Land Rover saúda quem não foge do frio

Hoje acordei as 5:50, saí de casa antes do galo cantar, peguei o trem em Londres com destino a Birmingham, no meio do mapa da Inglaterra, onde venho trabalhando em um projeto durante as últimas semanas. Frio. Estava bem frio. Parece que finalmente o inverno chegou por aqui e pela janela do trem pude ver aquela paisagem do interior com vales cobertos de gelo (não neve, ainda). Vi fazendeiros trabalhando as 6:30 antes mesmo do sol nascer. Quando desci na estação de destino saiu aquela fumaça pela boca. No Brasil não sofremos tanto com isso, pelo menos do Sudeste pra cima.

Logo que cheguei no escritório, assisti o filme de uma nova campanha da Land Rover (marca legitimamente britânica) para o mercado local, que me impactou demais, tanto por viver aqui quanto por ter vivido essa manhã gélida hoje.

A campanha “Hibernot” (um trocadilho para “se recusar a hibernar”) traz uma auto-crítica ao clima pouco amigável do Reino Unido, mas com uma boa dose de orgulho por aqueles que não fogem do frio. Com belas e sofridas imagens de gente “curtindo” o inverno, o vídeo brilhante da RKCR/Y&R pega na veia dos ingleses, como acho que pegou aquela bela campanha da Skol (“Ahhh, o verão”) para os brasileiros.

A campanha tem ainda um site com conteúdo colaborativo e um outro lindo vídeo (abaixo).

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Coletivo ZERO pede respeito ao trabalho criativo

O assunto já foi até tema do Braincast 26 – Não me peça de graça a única coisa que tenho para venderAinda assim, criativos ao redor do mundo continuam enfrentando o mesmo problema de sempre: pessoas que não entendem que o que fazemos é um trabalho como outro qualquer, que também consome tempo, exige conhecimento e habilidade. Na Itália, o coletivo ZERO resolveu iniciar uma campanha para estimular o respeito pelo trabalho criativo.

São três filmes – que tiveram sua produção devidamente paga – que retratam situações vivenciadas por muitos criativos em algum momento de suas carreiras, mas aplicadas a outros profissionais: um encanador, um jardineiro e um antenista: o cliente que oferece como pagamento a divulgação do trabalho, ou que simplesmente diz que o profissional deveria ficar satisfeito com a oportunidade de participar de um projeto único. Tem, também, aquele que acredita que o que vale é a experiência.

A mensagem é que não é porque muitas vezes pode ser divertido e apaixonante, que deixa de ser trabalho. Ou, como resume o slogan de #coglioneNo (algo como babaca, não):”Sou um criativo, não um idiota”.

O idioma dos vídeos é o italiano, mas é possível acionar as legendas, em inglês. Já para quem está com saudades do Braincast – que estará de volta no final deste mês – vale ouvir novamente o episódio 26.

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AirBnb transforma locações disponíveis no site em casas de passarinhos

Em sua primeira campanha, intitulada “Home To You”, o AirBnb recorreu ao pássaros para materializar a paixão de se viajar e o conceito de hospitalidade pretendido pelo site.

50 locações reais, oferecidas através da rede social de hospedagem, foram recriadas em miniatura, do tamanho de casas de passarinhos – animais que percorrem o céu e sempre pousam em novos lugares. No site birdbnb.com você pode compará-las com os imóveis reais.

A criação é da Pereira & O’Dell.

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Harvey Nichols incentiva consumidores a gastarem com eles mesmos no Natal

Enquanto algumas das principais redes de lojas do Reino Unido adotaram um tom mais emocional – caso da John Lewis e Tesco – e até mesmo mágico – como a Marks & Spencer – em suas campanhas natalinas, a Harvey Nichols optou por tomar uma direção completamente oposta. Com criação da adam&eveDDB, Sorry, I Spent It On Myself incentiva os consumidores a serem um pouco mais egoístas e, em vez de comprarem presentes caros para os familiares e amigos, gastarem com eles mesmos no Natal.

A loja levou tão a sério essa história que, inclusive, está lançando uma linha de presentes baratinhos – afinal, há algumas pessoas que é preciso presentear. A lista inclui tampas para pia, elásticos e palitos de dente, para citar alguns exemplos.

