DJ Bedrooms

Focus sur Christopher Woodcock qui a eu l’excellente idée de prendre en photo les salons et chambres de différents DJs. Avec des clichés simples et très réussis réunis sous le nom de la série « Bedroom Rockers », il parvient à nous faire entrer dans l’intimité des artistes où la musique tient une place essentielle.

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King Animal – O disco novo do Soundgarden, 16 anos depois

Been Away Too Long. O nome do novo single do Soundgarden exprime exatamente o que todos os fãs devem estar pensando nesse momento em que a banda – um dos grandes pilares do grunge  – retorna à ativa.

De fato, já faz dezesseis anos desde “Down On The Upside”, quando Chris Cornell parou tudo para embarcar numa bela carreira solo e ganhar mais alguns milhões com o Audioslave.

Agora, ele e seus velhos companheiros retornam com um disco novinho em folha, trazendo de volta todas as marcas registradas que tornaram a banda famosa lá atrás: muito peso e muita ideia boa nas melodias.

Se o disco novo vai fazer novos clássicos como “Black Hole Sun” ou “Spoonman”, só o tempo vai dizer. Mas é sempre bom ter a companhia de uma das bandas mais competentes dos anos 90 no cenário do rock novamente.

Que venha a turnê de King Animal e que ela passe por São Paulo.

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Alt + J: o atalho que ganhou o Mercury Prize

Quando você pressiona ALT e depois a letra J no Mac, aparece um triângulo. Pois foi em homenagem a esse triângulo que os ingleses do ALT J batizaram sua banda.

As peculiaridades desse grupo de indie pop/rock não param por aí.   Donos de um álbum de estreia que acabou de ganhar o Mercury Prize na Inglaterra – prêmio notório que já agraciou medalhões como Keane, Elbow e PJ Harvey – os integrantes do Alt J fazem um som tão curioso quanto o nome de sua banda.

Eles vão do experimental ao sublime em questão de segundos, e ousam com harmonias vocais complexas e arriscadas (nitidamente inspiradas em macacos velhos do underground inglês como Gente Giant). Um tempero bem vindo de folk faz a mistura do Alt J interessante de ser experimentada, e quando você ouve o disco pela segunda vez, tudo já soa muito mais natural e interessante.

Se o álbum An Awesome Wave mereceu mesmo o Mercury Prize é questionável, mas – sim – é inegável o talento desses jovens de Cambridge quando esquecem um pouco suas próprias pretensões e simplesmente se divertem fazendo o que sabem. A prova disso são as incríveis Something Good, Matilda (em homenagem à personagem de Natalie Portman no filme O Profissional), Dissolve Me e Breezeblocks.

O disco é muito bom, mas seria antológico se eles não tivessem tentado impressionar tanto.

Pequenos pedantismos como uma irritante música só à capella (Ripe & Ruin) e uma faixa final de 12 minutos (sem a necessidade de durar tudo isso) diminuem o encanto do álbum.

Mas vá sem medo. Quando eles acertam, o resultado é soberbo.



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Rock City

Setenil de las Bodegas est une commune d’Espagne, dans la province de Cadix. Traversée par la rivière Guadalporcún, cette ville a été en partie construite sous un immense rocher, lui donnant le surnom de « Rock City » dont voici des images incroyables. Plus de photographies dans la suite.

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Popload Gig Residências traz Feist para São Paulo

Hoje e amanhã tem show da Feist no Cine Joia, em SP. A veterana cantora canadense de pop/rock conheceu o sucesso inesperado em 2007 com seu disco The Reminder, e o álbum seguinte, Metals, revelou um lado mais introspectivo e atmosférico da compositora.

Feist lançou seu primeiro álbum solo em 1999, quando ainda tocava guitarra na banda By Divine Right. O disco não fez feio, mas foi com Let It Die, de 2004, que ela ganhou um reconhecimento à sua altura, dentro e fora do Canadá.

O show abraça o repertório mais recente de Feist, privilegiando as favoritas de The Reminder e Metals, como How Come You Never Go There, mas isso não signifca que as incríveis 1234, My Moon My Man e Mushaboom não devam aparecer.

