O Hobbit: Uma jornada de decisões inesperadas

Três parágrafos informativos são necessários antes de começarmos a falar sobre “O Hobbit: Uma Jornada Inesperada”, afinal, nem todo mundo entende de frame rate e motion blur. Aí vão eles, de forma bem curta.

Frame rate: normalmente, assistimos filmes com 24 quadros por segundo (frames per second, ou fps, em inglês), ou seja, a cada segundo, o projetor mostra 24 imagens. O resto é preto. Nossa retina faz o trabalho de unir cada imagem criando assim o movimento. Esse é o modo atual de se filmar, projetar e ver filmes no cinema. Na TV, essa velocidade fica entre 29.94 e 30 fps.

Motion Blur: esse movimento criado pela união dos 24 quadros gera algo chamado motion blur, ou seja, um sensação de “borrão” ou transição da imagem. Por isso que, quando você dá pause, nem todas as imagens estão em foco. Culpa dessa natureza borrada dos 24 quadros.

48 quadros por segundo: nessa velocidade, o projetor mostra 48 imagens por segundo, ou seja, o dobro do habitual. Qual o resultado? Você tem mais informação, a imagem é mais perfeita e o motion blur é reduzido drasticamente ao olho humano, afinal, há menos espaço vazio para ser preenchido e a sensação de foco dura mais tempo. Aliás, esse é o mesmo conceito aplicado à câmera lenta, pois quanto mais quadros você tiver, mais você pode diminuir a velocidade sem borrar tudo. Filmei com 200fps uma vez, foi divertido!

Peter Jackson e Martin Freeman no set

Peter Jackson e Martin Freeman no set

A escolha de Peter Jackson

Diretor e estúdio resolveram fazer uma mudança da forma mais traumática possível: num blockbuster tão relevante para os nerds quanto para o mercado

Pois bem, agora podemos falar sobre “O Hobbit”, afinal de contas, essa é a maior e mais relevante discussão envolvendo o novo filme de Peter Jackson. Ele resolveu mudar a velocidade de filmagem e projeção de 24fps para 48fps. Há um resultado essencialmente neutro aí: ele mudou o jeito de vivenciarmos o cinema. Mas a neutralidade dura pouco, pois bastam alguns segundos de filme para o espectador escolher um lado. Isso é mais importante do que parece, pois, especialmente quem não gostou da mudança, vai passar o filme todo incomodado e procurando diferenças. Esse é um dos maiores inimigos do bom cinema: tirar o espectador da história e permitir que o aspecto técnico o distraia.

Ou seja, para muita gente, esse é o maior convite para odiar “O Hobbit” logo de cara. Estão errados? Difícil dizer, pois o espectador compra ingresso, nesse caso, para voltar à Terra-Média, não para ver as últimas invenções da Terra. Mas, como tudo no cinema, o resultado é subjetivo e muita gente adorou, especialmente quem já se acostumou com aquela modalidade de aceleração de imagem que TVs HD oferecem há um tempo. Tanto na TV quanto no cinema, o resultado é o mesmo: a imagem fica diferente, parece mais real, como se fosse uma janela em vez de uma tela; logo, a relação do espectador com a obra muda.

O Hobbit

E daí surge a discussão sobre essa decisão de Peter Jackson. Mudanças desse tipo tendem a acontecem em movimentos cinematográficos menores, em filmes sem tanto apelo financeiro e precisam de maturidade e embasamento técnico para, depois, serem abraçadas pelos grandes estúdios. PJ e o estúdio resolveram fazer isso da forma mais traumática possível num blockbuster tão relevante para os nerds quanto para o mercado (tendo em vista que todos “O Senhor dos Anéis” foram máquinas de fazer dinheiro). Ou melhor, em três blockbusters, afinal, “O Hobbit” foi dividido em três e todos foram feitos 48fps.

Não há meio termo nessa luta, ou dá certo e criasse um novo tipo de espectador, ou vamos relembrar a virada do milênio, quando “Star Wars: Episódio I” decepcionou tanto que afundou “Episódio II”, um filme melhor, mas ignorado pelo público. Sim, são paralelos distantes, mas o mercado tende a repetir comportamentos. Mas essa é apenas uma possibilidade.