O filme da campanha, dirigido por James Rouse, mostra os presentinhos (uh, da Harvey Nichols) sendo entregues aos destinatários, enquanto a câmera revela como as pessoas gastaram com elas mesmas. Só por aí, já é possível ter uma ideia de como será o Natal de quem realmente embarcar nesta ideia…

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Com um carro de vidro, Johnnie Walker alerta sobre os perigos de beber e dirigir

Todo mundo sabe que álcool e direção não combinam, mas ainda assim, muitos preferem ignorar os perigos desta combinação. A Johnnie Walker, então, resolveu criar uma campanha de conscientização, propondo que os fãs da marca assinem um pacto se comprometendo a não beber e dirigir. Para divulgar a iniciativa #ImNOTdriving, a Iris, de Cingapura, e o diretor Russell Appleford assinam The Glass Car, filme em que o principal destaque é um carro de Formula 1 feito de vidro.

O veículo, criado com CGI, é o resultado da combinação de 1750 copos de uísque. Tão frágil quanto belo, o Vodafone McLaren Mercedes de vidro protagoniza uma das sequências mais incríveis – e ao mesmo tempo bela e assustadora – da publicidade nos últimos tempos, quando o carro é completamente destruído. São 300 quadros por segundo, resultando em um arquivo de 100 gigabytes que levou quase uma semana para ser renderizado.

A campanha conta com o apoio do piloto Mika Häkkinen, embaixador da Johnnie Walker, que diz: ”Ficar no controle é o que importa nas corridas. Decisões de frações de segundo são a diferença entre terminar em primeiro e terminar em último, ou simplesmente não terminar. The Glass Car é um poderoso lembrete de quão facilmente os nossos sonhos podem se partir”.

No Facebook, a Johnnie Walker quer atingir a meta de 1 milhão de comprometimentos de sobriedade. Em troca, a marca vai oferecer um milhão de quilômetros de caronas para os fãs da marca ao redor do mundo.

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Como fazer a nação chorar… e comprar

Na semana passada, a gente mostrou por aqui mais uma irretocável campanha de Natal da John Lewis. Os filmes natalinos da rede de lojas têm um apelo emocional tão forte, com histórias envolventes e produções bem-cuidadas, que costumam criar grande expectativa no público. Mas, qual o segredo por trás desta trajetória de sucesso? É o que investiga o documentário John Lewis – Making the Nation Cry…and Buy, produzido pelo Institute of Practitioners in Advertising e Thinkbox.

Em pouco mais de 30 minutos, o filme traz entrevistas com o diretor de marketing da John Lewis, Craig Inglis, e com criativos das agências Adam&EveDDB e Manning Gottlieb OMD.

É interessante ouvir a história de como a abordagem antes racional e focada apenas nos produtos acabou passando por uma enorme guinada, a importância da escolha da trilha sonora certa e como esta mudança se refletiu diretamente nos lucros da empresa. Tudo narrado pelas pessoas que fizeram isso acontecer.

Em inglês, sem legendas.

 

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Cães “cantam” por uma cura

A década de 1980 foi um terreno fértil para a união de artistas em torno de grandes causas, como foi o caso do Band Aid, seguido pelo Live Aid e USA for Africa. Em comum, todas elas reuniram cantores que usaram suas vozes para ajudar a arrecadar fundos para combater a fome no continente africano, especialmente na Etiópia. Iniciativas como esta serviram de inspiração para que a Pet Trust reunisse um inusitado grupo para também usar sua “voz” em nome da conscientização do câncer em cães e gatos.

“Estrelado” por vários cães e apenas um gato (obviamente o produtor musical), Dogs Sing for a Cure faz parte da campanha Keep Cancer on a Leash, criada pela agência Red Urban. Apostando mais na edição do que no excesso de efeitos por computador, o filme foi produzido pela Untitled Films, com direção de Curtis Wehrfritz. Nele, os cães não cantam de verdade, mas “dublam” vozes humanas de artistas canadenses – o que não afeta, de maneira alguma, o alto grau de fofurice do projeto.

site da campanha também merece destaque. Nele, é possível fazer doações, conhecer os “casos de sucesso” – histórias de animais que sobreviveram graças a iniciativa, criar um vídeo personalizado com fotos do seu bicho e até comprar a música do vídeo. Ah, e claro, conhecer a biografia dos cães participantes e conferir cenas de bastidores.

