The Cast of Girls Just Made This Sexual Assault PSA Dedicated to the Stanford Victim

Lena Dunham and the cast of HBO’s Girls just released this sexual assault PSA, which questions the way society treats victims. The 90-second spot urges people to create a “safer, healthier environment for women to come forward” by listening to and supporting victims. 

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Fusion Posts '20 Reasons You Shouldn't Work at BuzzFeed,' Then Freaks Out and Backtracks

Right in the middle of the #Blizzardof2015 brouhaha on Monday, Fusion quietly dropped a glove-slap of a video making fun of BuzzFeed—prompting a mini storm on media Twitter.

At around 5 p.m. Monday, as many in New York City fled for home, Fusion posted a video titled “20 Reasons You Shouldn’t Work At BuzzFeed”—which quickly made the rounds.

The animated short, which was meant to be a preview of a new show called Like, Share, Die, features a room full of BuzzFeed’s iconic stickers come to life and being berated by their boss, a moustachioed red “viral uplift” badge. He drones on and on about clickbait and lists, even taking jabs at other media outlets.

“Clicks, clicks—we need clicks—and we need clicks NOW!” he yells. “If we’re not constantly getting more clicks, then we might as well be Digg.com. Remember them? I didn’t think so!”

Even if there’s probably some truth in the depiction, it still felt like a cheap shot a rival company with a similar audience. On second watch, it reads like a roast—except for the part where the roastee gets to laugh and fire back.

In any case, it was met with a blizzard of derision from almost everybody. And oddly enough, even Fusion ended up backtracking—changing the title of the video to “A Day in the Life of BuzzFeed?” and posting the following explanation:

Check out some of the tweets below, and let this be a cautionary tale to media companies thinking of making weirdly jealous, unfunny attacks on rivals in hopes of scoring a viral hit. 



RAPP Tells BuzzFeed Why It Is the Coolest Place to Work

We know very little about what it’s like to work for RAPP, the New York-based agency with a digital data focus.

However, after scrolling through this BuzzFeed “Brand Publisher” post submitted by an anonymous tipster and written by a person/persons who do work at RAPP, we’re curious.

The purpose of the self-published story seems to be directing the reader’s attention to the agency’s sense of work-life balance.

Some things we learned…

(more…)

New Career Opportunities Daily: The best jobs in media.

'Dear Kitten' from Friskies Proves Cats Still Rule the Internet

Friskies has partnered with BuzzFeed to produce some chunky, meaty kitten content fresh out of the YouTube can. The video below, quickly closing in on 10 million views, is voiced by Ze Frank, who works for BuzzFeed and is also a YouTube celebrity in his own right with his True Facts series, in which he tells you “true facts” about animals that are clearly not true.

It’s easy to see how this Friskies video is an extension of the humor in his existing series, but this time Ze Frank is voicing a cat who is writing a letter to a younger kitten who has moved in with him. “Dear Kitten,” the elder cat intones, “since I have hissed at you the customary 437 times, it is now my duty as the head of the household to—begrudgingly—welcome you.” At which point he offers the kitten lots of great advice about hiding from Va-coomb, sleeping in the underwear drawer, and of course eating delicious wet cat food from Friskies.

With #DearKitten becoming a popular tag on Twitter without Friskies even trying to seed it, it’s clear that cat content is still king of the Internet.



Advertising: Courting Video Advertisers With Infinite (and Growing) Air Time

The 2014 NewFronts, presentations for buyers of online advertising, offer an expanded calendar of events reflecting the rapid growth of the field.



A coragem da Vox na tentativa de um novo modelo de jornalismo ‘explicativo’

Ler jornais sempre foi uma maneira de se manter informado. Acompanhar revistas e outras publicações jornalísticas também tinha um objetivo básico bastante parecido: ficar a par das novidades, e nos artigos mais extensos, entender e analisar melhor a situação noticiada anteriormente, ou que ainda estava se desenrolando.

Esse caráter didático é uma premissa que todo jornalista costuma carregar consigo. Para um repórter, não importa se o entrevistado vai achar que ele parece um idiota fazendo uma pergunta tão básica. Lembro-me de uma professora esclarecendo que neste quesito, ‘o repórter pode parecer burro; o leitor, não’.

A Vox, nova publicação experimental da Vox Media, grupo responsável por sites conhecidos como o The Verge e Polygon, segue essa ‘vibe’ didática. Misturando o lema motivacional da empresa – “se você pegar pessoas realmente espertas, oferecer a elas ferramentas realmente muito boas, e botar fé que elas vão executar as suas ideias, elas podem fazer coisas incríveis” – e um tanto de coragem nos negócios, a Vox é quase como uma Wikipédia bonita de se ver e com autores bem definidos.

Em tempos que o Mauricio Cid consegue movimentar pessoas para alterarem a Wikipedia em prol de uma piada, não parece exatamente um esforço vão, mas ainda assim, é bastante questionável (e também questionador).

vox-fichas

Didatismo dos fichamentos

Quem já precisou estudar sistematicamente algum assunto, ao se preparar para um concurso, vestibular ou até no estudo de idiomas, já deve ter sido apresentado ao método das fichas de estudo. Trata-se de uma forma de organizar o material a ser estudado, facilitando a compreensão e a memorização, já que as informações são agrupadas em diferentes fichas.

A Vox utiliza esse mesmo conceito de fichamentos para explicar alguns conceitos que podem ser mais complexos. Cada assunto ganha um ‘ficheiro’, cheio de ‘fichas’ que explicam diferentes aspectos da questão. Por exemplo, o ficheiro da Vox sobre Neutralidade da Rede traz fichas que explicam separadamente o que é a neutralidade da rede, quem criou esse conceito, quais são os principais argumentos, qual a regulação que ela exige, quais são as outras alternativas a essa regulação, entre outros detalhes, explicados em um total de 14 diferentes fichas.

Grosso modo, são como se fossem verbetes da Wikipedia, com as suas seções sendo exibidas em formato de fichas, em um visual mais agradável e com um jornalista responsável pela apuração daquele conteúdo. A vantagem? Matérias mais complexas podem contar com explicações mais detalhadas em links que ganham um destaque especial no texto. Uma matéria sobre o Obamacare, por exemplo, trazia links para ficheiros que explicavam melhor o conceito de ‘insurance exchanges’ e de ‘individual mandates’, para quem não estivesse familiarizado com os termos.