Vale a pena.



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Rock Stadium

Rock Stadium est un projet de stade en sable qui va bientôt être construit aux Emirats Arabes Unis. Un projet estimé à 750 millions d’euros pensé par MZ Architects qui sera construit sous le niveau du sol dans le désert d’Al-Ain pour plus de fraîcheur. Plus d’images de ce concept dans la suite.

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Hoje é dia de festa em Liverpool: 50 anos de “Love Me Do”

Há 50 anos, era lançada a pedra fundamental dos Beatles (e, consequentemente, um dos alicerces básicos do rock n roll). Desnecessários quaisquer comentários sobre a importância dessa música para a cultura pop do século XX (duvido você conhecer alguém que não saiba ao menos cantarolar um pedaço) e sobre tudo o que ela possibilitou que acontecesse após seu surgimento.

Neste fim-de-semana acontece o Love Me Do Weekend em Liverpool. A cidade natal dos Beatles celebra com orgulho o cinquentenário de seus “filhos” com uma performance de coral com mais de 1000 pessoas cantando o primeiro marco dos Beatles.

Que coisa bonita uma cidade homenageando uma música.

A primeira de muitas outras pequenas revoluções que o quarteto ainda faria nos 8 anos seguintes. E que ecoam até hoje, e vão influenciar nossas vidas para sempre.

Parabéns, Love Me Do.

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Disco novo do Tragically Hip traz a banda de volta aos velhos tempos

Os veteranos do Tragically Hip – ou simplesmente The Hip, para os íntimos – voltam com tudo em seu décimo-terceiro álbum. A mesma força que os consagrou ressurge em Now For Plan A, e mostra Gordon Downie e cia. em plena forma, mesmo depois de quase 30 anos de estrada.

Joia rara do rock canadense, o The Hip abusa dos pedais vintage de guitarra e faz um rock n roll cru, levemente sujo e muito, mas muito bom. Ao mesmo tempo em que suas melodias são urgentes e poderiam muito bem habitar um disco de punk-rock, elas também têm o vigor dos mais grandiosos hinos do pop/rock.

Os refrões são irresistivelmente diretos. Não tem firula, não tem enrolação.

É como um tapa na cara. A música chega, te dá um cutucão e quando você vê, já está lá totalmente resolvida e precisamente amarrada. Essa sábia economia é o que lapida bons insights e os transforma em pequenas pérolas.

O Tragically Hip exercita sua maestria no assunto e entrega um álbum digno de uma banda experiente, calejada, que sabe o que faz e – mais importante – se diverte com isso e exibe sua malandragem com orgulho.

Aqui você ouve 3 faixas. No site dos caras dá pra ouvir o disco inteiro. Divirta-se!



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Line-up do Lollapalooza Brasil 2013

O Lollapalooza anunciou hoje o line-up de bandas para o festival no Brasil em 2013. Apesar da maioria das bandas já terem passado pelo país antes, a quantidade de atrações internacionais é um ponto forte. Na lista de bandas mais conhecidas estão nomes como Pearl Jam, The Killers, The Black Keys, Queens Of The Stone Age, A Perfect Circle, Franz Ferdinand, The Hives, Cake, Kaiser Chiefs, entre outras.

O vídeo de divulgação das atrações é um show à parte. Com imagens da cidade de São Paulo ao fundo captadas com uma lente fish-eye (talvez com uma GoPro), animações com ilustrações bem coloridas de Daniel Semanas vão exibindo o nome das bandas. Trabalho impecável de ilustração e animação da Paranoid.

O Lollapalooza Brasil 2013 acontece nos dias 29, 30 e 31 de março no Jockey Club de São Paulo.

Dica do Facebook da Ideafixa ;)

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Rock in the Road

Ce film d’animation « Rock in the Road » est le fruit de 5 années de travail d’étudiants issus de la Southern Adventist University. Un court-métrage très réussi narrant l’histoire d’un jeu garçon face à un défi ayant pour but de mesurer sa force de caractère. Le rendu impressionnant est à découvrir dans la suite de l’article.