No balanço final, é um projeto muito legal, mas ficou aquela sensação de que os criativos poderiam ter ousado um pouco mais e realmente permitido que os cães mostrassem sua “voz”, mais ou menos como em The Bark Side, da Volkswagen.

 

 

 

 

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Happy Giving: está aberta a temporada de campanhas natalinas

A cada ano que passa, tenho a impressão de que a movimentação em torno das festas de fim de ano começa cada vez mais cedo. Este ano, algumas lojas nem esperaram outubro terminar (ou o Dia das Bruxas passar, como preferem alguns) para começar a decoração natalina. Algumas empresas também se adiantaram e já estão colocando na rua suas campanhas, como é o caso da rede de shopping centers Westfield, com Happy Giving.

O filme, criado pela Moon Communications Group e produzido pela Exit Films, é focado no mercado australiano e narra a história de um garoto chamado Nick, que cresce distribuindo seus pertences às pessoas que precisam: o lanche da escola, livros e passagem de ônibus, seu carro, o cachorro e até mesmo sua roupa. No final, com o personagem bem mais velho, descobrimos a verdadeira identidade de Nick e a missão de sua vida.

Se por um lado o objetivo desta campanha da Westfield é divulgar o trabalho de entidades beneficentes parceiras da rede, ao mesmo tempo faz a gente pensar que, apesar do desprendimento do personagem central, o objetivo principal das campanhas de fim de ano é vender, vender, vender. Está dada a largada.

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Buck mostra o lado esportivo de Nova York

Nova York é uma cidade fantástica, que parece nunca dormir. Palco de histórias marcantes – seja na ficção, como em King Kong, ou na realidade, como alguns escândalos recentes -, a metrópole que cheira a lixo no verão conta com nove times profissionais em diferentes modalidades. É aí que entra o canal SPORK New York, que se dedica a cobrir tudo o que interessa aos 7 milhões de fãs nova-iorquinos. Para divulgar este trabalho, coube à sempre incrível Buck criar uma série de animações.

A campanha teve início em junho, com três comerciais, e agora ganhou mais um filme que compara a quantidade de eventos esportivos da cidade ao número de cores do Empire State Building.

Com ótimo ritmo, informações interessantes e um traço mais solto, a Buck conseguiu criar uma campanha divertida, que funciona muito bem ao levar em conta o espírito descontraído dos fãs de esportes.

Abaixo, os três primeiros filmes:

Ah, e caso você esteja se perguntando… desde 2012, o Empire State Building conta com um sistema de iluminação LED, que permite criar 16 milhões de combinações de cores e efeitos em sua fachada.

 

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See the rainbow. Copy the rainbow.

A brincadeira é a seguinte: eu conto um filme e você tenta adivinhar de que marca é. O primeiro mostra um menino que fez um cachorrinho de balas. Ele vira seu melhor amigo até que alguém chega, arranca a cabeça do bicho, come e diz “seu melhor amigo é delicioso”. Algum palpite?

Vamos para outro. Um cara tem um chifre de unicórnio feito de balas na testa. Quando os amigos perguntam se o chifre serve para alguma coisa ele mostra que ele funciona como um toca-fitas.

Se você respondeu Skittles, tem todos os motivos para achar que acertou. Só que não. Estes filmes fazem parte da campanha “Weirdly Awesome” das balas Trolli.

Coincidência? Inspiração? Ranzinzice minha? Você decide. Diz aí. A criação é da Periscope.

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Adobe mostra o que acontece quando não se avalia direito as métricas de uma campanha

A Adobe diz que realizou uma pesquisa com profissionais de marketing e a conclusão foi alarmante. Segundo a empresa, mais da metade dos profissionais da área não tem ideia do que estão fazendo. Bem, não usaram esses termos, mas em resumo revelam o óbvio: Todos querem bons números para colocar no relatório, mas não sabem fazer uma leitura adequada desses resultados.