A descrença e o esforço de tentar

A missão da Vox parece simples: explicar as notícias que circulam nos jornais. Para a equipe do site, não basta apenas ‘divulgar’ a novidade, mas também contextualizá-la, esclarecer eventuais dúvidas dos leitores e permitir que a notícia seja mais uma fonte de conhecimento.

“Estávamos sendo puxados para trás não apenas pela tecnologia, mas também pela cultura do jornalismo, que usa algumas convenções do impresso” – Ezra Klein 

Não é nada que já não seja feito também por outras mídias – pela própria Wikipedia, ou por sites como o About.com, como destaca o The Wire – e ainda há o perigo de perder a profundidade dos assuntos, ao tentar trata-los com excessivo didatismo, ao invés do foco na descrição da situação.

A descrença também vem dos próprios colegas de jornalismo. Personalidades do ramo, como Michael Wolff, afirmam que jornalistas não deveriam se tornar empreendedores – uma clara referência à Ezra Klein, que deixou seu posto no Washington Post (onde havia sido bem sucedido no blog Wonkblog) para se juntar à Vox Media.

Independentemente da percepção dos seus pares, a Vox segue o dito popular do ‘melhor feito que perfeito’, e ‘pôs o trabalho na rua’. O site da Vox é agradável, e usa um sistema de publicação próprio da Vox, o Chorus, que já foi elogiado por publicações como o TechCrunch pelos benefícios que oferece aos seus escritores, como permitir editar e ilustrar o material, além de interagir nas redes sociais e responder leitores, de uma forma bastante intuitiva.

chorus-vox

Em todo caso, os leitores são devidamente avisados de que o site Vox é um experimento em desenvolvimento. “Estávamos sendo puxados para trás não apenas pela tecnologia, mas também pela cultura do jornalismo, que usa algumas convenções do impresso”, explica Ezra, citando que o modelo de ‘incremento diário da cobertura’, que precisa ocupar o espaço de um jornal impresso, não é mais uma necessidade atual. Ele conta que queria criar algo completamente novo – a Vox Media, segundo ele, possui as ferramentas de que ele precisa para tentar esse ‘novo experimento’.

Para o NYT, esse pode ser um novo paradigma do mercado jornalístico: perder jovens talentos porque eles estão atrás de empresas que tenham tecnologias que ajudem a fazer um melhor jornalismo. O Chorus da Vox Media foi tão chamativo que funcionou quase como uma ferramenta de recrutamento: além de Ezra Klein, Melissa Bell, que era diretora de plataformas no Washington Post, também decidiu fazer parte do time da Vox Media.

Novo paradigma do mercado jornalístico: perder jovens talentos porque eles estão atrás de empresas que tenham tecnologias que ajudem a fazer um melhor jornalismo. 

O esforço de tentar fazer algo diferente é pago com a confiança de talentosos profissionais, que veem futuro na iniciativa da Vox, e nas suas ferramentas – “O Chorus é como se fosse um unicórnio com um gatinho nas costas. As pessoas pensam que ele é um sistema mágico, que resolve tudo”, brinca Melissa. Obviamente que existem detalhes que sistema nenhum irá resolver, mas certamente ter uma publicação customizada para as necessidades da própria equipe pode fazer a diferença na hora de incentivar um trabalho criativo.

A conta fecha?

Vira e mexe, uma notícia sobre algo diferente traz junto a pergunta: ‘mas a conta fecha?’

A preocupação com um modelo de negócios para o jornalismo é latente, e aparentemente esta é uma daquelas perguntas que vale um milhão de dólares. Ninguém sabe.

Publicações bem estabelecidas como o Guardian também andam fazendo experimentos nada ortodoxos, como colocar um robô para selecionar o ‘melhor’ material de um determinado período, automaticamente imprimindo um jornalzinho que faz a curadoria da nata do material da publicação, de acordo com curtidas, comentários, compartilhamentos e outras métricas de engajamento. Não há como saber se o ‘robô jornalista’ do Guardian vai ser bem sucedido, mas é preciso tentar.

Além do Vox, outros sites com a premissa de ‘explicar e contextualizar’ o noticiário tem surgido. A maioria deles aposta também no chamado ‘jornalismo de dados’, onde o repórter usa suas habilidades jornalísticas para encontrar materiais relevantes dentro de pilhas e pilhas de dados que circulam na rede. Entre as iniciativas recentes estão o 548, capitaneado por Nate Silver, ex-NYT, e o The Upshot, do mesmo NYT que antes acolhera Nate, que foca em assuntos políticos e legislativos, já de olho nas eleições norte-americanas.

Na pegada da explicação, o VentureBeat até montou um gráfico básico explicando as semelhanças e diferenças desses sites, adicionando ainda a seção noticiosa do BuzzFeed:

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Steve Buttry diz que

jornalismo digital não é feito na zona de conforto de ninguém. É preciso lidar com o desconforto de ter modelos de negócios que ainda apresentam buracos, ou iniciativas que não se sabe bem se vão ser rentáveis.

Em todo caso, a Vox conseguiu chamar a atenção dos investidores. Desde a sua idealização, em 2008, a Vox Media já conquistou investimentos da casa dos 80 milhões de dólares, de investidores como a Accel Partners e a Comcast Interactive Capital, entre outros. Esse valor foi utilizado para levantar sites como o The Verge, que trabalha sob um severo código de ética que não permite nem mesmo viagens pagas para os seus jornalistas cobrirem eventos – ‘se o evento for mesmo relevante, o próprio The Verge pagará pela estadia dos seus repórteres’, esclarece o texto – e outras publicações da Vox Media, como o Eater e o Curbed.

O curioso é que a estratégia da Vox Media é diferente de outras publicações, que apostam em títulos caça-cliques, enquetes, quizzes, listas, e outras formas de interação com os leitores. A premissa da Vox pode parecer altamente maluca, mas pode ser melhor no longo prazo, ainda que por enquanto envolva o esforço de apenas 20 repórteres. Em um mundo digital onde obter informação é simples e fácil – e em alguns casos, a informação é abundante demais – o esforço ‘kamikaze’ da Vox é tentar oferecer contexto, opinião e idoneidade. Pode dar super certo, ou ser um completo fracasso.

