Investimento em propaganda para o digital ultrapassa verba da TV aberta pela primeira vez

A TV aberta ficou para trás dos meios digitais em investimentos publicitários nos EUA. Dados do Internet Advertising Bureau (IAB) revelam que os gastos com anúncios para plataformas digitais bateram a marca dos 42,8 bilhões de dólares, mais do que os 40,1 bilhões de dólares investidos em propaganda televisiva.

Entre os formatos digitais mais utilizados estão a busca (com 43% do total em 2013), os banners (19%), as iniciativas para plataformas móveis (17%) e os anúncios em vídeo (7%), estes dois últimos sendo as grandes estrelas atuais, com elevada taxa de crescimento – 110% para os anúncios em dispositivos móveis e 300% para a publicidade em vídeos online.

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A supremacia do digital sobre a TV, contudo, só é válida se não forem considerados os canais de TV à cabo – só o investimento em canais pagos soma mais de 34 bilhões de dólares, bem próximo dos valores de investimento em TV aberta e internet.

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O relatório completo da IAB, acerca do mercado americano no ano de 2013, pode ser conferido neste link.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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A agência Komodo é mesmo uma invenção do IAB. Mas com um triste fundo de verdade.

Como muita gente já desconfiava, a agência Komodo é mesmo uma campanha viral do IAB Brasil. A invenção de uma história que tem um fundo de verdade, e expõe a descrença no meio por parte de muitas empresas e marcas no Brasil.

Mesmo atingindo 84 milhões de usuários no país, que é o segundo do mundo que mais fica conectado e utiliza redes sociais, o investimento publicitário na internet ainda é ínfimo se comparado com as mídias “tradicionais”.

O B9 apoia essa campanha e, sabendo que o mercado está recheado do pensamento komodo, promovemos com orgulho a iniciativa do IAB para valorizar a indústria da propaganda digital. O que importa é que a discussão foi instalada. Se muitas pessoas acharam absurda a proposta de uma agência 100% offline, saibam que esse tipo de convicção não fica só na ficção.

Agora, pessoal da conspiração “post pago”, achei que vocês já conhecessem nossa política clara e transparente sobre isso. Temos até uma categoria específica. Não precisamos emitir PI para apoiar o mercado do qual fazemos parte e é de nosso pleno interesse.

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IAB Mixx: Segundo dia é sobre conversas e Facebook


O primeiro dia do IAB Mixx foi basicamente sobre métricas (falei sobre ele aqui). O segundo e último dia foi mais sobre conversas. Esse foi o tema central das palestras dos executivos do Twitter (Joel Lunenfeld, Vice President, Global Brand Strategy), do Tumblr (Rick Webb, Consultant, Marketing and Revenue) e também do debate sobre as eleições aqui dos EUA.

É claro que rolou um monte de clichês, porque boa parte desses eventos é baseado em afirmar o óbvio: mídia interativa é lugar de diálogo, o conteúdo que você coloca na internet se espalha através dos usuários, dependendo do engajamento deles. Mas o que foi legal é que cada palestrante colocou o ponto de vista deles e das suas empresas, o que foi bastante surpreendente.

Surpreendente porque, ao contrário dos outros anos, a maior parte do que foi apresentado era informação sólida e não especulações sobre o futuro. Dessa vez não teve ninguém com “killer app”, “killer format”, “killer prediction”, “killer PowerPoint” (ainda que a apresentação do Tumblr tenha sido bem divertida). Não precisou de nada disso. Os resultados, as estatísticas, as possibilidades reais que estavam sendo apresentadas eram suficientes para deixar todo mundo interessado.

Ou seja: esse segundo dia de conversas confirma o que eu disse sobre o primeiro. O meio online (americano) já tem números suficientemente bons para impressionar agências e anunciantes e efeitos especiais podem ficar em segundo plano.

A última palestra destoou um pouco do clima todo, pela importância dos participantes: Marc Andreessen (o cara do Netscape) e Sheryl Sandberg, COO do Facebook. Acabou sendo uma grande entrevista sobre o Facebook (boa parte sobre o IPO fail), conduzida pelo jornalista Charlie Rose e comentada por Andreessen.

