Estudantes da Universidade de Tóquio vão muito mais longe

Formada pela Universidade de Tóquio em 1993, Naoko Yamazaki foi a segunda mulher do Japão a ir ao espaço. Ela conta sua história em Explorer, filme que divulga a instituição de ensino mostrando que seus alunos vão muito mais longe.

Com criação da Ogilvy & Mather do Japão, Naoko narra sua jornada desde os tempos de estudante até o momento em que retornou a Terra, após sua experiência espacial, contando suas descobertas e experiências.

O resultado, com certeza, ficou muito melhor do que aqueles tradicionais comerciais de universidades que costumamos ver por aí. A produção é da Aoi.

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Speaking Exchange mostra que os dois lados de uma história podem ser bons

Pode vir iPhone 17s, podem vir novos Spotifies, podem finamente inventar o teletransporte e a maquininha de dentista sem barulho: a evolução da tecnologia ainda consegue ser batida por ideias simples (mesmo que viabilizadas pela tecnologia) que favorecem o desenvolvimento das pessoas. É como aquela história da corrida espacial, dos EUA demoraram 2 anos e meio inventando uma caneta que escrevesse em gravidade zero enquanto os Soviéticos optaram por levar lápis.

Enfim… Um projeto do CNA, escola de idiomas, me chamou atenção justamente pela simplicidade. Aquela sensação de que qualquer pessoa podia ter pensado nisso antes, mas simplesmente não pensou.

Criada pela FCB Brazil, o Speaking Exchange conecta estudantes brasileiros que querem ganhar fluência em inglês a idosos moradores de asilos de Chicago. E fim. Pronto. Eles conversam, estudantes somam conhecimento e velhinhos ganham uma das coisas mais valiosas nessa idade: atenção. Tudo isso via um programa de conferência, praticamente um clone do Skype.

Depois, é claro, professores entram em ação para assistirem as conversas, acompanharem o desempenho dos alunos e corrigir alguns deslizes gramaticais.

O vídeo acima explica tudo isso. Para os mais sensíveis, vale preparar um lencinho antes de ver.

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(Obs: Este não é um post patrocinado, apesar de cliente e agência serem brasileiros. Eu, inclusive, trabalho para uma agência concorrente e espero não ter problemas por ter divulgado a ação. Ok, chefe?)

 

 

 

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Google Classroom, uma ferramenta para uma sala de aula mais digital

Não foi só o cotidiano profissional que foi impactado pelas novas tecnologias e mídias. A sala de aula também já não é mais a mesma de alguns anos atrás. Não é mais algo de outro mundo ver alunos substituindo cadernos por tablets ou notebooks, e por vezes já não é mais necessário imprimir um documento para entregar um trabalho escolar.

Unindo o potencial de ferramentas já existentes como o Docs, Drive e Gmail, o Google apresenta o Classroom, uma ferramenta que ajuda a organizar o dia a dia das salas de aula, fazendo do digital um herói ao invés de um vilão.

Através do Classroom, que será gratuito e fará parte do Google Apps para Educação, professores podem criar e organizar tarefas, oferecer feedback para os alunos e se comunicar em tempo real com os estudantes através de mensagens instantâneas.

“Criamos o Classroom para dar mais tempo para os professores ensinarem e para os alunos aprenderem”, explica o gerente de produto Zack Yeskel. No vídeo, uma professora mais velha manda a real: “Você não pode continuar ensinando e se prender a velhos métodos”.

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Os professores que se interessarem pela ferramenta podem se cadastrar em uma lista de espera para uma prévia do Classroom. A previsão de estreia da ferramenta é para setembro deste ano.