Se der certo, vamos ter o maior racha das escolas de cinema, com PJ liderando um novo estilo. Ignorando totalmente os estúdios oportunistas da base da cadeia alimentar que vão filmar até festa de aniversário com 48fps só para entrar na onda (fãs de “Premonição”, preparem-se!), a briga vai ser similar à recente reintrodução dos filmes 3D. Algo necessário ou truque? No caso de “O Hobbit”, a mistura 48fps com 3D infelizmente borda a segunda opção com um festival de objetos sendo arremessados contra a tela.

Um problema conceitual é: como o diretor quer que vejamos o filme?

O 3D, responsável por investimentos históricos na atualizações de salas de cinema ao redor do mundo, já recua e tem opositores fortes como Christopher Nolan, que optou pela filmagem nativa em IMAX para sua trilogia “Batman”. Entreter, provocar, os dois ao mesmo tempo? Qual a função do cinema? Peter Jackson fez ótimo trabalho na primeira trilogia e cravou seu nome na história, mas, como todo realizador, quer contribuir de outro modo. Fez sua jogada. Apostou numa nova geração, no uso diferenciado da tecnologia a seu dispor e gastando todos os cartuchos com os fãs de Tolkien e, por que não, de Peter Jackson. Por isso chamei a decisão de traumática.

Não tem volta.

Outro problema conceitual é: como o diretor quer que vejamos o filme? Sempre lembro do Sergio Leone mandando um 2:35 (o formato mais widescreen de todos, antes do Anamórfico) e valorizando a paisagem ao máximo. Foi assim que ele viu o filme, era assim que ele queria que víssemos. E agora, como fica? PJ quer que vejamos “O Hobbit” em 24fps? 48fps? 24 3D? 48 IMAX? Preto e branco com banda ao vivo? Nesse aspecto, o ato de fazer filmes está virando uma zona e amplia as brigas entre espectadores, afinal, o formato afeta, e muito, a resposta ao produto. I have a bad feeling about this.

Ian McKellen retorna no papel do mago Gandalf

Ian McKellen retorna no papel do mago Gandalf

O Filme

A abertura do filme é de cair o queixo, rivalizando com a Batalha da Última Aliança, vista em “O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel”

Mas nem só de tecnicalidades vive “O Hobbit”, não é mesmo? Há um mundo de controvérsias à sua volta e outra delas é a separação da história em três filmes. “O Hobbit” é um livro só, mas o mundo criado de Tolkien é gigante demais, oferece opções infindáveis e, nas mãos de um diretor e fã competente como PJ, pode ser maravilhoso. Ele respeita a obra ao máximo e a transformou de “infilmável” em “sucesso incontestável”, agora fez de novo.

Entretanto, vai passar por provações difíceis. Como obra inicial, “O Hobbit” define personagens e apresenta aquele mundo com um olhar inocente e curioso. O filme faz uso dessa característica, mas incorre em exageros, especialmente em um personagem “novo”: Radagast, o Castanho. O mago apaixonado por animais e natureza faz as vezes de palhaço do filme e podia ter ficado de fora, assim como outros elementos que, de certa forma, infantilizam a história. Opa, peraí.

Radagast: Personagem citado só de passagem na obra de Tolkien

Radagast: Personagem citado só de passagem na obra de Tolkien

Infantilizar? Não é algo ruim, afinal, a obra de Tolkien tem essa função, é leitura obrigatória em escolas inglesas e americanas e, especialmente “O Hobbit”, foi escrito para crianças e adolescentes. Todos esses conceitos mudaram, nós mudamos. Queremos toda a aventura da Terra-Média, mas consideramos os elementos lúdicos como desnecessários (assim como eu, acima) e esperamos algo completamente traduzido para nossa mentalidade, nosso tempo. É uma situação bem complicada, não? Ser criança e adolescente mudou, a “vida adulta” invadiu muito desse território, mas “O Hobbit” continuou do mesmo jeito.

O Hobbit

Nesse aspecto, pergunto se não aceitar a tolice é falha nossa, em vez do diretor que optou por mantê-la do jeito que foi concebida? Gostar ou não é outra história.

A abertura do filme é de cair o queixo. Anões! Anões na Montanha Solitária! Smaug! Porrada e ruína! Ela rivaliza com pompa e circunstancia a Batalha da Última Aliança, vista em “O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel”, e mostra como o passado da Terra-Média foi mais glorioso e grandioso do que o mundo à beira do colapso pelo qual o espectador se apaixonou anteriormente. É um espetáculo visual! Comentário de fã: isso só aumenta as esperanças de, um dia, ver “O Silmarilion” nos cinemas!