Eu achei um pouco perda de tempo, porque tudo que podíamos saber sobre esse assunto a gente já sabe. E podíamos aproveitar melhor a presença de alguém genial como o cara que inventou o browser. Mas o pessoal curtiu bastante. Você pode tirar suas próprias conclusões: iab.net/mixx12

O curioso é que eu acompanhei o evento de olho no Twitter, cheio de notícias sobre o Maximídia na timeline. A minha impressão é que, enquanto aqui nos EUA o clima é de “o que vamos fazer com esses resultados fantásticos que estamos obtendo?”, no Brasil o clima é “como vamos acomodar essas coisas novas no esquema que estamos mantendo há anos?”. Um pouco desanimador, mas como eu falei no texto de ontem: o que acontece no mercado dos EUA, geralmente se repete no mercado do Brasil. Vamos torcer pra esse clima de otimismo chegar logo no ano que vem.

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IAB Mixx: Tecnologia para métricas é o tema principal este ano


Creative Commons License foto: Crusade

O Mixx é o evento mais importante promovido pelo IAB dos Estados Unidos. Mesmo custando bem caro e acontecendo durante a Advertising Week, (ou talvez por isso mesmo) ele sempre lota. Costuma ter palestras de gente bem importante (Chris Anderson e Seth Godin estiveram aqui no passado) e acaba tendo uma influência bem grande na agenda geral do mercado de publicidade online americano.

Esse ano o tema é “When Technology and Creativity Collide”. é um título ótimo e abrangente, feito na medida para você conseguir justificar sua inscrição para o RH. Mas nesse caso “tecnologia” quer dizer “métricas”. E na maioria dos casos, é sobre isso que os palestrantes estão falando.

O mercado de mídia online americano não tem “grandes portais” (isso é uma bizarrice brasileira) e a população em geral é uma enorme classe C com iPhones e Androids. Os números sempre foram pulverizados e pela primeira vez existe a sensação de que eles falam a favor dos meios internéticos, e não contra.

Então boa parte das palestras, debates e workshops que vão rolar por aqui são sobre isso: “como o meio online consegue medir com precisão a atividade dos usuários”, “como clique não é a única métrica relevante”, etc, etc, etc. Tudo aquilo que a gente já conhece, só que agora falados por gente importante, num palco importante, na mesma semana em que os cheques referentes à mídia do SuperBowl estão sendo assinados.

O Facebook, por exemplo, mandou o seu “Head of Measurement and Insights” (NR: imagina o cartão dele: “I’m the Head of Measurement and Insights, bitch!”), Brad Smallwood, para mostrar como o Facebook consegue saber o que você está pensando em cada momento da sua vida e como isso atinge mais gente que a TV, com mais qualidade e precisão.

Esse evento acaba sendo bem relevante para o mercado brasileiro por dois motivos: Primeiro, porque o IAB Brasil traz uma comitiva todo ano pra cá, com alguns dos maiores anunciantes brasileiros, para que eles vejam o que está rolando. Um monte de agências e veículos acabam vindo também por causa disso.

Segundo, porque o que acontece aqui nos EUA, acaba acontecendo aí no Brasil depois de um tempo. Se esse é o movimento aqui, é bom a gente ficar atento. Empresas multinacionais vão começar a exigir essas métricas das suas filiais no Brasil. Agências que tiverem modelos mais próximos do que o que está sendo apresentado aqui, tem mais chances de ganhar essas contas. Veículos que entregarem métricas similares, têm mais chance de entrar nos planos de mídia.

No site deles têm os vídeos das palestras: http://www.iab.net/mixx

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Dismal Economy’s Bright Spot

new-iab-logo1Today, as I was feverishly submitting resumes and simultaneously reading about the economy (multi-tasking for all you would-be employers), I came across ”Ten Winners in the Recession” on Yahoo!, nestled nicely on the Personal Finance page.

Although there weren’t a whole lot of suprises, a few made me scratch my head. Some of the better listees included: Resume Writers & Editors, Condom Manufacturers (we’re poor, but safe!), At Home Coffee Brews, and…(drum roll, please) Career Development Websites! 

That just goes to show you that there is opportunity out there if you know where to look for it.

Surprisingly omitted from the Top Ten list was the single shining light emanating from the advertising sector: Online Ad expenditures. According to the IAB, 2008 saw Internet advertising revenues increase by 10.6 percent overall compared to 2007. Search advertising showed the highest percentage gain, increasing by 19.8 percent over 2007 and accounted for 45 percent of all Internet ad spending. Online display advertising increased by 8 percent while classified ad revenues fell 4 percent. The IAB study, completed with the aid of PricewaterhouseCoopers, can be downloaded here.