Mas o que seriam das revoluções se não houvessem pessoas que acreditassem que era possível algo novo, não é mesmo?

O trabalho da Vox é tão assustador quanto parece empolgante. No entanto, se olharmos para metade das tecnologias que usamos hoje em dia, eram feitas as mesmas considerações. “Muitas pessoas pensaram que essa era uma péssima ideia, tanto estratégica quanto de produto”, conta Paul Buchheit, criador do Gmail, sobre como a sua empreitada foi recebida há 10 anos atrás, quando era lançada.

Quem sabe Ezra é como uma versão jornalística de Larry Page e Sergey Brin. Quem sabe a Vox não é o Gmail de 2024. Apenas observem e aguardem.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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‘Wolf of BuzzFeed’ faz piada do ‘império’ compartilhável criado por Jonah Peretti

O sucesso do BuzzFeed, site que surgiu em 2006 como uma grande fonte de listas e de gatinhos e que tem expandido como uma plataforma de conteúdo, foi o mote para a crítica do canal Half Day Today. Essa vídeo-paródia faz um paralelo entre o CEO do BuzzFeed, Jonah Peretti, e o personagem Jordan Belfort, de ‘O Lobo de WallStreet’.

Apesar do tom divertido ao imitar o trailer do longa de Martin Scorsese, as críticas são bastante ácidas. Logo no começo, o narrador avisa que o BuzzFeed trabalha com o segmento mais fácil de atingir no mundo inteiro – os usuários do Facebook – e que o principal cuidado dos redatores seria o de não fazer nenhuma lista com números pares.

Em meio às brincadeiras, saem mais farpas. “Apesar de tudo isso, será que algum desses conteúdos era mesmo interessante?”, se questiona o personagem que interpreta Peretti, respondendo logo em seguida: “claro que não!”.

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As mensagens cortantes continuam ao longo dos quase 2 minutos de vídeo, como o trecho que destaca que o trailer foi feito ‘baseado na resposta de um quiz’ do BuzzFeed, e que o roteiro da história fora escrito por pessoas que poderiam ter sido ótimos jornalistas (!).

Divertido e altamente provocador.

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O desafio da propaganda customizada

Fazer publicidade tem sido cada vez mais instigante, em especial nas novas mídias digitais. Há alguns anos, o foco era a produção de uma peça para exibir no jornal, entre uma matéria e outra do caderno de economia ou entretenimento. Quem sabe um formato meia página ou página dupla, quando o orçamento for bom. Tudo isso para atingir um público leitor que podia ser definido pela base de assinantes da publicação, que tinha informações como faixa etária, poder aquisitivo e gênero.

Quando a web chegou com força no Brasil, lá pelos anos 1990, enxergou-se a chance de usar publicidade também nessa nova mídia. Primeiro chegaram os formatos ‘transpostos’, como banners e janelas pop-up, que pulavam na frente dos seus olhos antes da informação que você realmente queria ver. Os formatos web foram se desenvolvendo e ganharam nomes como skyscrapper, fullbanner, half banner e outros ‘quadrinhos’ que aparecem em meio à sua navegação, igualzinho quando você folheava o jornal ou a revista.

Com a evolução da internet e das suas ferramentas, novas redes e mídias foram surgindo, e com elas novas possibilidades. Hoje, é possível promover uma postagem no Twitter, divulgar um sua propaganda no Facebook, postar uma imagem no Instagram, fazer um post pago e em breve até o Pinterest poderá permitir ‘pinnadas patrocinadas’.

Propaganda, hoje, precisa estar associada a conteúdos valiosos, que entreguem relevância, diversão, ou ao menos que estejam alinhados com o estilo da publicação onde aparecem

No entanto, uma mudança recente no algoritmo no Facebook, que serviria para oferecer um conteúdo melhor direcionado aos interesses dos usuários, teve como ‘efeito colateral’ uma detonada no alcance orgânico das páginas das marcas. Em prol de mostrar aos usuários mais coisas que eles (supostamente) querem ver, o Facebook peca em instantaneidade (muitas postagens que aparecem são antigas) e também em entregas – mesmo quem é fã de uma determinada página provavelmente não irá receber todas as postagens feitas por ela.

Agora, outro rumor preocupa os publicitários e criativos: o Facebook estaria para dar uma nova ‘foiçada’ no alcance das páginas, baixando a entrega de conteúdo para cerca de 1 ou 2% do total de fãs de uma página. Ou seja, se uma publicação conseguiu angariar uma base de fãs de 100 mil curtidas, apenas 1 mil pessoas veriam uma determinada postagem. Para atingir mais pessoas do que isso será preciso investir na promoção – obviamente paga – de conteúdo.

Mas o que vale prestar atenção é o que esse novo modelo de algoritmo do Facebook evidencia uma tendência atual, que atinge diversas mídias:

o usuário não quer ser impactado com propaganda ‘sem valor’, ou que não tenha sido minimamente ‘personalizada’ para os seus interesses

Propaganda, hoje, precisa estar associada a conteúdos valiosos, que entreguem relevância, diversão, ou ao menos que estejam alinhados com o estilo da publicação onde aparecem. Para que isso seja possível, cada um trabalha como pode. O Facebook mudou seu algoritmo, medida que chateou muita gente por mudar as regras do jogo depois da partida ter começado. Outra forma de seguir nessa direção de ser relevante é a atual tendência de customizar a mensagem publicitária de acordo com o veículo. Esse tipo de produção, tão alinhada com a ‘pegada’ de cada publicação, estaria sendo feita por ‘agências in house’, formadas em geral por profissionais de propaganda especializados em formatar campanhas publicitárias para o veículo em questão, fazendo-as serem quase nativas daquele ambiente.

Quer um exemplo? Em novembro passado, o BuzzFeed fez um divertido vídeo do ‘guia de um gato sobre como tomar conta do seu humano’. Em pouco mais de quatro meses, o vídeo já tem mais de 4 milhões de visualizações, uma elevada taxa de aprovação dos usuários, e uma enxurrada de comentários positivos elogiando o comercial.

