Everything I Can See From Here: Um curta de animação realizado sem verba

Dirigido por Sam Taylor e Bjorn Aschim, o curta-metragem de animação Everything I Can See From Here conta a história de um jogo de futebol americano que se torna mortal quando jogadores inesperados se juntam à partida.

Realizado de forma independente em noites e fins de semanas durante 2 anos, sem o menor budget, os diretores usaram de sua talentosa rede de amigos para chegar ao resultado (veja aqui a lista completa dos participantes do projeto).

A história une rascunhos e ideias que foram sendo guardadas ao longo do tempo, sem oportunidades para ganharem vida. Uma mistura de personagens reais com cartoon, produzidos com Flash, Photoshop, After Effects e Maya. Tudo realizado diretamente no computador.

Veja abaixo o making of do projeto.

Como boa parte da história se passa em um eixo vertical, todo o curta foi construído com a tela assim. Sam e Bjorn comentam, em entrevista para o The Creators Project, que a forma como as pessoas assistem aos filmes está mudando. Antes feitos apenas para rodar em festivais, salas de cinema e ocasionalmente na TV, hoje é preciso criar pensando em diferentes formas e tamanhos pela variedade de dispositivos.

O mesmo é dito para a animação, cujo processo de criação não mais depende de grandes estúdios. As ferramentas e o conhecimento estão todos disponíveis para quem quiser aprender e usar.

Esse curta é um dos exemplos de produções que tiveram grande repercurssão e sucesso online, realizada sem budget e a partir do sistema de colaboração em rede, no tempo livre de cada um.

 

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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IndieLisboa ironiza limitações criativas de Hollywood

Dizem que pai e mãe é tudo igual, só muda de nome e endereço. Aplique este raciocínio no cinema e o resultado será bem próximo da campanha que a Leo Burnett criou para o festival IndieLisboa.

Na série impressa, vemos como as ideias podem ser facilmente recicláveis no caso de personagens como Rocky e Chucky, cenas românticas ou duplas como Nick Nolte + Eddie Murphy, Mel Gibson + Danny Glover, Jackie Chan + Chris Tucker e Tommy Lee Jones + Will Smith.

É claro que, se a gente parar para pensar a respeito, vamos encontrar muitos outros exemplos para comprovar o argumento de que “Hollywood está ficando sem ideias”.

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Nos comerciais para a televisão, a ironia continua. Enquanto Noooo mostra que as mocinhas sempre gritam do mesmo jeito (só mudando mesmo o cenário e o nome do filme), Runaway comprova que o maior suspense daquelas cenas em que durante uma fuga o herói tenta ligar o carro – que falha, obviamente – está no fato de esperar que elas terminem de maneira diferente.

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