Uma prisão de moedas ajuda a colocar agressores atrás das grades

Para mostrar a importância de uma doação, um stand dentro do São Gonçalo Shopping, no Rio de Janeiro, convidava os passantes a ajudarem a colocar agressores ‘atrás das grades’. Os tubos transparentes recebiam as doações em moedas e aos poucos faziam com que o agressor retratado fosse ‘detido’ pela prisão de moedas.

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O efeito visual das moedas empilhadas ajuda a reforçar a mensagem de que violência contra mulher é crime, e instiga as pessoas a tomarem uma atitude sobre isso, ao invés de se calarem. Além da reflexão, a ação, realizada pela Binder para a ONG Movimento de Mulheres, reverterá toda a quantidade doada para a instituição, que há 25 anos defende os direitos da mulher.

O stand ficou durante o último fim de semana no São Gonçalo Shopping, e deve migrar em breve para outros shoppings cariocas.

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Desigualdade entre gêneros começa dentro de casa

A igualdade de direitos entre gêneros é uma luta constante para muitas mulheres, mas que costuma ganhar maior destaque – e por isso mesmo chamar mais atenção – durante o mês de março, quando se estendem as celebrações em torno do Dia Internacional da Mulher. Geralmente, o foco maior está no ambiente profissional, como mostra a campanha realizada pela Kommunal, mas muitas vezes nos esquecemos que o problema começa dentro de casa, com a divisão desigual das tarefas domésticas.

Para entender bem como isso funciona na prática, ou seja, como a combinação dessa divisão desigual das tarefas domésticas mais o trabalho remunerado sobrecarregam a mulher em seu dia a dia, criando uma tensão permanente, o Instituto Patrícia Galvão disponibilizou duas ferramentas online.

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A primeira delas, é um infográfico interativo que apresenta os dados da pesquisa “Trabalho Remunerado e Trabalho Doméstico – Uma Tensão Permanente”, realizada em parceria com o Data Popular e SOS Corpo, dentro do Projeto Mais Direitos e Mais Poder, apoiado pela ONU Mulheres. O estudo destaca a percepção feminina de como a presença cada vez maior da mulher no mercado profissional – trabalhando tantas horas quanto os homens – não se refletiu em uma divisão mais justa das tarefas domésticas, nem na criação de políticas públicas igualitárias.

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E independentemente se você é homem ou mulher, pode experimentar a outra ferramenta do projeto, o teste “Quanto Você Realmente Trabalha?”, para descobrir qual é real participação de cada pessoa de sua casa na divisão das tarefas do dia a dia, como limpeza e compras, entre outras. O resultado pode surpreender você.

A partir do conteúdo do infográfico e no teste, o Instituto Patrícia Galvão quer incentivar as pessoas a refletirem sobre os papéis que desempenham neste cenário. As pessoas podem compartilhar suas opiniões e sugestões em redes sociais utilizando a hashtag #igualdadeemcasa.

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Homens defendem igualdade entre gêneros em HeforShe

Quando se fala em igualdade entre gêneros, geralmente as mulheres assumem o papel de porta-vozes, uma vez que são elas que fazem as reivindicações. A United Nations Entity for Gender Equality and the Empowerment of Women, braço da Organização das Nações Unidas, resolveu mudar um pouco essa história colocando os homens para defender os direitos da mulher em HeforShe.

A campanha criada pela Publicis de Dallas conta com um hotsite, que apresenta o projeto e traz links para o Twitter e para o canal do YouTube, para onde os homens podem enviar vídeos com depoimentos sobre a igualdade entre gêneros.

“Estamos em 2014 e mulheres ao redor do mundo ainda estão sendo abusadas, objetificadas e silenciadas. Ainda assim, mulheres constituem metade do potencial mundial e cada uma delas tem direito a uma vida livre de discriminação. Sua voz tem poder – levante-a para dizer ao mundo por que a igualdade para toda mulher e menina é digna de luta”, destaca a apresentação da campanha.

HeforShe conta com porta-vozes conhecidos, como Desmond Tutu, Ban Ki-moon, Matt Damon, Patrick Stewart e Antonio Banderas. No Flickr e no YouTube, já é possível encontrar alguns depoimentos. Vale conhecer.

