Sorted Books: o que dizem os títulos

“Sempre observo as qualidades físicas do livro. O tamanho carrega temperamento e tom de voz, assim como as letras do título. O texto grande e bold pode ser exuberante, urgente; já uma tipografia menor comunica uma voz insegura, tímida” – Nina Katchadourian, em seu site

Desde 1993, a artista Nina Katchadourian tem feito das livrarias a casa do seu projeto Sorted Books. Seu objetivo: vasculhar por livros e os organizar em uma pilha para que os títulos formem sentenças irreverentes, cheias de humor e inteligência.

O projeto continua até hoje, e já tomou como casa diferentes lugares ao redor do mundo, de coleções particulares à livrarias e bibliotecas. O processo é sempre o mesmo: se debruçar em prateleiras de livros, pegar títulos específicos e os organizar em grupos, de forma que os títulos formem sequências lidas de cima para baixo ou da direita para a esquerda.

O resultado final é registrado em fotografias. Atualmente, são mais de 130 fotos, algumas delas separadas em séries de temas específicos.

Além das frases serem inteligentes comentários sociais que nos tira sorrisos, cada pedaço de narrativa criado permite que as pessoas criem histórias ao redor, capturando em poucas palavras situações que extrapolam o contexto.

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Sorted Books pode ser visto de muitas formas: uma série de fotografias ou esculturas, uma instalação itinerante e até uma coleção de microcontos, poemas ou piadas. Mas, em todas as suas formas, é um ato de leitura.

Ler não apenas as palavras, mas o que cada livro pode dizer, em questão de aparência, de contexto, de título, ou de qualquer outra história que a ser tirada dali.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Everything I Can See From Here: Um curta de animação realizado sem verba

Dirigido por Sam Taylor e Bjorn Aschim, o curta-metragem de animação Everything I Can See From Here conta a história de um jogo de futebol americano que se torna mortal quando jogadores inesperados se juntam à partida.

Realizado de forma independente em noites e fins de semanas durante 2 anos, sem o menor budget, os diretores usaram de sua talentosa rede de amigos para chegar ao resultado (veja aqui a lista completa dos participantes do projeto).

A história une rascunhos e ideias que foram sendo guardadas ao longo do tempo, sem oportunidades para ganharem vida. Uma mistura de personagens reais com cartoon, produzidos com Flash, Photoshop, After Effects e Maya. Tudo realizado diretamente no computador.

Veja abaixo o making of do projeto.

Como boa parte da história se passa em um eixo vertical, todo o curta foi construído com a tela assim. Sam e Bjorn comentam, em entrevista para o The Creators Project, que a forma como as pessoas assistem aos filmes está mudando. Antes feitos apenas para rodar em festivais, salas de cinema e ocasionalmente na TV, hoje é preciso criar pensando em diferentes formas e tamanhos pela variedade de dispositivos.

O mesmo é dito para a animação, cujo processo de criação não mais depende de grandes estúdios. As ferramentas e o conhecimento estão todos disponíveis para quem quiser aprender e usar.

Esse curta é um dos exemplos de produções que tiveram grande repercurssão e sucesso online, realizada sem budget e a partir do sistema de colaboração em rede, no tempo livre de cada um.

 

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