Apesar do flash do logo da Purina logo no começo, o vídeo segue a pegada do BuzzFeed, com um gato listando dicas sobre como cuidar do seu dono, para só no finzinho, depois de muitas situações em que donos de gatos pudessem se identificar, citar o produto que eles queriam mesmo divulgar, uma areia para a caixinha de necessidades dos gatos.

A ação customizada cativa o webspectador, porque não é algo que ele se arrepende de ter visto ou de ter compartilhado

Esse tipo de ação cativa o ‘webspectador’, porque não é algo que ele se arrepende de ter visto ou de ter compartilhado. Não atrapalha nem incomoda e ainda entretém. Isso leva a uma curiosa mudança no setor publicitário, que parece limar a agência publicitária como intermediário de ações. É uma pivotagem da agência in-house, que antes era parte da equipe de marketing do anunciante (tendência que esteve em alta nos últimos meses), e que agora passa a ser uma agência especializada em publicidade nativa, agora alocada dentro do próprio veículo.

No BuzzFeed, essa equipe conta com mais de 40 criativos, entre designers, redatores, animadores e especialistas em internet, todos liderados por Melissa Rosenthal, que são responsáveis por desenvolver campanhas engajadoras e compartilháveis para as marcas que se tornam parceiras da publicação. Só em 2013, foram mais de 500 ações do tipo, para marcas como a Purina, GE, American Express, JetBlue e Samsung, que inclusive são promovidas nas redes sociais pelo próprio time ‘in house’. Os resultados, segundo o BuzzFeed, são uma substancial alta na afinidade com a marca (55%) e  88% de aumento na intenção de compra.

Vídeos produzidos 'dentro de casa', pelo time liderado por Ze Frank

Vídeos produzidos ‘dentro de casa’, pelo time liderado por Ze Frank

Tudo isso sem usar nem um bannerzinho, já que a publicação mantém o princípio de ser social até mesmo na publicidade. “Ajudamos as melhores marcas a criarem conteúdo interessante, relevante, que engaja o consumidor e o inspira a compartilhar”, explica a publicação, que recentemente incluiu outro formato de ‘custom branded content’ na sua lista: os quizzes. O interessante é que conteúdos customizados dessa forma tendem a não irritar nem revoltar o webspectador, como chegou a acontecer com o vídeo do “First Kiss”, que no fim das contas era não um encontro emocionante, mas um viral publicitário. Muita gente ficou brava por ter compartilhado o vídeo por tê-lo achado fofo, e depois se descobrir massa de manobra para a viralização de um comercial de roupa.

Há contudo, dois grandes problemas nessa questão da publicidade feita pelo próprio veículo: um ético e outro de negócios.

No quesito ético, é preciso separar bem o papel do jornalista e do publicitário ou criativo. Isso porque o jornalismo tem compromisso com a verdade, com o fato, enquanto o publicitário tem um interesse puro e simples de divulgar o produto do cliente. Se alguém da equipe editorial da publicação, seja ele jornalista ou não, também for responsável pela redação do conteúdo customizado para uma fabricante de gadgets, como ele poderá ser isento ao fazer uma resenha de um produto?

Esse limiar ético pressupõe que mesmo que exista uma equipe interna da publicação para adaptar conteúdos, ela não poderia (ou não deveria) ser a mesma que produz material não patrocinado para esse veículo. “Aqui no BuzzFeed, os times editorial e criativo mantém uma separação como de Igreja e Estado“, garante Melissa, diretora de serviços criativos do BuzzFeed, em entrevista ao B9. A única equipe compartilhada é a de desenvolvimento e tecnologia por trás do site, além de se utilizarem dos mesmos dados estatísticos.

“Por que eu vou compartilhar um volume de informação com alguém que não tem o menor compromisso de trabalhar exclusivamente para mim?”

O dilema de negócios também é curioso. Ainda que o conteúdo seja todo produzido ‘dentro de casa’, qual será a liberdade que a marca tem para passar conceitos, estratégias e até mesmo dados confidenciais, como lançamentos de produtos, para a equipe de um veículo, como no BuzzFeed? “Para eu exigir um resultado mais profundo [da ação], eu preciso compartilhar informação estratégica, confidencial. Só que se hoje essa suposta house trabalha para mim, e amanhã para o meu concorrente, por que eu vou compartilhar um volume de informação, visual, código, critério, ética, linguagem,  com alguém que não tem o menor compromisso de trabalhar exclusivamente para mim?“, questiona Igor Puga, fundador da ID

A escolha sobre o que repassar ao time criativo do BuzzFeed, no entanto, parece ser uma decisão de quem for ‘brifá-los’ – “A maioria das nossas relações é com agências de mídia, criativas, de relações públicas e de mídias sociais. É um processo colaborativo, queremos trabalhar com todos os envolvidos no processo de criação do conteúdo“, detalha Melissa, destacando que a agência in-house do BuzzFeed trabalha tanto diretamente com as marcas como por intermédio de agências, o que mostra que não necessariamente a iniciativa pode ‘canibalizar’ o mercado de propaganda digital.

O que parece inegável é que a publicidade vai precisar ralar para continuar passando sua mensagem ao público. Adblocks e até o próprio comportamento dos usuários já tornam os banners praticamente invisíveis, e será preciso encontrar formas de fazer o produto ou campanha se tornarem realmente interessantes e importantes para a audiência/público alvo. Ao mesmo tempo, o jornalismo precisará encontrar meios de manter sua idoneidade, ainda que a publicidade cada vez mais se ‘confunda’ com conteúdo. Um desafio e tanto para os próximos anos. 

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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How Advertising Worms Its Way Into Your Brain and Drains Your Wallet

Newsflash: Advertising is nefarious and manipulative after all.

Earlier this week, we saw the stock-footage realization of the cheeky anti-advertising manifesto "This Is a Generic Brand Video," which brilliantly illustrated how advertising's visual cues are all ham-fisted and transparent, so viewers really don't have anything to worry about except maybe getting bored. By contrast, here's a fun clip from BuzzFeed that digs into the details of how a competent marketer sneaks into your subconscious and tricks you, most subtly, into thinking nice things about it.

Because consumers are just wide-eyed, dumbly smiling, mostly right-handed little piggy banks waddling around waiting to be relieved of our cash.

Actually, that sounds pretty much dead on.