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Ação da Coca-Cola pede ao público para ficar quieto no cinema

Quem nunca teve a experiência de assistir a um filme no cinema arruinada por outros espectadores, incapazes de ficar em silêncio? Em janeiro, mostramos aqui uma produção da M&M’s criada especialmente para solicitar que o público desligasse seus celulares antes de a sessão começar, mas agora a Coca-Cola foi um pouco além com uma ação que pede às pessoas que prestem atenção aos barulhos que fazem no cinema, mostrando como elas podem atrapalhar a exibição de um filme.

Criada pela Saatchi de Copenhagen, SLURP! usou aquela sequência exibida antes do filme – geralmente com orientações de segurança e pedindo às pessoas que desliguem seus celulares – para inserir os próprios espectadores na tela. Pouco antes de a sessão começar, eles foram filmados no saguão do cinema, com uma tela verde ao fundo.

As imagens capturadas foram, então, inseridas no pré-filme, surpreendendo o público que começou a se ver na telona, no maior estilo papagaio de pirata. O resultado ficou divertido e cumpriu o objetivo de mostrar que o filme fica muito melhor se as pessoas não impuserem sua presença.

Projeto muito bacana, que teve a produção da Duckling, também de Copenhagen. Vale o play.

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Gibbon facilita aprendizado com playlists de conteúdo

Ser autodidata com a vastidão de informações da internet parece ser uma proposta promissora. Simples buscas no Google podem trazer um número sem fim de material para estudo, melhor ainda se considerarmos a possibilidade de colaboração via redes sociais.

A proposta da startup holandesa Gibbon é otimizar esse processo, selecionando boas fontes e a promessa de um conteúdo muito mais assertivo. O conceito básico é transformar o aprendizado em uma série de playlists, que colecionam artigos, links, vídeos, imagens e o que mais houver de conteúdo na web em torno de um objetivo específico.

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Existem já playlists para aprendizado de programação, como se tornar um fotógrafo melhor, tipografia, design de interfaces, política, desenvolvimento para iOS, entre outras. Cada usuário pode ser aluno ou professor, já que é permitida a criação de listas próprias para serem compartilhadas na comunidade.

Os itens de cada playlist são divididos em ordem didática, mas também por tempo. Dessa forma, você pode determinar quanto tempo tem disponível para estudar em um dia ou em uma semana, e o Gibbon automaticamente apresenta conteúdo para ser consumido nesse intervalo.

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O modelo de negócio da startup envolve oferecer playlists pagas, com curadoria realizada por instituições certificadas, por exemplo, e os primeiros exemplos devem começar a aparecer já em janeiro e fevereiro.

Como todo autodidata, é preciso disciplina, mas a excelente proposta do Gibbon deve facilitar muito a vida de quem busca conteúdo educacional de qualidade na internet.

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App-book ensina crianças misturando storytelling, interatividade e animações

O aplicativo para iPad The Jörgits and the End of Winter, baseado em um conto de fantasia, mostra como a interatividade e a conecitivdade podem transformar uma história.

The Jörgits introduz às crianças as culturas ao redor do mundo, abordando desde as dificuldades para superar obstáculos da natureza e da vida emsociedade, até conceitos como amizade, otimismo e superação.

Escrito e criado por Anders Sandell (da Tank and Bear), o livro-aplicativo cuida para explicar sobre temas atuais como culturas de diferentes povos, sustentabilidade e aquecimento global para crianças, contando a jornada de alienígenas que vieram para a Terra à procura de um lugar mais quente para morar. Nesta aventura, os personagens tem como alvo chegar ao Havaí, mas acabando aterrisando em Helsinki, na gelada Finlândia.

A cada página, o leitor tem a chance de mergulhar em uma aventura audiovisiual que vai de simples interações pelo toque à complexas animações. O roteiro não linear abre espaço para que o usuário se aproxime dos personagens, lendo suas biografias, descobrindo detalhes sobre suas vidas, desbravando novos cenários e destravando segredos em um mapa da cidade.

Um dos principais recursos é a trilha sonora, criada por músicos profissionais da Indian Sonic Research Organization. A inspiração em jogos é clara, onde o som e a animação trabalham harmonicamente para tornar a experiência mais imersiva, equilibrando composições de ilustrações e textos tradicionais com criações multimídias.

