Conheça Patrick, um trabalhador mais que especial

Patrick é um cara que, desde muito cedo, teve de lidar com uma série de limitações, algumas delas físicas, outras relacionadas com a aprendizagem. Apaixonado por esportes, mas impossibilitado de praticá-los devido a sua condição, ele encontrou uma forma de viver sua paixão de perto. Mas ele também queria ser independente, então aprendeu a dirigir. E a cada novo desafio que surgiu, ele encontrou uma forma de superá-lo.

Essa é parte da história contada pelo próprio Patrick em “Work is a Beautiful Thing: Meet Patrick”, novo comercial do Walmart. Com criação da Saatchi&Saatchi de Nova York e produção da Anonymous Content, o objetivo principal era produzir um filme que fosse ao mesmo tempo inspirador e patriótico. A grande sacada é que a parte do “ser patriótico” aparece naturalmente, sem ser forçada goela abaixo como costuma acontecer.

Como bem observou Tim Nudd da AdWeek, é impossível não notar alguns traços do incrível comercial da Duracell com o jogador Derrick Coleman, que é deficiente auditivo. De qualquer maneira, vale o play e a lição ensinada por Patrick:

“Durante toda a minha vida, as pessoas me disseram que eu tinha uma deficiência de aprendizado. Acho que eles estavam certos… porque eu nunca aprendi a desistir”.

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Intel conta a história de um alpinista cego em novo filme da campanha Look Inside

Há alguns meses, a Intel começou a reunir algumas histórias bastante inspiradoras na campanha Look Inside. A ideia é mostrar a importância de se ir além das aparências, lembrando que o que realmente conta é o que conseguimos realizar. É o caso de Jack Andraka, que desenvolveu um novo teste para detectar o câncer de pâncreas com apenas 15 anos de idade, e que abriu a série.

Agora, Look Inside ganha mais uma história incrível, desta vez do alpinista Erik Weihenmayer. Não bastasse ele ter escalado sete dos cumes mais altos do planeta – feito alcançado por somente 118 pessoas em toda a história -, o detalhe está no fato de Erik ser o único cego entre todos eles. 

Com criação da Venables Bell & Partners, produção da Knucklehead e direção de Christopher Hewitt, este filme é daqueles que fazem a gente ter vontade de se esforçar para ir ainda mais longe, e lembrar que o que está dentro é o que realmente importa. Vale o play.

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Em uma cadeira, idoso encontra a inspiração para viver

Você já parou para pensar em como uma simples cadeira é capaz de mudar a nossa vida? Alguns comerciais recentes da Coca-Cola e NZI têm focado nos “poderes” deste objeto. Mas talvez seja a Ikea quem tenha melhor demonstrado essa ideia em Empieza Algo Nuevo, filme criado pela  S,C,P,F…, da Espanha.

A história gira em torno de um idoso que todos os dias vai ao mesmo parque e senta-se no mesmo banco, com as mesmas pessoas e faz sempre tudo igual, mais ou menos como se estivesse preso em uma música de Chico Buarque. Até o dia em que o banco está ocupado e ele é obrigado a voltar para trás. Pronto, a primeira ruptura está feita.

No dia seguinte, para evitar o problema de não ter onde sentar, o protagonista resolve levar sua própria cadeira. Mas, como ele tem sua própria cadeira, percebe que pode escolher onde quer se sentar. E a curiosidade vai renascendo, para ir cada vez mais longe e explorar novas possibilidades. Quem diria que uma simples cadeira poderia ser fonte de tanta inspiração?

De certa maneira, este filme da Ikea me lembrou de uma das histórias secundárias de O Fabuloso Destino de Amélie Poulain, de Jean-Pierre Jeunet, em que a protagonista resolve sequestrar o anão de jardim de seu pai. Com a ajuda de uma amiga comissária de bordo, que leva o anão para suas viagens e envia fotos dele em pontos turísticos famosos, Amélie consegue inspirar o pai a conhecer o mundo.