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Battle Born: The Killers sem colhões

Battle Born tem tudo para fã de Killers nenhum botar defeito: os refrões grandiosos já pensados nas multidões que vão berrá-los nos estádios, as letras aventureiras de Brandon Flowers, os hits certeiros que com certeza vão pipocar nas rádios pelos próximos dois anos e a produção impecável que deixa tudo límpido, cristalino e tremendo nos fones de ouvido e nas caixas de som.

Quanto às músicas, a maioria delas é ótima, e trazem tatuadas em seu DNA o típico som do Killers. Mas por incrível que pareça, este é o grande problema do disco.

Por ser exatamente o que as pessoas esperam, Battle Born soa como a repetição de uma fórmula.

Parece que alguém inventou um aplicativo chamado The Killers Song Generator e deu OK.

As músicas são novas, mas parece que você já ouviu todas elas antes.

Claro que são boas, eles ainda são os Killers. A grande questão é que eles parecem ter ficado tão preocupados em impressionar na produção apoteótica que se esqueceram de dar atenção às próprias músicas. Por causa disso, o disco é um grande mais do mesmo.

Justiça seja feita, isso não significa que seja ruim. Ao contrário, é longe disso. Runaways foi a escolha perfeita para o primeiro single. Flesh and Bone é a introdução que vai arrebatar as multidões no início de cada show da nova turnê e The Rising Tide tem aquela característica super legal de ir melhorando a cada nova audição.

Por outro lado, coisas como The Way It Was são intragáveis. É tão brega, mas tão brega que se fosse cantada em português poderia fazer parte do repertório do Luan Santana.

Aí a gente pensa que essa é a mesma banda que fez Read My Mind, dois discos atrás. Fica difícil não sentir um pouquinho de decepção. Aquilo sim era uma balada de respeito, e o Killers sempre foi muito bom em impressionar com esse tipo de coisa.

É uma banda que acostumou os fãs a esperar novidades e ousadias de um álbum para o outro. O salto de Hot Fuss para Sam’s Town é gigante, e de Sam’s Town para Day & Age também. Independentemente de qual dos três é o seu preferido, é inegável que eles todos têm pegada, ousadia e trouxeram novidades em relação ao anterior. E é isso que falta em Battle Born.

O disco é bom? Claro que é. “Mais do mesmo” de uma coisa boa não tem como virar uma coisa ruim. Mas faltou punch, nada faz seu coração bater mais forte.

E, em se tratando de Killers, isso era o mínimo a se esperar.



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Do underground britânico ao pódio: Elbow

Hoje, o obscuro Elbow está famoso e lotando estádios e arenas ao redor da Europa. Agraciado pela honrosa oportunidade de compor uma música para as Olimpíadas – a apoteótica First Steps – a banda colhe os frutos da fama conquistada com seu excelente disco The Seldom Seen Kid, de 2008, e segue em turnê para continuar divulgando seu trabalho do ano passado, Build a Rocket Boys.

Mas nem tudo foram flores na história do Elbow. Esta banda de Manchester já vem calejando os pés na estrada há muitos anos, muito antes de saborear o gostinho do sucesso. Eles começaram em 1997 e de lá pra cá já lançaram 6 álbuns. Só no penúltimo conseguiram deixar de ser uma banda do mais profundo underground britânico para ocupar um espaço de prestígio junto aos grandes nomes do rock/pop daquele país.

O som deles é denso, mas otimista ao mesmo tempo. Quando eles querem, quebram tudo de verdade com guitarras explosivas e o vocal sempre imponente de Guy Garvey.

Antes the The Seldom Seen Kid, o Elbow produziu um discaço chamado Leaders Of The Free World.

Foi uma injustiça o álbum passar despercebido pela crítica e pela maioria do público. Era, de fato, uma pérola.

Ainda bem que o Mercury Prize fez jus à banda alguns anos depois e deu ao Elbow o reconhecimento que ele tanto merecia.

Enquanto não sai disco novo deles (prometido para o ano que vem, vamos esperar), a gente relembra algumas pérolas aqui embaixo.




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Guns n’ Roses: 25 anos de apetite!