O roteiro é simples e, como esperado, um pouco estendido para justificar os três filmes. O maior problema, porém, é a reciclagem de ideias e tomadas. Toda aquela grandiosidade das paisagens da Nova Zelândia impressionou em “O Senhor dos Anéis”, agora ela retorna, mas com menor impacto, afinal, já vimos tomadas aéreas, montanhas gigantescas e os heróis – nesse caso os anões sem-teto – cruzando longas distancias com a música épica (também repetitiva com uso descarado de leitmotiv com variações do tema principal dos anões). Gandalf repete alguns de seus truques (usa uma mariposa como mensageira); retornamos a um reino subterrâneo (Goblin Gate); e vemos um herói ser derrotado temporariamente (sem spoilers, mas o paralelo é a Gandalf cair com o Balrog).

O quanto o espectador médio vai lembrar depois de anos sem ter visto “O Senhor dos Anéis” é um mistério, mas, no meu caso, os paralelos foram gritantes, logo, relevo por estar fora da curva. Como filme independente funciona e faz uma escolha clara: é mais leve, óbvio e mantém o mesmo ritmo ao longo da projeção. Nesse ponto, segue a receita de J.R.R. Tolkien, que utilizou “O Hobbit” como tubo de ensaio para o que viria a fazer nos livros seguintes.

O Hobbit

Com Tolkien funciona assim: aprecie seu mundo, viva com seus personagens e maravilhe-se com sua beleza.

As relações entre Bilbo Baggins (em ótimo trabalho de Martin Freeman) com os anões refletem esse espírito, de fato, aventureiro e divertido. Ninguém se conhece direito, mas barreiras são quebradas instantaneamente, há um sentimento de perda muito grande, algo que Bilbo vai entender ao fim de sua jornada. Esse livro é a cartilha básica do RPG clássico: o herói inicia uma missão, encontra aliado, encontra itens mágicos, passa por provações, descobre novas habilidades conforme o nível de dificuldade aumenta. Logo, corre riscos similares a “John Carter”, por manter uma estrutura narrativa dos anos 30 (o livro de Tolkien foi lançado em 1937) e expô-la ao espectador moderno, descaradamente carente por ação, encadeamento de ideias mastigado e sem paciência.

O Hobbit

As presenças de Galadriel (linda demais!), Elrond e Saruman no encontro do Conselho Branco servem para aproximar o espectador desavisado de que os elfos e magos já estão aprontando com o destino da Terra-Média há um tempo e também para confundir tudo, afinal, Saruman ainda estava do lado dos mocinhos naquele ponto. A menção do “Necromancer”, porém, mostra os princípios de sua corrupção. Essa era a única função de Radagast, aliás, fazer essa fofoca.

O objetivo infanto-juvenil é claro: não há sangue (adeus ao sangue negro dos Orcs), nem mesmo quando passam a faca na barriga do Rei Goblin; as decapitações acontecem em tomadas mais distantes; o roteiro preza pelo didatismo; e a edição escorrega pouco. Numa das cenas mais arbitrárias do filme, os heróis resolvem visitar uma caverna de Trolls sem a menor necessidade, apenas para encontrar três das espadas mais poderosas da Terra-Média. Essa foi a melhor ideia encontrada por quatro roteiristas, entre eles PJ e Guillermo del Toro? Fato, é assim que encontram as espadas no livro, mas o espectador de cinema adora reclamar de “forçadas de barra” como essas. Quer outra? Thranduil, o rei élfico e pai de Legolas, reúne o exército e vai até a fortaleza anã, durante o ataque de Smaug, só para olhar, fazer cara de nojinho e virar as costas.

O Hobbit

No geral, “O Hobbit” evolui bem, apresenta seus personagens, promove três batalhas em larga escala, novamente, estabelecendo a diferença primordial com “Game of Thrones”, e dois conflitos menores e mais pessoais, cumprindo a obrigação com o livro e estabelecendo os limites dos personagens. Embora alguns dos anões sejam soldados veteranos, a maioria da companhia de Thorin Escudo de Carvalho não é formada por porradeiros seculares e, assim como Bilbo, precisam aprender a encarar toda a fauna inimiga de Tolkien.