Lendo alguns dos comentários sobre o filme, encontrei algumas críticas ao seu desfecho. Na verdade, não vi nada de errado, pelo contrário: o protagonista simplesmente quis compartilhar sua “fonte de inspiração” com os amigos, lembrando que na Ikea sempre haverá outras cadeiras. É uma mensagem bacana, que mostra que os produtos da Ikea podem ir muito além do ambiente caseiro. Vale o play por cada um de seus 121 segundos…

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Amstel Lager conta história de lavador de pratos que vira chef

É muito legal quando uma marca resolve sair da tradicional mesmice de seu mercado e traz algo novo e até mesmo inspirador, mais ou menos como a cerveja sul-africana Amstel Lager acabou de fazer com o filme The Chef. Em vez de se prender a festas, baladas e afins, a marca dá um passo além ao contar a história de um homem e o seu sonho de se tornar um chef e ter seu próprio restaurante.

Em cerca de dois minutos, acompanhamos sua história, o começo como lavador de pratos, o aprendizado, a dedicação e todo o esforço necessário para a realização de um sonho. Tudo a seu próprio tempo – essa é a mensagem final, em um filme em que a Amstel Lager aparece em um papel secundário, mas não menos marcante.

Poderia até ser uma história boba e já batida – Johnnie Walker já fez muito disso com seu Keep Walking, assim como a Nextel – mas surpreendentemente não é. Vemos um cara aproveitando cada minuto de sua trajetória, como todos nós fazemos ou gostaríamos de ter feito. Saboreando cada lição e celebrando cada nova fase. E, o mais importante, mostrando que os momentos ruins existem, mas não são motivo para se desistir.

A produção é da Velocity Films.

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Sorted Books: o que dizem os títulos

“Sempre observo as qualidades físicas do livro. O tamanho carrega temperamento e tom de voz, assim como as letras do título. O texto grande e bold pode ser exuberante, urgente; já uma tipografia menor comunica uma voz insegura, tímida” – Nina Katchadourian, em seu site

Desde 1993, a artista Nina Katchadourian tem feito das livrarias a casa do seu projeto Sorted Books. Seu objetivo: vasculhar por livros e os organizar em uma pilha para que os títulos formem sentenças irreverentes, cheias de humor e inteligência.

O projeto continua até hoje, e já tomou como casa diferentes lugares ao redor do mundo, de coleções particulares à livrarias e bibliotecas. O processo é sempre o mesmo: se debruçar em prateleiras de livros, pegar títulos específicos e os organizar em grupos, de forma que os títulos formem sequências lidas de cima para baixo ou da direita para a esquerda.

O resultado final é registrado em fotografias. Atualmente, são mais de 130 fotos, algumas delas separadas em séries de temas específicos.

Além das frases serem inteligentes comentários sociais que nos tira sorrisos, cada pedaço de narrativa criado permite que as pessoas criem histórias ao redor, capturando em poucas palavras situações que extrapolam o contexto.

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Sorted Books pode ser visto de muitas formas: uma série de fotografias ou esculturas, uma instalação itinerante e até uma coleção de microcontos, poemas ou piadas. Mas, em todas as suas formas, é um ato de leitura.

Ler não apenas as palavras, mas o que cada livro pode dizer, em questão de aparência, de contexto, de título, ou de qualquer outra história que a ser tirada dali.

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Everything I Can See From Here: Um curta de animação realizado sem verba

Dirigido por Sam Taylor e Bjorn Aschim, o curta-metragem de animação Everything I Can See From Here conta a história de um jogo de futebol americano que se torna mortal quando jogadores inesperados se juntam à partida.

Realizado de forma independente em noites e fins de semanas durante 2 anos, sem o menor budget, os diretores usaram de sua talentosa rede de amigos para chegar ao resultado (veja aqui a lista completa dos participantes do projeto).

A história une rascunhos e ideias que foram sendo guardadas ao longo do tempo, sem oportunidades para ganharem vida. Uma mistura de personagens reais com cartoon, produzidos com Flash, Photoshop, After Effects e Maya. Tudo realizado diretamente no computador.

Veja abaixo o making of do projeto.

Como boa parte da história se passa em um eixo vertical, todo o curta foi construído com a tela assim. Sam e Bjorn comentam, em entrevista para o The Creators Project, que a forma como as pessoas assistem aos filmes está mudando. Antes feitos apenas para rodar em festivais, salas de cinema e ocasionalmente na TV, hoje é preciso criar pensando em diferentes formas e tamanhos pela variedade de dispositivos.

O mesmo é dito para a animação, cujo processo de criação não mais depende de grandes estúdios. As ferramentas e o conhecimento estão todos disponíveis para quem quiser aprender e usar.

Esse curta é um dos exemplos de produções que tiveram grande repercurssão e sucesso online, realizada sem budget e a partir do sistema de colaboração em rede, no tempo livre de cada um.