Através de uma empresa fictícia de enciclopédias, a Adobe ilustra – com bom humor – toda uma cadeia de consequências quando métricas de uma campanha online não são avaliadas profundamente. O comercial promove o Marketing Cloud, um conjunto de ferramentas para auxiliar o monitoramento de publicidade digital.

A criação é da Goodby Silverstein & Partners.

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Antes que o pior aconteça…

Imagine uma placa de lixo plástico gigante, com tamanho correspondente à Índia, flutuando pelos oceanos. Na verdade, a imaginação não precisa ir muito longe, já que aquilo que alguns pesquisadores chamam de “o sétimo continente” realmente existe. Localizada entre o Havaí e a Califórnia, a Grande Mancha de Lixo do Pacífico se tornou foco de inúmeros estudos e motivo de preocupação para diversas agências e entidades ambientais.

Agora, tente imaginar que esta mancha de lixo continue se expandindo, única e exclusivamente por responsabilidade do ser humano. O resultado não deverá ser muito diferente da campanha encabeçada pela WWF e o Aquário de Vancouver.

São três filmes curtos (acima, você os vê condensados em um único vídeo) criados pela MacLaren McCann Vancouver, com produção e animação 3D da The Vanity, que mostram uma realidade assustadora: um oceano de lixo, onde mergulham uma baleia e uma foca, e por onde remam dois homens. A mensagem é clara e alerta para que as pessoas se certifiquem de que as imagens mostradas nunca se tornem reais.

Apesar de ser uma ideia bacana, a execução ficou um pouco a desejar – tosca talvez fosse a palavra mais apropriada. Por sorte, isso não deverá enfraquecer o propósito da campanha de conscientizar o mundo, antes que o pior aconteça.

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Nestlé e Google apresentam campanha genial para Android KitKat

A parceria entre Google e Nestlé anunciou esta semana que a nova versão do sistema Android (4.4) será batizada de Android KitKat, em homanagem ao icônico chocolate – uma ótima ação de marketing que vai elevar o nome das duas marcas ao paraíso do branding bem feito.

Ok. Mais genial que isso foi a campanha que o KitKat fez, com uma espécie de paródia onde apresentam o chocolate como se fosse um produto tecnológico, aos moldes do lançamento de um novo iPhone, por ex.

Em um site impecável, eles apresentam todas as informações técnicas do KitKat, explicando detalhes sobre o design e a estrtutra de construção do produto. Uma piada de muito bom gosto com requintes de genialidade 🙂
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Myspace renasce e lança campanha milionária

O Myspace revelou que vai gastar 20 milhões de dólares em uma campanha para promover seu renascimento. Bem, espero que todo esse dinheiro não tenha sido gasto nesse primeiro comercial.

Com título “Isso é o Myspace”, o filme reúne um monte de estereótipos e muita gente esquisita fazendo caras e bocas. Quando aparece alguém pixando uma parede, arregalei os olhos prevendo um “Questione a autoridade!” ou “Abaixo o sistema!”.

Se fosse eu, aterrorizado no meio daquela sala, teria escrito: I’m too old for this shit.

Na trilha, a música “Mallrats? (La La La)” do The Orwells.

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Você sabia que na Bulgária o sinal de “SIM” com a cabeça significa “NÃO”?

Lembra do Chaves fazendo sinal de “sim” e dizendo “não” na escola do Professor Girafales? Na Bulgária é mais ou menos assim que acontece 🙂

Quem conta essa história é a nova campanha “Travel Yourself Interesting” da Expedia, criada pela Ogilvy de Londres. São dois filmes divertidos com curiosidades sobre destinos interessantes para viajar. Assista abaixo.

Assim que sair uma versão legendada eu atualizarei o post. Por enquanto, só em inglês:

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Daft Punk na Fórmula 1

Como parte da campanha para o novo álbum Random Access Memory, o Daft Punk participou da última corrida de Fórmula 1, no Grande Prêmio de Mônaco.

Em parceria inédita com a equipe Lotus, a dupla francesa passeou pelos boxes vestindo seus famosos capacetes característicos, sendo a primeira vez que Guy-Manuel de Homem-Christo e Thomas Bangalter aparecem publicamente desde o recente lançamento.