It's hard to imagine ad creatives so pointedly calculating the presentation of products like the dangling of puppet strings, but maybe that's what art directors are really doing when they're hovering. Or maybe the crazy last-minute changes clients always demand are to blame, and agencies should be thanking the gods for plausible deniability.

Just kidding. No one's innocent.


    



Sexist Ads Get Recast, With the Men Degraded Instead of the Women

As we saw in our December roundup, there's no shortage of sexist ads—the vast majority of which are degrading to women rather than men. But what if the tables were turned?

BuzzFeed's new video, "If Women's Roles in Ads Were Played by Men," swaps the genders in three commercials—for GoDaddy, Hardee's/Carl's Jr. and Doritos. (Only the first two were approved ads, however. The Doritos ad was a fan-made entry into the 2011 Crash the Super Bowl contest, and didn't advance to the finals—though it has gotten more than 2 million views on the director's YouTube channel.)

BuzzFeed recreates each ad and plays them side by side with the originals. The GoDaddy spot reverses the Bar Rafaeli/Jesse Heiman setup and features a good-looking guy having to make out with a nerdy girl. Instead of Nina Agdal oiling up her cleavage for Hardee's/Carl's Jr., we see an average-looking guy … oiling up his cleavage for Hardee's/Carl's Jr. And in the Doritos ad, it's the guy, not his girlfriend, who's naked in bed and covered in Doritos. (Maybe this version would have been a finalist after all.)

"Seeing men like this is ridiculous, so why isn't it with women?" the video says at the end. They picked three cringeworthy ads to replicate, but the question certainly holds merit. Sex and humor are effective for a lot of campaigns, but it'd be nice if that could be achieved without, you know, gratuitous crotch shots.


    



Corrida por cliques: O risco de se criar conteúdo com engajamento artificial

Semana passada o Yassuda escreveu um post incrível aqui no B9 sobre como a nova ~tendência~ nas redes sociais são chamadas no estilo Upworthy ou listas como o BuzzFeed. Logo depois o Passamani escreveu a sua visão sobre o tema em outro post ótimo. Eu acho muito bom quando posts geram a vontade de debater esses assuntos e que isso extrapola os comentários no blog e viram posts em outros blogs. É isso que a internet e as redes sociais vêm fazendo há anos.

Aí eu resolvi escrever algo a respeito disso. É capaz que eu não consiga acrescentar nada de novo já que, como o Passamani bem colocou no post dele, tudo está mudando sempre. Mas vamos lá.

Tem um trecho do post do Yassuda que eu acho que vale repetir:

“O mais importante de tudo é que o bom conteúdo persiste. Upworthy e BuzzFeed são fenômenos relativamente novos, mas grandes blogs estão aí até hoje. Alguém lança uma nova maneira de burlar Facebook e Google, mas quem fica no fim é aquele que entregava conteúdo efetivamente bom.”

Existem duas maneiras de ler essa trecho.

BuzzFeed

Uma delas é algo que já venho dizendo há algum tempo: Trabalhar com Social Media (e conteúdo também) não tem atalho e dá trabalho mesmo. Então faça um conteúdo bom, persista que seu conteúdo uma hora poderá chamar a atenção e o seu trabalho será recompensado. O lance é exatamente esse. Todo mundo quer atalho. Todo mundo quer viver de renda. Todo mundo quer trabalhar pouco e ganhar uma fortuna. Afinal de contas, todo mundo tem mais o que fazer além de ficar trabalhando, né? Errado.

É esse pensamento que nos trouxe até esse ponto que estamos. Gente, trabalho não é palavrão. Trabalhar criando conteúdo para blogs, canais do YouTube e etc não é ruim e é um trabalho como qualquer outro. O lance é que muita gente acha que criar um blog, copiar conteúdo, colocar chamadas de efeito, caprichar no SEO e colocar links de afiliados é o que vai te dar todas essas possibilidades. Isso é uma falácia. Isso dura algum tempo e com a inclusão digital, parece que nunca vai parar porque continua funcionando.

Agora adivinha o que também continua funcionando? SPAM. É e mesmo assim isso não é uma coisa boa. É, novamente, alguém tentando um atalho. E como todo atalho, ele vicia. E a pessoa fica achando que só assim funciona. Já passamos por muitas fases nas Redes Sociais e em conteúdo. Já passamos pela parte do Seeding (com personagens falsos enganando as pessoas), pela polêmica do post pago, pelo Curte e Compartilha, agora estamos na fase das listas e chamadas malandras. O engraçado é que isso sempre continua até ninguém aguentar mais, aí para e começa a ser motivo de chacota.

Um erro baseado na câmara de eco que nossos feeds causam é a falsa sensação de que todo mundo está falando sobre o mesmo assunto

O BuzzFeed mesmo usando listas (e agora testes) como seu carro chefe tem também uma parte sua de editorial mais sério e ~tradicional~ com matérias políticas que furam a CNN e tudo. Então, acho que quando usamos o BuzzFeed como exemplo acaba sendo o que as pessoas compartilham mas não a qualidade do seu conteúdo como um todo. É um erro baseado na câmara de eco que nossos feeds causam. Uma falsa sensação de que todo mundo está falando sobre isso.

Mas se pararmos para pensar, os grandes responsáveis por essa corrida atrás do próprio rabo somos nós, publicitários, brand managers, gerentes de marketing e etc. Nós estamos querendo acelerar as coisas. Para mostrar competência. Para bater metas. Para mostrar que esse é um canal importante. Mas o grande problema é que estamos usando as métricas erradas. Redes Sociais são ideais para o relacionamento. E como todos nós sabemos, relacionamentos é baseado em confiança. E confiança é baseada em empatia para dar o primeiro passo. É assim com qualquer relacionamento. Entre pessoas e entre marcas e pessoas.

Você não pensa em comprar algo diferente só para testar. Alguma coisa fez com que você considerasse isso, certo? Você não começa a flertar com qualquer um mas sim com quem você acha que tem empatia e que combina com você. Só que ao tentarmos acelerar isso, seja com a corrida por popularidade de ter mais fãs/seguidores, seja por quem tem uma ~taxa de engajamento~ maior, na minha opinião acabamos errando. Ao invés de usarmos os dados que temos das pessoas que já se relacionam conosco para entender melhor como cada conteúdo mexe o ponteiro de awareness e compras, na maioria das vezes só queremos mais, mais e mais.