O antológico disco de estreia do Guns n’ Roses – Appetite For Destruction – completou 25 anos nesta semana. E, mesmo não sendo um mega fã da banda, e principalmente do rumo que ela e seu líder Axl Rose tomaram nos últimos anos, é impossível não reconhecer o valor e a importância incontestáveis desse álbum.

São raros os casos de primeiros discos que conseguem redefinir um estilo no mercado musical, e trazer de volta o interesse das massas para um gênero definido. O Appetite For Destruction chegou com tanta personalidade, tanta crueza, tanto vigor e tantas, mas tantas músicas simplesmente muito boas que conseguiu essa façanha logo de cara.

Foi um dos discos que fez o hard rock voltar a viver dias de glória e a reconquistar o grande público. Bandas já consagradas como Aerosmith e Def Leppard faziam sua parte lançando ótimos discos (Permanent Vacation, Hysteria), mas foi com o Appetite que o mundo voltou a prestar atenção no rock n roll pesado novamente.

Axl Rose, Slash, Izzy Stradlin, Duff McKagan e Steven Adler conseguiram fazer um disco visceral, sem frescuras e direto ao ponto. Aqui, todas as faixas vêm com dois pés no peito pra cima de você, sem exageros, sem clichés que facilmente seriam armadilhas dentro dos temas que o disco aborda e – principalmente – com uma visao melódica ímpar e uma fúria instrumental que há tempos os fãs de rock estavam ansiosos para ouvir.

Aquelas eram músicas com M maiúsculo.

Welcome To The Jungle, Mr Brownstone, Paradise City e Sweet Child O Mine viraram hinos do Guns não apenas por possuírem ideias e refrões bem pensados e que não desgrudavam da cabeça, mas também porque transbordavam atitude. E mesmo as baladas ganhavam uma firmeza e uma rispidez únicas, como Sweet Child O Mine, onde Axl Rose não precisava da sucralose dos dias de November Rain para dar seu recado.

Tudo era uma empolgante novidade na nova banda que chegava para conquistar o mundo: a guitarra estonteante de Slash, os vocais impressionantemente rápidos e inimitáveis de Axl e toda a base que os sustentava, deixando claro bem claro que aquele era um som novo, sujo, cruel, pesado e perigoso.

E que, em 1987, isso era a coisa mais legal do mundo.


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Novidades musicais californianas

Ontem, o No Doubt divulgou seu novo single depois de longo hiato longe dos estúdios. Settle Down é a primeira música de trabalho do álbum Push and Shove, que deve chegar em breve.

O clipe foi dirigido por Sophie Muller (diretora que já trabalhou outras vezes com a banda, inclusive tendo dirigido o vídeo-hit Don’t Speak) e a música traz tudo o que o fã de Gwen Stefani e cia. quer: batida pop/ska, os deliciosos overdubs vocais de Gwen e um refrão pra lá de pegajoso. Tem tudo pra virar mais um hit da banda.

E, não menos californiano, o The Killers também se prepara para lançar seu disco novo, Battle Born, em setembro. O primeiro single, Runaways, foi divulgado há pouco tempo. Ouça a música e veja um trailer do álbum novo.



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Parabéns, Rock ‘n’ Roll!!!

13 de julho de 1985. O espetáculo Live Aid reunia dezenas de monstros sagrados do rock em prol de um mundo melhor, mais justo, mais digno, e sem fome na Etiópia. Tendo como principal porta-voz o carismático Bob Geldof , o festival aconteceu no emblemático estádio de Wembley, na Inglaterra, e no JFK Stadium, nos EUA (alguns shows também aconteceram em Sydney, Moscou e Tóquio) aglomerando um público de mais de 200 mil pessoas.

Foi por causa desse festival que o dia 13 de julho virou o dia do rock.

Olha só alguns artistas que estavam tocando nesse dia, há 27 anos:

Status Quo, Style Council, Boomtown Rats, Ultravox, Elvis Costello, Sting, Brandford Marsalis, Phil Collins, Bryan Ferry, U2, Paul Young, Dire Straits, Queen, David Bowie, The Who, Paul McCartney, Elton John, Joan Baez, The Hooters, Black Sabbath, Judas Priest, Run-DMC, BB King, The Four Tops, Bryan Adams, Beach Boys, The Pretenders, Santana, Pat Metheny, Mick Jagger, Crosby Stills & Nash, Neil Young, The Cars, Duran Duran, Cliff Richard, Tina Turner, Bob Dylan, Tom Petty, Madonna, Simple Minds, INXS, Men At Work… só para citar alguns.