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O aplicativo não só capta a atenção da criança ao convidá-la para interagir com a história e descobrí-la por inteira através de diferentes caminhos, mas cria um ambiente de aprendizagem através do instinto mais urgente de todos, a curiosidade, possibilitando cliques, sons, jogos e animações aonde sempre foi imaginado mas nunca possível.

The Jörgits and the End of Winter está disponível para iPad por $6.

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As vantagens da tecnologia no ensino das crianças

Você já deve ter percebido que lousa, giz, caderno e lápis não são mais os únicos materiais utilizados no ensino hoje em dia. As Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) – internet, notebooks, smartphones, cameras digitais, tablets etc – já fazem parte do cotidiano dos alunos e das escolas.

Essas diferentes tecnologias digitais permitem aos alunos o contato com novas linguagens, e aproximam o conteúdo de ensino às novas gerações, os nativos digitais, que desde pequenos tem naturalidade e domínio sobre os recursos tecnológicos. Mas quais são, efetivamente, as vantagens e resultados desses gadgets no ensino?

Um projeto realizado pelo núcleo de ensino da Unesp (Universidade Estadual Paulista) mostrou que o uso da tecnologia na educação melhora em 32% o rendimento dos alunos em matemática e física, em comparação aos conteúdos trabalhados de forma expositiva em sala de aula.

Animações, simulações e jogos, que ensinavam análise combinatória por exemplo, foram incluídos no currículo escolar de 400 crianças na cidade de Araraquara, interior de São Paulo,  e mostraram que 51% dos alunos que tinham dificuldades na aprendizagem melhoraram seu rendimento a partir do uso dessas novas ferramentas.

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A doutora em educação pela UNICAMP, Cristina Tempesta, acredita que o uso das TICs contribuem em todas as áreas de estudo. “É só pensar em uma aula de artes com uma visita virtual ao Louvre com ajuda do Google Art Project, ou uma aula de Biologia utilizando imagens reais do Pantanal e . As TICs vieram para facilitar o ensino e trazer qualidade e mobilidade para os conteúdos”.

TIC

A aula depende muito do professor, e antigamente ele era o único detentor de conhecimento. Hoje, ensinar para alunos que antes de serem alfabetizados já tem contato com tecnologia digital é um desafio para o profissional. Ele tem que aliar as bagagens de informações – o acesso e a facilidade digital do aluno com conteúdos e experiências que só ele possui – para que o aproveitamento da aula seja muito maior.

“Do ponto de vista do aprendizado, essas ferramentas devem colaborar para trabalhar conteúdos que muitas vezes nem poderiam ser ensinados sem elas, portanto não significa que apresentações de Power Point vão agregar conteúdo. Deve existir todo um planejamento, uma integração e uma interação dos profissionais para o uso dessas ferramentas digitais. Assim como não faz sentindo ver o crescimento de uma semente em uma animação se podemos fazer experimentos reais. A tecnologia só vai atrapalhar quem não souber fazer bom uso dela”, lembra Cristina.

Como não é possível que cada aluno tenha um iPad ou que cada carteira seja um computador, é interessante notar que com pequenos exemplos de utilização de novas tecnologias a dinâmica das aulas pode mudar. Sites, programas e aplicativos , como Geogebra – que reúne recursos de álgebra, geometria, gráficos e tabelas – e o Músculos Anatomia – onde é possível acessar imagens e descrições detalhadas sobre toda a anatomia humana – já estão sendo incluídos no currículo e no dia a dia dos professore e alunos. Já o Stellarium permite mostrar planetas e constelações em 3D, e o Tríade – faz uma viagem ilustrada ao século XVII pela história da revolução francesa.