É uma herança da Revolução Industrial mas que não se aplica tanto em um mundo com tantos nichos. Talvez a métrica certa não seja essa. Talvez seja conexão real. Mas, bem, isso dá trabalho então acho que não deve ser muito rentável, né?

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A segunda maneira de ler o trecho é pensar que essa pode ser uma maneira de tentar quebrar a hegemonia de blogs antigos e que se mantém na ativa até hoje e são bastante populares. Mais ou menos como alguns desenvolvedores estavam fazendo na Appstore para ficar entre os Top Grossing apps. Eles começavam com um preço bem alto. Algo como US$ 999. Os próprios desenvolvedores compravam esse app para furar a fila e já tirar dá frente 1000 downloads dos apps padrão.

Ter um ranking tão facilmente manipulável premia quem burla o sistema

Depois de um período eles baixam para US$ 99 e vão baixando aos poucos até chegar nos US$0.99. O sistema é foda. Então eles simplesmente burlavam o sistema e pagavam a Apple para ter essa exposição. Pagavam à Apple porque 30% do valor da venda vai para ela e o resto vai para o desenvolvedor.

Isso, de alguma forma, pode ser visto como investimento de mídia. É de uma maneira legal? Juridicamente sim mas é moralmente questionável. Eles estão jogando com as zonas cinzas do sistema. Mas, de qualquer maneira, conseguiram quebrar um vício desse ranking Top Grossing apps. Porque na real, o que eles estavam fazendo é deixar com que nós preenchêssemos as lacunas.

“Se um app de US$0.99 está entre os que mais lucraram então ele deve ser muito bom e muita gente deve ter baixado. Vou comprar também”.

É um golpe. É um atalho (olha ele aí de novo) e dá o resultado que todo mundo quer. Nem todos os atalhos são golpes, mas atalho, por princípio, é uma maneira de encurtar um caminho ou, segundo o Aulete é um “Método alternativo pelo qual se busca atingir certo objetivo em menos tempo ou com menos esforço”. Não sei o que a Apple está fazendo a respeito, mas ter um ranking tão facilmente manipulável não me parece um bom caminho pois premia quem burla o sistema.

Apps

Se tem uma coisa que podemos aprender com essa história é que o nosso conteúdo tem que deixar algumas lacunas para que as pessoas possam preencher. Esse talvez seja uma coisa que, nós publicitários (clientes ou agência), tenhamos que aprender novamente. É um risco. As pessoas podem não entender mas é uma maneira de mostrar para essas pessoas que não estamos apenas mandando eles fazerem alguma coisa. Estamos induzindo-os a pensar. Talvez seja por isso que algumas séries de posts como as do Oreo ou aquela do LEGO sobre cultura pop tenham encantado tanto.

Corremos o risco de fazer com que o conteúdo da internet seja todo orientado a cliques, com um engajamento falso e superficial

Mas voltando aos posts, o Status Quo incomoda. E muitas pessoas querem mudá-lo logo. A única coisa que as ferramentas estão fazendo é disponibilizando maneiras de tentar acelerar o processo de mudar o seu status. Seja comprando fãs e seguidores ou mostrando o conteúdo para mais gente através de formato de mídia. Mas, adivinha o que acontece com esse formato ao longo do tempo? Ele começa a perder a eficiência. E aí, os dependentes dos atalhos começam a procurar outras maneiras de atingir aquele mesmo resultado. E começam a procurar zonas cinzas nas regras para que possam burlar e serem chamados de inteligentes. Gênios da mídia e etc.

Agora, quem quer manter o status quo muitas vezes continua fazendo o seu trabalho e faz algumas mudanças cosméticas para se adequar ao que chama a atenção e não mudam o resto. É nesse momento que estamos. Com chamadas de veículos tradicionais copiando as chamadas dos sites que fazem sucesso nos índices de compartilhamento para aumentar o número de acessos. E isso é legal. Só não dá para reduzir o seu conteúdo para apenas o que gera clique.

Devemos achar um equilíbrio entre o que a marca quer falar e o que o consumidor quer ouvir. O ideal é ficar na interseção e nos assuntos que o consumidor quer. Caso o contrário, voltamos para o tradicional anúncio de revista que apenas comunica e não gera conversa. Corremos o risco de fazer com que o conteúdo da internet seja como um TMZ ou um Ego potencializado. Tudo orientado a cliques e um engajamento falso e superficial.

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Outra coisa que eu noto é que poucas marcas realmente criam conteúdo por plataforma. Geralmente o tweet vira um post no Facebook, uma foto no Instagram vira um tweet com imagem e um pin no Pinterest. Ou seja, estão partindo do pressuposto que agimos exatamente igual em todas as redes.

Qualquer pessoa que tenha lido a introdução do livro “A Representação do Eu na Vida Cotidiana” na faculdade consegue fazer o paralelo com como agimos em cada rede social. Se as pessoas funcionam diferente em cada rede social, porque continuamos tratando o conteúdo como se uma pessoa agisse da mesma forma na academia e no botequim? Isso porque nem falei do objetivo de cada rede porque isso é feito pelas pessoas que usam aquele serviço.

Se as pessoas funcionam diferente em cada rede social, porque continuamos tratando o conteúdo como se uma pessoa agisse da mesma forma na academia e no botequim?

Gostaria que me indicassem marcas incríveis que foram construídas da noite para o dia. Que tenham nascido da noite para o dia e se mantido bem. Na minha opinião, isso não existe. Eu gosto de citar dois exemplos: o Camiseteria por que eles apostam na força da sua comunidade. Já a Netshoes faz bastante mídia segmentada e isso funciona para eles.

Mas quer saber o que é legal em ambas? É que elas prezam por um serviço/produto/atendimento bom. Uma experiência boa. Claro que tem gente que vai falar mal, que vai ter (ou teve) problemas e tal. Faz parte do jogo. Mas a maioria teve experiências boas com ambas as marcas. Mas de novo, isso não foi conquistado da noite por dia. Isso foi conquistado a duras penas por anos a fio de bons serviços. Se falarmos de marcas antigas então, isso fica bem mais claro.