Lá em 1954, quando o rock n roll se apresentava ao mundo e o conquistava com a gravação de Bill Halley e seu Rock Around The Clock, ninguém poderia imaginar que o estilo tomaria as proporções gigantescas que tomou, tanto em termos de mutações como de influência para tantas pessoas e gerações.

No dia de hoje – e na mesma semana em que se comemoram os 50 anos dos Rolling Stones!!!! – nada mais justo do que comemorar e relembrar uma das frases mais célebres do grande Chuck Berry em School Day (e também do grande Rainbow de Ritchie Blackmore):

LONG LIVE ROCK N ROLL!!!!

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Fragile e a era de ouro do rock progressivo

Londres, 1971.

A nova geração de bandas pós-Beatles efervescia e borbulhava na capital inglesa (e em todo o país). Por todos os cantos da se ouvia um som novo, um movimento diferente, uma força motriz nova para a forma de expressão mais libertária de todas as juventudes.

O Yes surgira em 1968 e fazia parte da vertente progressiva – vertente esta que viveu seus anos de ápice e glória de 1970 até 1976, mas que luta para manter sua chama acesa até hoje. Lá nos anos 70, o movimento que pegava fogo e ditava os padrões de comportamento de milhares de jovens.

1971 foi um ano de discos fundamentais para muitas bandas. O Yes lançou o Fragile, o Led Zeppelin lançou o IV (de Stairway to Heaven e Black Dog), o Pink Floyd lançou o Meddle, o Emerson Lake & Palmer lançou o Tarkus, o Jethro Tull lançou o Aqualung, o Gentle Giant lançou o Three Friends, o Mothers Of Invention de Frank Zappa lançou seu clássico Fillmore East, o Genesis lançou o Nursery Cryme… só para dar alguns exemplos. Ou seja, concorrência pesadíssima.

Competir nesse ambiente não devia ser tarefas das mais fáceis, e ao mesmo tempo eu não consigo imaginar o deleite que devia ser ouvir rádio nessa época.

Fragile inaugurou a era mágica da formação clássica do Yes. O novo membro Rick Wakeman se juntava à trupe que já havia produzido o sensacional Yes Album um ano antes, mas que ainda não havia concebido o grande disco da consagração.

A consagração chegaria agora. Jon Anderson, Chris Squire, Steve Howe e Bill Bruford conseguiram desenvolver uma obra cheia de elementos que iriam se tornar marcas registradas do Yes. Características inconfundíveis aparecem aqui pela primeira vez, tanto na parte instrumental quanto na temática das letras.

Muito do entrosamento que o Yes Album trouxe a eles foi aproveitado e ampliado na hora de preparar este disco. Um ano depois, com tecladista e maturidade novos, o Yes finalmente conseguiu seu primeiro grande êxito: Roundabout. A música que abre o disco não só é uma das mais famosas da banda como também foi o ponto de transição entre o fanzine cult e a atenção das massas. Se à primera leitura isto parece um demérito, não o é. Isso porque o Fragile, e muito por causa de Roundabout, detém a grande façanha de ter aberto milhares de novos ouvidos para o rock progressivo. Ou seja, fez o público querer descobrir a cena, e não “se adaptou” ao gosto do público correndo o risco de sair da cena mal tendo feito parte dela.

Fragile ensinou muita gente a ouvir música.

Roundabout foi o grande divisor de águas. A música, exaustivamente executada até hoje em rádios do mundo todo, é a primeira grande vitrine das qualidades consagradas do Yes: a sutileza e afinação irretocáveis dos vocais, a capacidade de criar ambientes distintos para sustentar uma narrativa exótica, o talento individual de cada músico focado no resultado coletivo final da canção (e não o contrário, como acontece em muitas bandas onde o pessoal só quer “se mostrar”) e – o mais importante – a qualidade e o bom gosto das próprias composições.