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O desafio de integrar ensino e tecnologia pode ser feito de forma bem simples e fácil. O uso de celulares, ferramenta democrática e em grande número nos dias de hoje, pode iniciar uma revolução no modo de ensino e suprir a falta de muitos matérias digitais nas escolas. A partir de facção de documentários, videos, fotos e textos sobre assuntos estudados e até mesmo projetos de campo, os alunos poderão compartilhar com os outros suas ideias pessoais e em conjunto e iniciar debates e troca de informações. Além de contribuir, também, imensamente com as crianças portadoras de necessidades especiais que com a ajuda de ferramentas sonoras, visuais e com recursos de escrita podem ilimitar seu conhecimento e conseguir desenvolver-se, interagindo com os outros alunos através das mesmas ferramentas.

51% dos alunos com dificuldades de aprendizado melhoraram o rendimento com auxílio da tecnologia

A mera presença de gadgets em sala de aula não significa necessariamente inovação e aprendizado. Os professores têm que se formar adequadamente para a cultura digital e fazer valer o ensino munido da tecnologia digital. A aluna Taymara Moro conta “sem a disponibilidade de um tablet ou um computador por aluno a preparação dos professores foi fundamental no meu ensino. Através de aulas pensadas para serem complementadas com videos, aplicativos e imagens reais pude compreender melhor muitos dos conteúdos das matérias”.

Lena Cypriano, mãe de duas crianças que estudam com a ajuda de ferramentas digitais acredita que expor os alunos ao contato com elas e desenvolver novas formas de linguagem e metodos é prepara-las para as mudanças que estão acontecendo hoje em dia. “Os alunos que transitam pelos diversos espaços e sabem utilizar os diferentes recursos tem mais preparo para estar nas situações diversas da demanda atual. É positivo que conheçam e saibam utilizem os recursos. A escola prepara os alunos para a vida além dela, portanto, saber usar as ferramentas é saber lidar com o mundo. Considero importante também que a escola trabalhe com equilíbrio em todos os aspectos, pois quaisquer ferramentas utilizadas em demasia nem sempre abrem espaço para outros aprendizados”.

A série Diálogos, promovida pela Fundação Telefonica, Porvir e Inspirare, discutiu as tendências, desafios e oportunidades de uso das tecnologias na educação e é um bom caminho para quem quer começar a conversar sobre o assunto. É necessário cada vez mais discutir as dificuldades e facilidades do ensino integrado da tecnologia digital no dia a dia dos alunos. Já é comprovado que ele é um vantajoso método de melhorar o desempenho dos alunos. Resta agora a democratização, ampliação e o treinamento cada vez maior dos profissionais para que esses casos aumentem.

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O que a maioria das escolas não ensina, mas ainda assim podemos e devemos aprender (Parte 2)

Se você leu a primeira parte deste texto, já sabe que o mercado mundial de tecnologia da informação padece com o déficit de profissionais especializados e que a situação dá sinais de que irá se agravar bastante nos próximos anos. E se nos últimos tempos você já tentou preencher uma vaga de programador, sabe que a tarefa se assemelha à jornada de Frodo e Sam para destruir o Um Anel.

Até porque não basta saber programar, mas também é preciso ter algumas qualidades que se encaixem com os valores, cultura e posicionamento da empresa.

Ok, mas e daí, o que eu faço se eu quiser aprender a programar e não quiser/puder depender de uma escola?

Bom, daí você vai contar com a ajuda de programadores que pensaram nisso e criaram sites, aplicativos e tutoriais que ensinam a codificar, independentemente da sua idade. No próprio site da CodeOrg é possível começar a aprender alguma coisa graças aos parceiros do Scratch, Codecademy, Khan Academy e CodeHS.

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A Codecademy, inclusive, tem uma versão mais ou menos em português. O site ensina a programar gratuitamente, de uma maneira interativa e interessante. Quando dá tempo, eu tenho tentado aprender um pouco, não só porque pode ser útil no meu trabalho, mas também porque eu adoro lógica e fiquei curiosa para explorar um pouco mais esse universo.

