Google Glass pode gerar economia e eficiência em empresas de logística

Primeiro, surge a tecnologia. Depois é que nós entendemos como ela funciona ou onde pode ser útil. Foi assim com diversos dos equipamentos tecnológicos que usamos hoje no nosso dia a dia, e não seria diferente com o Google Glass.

Passado o hype inicial, o depósito holandês Active Ants resolveu testar o uso do wearable para o controle dos itens que circulavam pelo seu galpão. Dois funcionários responsáveis pela checagem de produtos foram convidados a usar o Glass durante o expediente. Ao invés de carregarem uma prancheta com uma lista dos itens a serem conferidos, anotando detalhes como especificações, quantidades e localização para onde seriam enviados os itens, os funcionários agora podiam checar esses dados diretamente no Google Glass.

O resultado foi bastante positivo: em uma semana, os funcionários que estavam usando o Glass reduziram a taxa de erro em 12% e aumentaram a eficiência do trabalho em 15%. Parece pouco, mas imagine a proporção disso para empresas que trabalhem com grandes cadeias de ecommerce, como a Amazon – a economia pode ser bem impactante.

Em uma semana, os funcionários que estavam usando o Glass reduziram a taxa de erro em 12% e aumentaram a eficiência do trabalho em 15%. 

“Agora eles podem usar as duas mãos para ter acesso aos produtos nas prateleiras. Além disso, paramos de usar papel, o que economiza o tempo de imprimir uma lista”, explica o gerente da Active Ants, Jeroen Dekker. A menor taxa de erro foi resolvida com um simples detalhe no aplicativo que faz a interface com o Google Glass – ao invés de aparecerem em uma lista, os itens são exibidos individualmente, um por vez, o que evita a confusão.

Agora, a intenção do depósito é melhorar o aplicativo de interface – uma das ideias é inserir uma imagem do produto, para facilitar a identificação – e aumentar a amostragem de funcionários que fazem uso do Google Glass.

Ou você achou que o Glass ia servir só pra checar redes sociais e usar como GPS?

 

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Pley, um ‘Netflix dos Legos’, aluga pecinhas em planos mensais

Para que gastar uma pequena fortuna adquirindo Legos para você ou para os seus filhos – e depois ter que se preocupar com a limpeza das peças, ou então onde estoca-las –  se você puder simplesmente alugar o seu kit favorito, e depois até trocá-lo por um novo, com outras peças?

A empresa Pley, lançada há pouco menos de um ano, se oferece para ser exatamente essa facilitadora. Quem já entrou em lojas de brinquedos atrás de Legos sabe que eles custam uma pequena fortuna, com kits temáticos batendo a casa das centenas de reais. E não ache que é culpa do ‘custo Brasil’ – fora do país o brinquedo também não é tido como um dos mais baratos, ainda que crianças e adultos pareçam se divertir tanto quanto com as pecinhas. A Pley surge com o conceito de ‘Netflix dos Legos’ – você escolhe o kit de acordo com as suas necessidades, e a Pley te deixa com os Legos emprestados durante um mês inteiro.

A vantagem, segundo Elina Furman, co-fundadora da Pley, é que os pais (ou você, né?) podem ter acesso a uma maior variedade de kits de Lego, inclusive os temáticos, sem precisar gastar rios de dinheiro. A bagunça também é menor, já que quando enjoar das pecinhas, basta devolver o kit e trocar por outro mais bacana, sem ficar entulhando as pecinhas pela casa.

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A empresa também se preocupa com a higienização das peças, que segue critérios da FDA para evitar contaminações. Como o foco são as crianças, perder pecinhas também não é um problema para a Pley – eles sabem que os pequenos se preocupam mais em brincar do que cuidar do brinquedo, e não há cobrança adicional se faltarem até 15 pecinhas no kit. As assinaturas são razoavelmente acessíveis, partindo de 15 dólares para um kit pequeno, 25 por um Lego médio e 39 pela maior assinatura da Pley, que inclui Legos temáticos ou com mais peças

A ideia deu tão certo que a Pley acaba de receber 6,75 milhões de dólares em uma rodada de investimentos. Desde a estreia da Pley, em abril do ano passado, já foram realizadas mais de 15 mil assinaturas do serviço, e mais de 75 mil kits de Lego foram entregues.

