sensações, e se não há nada pra sentir ela mesmo as cria.

Lojas com menos referências óbvias e mais histórias pra contar, por favor.
Porque um enorme castelo não faz do seu ponto de venda um conto de fadas.

“É como se o homem, que permanece ali encantado com aquele salto alto, fosse naquele momento ele mesmo” continuou o Professor Martens. “E tivesse a sua própria biografia. A sua própria memória”

* O Professor Martens é um personagem do livro City (Alessandro Baricco), muito provavelmente meu livro preferido.

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Michael Graves: Um dia com o ícone do design e da arquitetura americana

Michael Graves, é um arquiteto e designer, conhecido por fazer parte do grupo chamado de “The New York Five” (ao lado de Peter Eisenman, Charles Gwathmey, John Hejduk e Richard Meier: modernistas da arquitetura americana).

Criador de projetos emblemáticos (como os utensílios domésticos para a italiana Alessi), teve uma infecção em 2003 (possivelmente uma meningite bacteriana), deixando seu lado esquerdo paralisado da cintura para baixo.

Ainda assim, Michael continua trabalhando.
E esse vídeo é uma aula para nós – em muitos aspectos.

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Starbucks e seu laboratório

Parte-se de dois princípios:  que Amsterdam é uma cidade ideal para experimentar coisas novas e que Starbucks é uma marca que explora muito bem o conceito de “estar”. Unindo esses dois pontos, vem a notícia: a marca de cafés veio para surpreender em sua mais nova loja-conceito na capital da Holanda, chamada The Bank. Ela será a única loja em que as pessoas irão se referir como “laboratório”, pois ficará responsável por oferecer uma evolução na experiência vivida, extrapolando e redefinindo a atmosfera de beber café.

Construída no lugar de um cofre de banco histórico da cidade, terá uma parte subterrânea e carregará história por ser feita pelas mãos de artistas e artesãos locais. O resultado disso tudo é uma loja repleta de design, utilizando materiais sustentáveis e itens antigos, com o objetivo de manter características da tradição holandesa.

Além disso, The Bank  será um centro de testes de métodos inovadores em fazer café, terá lotes de cafés exclusivos, contará com conceitos novos de alimentos (incluindo no interior da loja uma área de panificação) e terá um espaço dedicado às apresentações de bandas locais, leituras de poesia e outras várias atividades, trazendo à tona o posicionamento de ser um ponto de encontro cultural.

Um novo ponto turístico que vale a pena a visita.

Se abrisse uma loja-conceito da Starbucks aqui no Brasil, onde ela ficaria e como você imagina que ela seria?

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