Também no CodeOrg há alguns links interessantes, com tutoriais online que incluem o Hackety Hack, LearnStreet, Lynda.com e Udemy, cursos universitários da Coursera, Edx, Udacity e TeachingTree.co.

Para aprender a fazer webpages, aplicativos mobile e até criar códigos para robôs, há o Mozilla’s Thimble, Code Avengers, AppInventor, Codea, Arduino e Lego Mindstorms.

Há, também, formas lúdicas e divertidas de se aprender código que são perfeitas para crianças ou para você, que costuma baixar aplicativos de lógica e quebra-cabeças em seu smartphone/tablet, mas gostaria de ter um algo mais em seu passatempo. RoboLogic, LightBot, CargoBot, Move the Turtle, Kodu e KidsRuby estão entre eles.

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Apesar de não estar na lista do CodeOrg, recentemente conheci o Hopscotch, um aplicativo gratuito para iPad que também é bastante interessante para ensinar a garotada a programar. A proposta dos criadores é permitir que a criação de coisas no universo digital sejam tão fáceis para as crianças como é no universo analógico.

Isso significa que aquele jogo que seu filho queria que existisse, mas ainda não foi inventado, pode ser criado por ele mesmo.

É interessante pensarmos que, seguindo essa linha de raciocínio, entramos também na questão do design thinking e do empreendedorismo, com pessoas de todas as áreas e idades desenvolvendo soluções para N problemas que, como mostramos no outro texto, estão interligados de alguma maneira à programação e seus incríveis códigos.

Por enquanto, tudo isso é apenas uma reflexão, uma ideia. É o meu jeito de produzir um código esperando que ele sirva para criar algo, algum dia. Quem sabe.

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O que a maioria das escolas não ensina, mas ainda assim podemos e devemos aprender (Parte 1)

Steve Jobs disse, certa vez:

“Todo mundo neste país deveria aprender como programar um computador… Porque isso ensina como pensar.”

É claro que, quando ele se referiu ao país, ele quis dizer Estados Unidos, mas de qualquer maneira é um raciocínio que poderia facilmente ser aplicado em outras partes do mundo, inclusive Brasil. A frase abre o web documentário What Most Schools Don’t Teach, da CodeOrg, que reúne nomes conhecidos da tecnologia – e também de fora dela – para falar sobre como aprender a programar foi importante para eles.

A ideia do documentário é mostrar que, independentemente da área que muitos deles seguiram, aprender a programar fez a diferença. E que apesar de parecer intimidante no começo, nada mais é do que um exercício de resolução de problemas que permite que a gente crie qualquer coisa do zero. Mais ou menos como tocar um instrumento musical.

Programar é também uma forma de expressar sua criatividade e imaginação.

Segundo o CodeOrg, nos próximos 10 anos o mercado de TI terá 1,4 milhão de vagas, mas apenas 400 mil profissionais capacitados – ou seja, um milhão de vagas sobrando. E isso é apenas nos Estados Unidos.

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O Brasil vai pelo mesmo caminho. Segundo uma pesquisa realizada pela consultoria IDC, atualmente há 39,9 mil vagas sobrando no mercado nacional de tecnologia. Até 2015, a perspectiva é de que esse número triplique em função do déficit de profissionais qualificados.

Daí a gente pergunta: será que não está na hora de começarmos a fazer alguma coisa?

Algumas empresas – pelo menos as grandes como Google, Facebook, Twitter e afins – têm investido forte para atrair os profissionais certos e que já estão disponíveis no mercado, criando escritórios “incríveis”, com direito a alimentação saudável, academia e ambientes pensados para estimular a criatividade.

Levando-se em conta que computadores estão em todas as áreas possíveis e imagináveis, independentemente do produto final de cada uma delas, e que na era da comunicação estamos interligados por, adivinhe, códigos criados em computadores, realmente vale a pena inserir este tipo de aprendizado em escolas.