Tirando alguns elementos já citados, fiquei empolgado com “O Hobbit”, reencontrei a felicidade de voltar à Terra-Média com uma história que, recentemente, comecei a ler para minha filha e só tenho boas expectativas em relação aos próximos dois episódios. “A Sociedade do Anel” sempre foi o mais devagar da trilogia original, mas precisava apresentar tudo, depois veio aquele espetáculo de direção de “As Duas Torres”. O mesmo deve acontecer com a nova trilogia. Há muito que ser construído antes da Batalha dos Cinco Exércitos e o confronto bombástico com Smaug!

Gostei? Não gostei? E os críticos que detonaram? E quem disse ser o melhor filme do ano? Não quero saber, vou ver novamente, dessa vez em 24fps, e novamente, e novamente, e novamente. Com Tolkien funciona assim: aprecie seu mundo, viva com seus personagens e maravilhe-se com sua beleza. Qualquer coisa além disso é descartável.

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10 Years of Scrobbling: Last.fm revela insights da música através dos hábitos de seus usuários

A importância dos dados como fenômeno para entender os hábitos dos usuários é indiscutível. O Last.fm tem feito isso por mais de 10 anos, ao coletar informações sobre o que seus usuários estão ouvindo. Agora, o serviço comemora seus 10 anos no ar com um microsite especial contento insights das informações que recolheu durante todo esse tempo, o 10 Years of Scrobbling.

Os dados revelam, por exemplo, que Smells Like Teen Spirit é a música mais popular da década no mundo, enquanto no Brasil é a Wonderwall do Oasis. Já a banda mais popular, tanto no Brasil como no mundo, é Coldplay.

Como já é esperado, os insights também mostram que, quando uma banda se separa ou um músico morre, há uma relação direta com o repentino aumento de ouvintes de suas músicas.

A morte de Michael Jackson resultou em 1 milhão de plays de suas músicas em um dia.

No site 10 Years of Scrobbling, você pode conferir uma linha do tempo interativa com os fatos históricos na música nos últimos 10 anos, e como eles influenciaram os hábitos dos ouvintes do Last.fm. Também pode conferir o Top 100 músicas e artistas da década, filtrado por lugares e tags.

 

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Infográfico interativo mostra todos os assassinatos de Game of Thrones em 90 segundos

Com o passar do tempo, os livros de George R.R. Martin vão nos apresentando tantos novos personagens e complexas relações que fica cada vez mais difícil compreender totalmente Game of Thrones. Pensando nisso, Jerome Cukier criou um infográfico interativo com dados dos 5 livros da série.

O infográfico é um grande círculo baseado nas relações construídas ao longo do tempo. Cada personagem representa um pequeno círculo cujo tamanho se refere à frequência de aparição na série. As famílias são agrupadas juntas. E, quanto mais perto estiverem da morte, mais escuro ficam seus círculos.

Neste projeto, Cukier contou a história de cerca de 300 personagens, escolhendo aqueles que aparecem em, pelo menos, mais de cinco capítulos ou que foram mortos por outro personagem nomeado no infográfico. Com isso, foi preciso mapear as ações de todos estes personagens selecionados.

Visualize o infográfico completo aqui. É possível selecionar quais livros você gostaria de ver a história e, em seguida, apertar play para que os círculos começem a mostrar suas relações em 90 segundos.

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Tudo o que tem de errado com “O Espetacular Homem-Aranha” em 2 minutos

Só tem um vídeo, mas já é o meu novo canal preferido do YouTube. A proposta do CinemaSins é listar tudo o que tem de errado com certos filmes em dois minuto ou menos.

A primeira vítima é o “O Espetacular Homem-Aranha”, com 53 pecados cometidos, e condenado ao inferno. Já toma porrada com o primeiro erro: “Esse filme existir”.

Raramente faço isso, gosto de ver e ter minha opinião. Mas esse é um caso de filme que não vi e nem pretendo ver. Porém, se você assistiu o filme, aposto que vai se divertir ainda mais com os erros do novo Homem-Aranha.

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Pacific Rim [Trailer]

Saiu o primeiro trailer de “Pacific Rim”, o novo filme de Guillermo del Toro (o gênio de um dos melhores filmes do mundo, “O Labirinto do Fauno”). E se o nome do diretor mais a combinação “monstros gigantes contra robôs gigantes” já parecia promissora, agora então a expectativa atingiu níveis estratosféricos.

O longa mostra uma guerra entre criaturas que saem do mar, conhecidas como Kaiju, com os robôs Jaegers, desenvolvidos como arma para proteger o planeta Terra.

Com Charlie Hunnam, Rinko Kikuchi, Idris Elba, Ron Perlman, e Charlie Day no elenco, “Pacific Rim” tem estreia marcada para 12 de julho de 2013.