International WomenÕs Day 2014: UN WomenÕs HeForShe Campaign
International WomenÕs Day 2014: UN WomenÕs HeForShe Campaign

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O dia de uma mulher, de um ponto de vista tecnológico

Um grupo de criativos baseados em Londres resolveu dar o seu recado no Dia da Mulher, celebrado no último sábado, usando a tecnologia para lembrar que apesar de todos os avanços tecnológicos, a violência doméstica ainda está presente na vida de muitas mulheres.

Women’s Day #troughglass usa a linguagem do Google Glass para mostrar o dia de uma mulher comum que usa a tecnologia para várias tarefas cotidianas. A princípio, o filme lembra bastante as próprias produções do Google – que não teve nenhum envolvimento com este projeto, que também não foi feito para nenhum cliente específico -, mais focado na praticidade do produto e a forma como ele pode transformar nosso cotidiano, do que em qualquer outra coisa.

Chega um determinado momento, entretanto, que a tecnologia que facilitou o dia daquela mulher, também registra a violência que ela sofre dentro de casa. É mais um ótimo filme sobre o assunto – se você buscar aqui no B9, verá outros bons exemplos – que ajuda a refletir sobre como realmente algumas coisas permanecem iguais, não importa o quanto outras avancem.

Antes de dar o play, vale o aviso de que há cenas fortes de violência.

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O que uma mulher precisa fazer para ganhar mais na Suécia?

Conforme vamos nos aproximando de 8 de março, data em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, começam a pipocar campanhas em torno da igualdade de direitos entre os gêneros, seja para lembrar que elas podem fazer qualquer coisa ou ainda para destacar que profissionais do sexo feminino ainda têm salários menores que os do sexo masculino, apesar da a carga de trabalho ser a mesma.

Daí que, na Suécia, Annelie Nordström, presidente da Kommunal, resolveu responder à pergunta que não quer calar: “O que uma mulher precisa fazer para ganhar mais?”. A resposta é curta e indigesta: se tornar um homem. E, para isso, são necessários apenas 47 segundos, como mostra o vídeo acima.

O filme dá continuidade à premiada campanha Be a Man, criada pela agência Volontaire com o objetivo de mostrar que muito pouco se mudou nas últimas três décadas no país, quando o assunto é igualdade salarial para ambos os gêneros. A solução, então, foi promover uma “mudança de sexo” em Annelie, que convidou outras mulheres a fazerem o mesmo. Quem sabe não seja o começo de uma mudança?

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Duas formas de reverenciar a força da mulher

É curioso como, em determinadas ocasiões, alguns temas parecem se destacar mais em meio ao turbilhão de informações a que somos expostos no dia a dia. No caso de hoje, a temática é a força da mulher, abordada de diferentes formas por duas grandes marcas, a CoverGirl e a Wacoal, uma de cosméticos, outra de roupa íntima, uma para o mercado dos Estados Unidos, outra para o mercado da Tailândia.

No caso da CoverGirl, o foco está no empoderamento feminino com a campanha #GirlsCan. O filme criado pela Grey de Nova York reúne diversas celebridades da música, televisão, cinema e esporte, que contam muitas vezes terem ouvido de alguém que não poderiam fazer isso ou aquilo. É claro que todas elas foram lá e fizeram.

Nos comentários do YouTube, instalou-se mais uma etapa de uma interminável guerra dos sexos, que obviamente não levará à nada. Sendo mulher, me identifico com o discurso, especialmente a parte em que P!nk diz que adora quando dizem que não podemos fazer algo. Porque é aí que a gente vai e faz, não só pelo desafio, mas para provar que o outro estava errado.

Só que, ao meu ver, a realidade é que o ser humano é capaz de se superar de diferentes formas, seja homem ou mulher. Mas se o seu público-alvo é feminino, então a mensagem será direcionada às mulheres. Precisa fazer escândalo quando isso acontece?

No caso destes três curtas que a CJ Worx da Tailândia criou para Wacoal – todos com legenda em inglês, a beleza e força da mulher é reverenciada de formas diferentes, contando três histórias reais. O mais legal é que os narradores são homens, que não se sentem ameaçados, mas admiram as protagonistas.

