Vivo aproveita a febre “Avenida Brasil” e lança depoimento de Tufão

Mesmo com tanto falatório, eu confesso, não entendo nada sobre a atual novela das 21h. De qualquer maneira, esse anúncio de oportunidade da Vivo com “Avenida Brasil” parece ter muito contexto para quem acompanha a trama.

Tufão dá o seu depoimento:

“Eu passei os últimos meses sendo o último a saber das coisas. O Brasil inteiro sabia, tava tudo debaixo do meu nariz e eu nem desconfiava.”

Pelo pouco que acompanhei das piadas na internet parece que o cara era o corno e só ele não tinha acesso as tais fotos, com os espectadores tirando sarro da falta de tecnologia. É isso que quer dizer os memes do pen drive?

Criação da VML Brasil.

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Braincast 22 – Veículos: do Papel ao iPad

No Braincast 22 falamos de como as publicações das duas maiores editoras do país estão se adaptando ao mundo digital, de como este é o melhor momento para ser jornalista e de como o tão aclamado “jornalismo cidadão” veio para somar e não para dividir. E para manter o alto nível nesta discussão, Cris Dias e Saulo Mileti receberam os ilustres: Alexandre Maron (Editora Globo) e Sergio Gwercman (Editora Abril). Confira!

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[00h02m10] Comentando os Comentários
[01h04m30] Qual é a Boa?

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“O Brado Retumbante” e suas muletas visuais

Entender da gramática cinematográfica é fundamental, especialmente para evitar o uso indiscriminado de algumas ferramentas, como fez a série global “O Brado Retumbante”

Quem joga videogame sabe que a chave para aprender os novos golpes, ou truques, é repeti-los ao extremo. Às vezes o jogo exige um número específico de repetições para melhorar a habilidade, às vezes o único jeito de aprender é tentando até decorar. Bem, no cinema é a mesma coisa. Há uma série de técnicas específicas dentro da gramática cinematográfica, tudo isso à disposição do diretor, responsável direto pelas escolhas de movimento de câmera, uso de lentes e outras invenções visuais. Um erro comum – muitas vezes transformado em “estilo” – é repetir alguns deles à exaustão, como visto na recente série brasileira “O Brado Retumbante”, da Rede Globo. Aposto que todos os espectadores sabem de cor como fazer rack focus e como não fazer diálogos over the sholder.

Aproveitando minha breve passada por São Paulo em janeiro, conferi a mais recente minissérie da Globo. Muita gente tem falado sobre as câmeras HD do plim-plim e da melhoria na qualidade e tal, foi hora de colocar tudo isso à prova. Sem dúvida, o visual é impressionante e a alta definição valoriza muito um produto televisivo, assim como o famoso production value e a grandiosidade do projeto. Fiquei empolgado com o primeiro episódio especialmente pela decisão do roteiro em criar uma Linha do Tempo Alternativa, com um Brasil contemporâneo, mas cheio de alterações políticas. Pois bem, fui fisgado… mas alguma coisa incomodou. Seriam os vícios de TV, com cortes bem característicos ou alguns diálogos excessivos? Talvez. Fiquei com a pulga atrás da orelha.

A ficha caiu no segundo episódio. O diretor e o diretor de fotografia pareciam dispostos a tentar todas as vertentes possíveis e imagináveis do rack focus – quando o foco da lente varia entre o primeiro e o segundo plano, normalmente executado em diálogos para garantir a atenção do espectador num ponto específico – e de diálogos com over the shoulder sujo, ou seja, um personagem fala ao fundo, enquanto alguma parte do corpo da contraparte aparece, desfocada, em primeiro plano.

Por mais técnico que pareça, é responsabilidade do diretor garantir a manutenção de sua criação visual

Essas ferramentas são bastante efetivas e usadas por praticamente todos os cineastas de Hollywood. No caso de “O Brado Retumbante”, a insistência na mesma técnica passou a incomodar e aí é que mora o perigo, pois, rapidamente, fez a transição de truque bacana para elemento responsável por tirar o espectador do clima muito bem estabelecido pelos pontos fortes da produção, como, por exemplo, as belíssimas tomadas aéreas do Rio de Janeiro. Por mais técnico que esse argumento pareça, é responsabilidade do diretor garantir a manutenção de sua criação visual, não de ficar lembrando o público a todo momento que há uma lente focando e desfocando.