Praticamente todas as músicas desse disco viraram objetos de devoção entre os fãs da banda, que até hoje ovacionam seus ídolos quando ouvem as primeiras notas de “Heart Of The Sunrise” ou “Long Distance Runaround”, por exemplo. Nessas duas, em particular, tem-se a prova de que Jon Anderson é um exímio cantor e sabe posicionar sua voz impecavelmente de acordo com a necessidade da música, em seus diversos momentos.

“We Have Heaven”, “Five Per Cent For Nothing”, “Cans and Brahms”, “The Fish” e “Mood For a Day” são as contribuições individuais de cada integrante para completar o disco. Cada uma é especial à sua maneira, e todas elas servem de transição para os grandes pequenos espetáculos ao longo do álbum.

Fragile é um disco fundamental na obra do Yes. Ele é um dos representantes mais recorrentes e contundentes do Progressivo, é discoteca básica em qualquer coleção de rock que se preze, é o retrato de uma época mágica do psicodélico e é também a primeira obra-prima do Yes.

A segunda viria um ano depois, um clássico absoluto chamado Close To The Edge.
Mas isso é assunto para outro post.


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No Te Va Gustar: mais um achado no pop/rock uruguaio

Cada vez mais eu venho me interessando pelo rock latino. Depois de falar sobre o Cuarteto de Nos, acabei descobrindo uma outra banda uruguaia veterana. Novidade para mim, mas um patrimônio de Montevidéu há quase 20 anos.

O No Te Va Gustar começou como um trio de baixo, guitarra e bateria, e ao longo dos anos incorporou metais e percussão à formação. Em 1998, com 4 anos de estrada, a banda comquistou o primeiro lugar no 3o Festival da Canção de Montevidéu, e no ano seguinte lançou seu primeiro álbum.

Logo após o lançamento, a banda entrou em turnê e tocou em vários países da América Latina, e chegou até a se apresentar ao lado dos Paralamas do Sucesso. Hoje, são atração frequente também em Buenos Aires, Santiago e até Porto Alegre.

Já lançaram 7 discos e colecionam prêmios na América Latina.

Coloco aqui quatro amostras do Por Lo Menos Hoy, álbum que conheci há pouco tempo e – diferentemente do que o nome da banda sugere – gostei muito. É pop/rock light, e do bom.

Em tempo: nos minutos finais de Arde, parece que eles convidaram o George Harrison e o Eric Clapton pra solar.




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Capacitor de fluxo: ativar!

Dar o play no video abaixo é como entrar num DeLorean rumo a 1995. Parece que estas músicas estavam lá desde aquela época, e o disco marca o fim de um jejum de 7 anos da banda.

Todas as marcas registradas do Garbage estão intactas, e os 10 primeiros segundos de Blood For Poppies não me deixam mentir. Parece uma faixa esquecida do terceiro disco da banda.

Poucas são as bandas que fazem grandes pausas e voltam com o mesmo vigor de seus dias de glória. O Garbage, formado por espertos macacos (agora) velhos, está voltando com tudo e não está prosa, já lotando shows pelos EUA e presenteando fãs ávidos pela sua aparição.

Not Your Kind Of People tem de tudo para fazer novos fãs e ao mesmo tempo agradar os saudosistas dos anos 90, trazendo de volta uma das bandas mais simbólicas daquela década. É um álbum que preserva a autenticidade daqueles dias como nenhuma coletânea-de-lados-B-nunca-lançados poderia fazer.


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Da série “bandas que surpreendem ao vivo”: The Kooks

The Kooks é aquela banda divertida que não tem o poder de mudar sua vida, mas que pode deixar seus dias bem mais leves.

Formada em Brighton, Inglaterra, em 2005, a banda já sentiu logo cedo o sabor do sucesso. Com menos de 1 ano de estrada, eles conseguiram emplacar dois singles nas paradas britânicas e estouraram com o megahit Naive logo no começo de 2006, assim que seu primeiro álbum foi lançado.