 

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Windows of New York

Windows of New York é um lindo projeto de José Guizar, um jovem designer mexicano que mora em Nova York. Assim que mudou pra lá, José desenvolveu uma obsessão pelas janelas da cidade e, desde então, ilustra semanalmente seus achados.

Tudo começou por suas andanças em Manhattan e a admiração pela arquitetura da cidade. Em especial, as janelas o chamavam a atenção por guardar um mundo escondido dentro delas e também pelo poder de imaginação que emanam por cada aspecto seu.

A partir de fotos que José tira em suas jornadas diárias, ele criou um estilo de ilustração minimalista, que lembra os cartoons de Chris Ware.

Em seu site, o designer descreve o projeto:

“Um produto das inúmeras jornadas pelas ruas da cidade. Parte homenagem a sua arquitetura, parte desafio pessoal para nunca parar de observar.”

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Plástico-bolha gigante e impresso

Instalação do artista plástico Gebhard Sengmüller é para total deleite dos tecnófilos e amantes de plástico-bolha: a transmissão de TV na “incrível” velocidade de um frame por dia, impresso em enorme plástico-bolha em 3 cores. #euquero (via @zeneddine)

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O paradoxo do “novo que já tenha histórico de bons resultados”

Há alguns dias, o Daniel Sollero avisou sobre uma apresentação que ele havia subido para o SlideShare, intitulada “The Fake Innovator’s Dilemma”. Trata-se da apresentação de um paradoxo que se encara diariamente: ao mesmo tempo que o falso inovador quer algo novo e original, ele procura uma solução segura, com um histórico de sucesso comprovável.

Vale a pena bater um pouco nesta tecla, já que muitos daqueles que querem inovar não parecem perceber quando o seu briefing pede um absurdo destes.

Afinal, o que define realizar algo novo? Seria a vontade de fazer como uma marca arrojada faz? Talvez. O problema é quando o briefing pede para fazermos exatamente o que uma marca arrojada realiza. Diferença sutil ao primeiro olhar, mas que é fácil de perceber quando a peça está na rua.

Se buscamos a novidade ou a forma de fazer da novidade um atributo da marca, não podemos oferecer como solução aquela que estão todos procurando, a não ser que efetivamente tenhamos algo de novo para contar. Se o Twitter é a bola da vez, vale a pena lançar uma conta na ferramenta apenas para constar? Se o site institucional de agência está com os dias contados, vale a pena lançar uma simulação de presença digital, com meia dúzia de fotos no Flickr, um vídeo no YouTube e um verbete apagado na Wikipedia? Só porque alguém já fez? Acho que não.

Também não parece que vale a pena ser o só o primeiro a usar determinada tecnologia. Cases como “o primeiro vídeo interativo publicitário no YouTube” ou “a primeira empresa brasileira a utilizar QR Codes” falam muito pouco se não estiverem bem amparados por uma boa idéia. Não é o caso de usar uma ferramenta nova por usar. Cairemos fatalmente no erro de apenas constar ali.

No fim das contas, a questão de inovar pode ter releituras do passado. Pode comportar até o que uma empresa mais descolada já fez por aí. Mas é o caso de ter algo novo para contar. Alguma outra faceta ainda não explorada, algum feature matador. Algo que transforme aquele esforço de comunicação em único, e não mais um numa ruidosa pilha de intervenções diárias que temos que agüentar.

Em suma, eu posso até considerar o que uma outra empresa já fez. Mas para fazer diferente, da concepção criativa às metas de sucesso, para estabelecer um diálogo ainda mais eficiente com os meus consumidores, para, enfim, fazer algo que seja pertinente.

Se eu fosse um cliente e precisasse “inovar”, talvez fosse isto o que eu pediria à minha agência. Mas enquanto eu sou agência, não custa sonhar.

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Ira Glass e o processo de contar histórias no rádio e TV

Ira Glass é o criador e a grande cabeça por trás do programa de rádio This American Life (agora também na TV), uma espécie de Globo Repórter, só que bom.

Numa entrevista para o Current, aqui dividida em 4 partes para caber no YouTube (o vídeo original não está mais disponível no site) ele fala, entre outras coisas, sobre como contar uma história (ficcional ou não) e como o #fail deve estar nos seus planos.

É conteúdo antigo (de 2006) mas achei legal compartilhar por aqui.

Via My Life to Live.

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