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Infográfico mapeia 50 anos de shows dos Rolling Stones

Já tem algum tempo que os Rolling Stones ultrapassaram o status de maior banda de rock em atividade para se tornar algo muito além. Apesar de todos os desentendimentos, dos escândalos, do sexo, das drogas, do ego… well, it’s only rock n’roll e por isso mesmo não se pode culpá-los. Há 50 anos na estrada, os Stones têm uma história digna de respeito, independentemente de se gostar ou não da banda, da música ou de seus integrantes. E foi para celebrar esta história que a CartoDB criou o infográfico interativo 50 Years of Concerts of The Rolling Stones, mapeando as turnês da banda entre 1963 e 2007.

Em números, os Rolling Stones fizeram neste período mais de 1.300 shows, percorrendo cerca de 960 mil quilômetros.

É curioso perceber neste material a evolução do mercado de shows, também. Nos anos 1960, as turnês eram mais localizadas: Grã-Bretanha, Estados Unidos, abrindo um pouco para Austrália, o restante da Europa e Canadá. Em 1975, a Tour of Americas deveria ter passado pela América Latina, mas não vingou. Em 1989, os Stones chegaram ao Japão e só em 1994, com Voodoo Lounge, eles conseguiram percorrer os quatro cantos do mundo (inclusive Brasil). Eles repetiram a dose em 1997, com Bridges to Babylon Tour e A Bigger Band, entre agosto de 2005 e agosto de 2007.

Talvez o único erro do CartoDB tenha sido usar a Wikipedia como fonte. A primeira turnê dos Stones nos Estados Unidos aconteceu em 1964 quando, assim como os Beatles, eles fizeram uma parada obrigatória no Ed Sullivan Show.

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Superman: Homem de Aço [Trailer]

A Warner Bros. liberou agora pouco o novo trailer de “Superman: Homem de Aço”, filme dirigido por Zack Snyder e produzido por Christopher Nolan.

Em julho, eu comparei nesse post os teasers do “Superman” de 2006, do Bryan Singer, com esse novo. Não só pela reverência ao filme original, mas pela própria edição de cenas, afirmei que o teaser do filme que quase ninguém gostou era bem melhor. É óbvio que nem cabe a comparação entre os longas, por serem propostas bem diferentes, mas estou falando do trailer em si, a propaganda do cinema.

Pois bem. Agora com o trailer 2, tudo muda de figura. Ainda prefiro a poesia do teaser de 2006, mas a escuridão realista à lá Batman-do-Nolan impressiona. Não se esqueça de colocar em 1080p.

“Superman: Homem de Aço” tem estreia marcada para 12 de julho de 2013.

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Perfil no Twitter traz personagens de Seinfeld para os dias de hoje

Já se passaram mais de 14 anos desde que a série Seinfeld acabou, mas nunca saiu completamente do ar. Seja em reprises, web vídeos ou em comerciais, os personagens sempre acabam aparecendo por aí para matar as saudades de uma legião fiel de fãs. O exemplo mais recente é um perfil que estreou domingo no Twitter, @SeinfeldToday, e já conta com quase 100 mil seguidores. Como o próprio nome já diz, a ideia é tentar mostrar como seria a série se ela ainda estivesse no ar nos dias de hoje.

Como será que Jerry, George, Elaine e Kramer iriam lidar com as redes sociais, Gangnam Style, Instagram, 11 de Setembro, veganos, gadgets e uma internet cada vez mais presente em nossas vidas? Isso é o que mostram o jornalista Jack Moore e o comediante Josh Gondelman, que começaram a brincadeira em seus próprios perfis, até resolverem criar o @SeinfeldToday. É uma boa dica para quem curte a série, tanto para matar as saudades quanto para se divertir com suas “novas” aventuras.

 

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Nike+ lança game integrado com a FuelBand

A Nike+ está lançando o NikeFuel Missions, novo game que promete engajar ainda mais os usuários da FuelBand. O jogo entra no ar só amanhã, mas as pessoas interessadas em participar já podem confirmar presença no Facebook. Por enquanto, pouco se sabe sobre esta iniciativa. Ao que tudo indica, a pontuação será definida pela atividade física diária dos participantes, monitorada pelos produtos FuelBand.