Luke Pritchard e cia. conquistaram uma base fidelíssima de fãs mundo afora com sua pegada aparentemente ingênua (como sugere seu maior sucesso) mas que no fundo é cheia de pequenas espertezas. Dá pra identificar no britpop do Kooks influências bastante ricas, incluindo The Police, Funkadelic, The Strokes e, claro, Beatles.

O legal do Kooks é que é mesmo as músicas mais açucaradas ganham o cuidado de não cair no piegas, e quando eles assumem a face roqueira, eles conseguem levantar defuntos com sua energia.

Em Junk Of The Heart eles confessam um nobre objetivo: “I wanna make you happy.” A julgar pela empolgação quase beatlemaníaca do público que lotou o Via Funchal no dia 11 de maio, eles conseguiram.

Os fãs que lotaram o show não fizeram feio e com certeza deixaram os membros da banda perplexos com tanta receptividade, berrando verso por verso a plenos pulmões absolutamente todas as músicas, desde as contagiantes Always Where I Need To Be, a espetacular Is It Me, até as mais contemplativas como Seaside e Shine On.

E a mesma empolgação também já tomava conta das músicas novas como How’d You Like That, Rosie e a própria Junk Of The Heart (faixa que dá nome ao terceiro CD). E felizes da vida com o calor do fã brasileiro, os integrantes do Kooks fizeram um espetáculo para banda grande nenhuma botar defeito, deixando um sorriso estampado no rosto de cada um que voltou pra casa rouco aquela noite.

Foi um espetáculo do pop competente.

Como sugere o clássico do Bowie que os batizou, eles são de fato “Kooks hung up on romancing. And if you stay, you won’t be sorry.”




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The Mission em São Paulo: imperdível!

Comemorando 25 anos de estrada, o lendário The Mission (UK) está fazendo uma turnê mundial e vem para o Brasil essa semana. Para o vocalista Wayne Hussey, o Brasil não é nenhuma novidade: ele é casado com uma brasileira e mora aqui.

Para o resto da formação (Craig Adams, Simon Hinkler e Mike Kelly), é uma volta ao país onde já se apresentaram outras 2 vezes. Agora eles vão tocar no charmoso Cine Joia, na Liberdade, um lugar aconchegante onde, no caso do The Mission, os saudosistas e nostálgicos de plantão vão poder matar as saudades de uma época mágica do pop britânico e aplaudir Wayne e cia. bem de perto.

O bom e velho The Mission surgiu em 1986, quando Wayne e Craig Adams saíram do cultuado Sisters Of Mercy para formar a banda e buscar novos horizontes. Já no primeiro disco, God’s Own Medicine, emplacaram vários hits e marcaram a “invasão gótica” no pop inglês daquele ano.

Severina e Garden Of Delight levaram massas de fãs ao delírio, e o disco seguinte, Children, atingiu o segundo lugar da parada britânica na semana de seu lançamento.

Não tinha pra ninguém, assim era o The Mission.

O álbum seguinte, Carved In Sand, marcou o ápice de popularidade e sucesso comercial da banda. Eles estavam sob todos os holofotes desde Children, e acumulavam seguidores fiéis.

Enquanto os “pés no peito” de Amelia e Deliverance consagravam o The Mission como porta-vozes góticos que dissecavam temas como sexo, romance e até abuso infantil em explosivas estruturas pop embaladas em melodias grandiosas e apocalípticas, o mega-blaster-hit Butterfly On a Wheel mostrava, ao mesmo tempo e na contramão, que a banda também sabia esfaquear a alma dos mais sensíveis. E fizeram uma das músicas mais bonitas daquele ano.

Em 1992, voltaram bem-humorados em Like a Child Again, mas deixavam claro que ainda eram eles mesmos em Even You May Shine e Shades Of Green. Os álbuns seguintes, Neverland e Blue, tentaram sem muito êxito trazer de volta a glória do passado num mundo onde o rock gótico já não tinha tantos curiosos.

Mas Aura e Sacrilege marcaram a grande volta da banda e consagram a trajetória do Mission como uma das bandas mais importantes de seu tempo e seu estilo.

Neste domingo, quem for ao Cine Joia vai ter a honra de celebrar de perto a história desta grande banda.




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