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Além da discreta campanha, os carros da Lotus, pilotados pelo filandês Kimi Räikkönen e pelo francês Romain Grosjean, tinham alguns detalhes em dourado, além de “Daft Punk” e “#GetLucky” escritos na lataria.

Ainda não se sabe se a parceria da banda com a escuderia britânica vai se estender até o final da temporada.

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Apesar de Kimi Raikkonen ter terminado a corrida em 10º e Romain Grosjean ter abandonado a prova, foi mais uma ação inusitada para a indústria da música e para todo o guarda-chuva de campanhas que vimos aqui e aqui, continuando a agregar bons substantivos ao duo, dessa vez como tecnologia, design e performance.

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A primeira propaganda contra a violência doméstica já feita na Arábia Saudita

A violência doméstica é um problema que ignora nacionalidades, etnias, religiões ou classes sociais. Aqui no B9, a gente já viu bons exemplos de campanhas focadas no assunto, mas a imagem acima é histórica. Segundo o site BuzzFeed, esta é a primeira propaganda contra a violência doméstica já feita na Arábia Saudita, com criação da Memac Ogilvy para a King Khalid Foundation.

Em países islâmicos, a situação é um pouco mais complicada, já que as mulheres são “guardadas” por homens – geralmente seus pais, irmãos ou maridos.

Isso significa que os abusos, em sua maioria, não são denunciados. E apesar do uso do véu e da burca, o próprio impresso já diz: há coisas que não podem ser cobertas. Independentemente dos resultados, a coragem de falar a respeito já torna este material histórico.

Dentro desta temática, vale lembrar que, há cerca de um mês, mostramos por aqui o vídeo One Photo a Day in the Worst Year of My Life, em que a modelo Mia Hujic aparecia em diversas fotos supostamente tiradas ao longo de um ano, mostrando a escalada da violência doméstica. Na época, ficou evidente que era uma campanha mais ou menos nos moldes de Perdi Meu Amor na Balada, mas com o importante propósito de conscientizar o público sobre o abuso.

Aproveitamos o gancho da propaganda árabe para relembrar essa história. O vídeo está próximo das 5 milhões de visualizações no YouTube e a Saatchi & Saatchi de Belgrado e a Fund B92 assumiram a autoria da campanha.

Independentemente das maneiras escolhidas para se falar sobre o assunto, o importante é que ele continue em pauta.

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The Poo Song incentiva a colonoscopia

O sucesso Dumb Ways to Die está fazendo escola. Pelo menos é a impressão que se tem com The Poo Song, campanha que a Leith Agency criou para o National Health Service na Escócia. Aqui, a ideia é pedir que os mais jovens incentivem seus familiares mais velhos a fazer uma colonoscopia, apontando o exame como a melhor forma de prevenção contra o câncer de intestino.

O vídeo – assim como a musiquinha – tem 2min25seg e apesar de ser uma forma bacana de se abordar um assunto sério, ficou um pouco chato. Talvez o vaso não fosse o melhor personagem – Mr. Hankey provavelmente teria se saído melhor. Se o objetivo era criar um viral como Dumb Ways to Die, não deu certo. Resta, então, torcer para que a mensagem chegue aos destinatários.

Além do vídeo, também foi criado um hotsite com algumas informações e até mesmo gifs animados (sério!).

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Vídeo anônimo revela violência contra a mulher em uma foto por dia

Algumas coisas me emputecem profundamente, e a violência contra a mulher é uma delas. E foi este sentimento de revolta que acabou despertado pelo vídeo acima. Publicado há alguns dias no YouTube, por um usuário “anônimo”, Jedna fotografija dnevno u najgoroj godini života ou Uma foto por dia no pior ano de minha vida registra imagens que revelam a cruel realidade da violência doméstica. O detalhe é que o vídeo viralizou – já são mais de 3 milhões de views -, mas ainda não se sabe se ele faz parte de uma campanha, já que ninguém assumiu a autoria.

Na verdade, espera-se que esta hipótese se confirme em breve, apesar de a polícia estar envolvida tentando determinar se a garota ou alguém próximo a ela sofreu o abuso. O Telegraph localizou a garota do vídeo – é a tradutora e modelo Mia Hujic – que não quis se pronunciar a respeito. Como o próprio jornal apontou, independentemente do que esteja por trás dessa história, é possível notar pessoas tentando se mobilizar ao longo dos quase 5 mil comentários para ajudar de alguma maneira a vítima dos abusos.