Entretanto, o rack focus repetitivo não chega aos pés da pior decisão da série. O uso do diálogo over the shoulder sujo é bem definido e aceito, aliás, praticamente uma obrigação para não parecer tudo certinho o tempo todo. A escorregada se deu pelo fato da direção ter optado pelo enquadramento mais estranho possível, ao colocar a parte suja – ou seja, o corpo ou cabeça do interlocutor – ocupando mais de 60% da tela, deixando o personagem que falava espremido no cantinho da tela. Isso é um deserviço quando se tem gente como Maria Fernanda Candido e Zé Wilker em ótimos papéis.

A ideia de ter atores famosos e talentosos é justamente se aproveitar de sua habilidade, não de esconde-los atrás da cabeça de alguém, e isso “O Brado Retumbante” fez aos montes. Chegava a ser um alívio ver uma cena limpa e sem exageros. A impressão é de que a equipe envolvida aprendeu esses truques e resolveu mostrar que sabia fazer. Ok, entendemos o recado, mas para isso eles cometeram o maior dos pecados: cair na repetição. TV normal pode ser feita no automático e cheia de clichês de enquadramento e técnica, é esperado. TV em HD e com um production value tão grande, e cara de cinema, não pode cair na mesmice. Variedade é obrigatória e a Rede Globo deveria saber disso.

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Social Media Week NY: papos sobre TV, olhar para arquitetura e blablablá sobre Social Media

Para resumir este primeiro dia de Social Media Week em Nova Iorque, eu destacaria o bom papo sobre o olhar dos executivos da televisão americana (Bravo TV e USA Network) para o que as Mídias Sociais estão fazendo com o consumo de informação.

E não estou dizendo que a Globo ou suas concorrentes não estejam olhando para a Internet. Já conhecemos bons projetos como o G1 (que norteou todos os portais de notícia do Brasil desde então), os apps de iPad que possibilitam a experiência digital da revista, os apps mobile ágeis e úteis para consumo de notícias, o olhar para algumas Mídias Sociais em determinados programas, etc.

Mas no que diz respeito ao filé, ou seja, a programação da grade, o que incluiria mexer com roteiros, atores e produção em prol de uma experiência ampliada dos telespectadores, ainda deixamos a desejar. Claro, tivemos o case de Mil Casmurros. Um que ficou menos conhecido foi um ARG para a estréia de uma novela de baixa audiência. Mas imagino que a experiência poderia ser potencializada.

Eu não conhecia, por exemplo, este trabalho realizado em torno da série Psych chamado Hashtag Killer, que convocou semanalmente os fãs da série numa espécie de game com forte interação do público. Foi inclusive selecionado como projeto para o Interactive Awards do SxSW do ano passado. Intensa produção de pistas, vídeos e grande engajamento dos fãs.

No mesmo papo, estava o pessoal do GetGlue, apresentando números expressivos: 1.500.000 check-ins, 60% compartilhados em redes como Facebook e Twitter, 25% deles gerando novos likes ou shares. Todos concordaram com algo: as pessoas querem mais.

Um programa vai ao ar no horário nobre da segunda-feira. Viraria papo no expediente da terça há até pouco tempo. Hoje, as pessoas assistem durante três dias (pico) e durante o resto da semana. Compartilham e comentam o que acharam da programa. Se é interessante, já aproveitam para caçar referências, saber mais sobre o assunto e, claro, ainda receber sugestões sobre filmes e séries que podem agradá-lo. Se possível, ainda querem interagir com personagens e história, mas de uma maneira bem mais profunda que o falecido Você Decide.

E sobre a arquitetura? Fica pelo belo prédio da Bloomberg. O dono, por sinal, é prefeito desta bela cidade. O resto do papo sobre Mídia Social, confesso que achei mais do mesmo.

Mas amanhã há de ser um novo dia! Teremos discussão sobre o SOPA e conheceremos alguns locais novos. Ah, se o B9 também fosse guia gastronômico…

Acompanhe também outros relatos meus, quase em real time, em http://smw.ag2.com.br

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