Apenas me fez pensar: será que chega no Brasil? 🙂

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Treatings, um Tinder para buscar conselhos sobre carreira e negócios

Uma das principais dicas da maioria dos grandes executivos do mercado é buscar conselhos profissionais com colegas ou mentores. Só que nem sempre isso é fácil – depende da disponibilidade das pessoas, da sua área de trabalho e do quão afim elas estão de palpitar nas suas iniciativas e dilemas de carreira.

Visando facilitar essa conversa e criar pontes entre pessoas com interesses mútuos, surgiu a Treatings, uma startup nova-iorquina que é uma espécie de Tinder para negócios. O intuito básico é conectar na vida real pessoas que estejam trabalhando ou empreendendo em ramos similares.

O funcionamento é razoavelmente simples: você conecta a sua conta do Treatings com o LinkedIn, de onde o serviço puxa o seu currículo e principais habilidades, e depois pode marcar assuntos que te interessem e cafeterias ao redor que sejam as suas favoritas. A partir de então, o usuário pode tanto ativamente procurar profissionais específicos – quem sabe um desenvolvedor, ou um especialista em determinada área para avaliar a viabilidade da sua iniciativa – quanto aguardar que o sistema aponte outros profissionais que possam ser seus colaboradores, incentivadores ou ‘palpiteiros oficiais’.

O Treatings é como um Tinder para negócios: se houver interesse recíproco, o sistema coloca as pessoas em contato e sugere que tomem um café juntas.

O Treatings também usa um pouco da ideia de funcionamento de aplicativos de paquera online como o Tinder, permitindo marcar pessoas com quem você se interessaria em bater um papo e tomar um café. se houver interesse recíproco, o sistema coloca as pessoas em contato para agendar o encontro.

Por enquanto o Treatings tem cerca de 3 mil usuários cadastrados, a grande maioria deles dentro dos EUA. Tanto que ao tentar acessar o serviço, fui avisada de que não existem brasileiros (ou paulistas, ou joseenses) o suficiente para que o sistema possa me recomendar pessoas com interesses mútuos. No entanto, de acordo com que o Treatings for ganhando mais adeptos, a situação deve mudar.

Os fundadores da Treatings na cafeteria que mais gostam.

Os fundadores da Treatings na cafeteria que mais gostam.

Uma curiosidade é que a empresa, que foi fundada em 2012 por dois jovens profissionais do setor financeiro, funciona dentro da biblioteca da New York University. Ao invés de alugar um espaço caríssimo em Manhattan, Paul Osetinsky e Hayden Williams se tornaram ‘amigos da biblioteca’ e pagam uma taxa anual para poder utilizar o Wi-Fi, as máquinas de xerox e as salas de reunião do local. 

Quem sabe o Treatings pode ser uma boa pra quem já cansou a orelha dos amigos importunando sobre suas ideias que futuramente renderão milhões de dólares, ou quem está em busca de mentoria, mas não sabe onde buscar. Além disso, é uma ótima forma de trocar conselhos por cafezinhos. Porque como já diz o ditado popular, conselhos bons nunca saem de graça.

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AntiCast 88 – Designer Empresário

Olá, antidesigners e brainstormers!
Neste programa, Rafael Ancara conversa com Tulio Filho, Guilherme Sebastiany, Guilherme Marcondes e Cristiano Web sobre como ser empreendedor no design! Quais os trâmites para se iniciar o próprio negócio? Quanto custa? Quais as vantagens e desvantagens?

0h13min15seg Pauta Principal
1h29min50seg Leitura de Comentários
1h45min35seg Música de encerramento: Banda Violins, música “Glória”

Links
Blu Design
Sebastiany
Oapo
@cristianoweb

Livro que o Sebastiany comenta no programa
Evento “Seja Designer no Canadá”, com Rafael Peixoto Ferreira no Fronteiras do Design, em São Paulo. Mande email para marcosbeccari@usp.br para se inscrever ou para obter mais informações!
Texto da Ani (esposa do Ivan) falando sobre sua experiência de estudar design na Alemanha
Vídeo da Ani falando sobre compras de roupas da China
Novos Cursos de Filosofia do Design em São Paulo e Rio de Janeiro
Texto do Pondé sobre as diferentes Direitas
Documentário “Do Underground ao Emo”
Violins

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Catmoji, uma rede social para cat lovers

A presença de gatos na internet geralmente é sinônimo de sucesso. Não são raras as ocasiões em que vídeos e fotos retratando felinos viralizam, para alegria (ou desgosto) de muitos internautas. O fenômeno, inclusive, já rendeu um estudo acadêmico mais aprofundado na London School of Economics and Political Science. Segundo Kate Miltner, autora da tese LOLCats, as pessoas usam os gatos para expressar emoções e despertar empatia, criando conexões com outras pessoas. Então, como é que até hoje ninguém pensou em juntar todo mundo em uma rede social para gatos (ou cat lovers), se já pensaram até mesmo em um festival de filmes sobre felinos? A resposta é: Matthew PhiongKoekoe Loo pensaram, sim, e criaram a Catmoji.