Outra coisa que é preciso frisar é que as imagens mostram o que muita gente já sabe, mas que as vítimas se negam a aceitar: abusadores que batem uma vez, batem duas, três, várias. E batem cada vez mais forte – o que pode se notar pela escalada dos ferimentos de Mia.

No final do vídeo, uma mensagem diz “Me ajude. Eu não sei se o amanhã virá”.

É um material forte, revoltante, mas é extremamente válido, assim como outras campanhas relacionadas ao tema que já mostramos por aqui, como a do cinema – em que escolhemos ou não enxergar a violência – ou a da garota ensinando no YouTube como usar a maquiagem para esconder os ferimentos.

[ATUALIZAÇÃO] Depois de ler alguns comentários sobre este post, resolvi acrescentar algumas informações. Em primeiro lugar, acredito que não importa se este vídeo é “fake” ou real, campanha ou apenas uma iniciativa isolada. O que realmente importa é o conteúdo, a mensagem que ele traz.

Normalmente, o primeiro comentário das pessoas ao saberem que uma mulher apanhou é: “se fosse comigo, eu reagia”. Ou “se fosse comigo, eu largava ele”. Na prática, não é assim que funciona. A violência doméstica geralmente começa com abuso verbal. É algo tão terrível que a vítima costuma acreditar que é culpada pelo que acontece com ela e que merece apanhar. É quando começa a escalada da violência. Quando isso acontece, dificilmente elas conseguem escapar.

Outra coisa: abusadores raramente demonstram quem realmente são. Geralmente eles são caras legais, que tratam todo mundo bem e só revelam sua verdadeira personalidade para suas vítimas. Se alguém tiver interesse em saber mais sobre o assunto, a Agência Patrícia Galvão tem um bom material para começar a entender essa infeliz realidade.

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Spotify tenta explicar o poder da música em sua primeira campanha publicitária

Em sua primeira campanha publicitária, o Spotify tenta definir o que a música significa. Tarefa ambiciosa, é claro, e por isso começa com um comercial-manifesto imerso em uma atmosfera obscura enquanto a multidão carrega um fã durante um show.

Sem usar uma trilha sonora específica, apenas um som indistinguível que ecoa, a intenção da campanha é comunicar a universalidade da música, e como ela exerce um poder particular em cada um de nós. Apoiado em metáforas, o texto diz que as melhores canções não nos dão respostas, mas fazem perguntas. “Porque a música é uma força. Para o bem. Para a mudança.”

Spotify

“Because music can’t be stopped. Can’t be contained. It’s never finished. Because music makes us scream ‘Coo coo ca choo’ and mean it.”

Assim como outros manifestos publicitários, o texto pode soar genérico, tentando criar artificialmente um significado maior para um produto ou marca. Porém, o Spotify sai beneficiado por tratar de algo que realmente é capaz de comover as pessoas, sem precisa explicitar a ferramenta ou modo de funcionamento.

A criação da Droga5 de Nova York estreia hoje na televisão norte-americana, e inclui ainda peças impressas e ações em redes sociais.

Vale lembrar que antes do Spotify, outro serviço de streaming de música lançou um comercial. O Deezer, que recentemente chegou ao Brasil, fala “que nada pode parar a música”, uma ideia também presente no discurso do concorrente.

Spotify

Confira abaixo o texto completo do manifesto do Spotify, em inglês, e outros dois filmes da campanha:

“It’s been said that the best songs don’t give answers but instead ask questions. So, why? Why does music stop us in our tracks? Dictate if we pump a fist or swing it? Why can a song change the world? Because music is a force. For good. For change. For whatever. It’s a magnifying glass. A bullhorn. A stick in the gears and the tools to fix it. Because music is a need. An urge to be vindicated. It’s bigger than us. It lives inside us. Because we were all conceived to a 4:4 beat. Because music can’t be stopped. Can’t be contained. It’s never finished. Because music makes us scream ‘Coo coo ca choo’ and mean it. Because music is worth fighting for. Why? Because it’s music.”

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