A primeira é narrada por um marido, que fala sobre o desejo de sua mulher de ficar grávida. Quando isso acontece, entretanto, ela é obrigada a tomar uma decisão que pode deixá-la entre a vida e a morte. Na sequência, nem tudo é o que parece: uma mulher é obrigada a deixar a empresa onde trabalha, enquanto no último a história gira em torno de uma jovem mãe solteira. Não sei como será para você, mas eu chorei litros.

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AntiCast 116 – Feminismos e Gêneros na Mídia

Olá, antidesigners e brainstormers!

Neste programa, Ivan Mizanzuk se reúne com os convidados Liber Paz, Poderoso Porco (do Melhores do Mundo), Cris Peter e a Ana Luiza Koehler para conversar sobre Feminismo(s) e discussões de Gêneros na mídia, especialmente nos quadrinhos.

Aliás, foi isso que nós gostaríamos de ter feito, mas o papo correu mais para explorarmos as possibilidades, diferenças e importâncias das discussões nessas áreas. Debatemos sobre a representação midiática da mulher, negros, transgêneros, qual o limite do humor quando abordam-se tais temas e por aí vai. Se você acha que “feminismo” é tudo igual e/ou exagero, este programa é altamente recomendável.

Faça download do episódio aqui
>> 0h07min31seg Pauta Principal
>> 2h16min10seg Música de encerramento: “Every You Every Me”, da banda Placebo

Links
Texto do Ivan no B9: Coca-Cola e Racismo
Feminist Frequency – Vlog com análises feministas em video-games (e tem legendas em português!)

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Quem disse que uma garota não é capaz de trocar um pneu?

Trocar um pneu está longe de ser a tarefa favorita de alguém. Agora, imagine que está chovendo, este alguém é uma mulher que ainda por cima está sozinha. Pois este é o cenário de Flat Tire, comercial que a Carmichael Lynch criou para a Subaru.

Apesar de parecer algo ruim a princípio, a conclusão deste filme é bem bacana, com a garota descobrindo que é capaz de se virar sozinha, especialmente quando alguém a ensinou o que fazer nesta situação.

Para quem quiser saber, a trilha sonora é I Will Be There, da cantora Odessa.

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Uma boa “reflexão” sobre o assédio em espaços públicos

Em 2013, a gente mostrou aqui pelo B9 algumas campanhas bem interessantes, focadas no assédio contra a mulher em espaços públicos – que em alguns casos podem, inclusive, evoluir para a violência escancarada. Em meados de dezembro, a Whistling Woods International chamou atenção para o problema, mais uma vez, com o filme Dekh Le, com criação e produção da da Postman Piktures, de Bombaim.

A ideia era relembrar o primeiro aniversário do crime cometido contra Nirbhaya, estudante estuprada e morta por cinco homens em um ônibus na Índia e lembrar que todos devem “pensar, refletir e agir”.

Dekh Le é um daqueles filmes simples, mas que conquistam a nossa atenção pelos detalhes, provocando e depois quebrando nossos pré-conceitos. Isso acontece, por exemplo, quando as primeiras mulheres que aparecem sendo assediadas estão com roupas mais curtas ou decotadas – para, em seguida, vermos uma mulher toda coberta também enfrentando o problema.

A maneira encontrada para que os homens pudessem também “refletir” sobre o assunto é genial, pois muitos deles fazem isso de maneira inconsciente e não percebem como são vistos pelas mulheres. E o resultado incomoda, é claro.

Em duas semanas, o filme ultrapassou os 2 milhões de views no YouTube. Vale o play e a reflexão.

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Volkswagen mostra as complicações de uma mulher alta

Para promover o modelo Up! e seu espaço interno, a Volkswagen segue a complicada busca de mulher alta pelo par perfeito.

Não é fácil para ela, até que aparece alguém ideal. Comercial simpático, com belas tomadas de Londres.

A criação é da adam&eveDDB.