O cenário é um mundo gelado e o desafio do jogador é escapar dele com a ajuda de personalidades esportivas como Calvin Johnson, Alex Morgan, Allyson Felix e Neymar. Quanto mais o jogador se movimentar, maior as chances de ele evoluir com seu avatar e liderar a competição.

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O cinema em 2012 [Mashup]

Todo ano, sleepyskunk faz a mesma coisa no YouTube: Reúne, em um único vídeo, cenas dos maiores lançamentos do cinema nos últimos 12 meses.

O mashup de 2012 é ainda mais legal, pois além da compilação, a edição não foi feita aleatoriamente. Com as cenas e diálogos dos filmes, o vídeo parece praticamente contar uma história por si só.

Aqui uma lista completa dos filmes que aparecem no mashup. Quantos você assistiu?

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Oblivion [Trailer]

A Universal revelou ontem o primeiro trailer de “Oblivion”, ficção científica dirigida por Joseph Kosinski de “Tron: O Legado”, e roteirizada há seis mãos por William Monahan (“Os Infiltrados”), Karl Gajdusek (“Reféns”) e Michael Arndt (“Toy Story 3″).

Três pessoas num roteiro quase sempre é sinal de perigo, mas as primeiras cenas impressionam. O filme é baseado em uma HQ escrita pelo próprio diretor, e se passa num planeta pós-guerra alienígena.

No elenco estão Tom Cruise, Olga Kurylenko, Andrea Riseborough, Morgan Freeman, Melissa Leo, Zoë Bell e Nikolaj Coster-Waldau.

“Oblivion” tem estreia prevista para 12 de abril de 2013.

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Clássicos do cinema traduzidos para a linguagem de programação

Parece loucura, mas na verdade é uma sacada muito divertida. Ben Howdle, um bem-humorado programador, resolveu criar um Tumblr para “traduzir” clássicos do cinema (ou não) para a linguagem de programação. Movies As Code já conta com alguns colaboradores, mas os leitores também podem enviar sugestões.








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Star Trek: Além da Escuridão [Trailer]

Saiu o primeiro teaser trailer de “Star Trek: Into Darkness”, sequência do filme de 2009 também dirigido por J.J. Abrams. Essa versão é exclusiva para web, já que no dia 14, antes das sessões de “O Hobbit: Uma Jornada Inesperada”, deve estrear um novo trailer.

O filme traz de volta os Chris Pine, Zachary Quinto, Zoe Saldana, Karl Urban, Simon Pegg, Anton Yelchin e John Cho, com as adições de Benedict Cumberbatch, Peter Weller e e Alice Eve.

Veja a sinopse oficial:

“Quando a tripulação da Enterprise é chamada de volta para casa, eles descobrem que uma incontrolável força de terror dentro de sua própria organização detonou a frota e tudo que ela representa, deixando nosso mundo em um estado de crise. Com problemas pessoais a resolver, o Capitão Kirk lidera a caça para capturar uma arma de destruição em massa em uma zona de guerra. Enquanto nossos heróis são empurrados para um jogo de xadrez de vida e morte, o amor será desafiado, amizades serão destruídas e sacrifícios devem ser feitos para a única família que restou a Kirk: a sua tripulação.”

Star Trek: Além da Escuridão” estreia em 26 de julho de 2013. Enquanto não chega, relembre a nossa entrevista com o diretor J.J. Abrams.

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A história da Nintendo em 2 minutos

Tudo bem que a Nintendo tenha se transformando em um apanhado de RPG’s japoneses esquisitos que afundam ou ou outro título de respeito, mas a empresa tem história, nunca deixa de tentar inovar e está cravada na cultura pop para sempre.

Com o recente lançamento do Wii U, o animador Anthony Veloso relembra os consoles já lançados pela gigante japonesa, começando em 1980 com o Game & Watch e passando, claro, pelo melhor videogame que já existiu: Super Nintendo.




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The Walking Dead, neurociência e redes sociais

A popularidade do Twitter como canal de discussão e compartilhamento de conteúdo sobre eventos ao vivo como programas de TV é uma fonte valiosa de dados para medir engajamento. Mas o que significa, afinal, engajamento da audiência na era das redes sociais?