Então quando vêm me perguntar qual a solução para um conteúdo que dependa menos de mídia, a única resposta que me vem a mente é: esqueça os atalhos. Foque no conteúdo e não pense em curto prazo. Confiança precisa de tempo. E é essa confiança, que a sua comunidade que cresceu organicamente tem por você, que vai fazer com que a sua marca seja divulgada por essas pessoas e que o boca a boca funcione.

É engraçado, antigamente, falar em ter mídia paga em Redes Sociais era um palavrão. Hoje, falar em crescimento orgânico é que soa como algo feio e ineficiente. Mas para mim é o seguinte: conteúdo bom, promovido com inteligência, privilegiando a comunidade ao redor e que não pensa na pressa dos resultados que vêm de atalhos ainda é o melhor caminho.

Calma, gente. É uma maratona, e não 100 metros rasos.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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Uau! Nós pensávamos saber muito sobre o Facebook, mas esta informação muda tudo

Não é de hoje que o Facebook e seus métodos e algoritmos levantam certa desconfiança no mercado digital, mas as últimas informações parecem ter deixado diversos profissionais sem saber para onde correr. Em nome da busca por maior relevância do conteúdo compartilhado e mais anunciantes para a sua plataforma, a rede social mais acessada do planeta mudou as suas regras algumas vezes.

Limitou gradualmente a exposição de marcas que não investem em mídia a uma parcela ínfima dos fãs. Limitou o número de pessoas que aparecem frequentemente para os usuários, como se a rede pudesse determinar quem são de fato os melhores amigos e as pessoas com maior influência para cada usuário. Declarou guerra contra o conteúdo que não julga relevante, e vem aperfeiçoando o seu algoritmo que escolhe o que vai parar nas timelines do mundo desde então.

Estas mudanças que acontecem sem aviso deixam qualquer um que atrelou o sucesso de sua estratégia em mídias sociais ao aumento de Likes e compartilhamentos de cabelo em pé. Em busca de uma fórmula, de um método simples, de uma estratégica comum que fosse fácil de copiar, já vimos agências que venderam Likes com um custo fixo (custo por like, ouvi muito antes de abandonar esse barco), estipulando como objetivo o aumento simples da base de fãs, que viria, de qualquer maneira, pelo simples investimento em mídia.

Títulos como o desse post têm se reproduzido fortemente pela web, e parecem ser o segredo por trás de uma média expressiva de compartilhamentos

Quando isso não mais bastava, nos debruçamos em médias e metas de compartilhamento de acordo com a base de fãs – ou índice de engajamento. Mas e agora que o Facebook ainda pode julgar o que é ou não relevante de acordo com o seu próprio critério?

Quando anunciado que as mudanças começariam a impactar o que se compartilharia com mais afinco, o alvo parecia ser todo e qualquer site que fizesse listas, imagens, GIFs animados e outros elementos que bombam por lá.

Facebook

Mas, de acordo com os números divulgados pelo The Atlantic, um um deles parece ter entendido tudo e aqui vai o porquê:

O algoritmo muda todos os dias. Começou em 16%. Hoje já se fala em 4% de alcance orgânico.

Títulos como o que colocamos neste post e que têm se reproduzido fortemente pela web, seja como modelo, seja como tiração de sarro, parecem ser o segredo por trás de uma média expressiva de compartilhamentos e tráfego gerado por cada artigo escrito pelo Upworthy, aponta também o Salon.

Até consigo imaginar uma série de profissionais já pensando “então é isso? Ufa! Monta o PPT para apresentar nossa nova estrutura de conteúdo pro cliente”, felizes em ver que há uma luz no fim do túnel. Mas eu tomaria cuidado com algumas coisas:

E se o algoritmo muda amanhã? Como comentei lá no começo, a base de fãs impactados por uma determinada mensagem de uma marca caiu pouco a pouco. Começou em 16%. Hoje já se fala em 4% de alcance orgânico. Copiar o estilo de escrita e o conteúdo de um site como o Upworthy parece tentador, mas e se eles forem justamente o próximo alvo da ira do Zucka?

Já ouvi dizer que há ajustes no algoritmo e no código que determina a timeline todos os dias. Fica difícil prever qualquer sucesso…

Upworthy

Já ouvi esta conversa antes

Há alguns anos, o negócio era o Google. Não que ele não seja mais, mas obter uma boa colocação na busca orgânica era o Eldorado da estratégia digital para qualquer site. E, até hoje, há diversos especialistas na prática, denominada SEO.

O Facebook é que julga o que é ou não relevante de acordo com o seu próprio critério

Nas diversas cartilhas do bom conteúdo que se espalharam pela rede, estavam práticas consagradas, como a constante atualização, a repetição de determinadas palavras, o uso de tags, o uso de um código limpo, recebimento de links de outros sites, entre outros. A preocupação se espalhava desde os setores de desenvolvimento às redações dos grandes jornais. O importante era criar essa relevância.

Isso valeu para o bem, com sites que associaram as práticas a muita informação pertinente, e para o mal, com sites que (até hoje) utilizam as regras para atrair público para um conteúdo raso e, muitas vezes, copiado. E o Google, como o Facebook, também aperfeiçoa seu algoritmo frequentemente em nome de entregar exatamente o que o usuário quer ler quando faz uma busca.

Facebook

É importante repetir: In content we trust

Pense nos tantos sites em que você caiu como paraquedista, após uma busca no Google. Continuaria navegando por lá? Voltaria espontaneamente?

O mais importante de tudo é que o bom conteúdo persiste. Upworthy e Buzzfeed são fenômenos relativamente novos, mas grandes blogs estão aí até hoje. Alguém lança uma nova maneira de burlar Facebook e Google, mas quem fica no fim é aquele que entregava conteúdo efetivamente bom. Não que o Upworthy não tenha um conteúdo bom, mas somente sobreviverá às mudanças de temperamento da equipe do Facebook se as pessoas continuarem lendo o que o site compartilha.

Pense em alguém que rodou um script no Twitter, conseguiu um monte de followers, mas compartilha somente um conteúdo nada pertinente. E pense no usuário com igual número, mas que conseguiu seus seguidores ao passar dos anos, compartilhando links sobre temas que, pouco a pouco, foram interessando a mais e mais pessoas. Se hoje tirássemos uma fotografia, poderíamos aferir que ambos tem a mesma relevância?