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Dove revela os Retratos da Real Beleza

Quantas vezes você já ouviu dizer que algumas pessoas costumam ter uma visão distorcida de si próprias? E quantas vezes você percebeu isso nas mulheres com quem você convive? Se você é mulher, certamente já ouviu alguém dizendo – e provavelmente não acreditou – que você não está gorda, que você é linda de qualquer jeito ou que essa coisa de achar defeitos em você mesma o tempo inteiro é coisa da sua cabeça. Quer saber o pior? É mesmo. A constatação da enorme diferença entre a autoimagem feminina e a percepção dos outros serve de mote para a campanha Retratos da Real Beleza, criada pela Ogilvy & Mather para a Dove.

Da mesma maneira que “a beleza está nos olhos de quem vê”, o contrário também é verdade. O artista forense do FBI Gil Zamora recebeu a missão de criar o retrato falado de algumas mulheres, que ficaram atrás de uma cortina e foram descrevendo a si mesmas para ele. Antes disso, entretanto, as participantes passaram alguns minutos com pessoas desconhecidas, sem saberem a razão: os desconhecidos também iriam descrevê-las para Zamora.

O resultado é impressionante e comprova que, realmente, as mulheres têm dificuldades de perceber sua própria beleza, e que essa visão distorcida pode afetar suas vidas e escolhas de uma maneira bastante negativa. No final das contas, vale a pena refletir a respeito e, quem sabe, tentar ser menos crítica com si própria.

Para conferir todos os filmes e imagens dos Retratos da Real Beleza, basta acessar o site da campanha.

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Vídeo anônimo revela violência contra a mulher em uma foto por dia

Algumas coisas me emputecem profundamente, e a violência contra a mulher é uma delas. E foi este sentimento de revolta que acabou despertado pelo vídeo acima. Publicado há alguns dias no YouTube, por um usuário “anônimo”, Jedna fotografija dnevno u najgoroj godini života ou Uma foto por dia no pior ano de minha vida registra imagens que revelam a cruel realidade da violência doméstica. O detalhe é que o vídeo viralizou – já são mais de 3 milhões de views -, mas ainda não se sabe se ele faz parte de uma campanha, já que ninguém assumiu a autoria.

Na verdade, espera-se que esta hipótese se confirme em breve, apesar de a polícia estar envolvida tentando determinar se a garota ou alguém próximo a ela sofreu o abuso. O Telegraph localizou a garota do vídeo – é a tradutora e modelo Mia Hujic – que não quis se pronunciar a respeito. Como o próprio jornal apontou, independentemente do que esteja por trás dessa história, é possível notar pessoas tentando se mobilizar ao longo dos quase 5 mil comentários para ajudar de alguma maneira a vítima dos abusos.

Outra coisa que é preciso frisar é que as imagens mostram o que muita gente já sabe, mas que as vítimas se negam a aceitar: abusadores que batem uma vez, batem duas, três, várias. E batem cada vez mais forte – o que pode se notar pela escalada dos ferimentos de Mia.

No final do vídeo, uma mensagem diz “Me ajude. Eu não sei se o amanhã virá”.

É um material forte, revoltante, mas é extremamente válido, assim como outras campanhas relacionadas ao tema que já mostramos por aqui, como a do cinema – em que escolhemos ou não enxergar a violência – ou a da garota ensinando no YouTube como usar a maquiagem para esconder os ferimentos.

[ATUALIZAÇÃO] Depois de ler alguns comentários sobre este post, resolvi acrescentar algumas informações. Em primeiro lugar, acredito que não importa se este vídeo é “fake” ou real, campanha ou apenas uma iniciativa isolada. O que realmente importa é o conteúdo, a mensagem que ele traz.

Normalmente, o primeiro comentário das pessoas ao saberem que uma mulher apanhou é: “se fosse comigo, eu reagia”. Ou “se fosse comigo, eu largava ele”. Na prática, não é assim que funciona. A violência doméstica geralmente começa com abuso verbal. É algo tão terrível que a vítima costuma acreditar que é culpada pelo que acontece com ela e que merece apanhar. É quando começa a escalada da violência. Quando isso acontece, dificilmente elas conseguem escapar.

Outra coisa: abusadores raramente demonstram quem realmente são. Geralmente eles são caras legais, que tratam todo mundo bem e só revelam sua verdadeira personalidade para suas vítimas. Se alguém tiver interesse em saber mais sobre o assunto, a Agência Patrícia Galvão tem um bom material para começar a entender essa infeliz realidade.

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