Uma colaboração entre o Harmony Institute, neurocientistas da Columbia University e da City College of New York resultou em uma pesquisa que usou o episódio piloto do seriado “The Walking Dead” para medir o que estimula as respostas neurais e sociais dos espectadores e usuários. Entenda como a pesquisa foi realizada:

Análise dos tweets

Trabalhando em conjunto com a empresa Crimson Hexagon e o Twitter, a pesquisa obteve todos os conteúdos postados referentes ao episódio, durante sua exibição em 2010 – calculado em mais de 19 mil tweets em 90 minutos. O contéudo foi analisado e rotulado de acordo com sentimento, humor, imersão e engajamento. Depois, os tweets foram divididos a partir 194 cenas (unidades de narrativas) referentes ao episódio.

Análise das atividades cerebrais dos espectadores

Através de informação demográfica dos dados analisados, foram recrutadas 20  pessoas para assistirem à série enquanto suas atividades cerebrais eram monitoradas por eletroencenfalograma. Ao calcular essas atividades para cada segundo do episódio, os pesquisadores conseguiram identificar momentos específicos associados ao alto nível de resposta do cérebro, correspondendo a três tipos de ondas cerebrais: atenção, afeto e codificação da memória.

Neurociência vs. redes sociais

Para combinar os dados de cada fonte, o Graham Technology Fellow Clint Beharry desenvolveu um software customizado para comparar as atividades cerebrais com o conteúdo das redes sociais referentes ao episódio. O programa indexa os conteúdos em categorias de um sistema de código desenhado a partir da neurociência, tudo em tempo real.

Momentos que produzem alto grau de atividades cerebrais também produzem alto volume de conteúdo nas redes sociais, sugerindo um link entre conteúdo atraente e engajamento social.

Assim, os pesquisadores puderam enxergar, por exemplo, uma alta atividade cerebral quando um zumbi criança foi visto no susto e atirado na cabeça. Também foi observado que os tweets que seguiam em tempo real cada evento do episódio apresentavam alto grau de imersão e sentimentos positivos (entusiasmos, celebração); e aqueles tweets que vinham depois eram, em sua maioria, piadas para aliviar a tensão.

Confira abaixo um making of e alguns outros insights da pesquisa:

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Revelada primeira foto oficial da cinebiografia de Steve Jobs

Espero queimar a língua, mas cada vez mais a cinebiografia de Steve Jobs ganha cara de bomba. O diretor Joshua Michael Stern não fez nada até hoje que o credencie para o cargo, e o roteirista Matt Whiteley ninguém nunca ouviu falar.

De qualquer forma, hoje foi divulgada a primeira foto oficial de Ashton Kutcher no papel do empreendedor, e o filme, simplesmente intitulado “Jobs”, vai encerrar o Festival de Sundance 2013, que acontece de 17 a 27 de janeiro.

Você acha que há esperanças? Como diria Regina Duarte, tenho medo.

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O Hobbit: Quatro belos posters desenhados a mão promovem o filme em IMAX

Falta pouco para a estreia de “O Hobbit: Uma Jornada Inesperada”, mas nunca é tarde para o lançamento de novos e belos posters para promover o filme.

Esses quatro cartazes de personagens divulgam, especificamente, a versão em IMAX, com um design que imita os mapas feitos a mão da Terra-Média, além do texto escrito em élfico.

Belas artes para se ter na parede de casa.




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O fascinante trabalho de pós-produção de “O Hobbit: Uma Jornada Inesperada”

Em seu canal no YouTube, Peter Jackson tem revelado diversos detalhes de bastidores e o processo criativo de “O Hobbit: Uma Jornada Inesperada”. Uma série de vídeos obrigatória para qualquer fã de cinema e criativo.

O diretor já mostrou bastante das filmagens, com sua Wingnut Films, e no vídeo mais recente (acima) fala agora da fase de pós-produção, que está sendo feita junto com a WETA Digital no estúdio Park Road em Wellington, capital da Nova Zelândia. Essa “casinha” aí embaixo.

Você certamente já deve imaginar a dimensão de criar um filme como esse, mas ver o dia a dia nos permite valorizar ainda mais o trabalho. Um ambiente com muita privação de sono, segundo o próprio Peter Jackson, onde centenas de pessoas estão envolvidas em transformar um monte de tela verde na magia que vamos assistir nos cinemas, com efeitos digitais, sound design e trilha sonora.

Inclui até um departamento dedicado exclusivamente para a criação de barbas – com uma bateria de testes torturantes – algo bastante necessário em adaptações de obras do Tolkien, é claro. O mais impressionante, é que depois da captura de movimento das barbas, apenas um clique é capaz de propagar o efeito para todo o filme

Departamento de animação de barbas

A pós-produção termina apenas dois dias antes da premiere

O vídeo, de 14 minutos, fala bastante da dedicação dos artistas digitais, que atualmente moram e trabalham num edifício, e praticamente não saem de lá pra nada. Existe também uma equipe dedicada na criação de goblins, e que vivem e trabalham em uma outra casa.