O problema é que uma outra pesquisa produzida pelo movimento Todos pela Educação, De Olho nas Metas 2012, indica que somente 10,3% dos jovens brasileiros têm aprendizado de matemática adequado à sua série ao final do ensino médio. E as receitas de Miojo e hinos de times de futebol nas provas de redação do Enem também não ajudam muito na hora de defender a inserção de aulas de código no currículo educacional brasileiro.

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Por outro lado, não faltam provas de que o nosso currículo educacional precisa ser revisto, tanto em sua forma quanto em seu conteúdo. Isso e algo um tanto mais importante – que provavelmente será um desafio ainda maior:

Nós, brasileiros, precisamos nos livrar dessa maldita herança cultural de pensar que estudar é chato.

Estudar não é chato. Chato é você ser obrigado a aprender coisas inúteis, que você sabe que não terá de usar para nada mais em sua vida além de passar de ano. O problema é que também existe uma categoria de coisas que você pode até pensar que são inúteis, mas que estão interligadas a algo maior e mais importante.

No papel de alunos, a gente até pode achar que sabe tudo, mas não sabemos. E ainda por cima é raro encontrarmos um professor que consiga nos inspirar ou pelo menos mostrar, na prática, que aquilo será útil em algum momento. Aos poucos, essa equação vai ficando cada vez mais complicada.

Em resumo, não sabemos diferenciar o útil do inútil, então generalizamos tudo como inútil e ponto final.

Você pode até concordar ou discordar, mas esta é a minha opinião.

Seria ótimo poder contar com o sistema educacional para aprender e ensinar coisas que poderão fazer a diferença não só entre passar ou repetir de ano, mas também na sua formação como ser humano e como futuro profissional, mas enquanto isso acontece de maneira pouco expressiva em apenas algumas escolas, talvez seja o caso de a gente tentar buscar conhecimento em outras fontes. (Continua na parte 2).

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Personalidades do rock ajudam a educar crianças

O rock sempre foi considerado o estilo musical dos rebeldes, dos não-conformistas. E quanto mais pesado o som, pior a imagem de seus criadores, apontados como maus exemplos pela sociedade em geral. Mas, acredite, o rock pode ser um aliado para se ensinar coisas bacanas para criançada (e, de quebra, ainda educar uma futura geração de roqueiros de uma maneira bem lúdica), como comprova o livro Rock para Pequenos, de Laura D. Macoriello, com ilustrações de Lucas Dutra.

Do ponto de vista dos adultos que curtem rock, o mais admirável é perceber como a obra é bem-sacada, pegando detalhes da história de cada artista ilustrado para transformá-los em bons exemplos para a garotada. A começar pelos Beatles atravessando a rua em Abbey Road. A imagem inspirou a lição de que sempre se deve atravessar a rua na faixa de pedestres, na companhia de adultos.

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Quem nunca viu aquele vídeo de Jimi Hendrix tocando guitarra com os dentes? Pois é ele que mostra a importância da saúde bucal, escovando bem os dentes. Elvis Presley entra em ação com seu topete para lembrar que pentear o cabelo é preciso. Ozzy Osbourne nunca teve medo do escuro, afinal, é o Príncipe das Trevas…

David Bowie, que tem um olho de cada cor por conta de uma briga, ensina uma a importante lição de que as diferenças devem ser respeitadas.

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Além deles, também fazem parte do “elenco” Janis Joplin, Angus Young, B-52s, Rolling Stones, Chuck Berry, Steve Harris, Ramones e Kiss, todos com uma pequena biografia que pode ajudar a despertar o interesse da criançada (e dos adultos também) pelo rock – afinal, educação musical também é importante e começa em casa (vale lembrar o caso do Maestro Billy  que o Saulo contou outro dia no Braincast).