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A startup da Malásia descreve, em seu site, que a missão da rede social é “tornar a internet um lugar melhor e mais feliz com gatos”. A comunidade reúne pessoas que curtem gatos, que podem compartilhar fotos e vídeos, criar um avatar (ou catvatar) para seu bichinho, desbloquear badges ou navegar pelo conteúdo a partir das expressões dos felinos (fofo, engraçado, feliz, triste e surpreso). Para participar, é preciso solicitar um convite.

A Catmoji tem tudo para ser um negócio lucrativo, levando-se em conta a presença felina na internet. Mais do que isso, é uma comunidade que reúne pessoas com um grande interesse em comum, terreno fértil para marcas, produtos e serviços voltados para gatos de estimação. De quebra, ainda é um ponto de encontro para a troca de informações. Cats rule!

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Adobe compra Behance Network: senso de comunidade lidera estratégia do Creative Cloud

Adobe anunciou recentemente que adquiriu a plataforma social Behance Network, um espaço onde criativos podem mostrar e compartilhar seu trabalho em portfolios online.

Com mais de 1 milhão de membros, 90 milhões de views por mês e mais de 3 milhões de projetos postados, Behance acelera a estratégia da Adobe de agregar maior valor ao seu serviço Creative Cloud. De acordo o blog da empresa, a equipe Behance irá continuar intacta e atuando de Nova York.

A aquisição de Behance pela Adobe acelera os esforços para criar uma comunidade criativa mais aberta e colaborativa.

O Creative Cloud é um serviço de assinatura onde seus membros podem acessar as ferramentas da Adobe online para criarem, publicarem e compartilharem seus trabalhos ao redor do mundo, por todos os dispositivos, do desktop à web. O projeto também acompanha recursos como treinamentos, atualizações e serviços especializados.

Com o Behance Netowrk fazendo parte de sua estratégia, a Adobe espera conectar os criativos da comunidade ao redor do mundo, abrir oportunidades para descobrir talentos online e trocar contatos, bem como manter o nível alto de criatividade e inspiração.

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Instagram, música e direitos autorais

De tempos em tempos, a discussão em torno da propriedade intelectual na internet se intensifica, como aconteceu esta semana em função das novas regras do Instagram. Se na segunda-feira a rede social dizia que poderia utilizar comercialmente as imagens ali publicadas, sem notificar, creditar ou pagar seus autores, após pressão popular e uma debandada geral o discurso já evoluiu para um “fomos mal interpretados”. E se você está presente em alguma rede social, provavelmente leu alguma variação da frase “Baixa MP3 mas quer os direitos autorais das fotos no Instagram”.

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Pronto, agora chegamos onde eu queria: música.

Se você é da era pré-internet, como eu, deve se lembrar do tempo que levava para se conseguir o novo disco da banda que você curtia. Isso quando era lançado no Brasil. A MTV, apesar de diminuir um pouco as distâncias, também deixava a gente ainda mais atiçado por alguns artistas que eram considerados comercialmente inviáveis no país. Para os artistas, também era complicado: conseguir um contrato com uma gravadora poderia ser o fator determinante para se fazer sucesso ou ser condenado ao eterno anonimato. Só que no final dos anos 1990, as coisas começaram a mudar graças à popularização da internet e, junto com ela, a criação dos programas de compartilhamento de música, como o Napster.

A partir daí, ter um contrato com uma grande gravadora já não parecia tão importante. Isso era bom para artistas independentes, que poderiam divulgar sua música sem precisar do apoio de um grande selo, mas era ruim para as gravadoras e seus artistas consagrados, que começaram a perder dinheiro por conta da pirataria. Afinal, quem iria comprar discos?