Tudo junto parece loucura, mas as tarefas são bem divididas. Cada designer atua com aspectos específicos do filme, como iluminação, artes conceituais e storyboards em 3D, por exemplo. Outros se dedicam apenas aos modelos, que outra equipe vai ter a responsabilidade de incluir nas cenas.

O diretor de fotografia Andrew Lesnie mostra o processo de correção de cores do filme, trabalhando cena a cena, inclusive se preocupando com a iluminação de cada arbusto ou grama no Condado.

Não dá para controlar o clima no dia das filmagens, então muita coisa é arrumada na sala de edição, como as nuvens, por exemplo. Além disso, é ali que o diretor de fotografia ajusta as tonalidades que vão deixar a atmosfera homogênea.

Antes e depois da correção de cor

No final, uma visita ao estúdio onde o compositor Howard Shore está gravando a trilha sonora com uma orquestra de 93 músicos, em Londres.

Peter Jackson diz que sua disciplinada equipe – quando não estão fazendo festas e enchendo a cara – vai terminar tudo dois (DOIS!) dias antes da pré-estreia. Pelo menos, é o que ele espera… e nós também.

Depois da premiere, que vai acontecer na própria cidade de Wellington, na Nova Zelândia, “O Hobbit: Uma Jornada Inesperada” estreia nos cinemas em 14 de dezembro.

Local da premiere em Wellington, NZ, em 28 de novembro

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Woz e Danny Trejo: parceria mais improvável do mundo dos games é realidade

Danny Trejo é foda. Você pode até não concordar, mas tem de dar o braço a torcer que pelo menos os personagens do cara são bons demais. Graças a ele. Danny Trejo povoa o imaginário das pessoas, inclusive de Steve Wozniak. E a parceria mais improvável do mundo dos games virou realidade em Danny Trejo’s Vengeance: Woz with a Coz, já disponível para download na iTunes. Não, você não está delirando.

 


O game para iOS tem uma pegada retrô e coloca a mulher de Woz, J-Woz, como vítima de um sequestro. Agora, a dupla terá de resgatá-la, nem que para isso eles tenham de botar a cidade abaixo. Alguém tem dúvidas de que isso vai acontecer? Ao longo do jogo, aparecem outras celebridades, como o rapper Baby Bash e o lutador de MMA Rashad Evans. A história, aliás, foi criada pelo próprio Steve Wozniak.

O lançamento de Danny Trejo’s Vengeance: Woz with a Coz está ligado ao novo filme do ator, Vengeance. Para saber mais, confira o vídeo abaixo ou acesse a página do game no Facebook.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Usando a mídia social para cobrir a falta de pensamento original

O título deste post é uma tradução livre do novo vídeo do The Onion, Using Social Media To Cover For Lack of Original Thought. A inspiração deste “Onion Talks” é, claramente, as TED Talks – com direito à vinhetinha de abertura e aplausos intermináveis que impedem o palestrante de começar a falar. A diferença é que, nesta sátira, somos apresentados a um charlatão das mídias sociais, que já começa declarando:

“Mídias sociais são a força motriz da nova economia. O que isso significa? Ninguém sabe”.

Sem perdão, o palestrante se apresenta como um consultor de mídias sociais que nunca teve um pensamento ou ideia originais em toda sua vida. Ainda assim, sua empresa atende marcas como Shell, Cheetos e SpeedStick. Dá exemplos do trabalho feito por eles – ou seja, não empregar nenhum esforço para tornar a presença das marcas nas redes sociais mais efetivas. “Usar o seu cérebro para ter uma ideia e implementá-la é o velho modelo”, declara.

Vai além citando o “caso” do job feito para a SpeedStick, que queria ampliar sua footprint no Twitter. A solução? Contratar uma empresa que criasse perfis falsos, que teriam como único objetivo seguir a marca.

“As empresas não se importam sem seus seguidores são falsos ou não. Eles irão pagá-lo de qualquer maneira”.

Apesar de ser apenas uma sátira, infelizmente algumas das ideias trazidas por este vídeo não são inéditas no mundo real. No final das contas, esta “Onion Talks nada mais é do que uma aula do que NÃO fazer em mídias sociais.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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