Pense nos tantos sites em que você caiu como paraquedista, após uma busca no Google, e que não entregaram de cara a informação que você buscava. Você continuaria navegando por lá? Voltaria espontaneamente?

Provavelmente você só leu até aqui porque já era um frequentador do B9, mesmo que não assíduo. E, para nós, é realmente o que importa. Seriam as nossas preocupações, as das marcas e as do pessoal do Upworthy exatamente as mesmas? Eu acho que não.

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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What’s Wrong With This Picture? BuzzFeed’s Video About Beauty Turns Many Women Off

BuzzFeed's attempt at an inspiring, empowering video for women falls short, and the target audience is having no problem letting BuzzFeed know it.

"Photoshopping Real Women Into Cover Models" opens with four women lamenting that they'd never look like models in a magazine spread. Each woman then participates in a professional photo shoot—hair, makeup, styling and all—and then a Photoshop expert retouches the images to make them look like typical magazine cover models.

We watch the women's reactions as they see the photos for the first time. And … all of them dislike the retouched photos of themselves.

In light of the wildly popular Dove campaign and the praise Aerie received for promising not to retouch its photos of models, why aren't more people loving this video? Maybe it seems too contrived, and the creators seem too intent on pushing a message to the viewers. The women looked lovely during the photo shoots, and their reactions just don't seem very honest. And while the Photoshop jobs were definitely extreme, the message here is that it's vain for women to even want to look attractive.

"Once someone else has done your makeup, and someone else has done your hair, and someone's directed the way your body looks, and then taken away your imperfections … then there's not much left of who you really are," says one of the four women.

In that one line, women are reduced simply to the way they look.

While some think it's inspirational, others are balking. "Denigrating women for wanting to enhance, improve and better themselves is no better than denigrating women for being fat and ugly," one viewer wrote on Facebook.

If Victoria's Secret's ultra-Photoshopped catalogs are one extreme, and BuzzFeed's "You're vain if you enjoy a blowout" video is the other, maybe most women are looking for a happy medium—at the very least, something that doesn't seem disingenuous.


    



Ad Blogger Copyranter Goes Out With a Bang After Getting Fired From BuzzFeed

BuzzFeed, the curator of all things viral on the www, fired Mark "Copyranter" Duffy last month after employing him for a year and a half. And he did not go quietly. In a new article on Gawker titled "Top 10 Best Ever WTF OMG Reasons BuzzFeed Fired Me, LOL!", Duffy pulls no punches.

He reveals that he took a $43,000 annual pay cut to leave the agency world, worked as many as 70 hours a week for BuzzFeed, ranked seventh out of about 100 writers for traffic—and yet was canned anyway over "creative differences." A photo shows his termination paperwork with a sticky note that says "CUTE" on it—perhaps BuzzFeed's most egregious error in all of this. "A 53-year-old man, BuzzFeed's oldest ever employee, jobless and without health insurance? CUTE as a fucking bug's ear," Duffy writes.

He then shares, BuzzFeed style, 10 reasons why he might have been fired. They range from "Age" (reason No. 10—Duffy is 53, while most of his colleagues are in their 20s) to "I regularly challenged editors" (reason No. 6) to "I am just an asshole" (reason No. 3). He also admits to sending out inappropriate company-wide emails and drumming at his desk incessantly, which are their own entries, though they could probably also fall under No. 3.

The article includes a lengthy response from BuzzFeed's Ben Smith, the target of most of Duffy's criticisms, who closes with: "I'm sorry the Cute sticker upset him." The comments are worth a read, as well, either ripping BuzzFeed for choosing fluffy clickbait over Duffy's tougher material or ripping Duffy for being, e.g., "an entitled fucking whiner, dude."

From an outsider's point of view, the Duffy/BuzzFeed marriage just didn't seem like the best fit for either party. We hope he gets a column at a publication that suits him, as well as a soundproof office and maybe some well-padded mittens.


    

Compartilhando o “anúncio incompartilhável” do BuzzFeed

Hoje, esta foto acima foi encontrada na timeline do meu Instagram. É um anúncio do BuzzFeed em uma revista – que eu não sei dizer qual é – exaltando as qualidades sociais de se anunciar em sua plataforma, quase que exclusivamente composta por conteúdos compartilhados por seus usuários.

Vale então uma reflexão sobre qual é a proposta do BuzzFeed neste bem-humorado ataque à mídia tradicional:

O modelo de anúncio, conforme descrito no site, pode ser resumido em: pague-me para viralizar o seu conteúdo. Como o serviço já possui alcance e usuários suficientes para que a performance dos anunciantes seja razoavelmente boa, seria fácil incluir ali no meio do conteúdo bizarro que circula por lá alguns links interessantes.

Só que, apesar de prometer viralização, o BuzzFeed utiliza-se de subterfúgios para alcançar os números prometidos, como títulos quase pornôs para fotos aparentemente inofensivas e outras inutilidades para uma determinada marca. A questão sobre o que é agregado a uma determinada marca utilizando compartilhamento pelo compartilhamento, que nos proporciona aquelas incríveis imagens “curtir/compartilhar” tão disseminadas por aí, é completamente válida: será que funciona mesmo ou estamos apenas colecionando números que dizem pouco?

buzzfeed

O outro segredo da viralização, segundo relatou o Atlantic Wire, é comprar mídia do Facebook para os posts patrocinados. Mas se o Facebook vende likes à granel, a própria empresa poderia administrar suas metas em vez de terceirizar o serviço a um veículo (perceba que a linha que separa veículo e agência virou uma grande área cinza na Internet).

Se funciona ou não funciona, o tempo e os resultados dirão. Mas a provocação é válida em tempos digitais/sociais de consumidores cada vez mais conectados e departamentos de marketing ainda conservadores. Não que eu acredite que mídia em revista não funcione mais: ela ainda pode ser importante dentro de um mix que deveria, sim, contemplar mais opções digitais. E se trouxer um elemento inesperado e não um QR Code ou uma lista-de-canais-sociais-que-não-dá-para-clicar, quem sabe não seja um meio efetivo de impacto e interesse como foi hoje?

BuzzFeed

Brainstorm9Post originalmente publicado no Brainstorm #9
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