Confesso que me apaixonei por essa ideia no minuto que soube dela e acho até que poderia inspirar outras iniciativas por aí. Quem sabe.

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iBooks Author: por livros digitais mais interativos

Na última quinta-feira, enquanto o Brasil continuava a falar sobre Luiza e afins, a Apple apresentou ao mercado o iBooks Author, um aplicativo que permite que qualquer pessoa crie um livro digital para iPad. Sob o ponto de vista da educação, a Apple mostrou como a ferramenta poderá tornar os livros didáticos muito mais interativos e, consequentemente, interessantes. Seria o começo de uma revolução educacional?

A resposta depende muito dos fatores que levarmos em consideração.

 O aplicativo em si é lindo, e sua proposta é maravilhosa. Lembre-se como era na época em que você estava na escola, aqueles livros didáticos chatos, que tentavam descrever um monte de coisas que você tinha certeza de que nunca mais iria usar na vida – a não ser para passar de ano. E como você pensava que seria muito mais interessante se você conseguisse visualizar aquilo, interagir de alguma maneira com aquela matéria, aprender, e não apenas decorar…

Na nossa área, falamos muito em envolvimento. E, se você parar para pensar, envolvimento é essencial em todas as áreas da vida. Na escola, a disciplina do aluno em sala de aula é um dos reflexos do envolvimento dele com o aprendizado. E cada pessoa tem diferentes graus de facilidade ou dificuldade. Uma das coisas bacanas de se ter um livro didático no iPad é que cada pessoa consegue aprender em sua própria velocidade. Isso além de poder responder a questionários e corrigi-los de imediato.

No ano passado, Al Gore lançou Our Choice no formato de aplicativo, indo além do convencional e conferindo uma grande dose de interatividade ao conteúdo de seu livro. Agora, com o Author, acabam-se as desculpas das grandes editoras que atuam no mercado digital e elas terão de se mexer para oferecer produtos que sejam mais bacanas, e que vão além do texto + infográfico, uma vez que o investimento na ferramenta é praticamente zero.

Para os autores e editores independentes, que têm conteúdo, mas não têm grandes habilidades (ou $$$), o aplicativo também chega em ótima hora. Sem contar que ele ainda poderá reduzir a distância com o público, uma vez que as obras poderão ser comercializadas via iBooks.

Quem sabe se a Luiza aproveitar pra escrever um guia de viagens sobre o Canadá, as pessoas deem atenção suficiente para o projeto decolar?

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Ligado na Facul: Unidotas

Unidotas

2009 não foi um ano muito bom para a comunicação das faculdades paulistas, quando todo mundo tirou uma casquinha para zoar o caso Geisy Arruda, colocando em cheque a qualidade das faculdades que não são, digamos, da primeira divisão. Provavelmente preocupado com isso o Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo lançou o portal Ligado na Facul, com conteúdo que tenta passar a mensagem de que a escolha de onde estudar merece muita atenção do aluno. Blog, podcast, Twitter, Linkedin e até conteúdo com títulos em uma pegada jovem descolex de gosto duvidoso como Links irados atacam o assunto.

O destaque mesmo é o seeding, os gatilhos para trazer a galera irada das redes sociais para o site. Para isso a Convergencia Comunicação, responsável pela campanha, usou uma estratégia que eu sempre defendo: faça um conteúdo que coloque as pessoas para falar do assunto. Mais que um viralzinho é fazer um conteúdo que funciona sozinho, bota o assunto na boca das pessoas e leva ao site. Irado!

Para isso chamaram a galera irada da Massa Real — criadores do Massaroca, exibido no Metrópolis da TV Cultura e nosso vizinho de enxame — para fazer as Unidotas, uma série de videozinhos… irados.

O orçamento é baixo mas é sempre bom ver aquele humor básico, humor de raiz e, principalmente, o Arthur Warren vestido de Darth Vader.

Totalmente irado, tá ligado?

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