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Essa nova era trouxe também uma busca constante por modelos de negócio que beneficiassem (e satisfizessem) artistas, gravadoras e consumidores.

Steve Jobs era um grande fã de música, mas foi a possibilidade de usar a abrangência do mercado musical para vender hardware o principal motivo por trás da criação da iTunes Store em 2003. O grande sucesso deste empreendimento foi uma consequência, já que a música puxou o hardware, que puxou a música, criando uma espécie de looping infinito. Com isso, o consumidor não precisava mais comprar um disco inteiro, apenas as músicas que quisesse. Gravadoras e artistas receberiam por isso e pronto: novas lojas e serviços seguindo esta mesma linha começaram a aparecer, como o MySpace, OiRdio, eMusic, Spotify e Amazon, para citar algumas.

É claro que tudo isso acabou gerando novas questões a serem resolvidas. Artistas e selos independentes são cada vez mais comuns. É o caso de músicos de renome como Chitãozinho & Xororó, Emicida, Gabriel O Pensador e Erasmo Carlos, para citar alguns. Só que para quem está começando, ou não tem ligação alguma com gravadoras grandes ou pequenas, surge o primeiro obstáculo: as lojas online não aceitam cadastros diretos de artistas, o que tornam necessários os serviços de distribuição digital, ou agregadores, como a ONErpm e o Tunecore.

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A questão é: que vantagem Maria leva em se livrar das gravadoras, mas utilizar um serviço de distribuição? A resposta está na divisão da receita gerada pelo trabalho dos artistas. Na época das majors, artistas recebiam algo em torno de 9 a 12% dos royalties de vendas, sem discussão. Para piorar, grande parte dos compositores não tinha nenhum controle sobre sua obra, salvo aqueles que conseguiam incluir isso em contrato. Os Beatles, por exemplo, enfrentaram diversos problemas neste sentido. E, acredite, eles também tiveram dificuldades ao entrar no mercado americano, já que as editoras musicais costumam fazer acordos territoriais. Ou seja: o que vale em um país não vale no outro.

Uma distribuidora, então, atua como uma facilitadora para que os músicos possam se inserir em diferentes mercados, seguindo as regras de cada um deles, sem precisar ter uma gravadora. Em resumo, aquela relação major-artista se inverte completamente. “Aqui os artistas ficam com 85% da receita gerada por sua música, em um acordo 100% não-exclusivo, que os deixam ter completo controle sobre sua obra – o que significa escolher onde, quando, como e por quanto ela será comercializada”, foi o que me disse Emmanuel Zunz, CEO da ONErpm.

Pois agora nos aproximamos da esquina do Instagram com o YouTube, ambos serviços gratuitos que hospedam conteúdo gerado/criado pelos usuários (e também músicos, fotógrafos, artistas). A quem pertence esse conteúdo? Ao serviço que o hospeda e que de certa forma possibilitou os meios e ferramentas para sua criação e circulação ou ao usuário que o gerou? E mais: quem pode ganhar dinheiro com essas fotos, músicas, textos? Talvez a reposta correta seja: os dois.

Temos exemplos disso. A ONErpm anunciou esta semana uma parceria com o YouTube e Grooveshark para dividir as receitas entre os serviços e os criadores. No caso específico do YouTube, a distribuidora passará a enviar todo seu acervo de áudio para que o serviço de vídeo faça a identificação automática do conteúdo que circula no site, seja ele gerado pelo próprio artista ou pelos usuários (tipo o cara que faz aquele videozinho no PowerPoint e usa o som do Bad Brains na trilha sonora). Com isso, os artistas serão informados da utilização de sua obra e aí poderão decidir o que fazer: retirar o conteúdo do ar ou permitir a utilização gratuita ou paga. Isso fará com que os músicos recebam sua parte dos royalties de sincronização musical gerados pelos anúncios que circulam no YouTube. Igualzinho ao que o Instagram está propondo, só que não.

instagram

A discussão em torno da propriedade intelectual – seja ela na forma de fotos, música ou qualquer outro tipo de conteúdo – está longe de acabar. Uma vez que você cria algo e compartilha na internet, é difícil manter o rastro sem ajuda e infelizmente a gente acaba se sujeitando às consequências. O mais importante é manter a discussão acesa, buscando soluções que beneficiem tanto quem cria quanto quem consome conteúdo, e não esperar a água bater na bunda para pensar a respeito, usando dois pesos e duas medidas.

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